sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

SANTO AMARO ou MAURO - 15 DE JANEIRO DE 2021

 

 

Santo Amaro
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Santo Amaro
Imagem de Santo Amaro (Arquidiocese de Braga[1]
Abade
Nascimento512 em Roma
Morte15 de janeiro de 584 em Mosteiro de Glanfeuil, perto de Anjou
Veneração porIgreja Católica Apostólica Romana
Principal temploAbadia de Monte Cassino; Mosteiro de Glanfeuil; e Catedral de Santo Amaro, em Santo Amaro (distrito de São Paulo)
Festa litúrgica15 de janeiro
AtribuiçõesBáculo abacial; mitra; hábito beneditino; livro da Regra de São Bento; crucifixo; pá de corte; jovem rapaz sendo levado por um monge sobre as águas.
PadroeiroTransportadores; Diocese de Santo AmaroCatedral de Santo AmaroSanto Amaro (Bahia)Santo Amaro (Recife)Santo Amaro (distrito de São Paulo)Santo Amaro da ImperatrizSanto Amaro do MaranhãoSanto Amaro das Brotas
Gloriole.svg Portal dos Santos

Santo Amaro (512, em Roma – 15 de janeiro de 584, no Mosteiro de Glanfeuil, perto de Anjou) foi um monge e posteriormente abade, da Ordem de São Bento, uma das maiores ordens monásticas do mundo. Era primo de São Plácido e discípulo de São Bento.[2]

Santo Amaro foi mencionado quatro vezes ao longo da biografia de São Bento, escrita por São Gregório Magno. Juntas essas histórias formam o ideal monge a ser seguido por toda a comunidade monástica. A mais popular das histórias sobre Santo Amaro narra o episódio em que Amaro estava atarefado com as atividades cotidianas quando São Bento teve uma visão em que Plácido estaria se afogando após ter ido buscar água num açude próximo. Imediatamente São Bento enviou Amaro em socorro do jovem monge. Amaro correu até o lago e arrastando Plácido pelos cabelos o trouxe à terra firme. Desde então todos ali quiseram lhe honrar como um tenro prodígio, mas ele tudo atribuiu a obediência e observância do que lhe ordenou seu mestre [2]

Santo Amaro é celebrado junto com seu primo São Plácido, no dia 15 de janeiro, desde 1962.

Infância

Santo Amaro nasceu em Roma, no ano 512. Filho de um senador romano, Eutíquio, e de uma rica fidalga, Júlia. Aos doze anos recebeu em sonho uma mensagem divina, segundo a qual deveria oferecer-se ao Senhor. A esta época São Bento já era um homem amplamente conhecido na região, sendo muitos os nobres que lhe entregavam o próprio filho em favor de criá-los para servirem a Deus. Assim, Eutíquio entregou Amaro, bem como Plácido, filho de Tertúlio, aos cuidados de Bento de Núrsia [3]

São Gregório Magno conta, em sua biografia sobre São Bento, que certa vez um monge não conseguia rezar e que sempre que a comunidade monástica se reunia para as orações este monge era arrastado por um sujeito "encardido" (o diabo) para fora da capela. São Bento, tendo notado este evento, perguntou secretamente ao abade do mosteiro, Pompeiano, e a Santo Amaro que responderam nada terem notado, ao que São Bento recomendou que rezassem para que vissem. Após dois dias de muita oração, Santo Amaro percebeu, enquanto que o abade do mosteiro não percebeu. No dia seguinte, após o ofício, São Bento encontrou com o monge e corrigiu-lhe com pancadas. Desde então o monge não mais deixou-se seduzir pelo diabo, e o diabo deixou-o em paz como se fosse ele próprio a receber as pancadas [3]

Noutro trecho, um godo, pobre de espírito, buscou pela vida monástica até que conseguiu ingressar no mosteiro de São Bento. Então, certo dia São Bento deu-lhe uma foice e o ordenou que fosse limpar um terreno para que ali fizessem uma horta. Ele foi, e como roçava com tanto rigor as moitas de espinho, ocorreu que o corte da ferramenta soutou-se e caiu a beira do lago em que estava e afundou muito abaixo do que poderia recuperar. Triste, correu até Amaro que aplicou-lhe uma penitência pela perda que tivera. Depois do ocorrido Amaro foi falar com São Bento que tomando o suporte do corte e mergulhando-o no lago recuperou o corte que teria afundado [3]

O primeiro milagre

Das histórias acerca de Santo Amaro a mais popular e que galgou-lhe a fama de santidade está descrita no Capítulo VII, do Livro II, da Biografia de São Bento: Amaro caminha sobre as águas. Segundo a história, Plácido teria ido buscar água num lago próximo. Despercebidamente, perdeu o equilíbrio e caiu no lago, rapidamente as águas o envolveram levando-o para o meio do lago (à distância de uma flechada). São Bento, que estava na cela, teve notícia do ocorrido e chamando a Amaro imediatamente o enviou. Tendo recebido a bênção, Amaro correu apressadamente sobre as águas, agorrou Plácido pelos cabelos e o arrastou à terra firme. Tendo percebido o que ocorreu ficou tomado de pavor e contou a São Bento, que o atribuiu o prodígio. Amaro, porém, disse que tudo ocorreu segundo o mandato de São Bento. Afim de solucionar a questão, Plácido confessou que enquanto era resgatado viu-se envolvido pela capa do Pai Bento [3]

Vida de Santo Amaro, abade

Além das menções a Santo Amaro na biografia de São Bento, há uma obra intitulada Vida de Santo Amaro, abade, escrita por Fausto, um dos monges que o acompanhavam em suas expedições. A obra narra a fundação do Mosteiro de Glanfeuil, além de algumas de suas bem-aventuranças, milagres e prodígios.[carece de fontes]

Abadia de Glanfeuil

No ano 535 o bispo de Le Mans, na França Ocidental, enviou uma delegação a São Bento, solicitando-lhe que crie um mosteiro em França, segundo a Regra Beneditina. São Bento, envolvido com os serviços em Monte Cassino, enviou Amaro para chefiar esta missão. De Monte Cassino, em Itália, até a bacia sul do rio Loire, a leste de Angers, local de fundação do mosteiro, ocorreram muitas aventuras por meio das quais Amaro foi assumindo a condição de grande milagreiro, em detrimento da discreta condição de discípulo. Posteriormente, a abadia ficou tão conhecida que batizou a cidade segundo o nome de seu fundador, Saint-Maur. Daquele mosteiro restam a nave da igreja, algumas vinhas (que deram origem ao vinho chenin) e uma parede com um crucifixo, tido como Cruz de Santo Amaro.[carece de fontes]

Últimos anos e morte

Segundo a tradição, aos setenta e dois anos, Amaro foi acometido por uma peste que havia levado a morte muitos dos monges que com ele viviam. Faleceu após transcorridos cinco meses que teria pêgo a peste. A princípio teria sido enterrado na Capela de São Martinho, a mesma que costumava ir rezar. Posteriormente seus restos mortais foram transladados para o mosteiro de Monte Cassino, onde repousam santamente [4]

Devoção

A devoção a Santo Amaro é amplamente divulgada em toda a França e Lusofonia. Sendo o patrono de muitas cidades, distritos e vilarejos. No Brasil as festividades de maior notoriedade, em honra a Santo Amaro, ocorrem em Santo Amaro (Bahia) e no distrito de Santo Amaro em São Paulo.

Ver Também

Referências

  1.  [1]. Acesso em 28/8/2020.
  2. ↑ Ir para:a b [2]. Acesso em 28/8/2020.
  3. ↑ Ir para:a b c d [GREGÓRIO MAGNO, Santo. Segundo livro dos diálogos: vida de São Bento: Núrsia (480) - Monte Cassino (543). Bibliotheca Patrística]. Acesso em 28/8/2020.
  4.  [3]. Acesso em 28/8/2020.

Bibliografia

Santo Amaro exemplo de virtude: {https://santo.cancaonova.com/santo/santo-amaro-exemplo-de-virtude/}. Acesso em 28 de agosto de 2020

GREGÓRIO MAGNO, Santo. Segundo livro dos diálogos: Vida de São Bento: Núrsia (480) - Monte Cassino (543). Bibliotheca Patrística. Acesso em 28 de agosto de 2020

Padroeiro Santo Amaro: {https://diocesedesantoamaro.org.br/padroeiro/padroeiro-santo-amaro/}. Acesso em 28 de agosto de 2020.

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