quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

TESTE NUCLEAR DA COREIA DO NORTE - 2016 - 6 DE JANEIRO DE 2021

 


Teste nuclear norte-coreano de janeiro de 2016

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Parte da série sobre
Programa nuclear norte-coreano
North Korea nuclear.svg
Portal da Coreia do Norte

teste nuclear norte-coreano de janeiro de 2016, que a Coreia afirmou ter sido um teste bem sucedido de uma bomba de hidrogênio,[1] foi o quarto experimento do tipo do país, sendo realizado no dia 6 de janeiro, por volta das 11h30 locais.

Eventos

Inicialmente, o Serviço Geológico dos Estados Unidos detectou um abalo sísmico de magnitude 5,1,[2] na região de Pungyye-Ri, onde os norte-coreanos já haviam realizado três detonações nucleares, em 20062009 e 2013.[3] O abalo foi sentido em algumas regiões da China, próximo à fronteira sino-coreana.[4] Logo de imediato, autoridades sul-coreanas e chinesas declararam que o tremor claramente teve uma origem artificial,[5] possivelmente provocada por uma explosão nuclear.

Poucas horas após o tremor, um comunicado emitido pela televisão estatal norte-coreana KCTV confirmou que o país havia realizado um teste bem sucedido com uma bomba de hidrogênio,[6] autorizado pelo líder Kim Jong-Un, no dia 15 de dezembro de 2015. A potência explosiva de uma bomba H costuma ser consideravelmente maior do que o de uma arma nuclear comum. Não obstante, a comunidade internacional acredita se tratar de uma bomba de fissão comum, levando-se conta que o tremor gerado foi relativamente fraco.[7] Segundo estimativas de autoridades norte-americanas e russas, o artefato teve um rendimento entre 6 - 9 quilotons.[8] Para efeito de comparação, a bomba atômica que destruiu Hiroshima, em 1945, tinha uma potência de 15 quilotons.[9]

Decreto assinado por Kim Jong-Un autorizando o teste

Ao contrário das outras experiências, dessa vez Pyongyang não comunicou a outros governos da realização do teste. Por outro lado, fotos de satélite mostram que escavações no campo de testes já vinham sendo feitas desde abril de 2015.[10] No dia 10 de janeiro, o líder norte-coreano justificou a realização do teste. Segundo Kim Jong-Un, foi um ato de "autodefesa", necessário para manter a soberania do país e a paz na península coreana, diante da "ameaça imperialista" liderada pelos Estados Unidos,[11][12] mas sem a intenção de ameaçar ou provocar outras nações. Contudo, o evento aumentou a tensão na região, tecnicamente em guerra desde os anos 1950.[13] A Guerra da Coréia foi suspensa em 1953 após um armistício, mas até hoje não foi assinado um acordo de paz.[14]

Reação internacional

O teste foi amplamente condenado pela comunidade internacional.

Novas sanções da ONU

Em virtude do teste nuclear, seguido do lançamento de um foguete no mês seguinte[18] (que várias nações afirmaram ser na verdade mais um teste com um míssil), o Conselho de Segurança da ONU decidiu endurecer ainda mais as sanções[19][20][21] contra a Coréia do Norte. Algumas das novas medidas são:

  • Todos os países membros das Nações Unidas devem inspecionar mercadorias provindas da Coréia do Norte, ou que se destinem àquele país;
  • Embarcações que estiverem transportando cargas ilegais ou proibidas à Coréia do Norte estão impedidos de fazer escala nos portos dos membros da ONU;
  • Proibição à exportação de combustível aeroespacial e minérios, que possam ter utilidade em projetos militares de Pyongyang, tais como: ferrocarvãoterras raras ou titânio;
  • Artigos de luxo também estão na lista de mercadorias vetadas - ainda que somente a elite do regime norte-coreano possa comprá-los;
  • Os Estados-Membros da ONU estão autorizados a expulsarem diplomatas norte-coreanos envolvidos em atividades ilícitas;
  • Bloqueio de fundos de empresas "laranjas" financiadas ou controladas por Pyongyang.

Ver também

Referências

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