segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

CRISTIANISMO - 7 DE DEZEMBRO DE 2020

 

Origem da Igreja Católica


A filha do papa

Posted: 07 Dec 2020 01:37 AM PST

Por: Renato Drummond Tapioca Neto

Durante toda a baixa idade média e o período renascentista, os estados italianos eram famosos pela aplicação do uso de substâncias letais para por término à vida de uma pessoa detestada. Seu uso era pejorativamente atribuído a mulheres que desejavam punir com a morte seus amantes traidores, e vice versa. Nesse contexto, a figura de uma notória dama (filha de um dos papas mais corruptos da história da Igreja Católica, e irmã daquele que viria a ser o modelo ideal de príncipe para Maquiavel) se eleva encoberta por véus de mistério, até hoje não totalmente transpassados. Como seria sua face e, principalmente, suas derradeiras intenções, é praticamente um elemento indispensável para se entender a personalidade de Lucrécia Bórgia. De acordo com as interpretações feitas da mesma durante o período que a sociedade ocidental convém chamar de vitoriano (1819-1901), ela passa a encarnar a figura de uma assassina de maridos, cruel e detestável. Mas será que ela era esse ser tão monstruoso, cuja lenda começou a ser propalada pelos inimigos de sua família, enquanto ainda vivia? Voltemos então nossos olhos para essa questão, na intenção de estabelecer alguns pontos chaves para se compreender a mística que envolve essa heroína trágica dos tempos modernos.

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Lucrécia Bórgia como Santa Catarina de Alexandria, por Pinturicchio.

Nascida a 18 de abril de 1480, em Comuna de Subiaco (localizada nas proximidades de Roma), Lucrécia era a terceira filha de Giovanna Vannozza Dei Cattanei, uma mulher bem nascida, e do amante desta, o ilustre cardeal Rodrigo Bórgia, futuro papa Alexandre VI. Passou boa parte da infância ao lado da mãe, enquanto seus irmãos eram despachados para diferentes locais, sobre intermédio de seu pai. Contudo, não demoraria muito para que aquela garotinha de cabelos loiros fosse afastada do seio materno e enviada para uma série de conventos, para obter uma educação de qualidade para uma moça do período (mais tarde, faria presença na casa de Adriana de Milá, uma nobre viúva que era prima de seu pai). Entretanto, tanta erudição tinha apenas uma finalidade: prepará-la para o casamento. Ela, assim como era comum entre tantas moças aristocratas, seria dada em matrimônio a algum fidalgo, para assim garantir uma valorosa aliança política para a sua família. Nesse caso, o pretendente em questão era membro de uma das dinastias mais poderosas de Milão: os Sforza.

A partir desse ponto é que começa a verdadeira epopeia desta jovem, que em 1493, tendo apenas 13 anos de idade incompletos, era sacrificada em prol dos interesses políticos de seu pai. Casamentos entre jovens da idade da noiva com homens muito mais velhos não era algum incomum no período, uma vez que a compressão de infância e adolescência, tal como entendemos essas duas fases do crescimento humano, não existia no renascimento. Lucrécia, entretanto, não desposara um ilustre membro da casa dos Sforza, e sim um filho ilegítimo de Constanzo I, viúvo e com nenhum herdeiro. Seu nome era Giovanni, Senhor de Pésaro e intitulado conde de Catignola. Como era a aparência da jovem naqueles tempos? Poucos foram os retratos de Lucrécia Bórgia que sobreviveram à posteridade. Entre eles, podemos identificar o famoso afresco de Pinturicchio, em que ela aparece representando Santa Catarina de Alexandria. Tendo como base a dita obra, podemos observar os seguintes traços físicos:

.Uma bela mulher de expressão doce e ingênua, pele clara com um rosto bem delicado, cabelos loiros – uma mecha de seu cabelo que está em Milão, na Biblioteca Ambrosina, e foi encontrada entre as correspondências do humanista veneziano Pedro Bembo (AZEVEDO et al., pag. 2).

Sendo assim, é fácil concluir que Lucrécia se encaixava perfeitamente no padrão de beleza que era valorizado dentro do período renascentista e, portanto, ela constituía uma verdadeira tentação para os olhos dos homens. Desde as Madonas de Rafael até os retratos de Vênus e Guinevere, o período renascentista era aficionado por mulheres de pele leitosa, olhos claros e cabelos dourados. Em posse dessas características, aliadas a uma boa educação, Lucrécia certamente deve ter causado boa impressão na família do noivo.

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Papa Alexandre VI, pai de Lucrécia, por Cristofano dell’Altissimo.

Porém, quando de suas bodas com Giovani, ela era pouco mais que uma adolescente, aparentemente sem quaisquer experiências sexuais. Não obstante, os cônjuges passariam os dois primeiros anos do casamento vivendo separadamente; ele em Pésaro e ela nos luxuosos apartamentos de seu pai no Vaticano, até que fosse capaz de conceber um herdeiro. Porém, a união entre ambos duraria pouco tempo, uma vez que tanto o papa Alexandre VI quanto seu filho César Bórgia, pretendiam usar a jovem Lucrécia em um novo acordo matrimonial e para tanto era preciso se livrar de Giovani Sforza, que se recusava aceitar a anulação do casamento. Forçado a aquiescer, declarou então perante todos a calúnia de que sua esposa mantinha relações incestuosas com o próprio irmão e o pai. Essa atitude sem dúvida deve ter irritado seu ex-cunhado, que se sabia ser um homem pouco tolerante. Desse modo, é possível dizer que César teria motivos de sobre para assassinar a Giovani, para assim vingar sua honra e a de sua família. Um aspecto bastante curioso nesse processo viria a manchar a reputação de Lucrécia de uma maneira bastante calamitosa: foi dito que ela saíra grávida de seu primeiro casamento, mas não de seu esposo. Essa evidência se torna ainda mais embaraçosa quando nos confrontamo com o fato de que a anulação do casamento com Sforza se deu com base na provável não consumação e “impotência” do marido.

De acordo com as más línguas da época, Lucrécia havia possuído um amante. Mas quem? Quando estava analisando com atenção o caso da famosa filha do papa Alexandre, deparei-me com o fato de que as circunstâncias pareciam relaciona-la a um jovem chamado Perotto, espanhol com quem ela supostamente mantinha um caso enquanto seu primeiro casamento estava em processo de anulação. Eram muito comuns entre alguns países da Europa mulheres na posição de Lucrécia manterem amantes, especialmente na sociedade italiana e francesa. As jovens eram dadas em matrimônio a homens de quem nem sequer haviam conhecido e por quem não nutriam quaisquer sentimentos. Por isso, muitas delas procuraram consolo em outros braços, onde poderiam obter o afeto que não encontravam no marido. Em qualquer caso, o fato é que se acreditou na época Lucrécia teve um filho (em 1498) chamado Giovanni, mais conhecido como “Infante Romano”. Na ocasião, toda a sociedade havia se escandalizado com isso e para abafar comentários o Papa assumiu a criança como sendo sua com outra de suas amantes. Quanto ao pai biológico desta, foi assassinado juntamente com uma empregada doméstica, após já ter feito uma arriscada fuga das violentas facadas que lhe foram aplicadas por ninguém menos que César Bórgia.

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Afonso D’Este, terceiro e último marido de Lucrécia, por Dosso Dossi.

Com efeito, todas as circunstâncias parecem mais uma vez implicar o famoso irmão de Lucrécia em mais um assassinato envolvendo o nome dela. Por outro lado, a culpa pelo assassinato veio recair na cabeça da própria, quando é certo que ela não teve envolvimento com o atentado contra o ex-amante, cujo corpo atirado ao rio Tibre. A história, por sua vez, tem se mostrado muito cruel para com a figura de Lucrécia, creditando à mesma responsabilidades que eram do extremo encargo de sua família, mesmo porque, naquele período, ela quase nada poderia interferir em assuntos como esse. Não passava apenas de um peão no jogo de alianças diplomáticas de seu pai e irmão. Como a família Bórgia era muito mal visada pela aristocracia dos estados italianos, devido às suas pretensões expansionistas e militares (como bem ressalta Maquiavel em O Príncipe), então é de se supor que parte desse ódio seria transferida para ela. Em 1498, ainda com a dúvida do adultério pairando em cima de si, ela foi entregue em casamento a Alfonso Biscegli, também assassinado pelas mãos de César Bórgia, em 1500. A narrativa de tais acontecimentos segue então de forma confusa. Em dado momento é possível dizer que os fatos se cruzam com falácias levantadas ao longo dos séculos, de modo que se torna necessária uma investigação mais profunda acerca de tais assuntos.

Não duvido que César, à medida que seus cunhados lhe voltavam as costas, tenha se livrado dos mesmos através de métodos violentos, arrumando-lhe emboscadas, assim como também penso ser possível que, embora não culpada pela morte de seus maridos, Lucrécia estava ciente dos perigos que estes corriam. Em alguns casos, como no de Biscegli, ela ofereceu-lhe esconderijo, tomando precaução para que a comida que ele ingeria não fosse envenenada. Entretanto, a morte de seu terceiro cônjuge estava intimamente ligada aos desejos que César Bórgia nutria pelo trono de Nápoles. Conforme nos diz Daniela Azevedo (et al.),

Lucrécia ficou profundamente abalada com a morte de seu marido, e se pôde ver seu desespero, que a levou a refugiar-se por um tempo no convento de São Domini. Alexandre VI esforçando-se em recuperar a afeição da filha, e de mostrar ao futuro marido de Lucrécia, que ela era capaz de governar […] entregou a sua filha a direção dos negócios da Igreja (AZEVEDO et al., pags. 3-4).

Esse trecho traz consigo uma passagem bastante peculiar sobre a vida de Lucrécia e da própria história do catolicismo: em 1501, enquanto Alexandre VI estava ausente, ele deixou sua filha na chefia dos assuntos da igreja, em vez de um cardeal suplente. Pela primeira vez em séculos (lembremo-nos do caso da papisa Joana) uma mulher se sentava do trono de São Pedro, causando o desespero dos clérigos e sacerdotes.

Contudo, foi uma tarefa a que Lucrécia se submeteu, logrando, se não êxito, pelo menos méritos suficientes para recomendá-la a Afonso D’Este, filho do duque de Ferrara e último dos consortes da jovem (os dois se casaram por procuração em 30 de dezembro de 1501). Apesar dos casos extraconjugais envolvendo ambas as partes, é possível dizer que fora uma união relativamente estável e muitos filhos do casal sobreviveriam à posteridade. Não obstante, como duquesa de Ferrara, Lucrécia teve a oportunidade de mostrar o quanto podia ser útil politicamente ao marido. Ainda de acordo com Azevedo (et al.),

Lucrécia Bórgia entrou para história como uma mulher má, envenenadora de seus maridos, mas a história contada pelas correspondências da época mostra uma mulher bem diferente. Além de ser linda e delicada como a Santa Catarina de Pinturicchio dos aposentos dos Bórgia, há relatos de que quando governou Ferrara em ausência de seu marido, ela foi justa proibindo discriminações contra os judeus, aplicando severas penas aos que as descumprissem (AZEVEDO et al., pag. 4).

Sendo assim, é possível observar que apesar de pertencer a uma família conhecida por seus crimes e trapaças políticas, Lucrécia, quando em situação favorável, utilizou dos poderes de que dispunha para aplicar ações que considerava justas, tendo ela sido também uma grande mecenas, como era comum a outras mulheres nobres do período.

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Na cultura popular: cena do clipe “Paparazzi” de Lady Gaga (2009), em que a cantora faz uma clara referência ao famoso anel de veneno de Lucrécia.

Após a morte de Alexandre VI, em 1503, a família Bórgia perdeu de forma considerável a sua influência sobre os estados Italianos, especialmente com a ascensão do papa Júlio II ao trono de São Pedro, uma vez que ele era um ferrenho opositor das atitudes de Alexandre. Lucrécia, contudo, viveria uma vida tranquila até morrer prematuramente, pouco tempo depois do parto de sua última filha com Afonso D’Este, em 24 de Junho de 1519, tendo somente 39 anos de idade. Os séculos se passaram e, no entanto, a figura desta senhora continuou a ser vilipendiada por uma série de romancistas, principalmente durante o período vitoriano, em que sua personagem se tornou irresistível para escritores que apostaram na trajetória daquela mulher que se dizia ser uma assassina profissional de maridos. Até hoje a cultura popular reconhece-a apenas pela historieta de que era portadora de um anel em cujo interior abrigava a “Cantarella” (famoso veneno dos Bórgia). Mas, conforme demonstrado até aqui, Lucrécia foi apenas mais uma vítima das artimanhas de seu pai e irmão e acabou recebendo a culpa por muitos dos erros atribuídos a eles.

Referências Bibliográficas:

AZEVEDO, Daniela Grillo de; Et al.  Lucrécia Bórgia: sua Imagem no renascimento e na contemporaneidade. 2007 –  Último acesso em: 14 de Março de 2013.

GRILLANDI, Massimo. Lucrécia Bórgia. – São Paulo: Círculo do Livro, 1984.

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução, prefácio e notas de Lívio Xavier. – [Ed. Especial]. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.


Das cartas de Santo Ambrósio, bispo(Epist. 2,1-2,4-5.7: PL 16 edit. 1845,847-881) (Sec. IV)O encanto de tuas palavras inspire confiança ao povo.

Posted: 06 Dec 2020 11:36 PM PST

Das cartas de Santo Ambrósio, bispo

(Epist. 2,1-2,4-5.7: PL 16 edit. 1845,847-881) (Sec. IV)

O encanto de tuas palavras inspire confiança ao povo.

Recebestes o múnus sacerdotal e, sentado à popa da Igreja, governas a barca em meio às ondas. Segura bem o leme da fé, para que as fortes procelas do mundo não te perturbem. O mar é, na verdade, grande e vasto, mas não temas: ele a tornou firme sobre os mares e sobre as águas a mantém inabalável (Sl 23,2).

Por isso, não é sem razão que, entre tantas agitações do mundo, a Igreja do Senhor, edificada sobre a pedra apostólica, permanece firme e, contra o ímpeto das águas te apoias sobre inabalável fundamento. É batida pelas ondas, mas não abalada; e embora muitas vezes os elementos deste mundo a sacudam com grande fragor, ela oferece aos navegantes cansados o mais seguro porto de salvação. Ela flutua no mar, mas também corre pelos rios, sobretudo aqueles rios dos quais se diz: Levantaram os rios a sua voz (Sl 92,3). São os rios que brotam do coração daqueles que beberam da água de Cristo e receberam o Espírito de Deus. Quando transbordaram de graça espiritual, esses rios levantam a sua voz.

Há também um rio que corre para os seus santos como uma torrente. Existe ainda o ímpeto do rio que alegra a alma tranquila e pacífica. Quem receber da plenitude desse rio, como João Evangelista, Pedro e Paulo, levanta a sua voz. É do mesmo modo que os apóstolos difundiram Até os confins da terra, como num canto harmonioso, a voz da pregação evangélica, assim o que receber da plenitude desse rio começa anunciar o Evangelho do Senhor Jesus.

Recebe, portanto, da plenitude de Cristo para que tua voz também se manifeste. Apanha a água de Cristo, essa água que louva o Senhor. Apanha de muitos lugares a água que as nuvens dos profetas deixam cair.

Quem apanha a água dos montes ou a retira e bebe das fontes, também começam a orvalhar como as nuvens. Enche, pois, o íntimo do teu espírito com esta água, para que a terra da tua alma seja regada e tenhas a fonte em tua própria casa.

Quem muito lê e compreende, fica repleto; e quem está repleto pode regar os demais, por isso, diz a Escritura: se as nuvens estiverem carregadas farão cair a chuva sobre a terra (Eclo 11,3).

As tuas pregações sejam fluentes, puras e claras, de modo que o teu ensinamento moral penetrem suavemente nos que te escutam e o encanto de tuas palavras inspire confiança ao povo, deste modo ele te seguirá, de boa vontade, para onde conduzires. Os teus discursos sejam repletos de inteligência. Por isso, diz Salomão: os lábios do sábio são as armas da sabedoria (cf. Prov. 15,7); e noutra passagem: o pensamento dirige teus lábios, isto é, os teus sermões brilhem pela tua clareza, e teus discursos e explicações dispensem as opiniões alheias. Que tua palavra seja capaz de se defender por si mesma. Em si, não saia de tua boca nenhuma palavra inútil e sem sentido.

Responsório II Tm4,2; cf. Eclo. 48,4.8

R. Proclama em todo o tempo a palavra do Senhor;

persuade, repreende e exorta com coragem,

* com saber e paciência.

V. Quem pode gloriar-se de ser igual a ti,

que ungistes rei e príncipes e os chamastes à penitência?

* com saber.


Oração

Ó Deus, que fizestes o bispo Santo Ambrósio doutor da fé católica e exemplo de intrépido pastor, despertai na vossa Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com força e sabedoria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.

2ª Semana do Advento II Semana do Saltério II SEGUNDA-FEIRA SANTO AMBRÓSIO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA

Posted: 06 Dec 2020 11:34 PM PST

 Semana do Advento

II Semana do Saltério

II SEGUNDA-FEIRA

SANTO AMBRÓSIO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA 

Memória

Nasceu em Treves, pelo ano 340, de uma família romana, fez os seus estudos em Roma e iniciou em Sírmio a carreira da magistratura. Em 374, vivendo em Milão, foi inesperadamente eleito bispo da cidade e recebeu e recebeu a ordenação no dia 7 de dezembro. Fiel cumpridor do seu dever, distinguiu-se sobretudo na caridade para com todos, como verdadeiro pastor e doutor dos fiéis. Protegeu corajosamente os direitos da Igreja; com seus escritos e atos defendeu a verdadeira doutrina da fé contra os Arianos. Morreu no Sábado Santo, dia 4 de abril de 397.


Laudes

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 
(Aleluia).
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente às Laudes.

Hino
Juntos cantemos louvores
ao forte e santo prelado.
Ele acalmou as procelas
da terra, em tempo agitado.

Nem cetros, nem a rainha
podem fazê-lo oscilar;
fechando as portas do templo,
impede o César de entrar.

Mestre profundo, ele explica
do Livro Santo os ensinos
e com brilhante eloquência
revela os dogmas divinos.

A fé lhe move o espírito:
que belos hinos produz!
Procura os corpos dos mártires,
irmãos na fé em Jesus.

Expulsa o lobo infernal,
com teus açoites na mão.
A luz da tua ciência
sempre nos dê proteção.

Louvor e glória à Trindade,
à qual, por tua oração,
eternamente louvemos
na sua eterna mansão.

Salmodia
Ant. 1 Quando terei a alegria de ver vossa face, Senhor?
Salmo 41(42)
Sede de Deus e saudades do templo
Quem tem sede, venha, e quem quiser, receba, de graça, a água da vida (Ap 22,17).
2 Assim como a corça suspira *
pelas águas correntes,
– suspira igualmente minh’alma *
por vós, ó meu Deus!

3 Minha alma tem sede de Deus, *
e deseja o Deus vivo.
– Quando terei a alegria de ver *
a face de Deus?

4 O meu pranto é o meu alimento *
de dia e de noite,
– enquanto insistentes repetem: *
'Onde está o teu Deus?'

5 Recordo saudoso o tempo *
em que ia com o povo.
– Peregrino e feliz caminhando *
para a casa de Deus,
– entre gritos, louvor e alegria *
da multidão jubilosa.

6 Por que te entristeces, minh’alma, *
a gemer no meu peito?
– Espera em Deus! Louvarei novamente *
o meu Deus Salvador!

7 Minh’alma está agora abatida, *
e então penso em vós,
– do Jordão e das terras do Hermon *
e do monte Misar.

8 Como o abismo atrai outro abismo, *
ao fragor das cascatas,
– vossas ondas e vossas torrentes *
sobre mim se lançaram.

9 Que o Senhor me conceda de dia *
sua graça benigna
– e de noite, cantando, eu bendigo *
ao meu Deus, minha vida.

10 Digo a Deus: 'Vós que sois meu amparo, *
por que me esqueceis?
– Por que ando tão triste e abatido *
pela opressão do inimigo?'

11 Os meus ossos se quebram de dor, *
ao insultar-me o inimigo;
– ao dizer cada dia de novo: *
'Onde está o teu Deus?'

12 Por que te entristeces, minh’alma, *
a gemer no meu peito?
– Espera em Deus! Louvarei novamente *
o meu Deus Salvador!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Quando terei a alegria de ver vossa face, Senhor?
Ant. 2 Mostrai-nos, ó Senhor, vossa luz, vosso perdão!

Cântico Eclo 36,1-7.13-16
Súplica pela cidade santa, Jerusalém
A vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo (Jo 17,3).
1 Tende piedade e compaixão, Deus do universo, *
e mostrai-nos vossa luz, vosso perdão!
2 Espalhai vosso temor sobre as nações, *
sobre os povos que não querem procurar-vos,
– para que saibam que só vós é que sois Deus, *
e proclamem vossas grandes maravilhas. –

3 Levantai a vossa mão contra os estranhos, *
para que vejam como é grande a vossa força.
4 Como em nós lhes demonstrastes santidade, *
assim mostrai-nos vossa glória através deles,
5 para que saibam e confessem como nós *
que não há um outro Deus, além de vós!

6 Renovai vossos prodígios e portentos, *
7 glorificai o vosso braço poderoso!
13 Reuni todas as tribos de Jacó, *
e recebam, como outrora, a vossa herança.

=14 Deste povo que é vosso, tende pena, †
e de Israel de quem fizestes primogênito, *
e a quem chamastes com o vosso próprio nome!
15 Apiedai-vos de Sião, vossa cidade, *
o lugar santificado onde habitais!
16 Enchei Jerusalém com vossos feitos, *
e vosso povo, com a luz de vossa glória!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa luz, vosso perdão!
Ant. 3 Sede bendito, Senhor, no mais alto dos céus.

Salmo 18 A(19)
Louvor ao Deus Criador
O sol que nasce do alto nos visitará, para dirigir nossos passos no caminho da paz (Lc 1,78.79).
2 Os céus proclamam a glória do Senhor, *
e o firmamento, a obra de suas mãos;
3 o dia ao dia transmite esta mensagem, *
a noite à noite publica esta notícia.

4 Não são discursos nem frases ou palavras, *
nem são vozes que posam ser ouvidas;
5 seu som ressoa e se espalha em toda a terra, *
chega aos confins do universo a sua voz. –

6 Armou no alto uma tenda para o sol; *
ele desponta no céu e se levanta
– como um esposo do quarto nupcial, *
como um herói exultante em seu caminho.

7 De um extremo do céu põe-se a correr *
e vai traçando o seu rastro luminoso,
– até que possa chegar ao outro extremo, *
e nada pode fugir ao seu calor.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Sede bendito, Senhor, no mais alto dos céus.

Leitura breve Is 2.3
Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre
seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos; porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a palavra do Senhor.


Responsório breve
R. Eis que vem vosso Deus Salvador!
* Eis vosso Deus e Senhor! R. Eis que vem.
V. O Senhor vem com força e poder.
* Eis vosso Deus. Glória ao Pai. R. Eis que vem.

Cântico evangélico: Benedictus Lc 1,68-79

Ant. Convertei-vos, nos diz o Senhor!
Está próximo o reino de Deus. Aleluia.

O Messias e seu Precursor
68 Bendito seja o Senhor Deus de Israel, *
porque a seu povo visitou e libertou;
69 e fez surgir um poderoso Salvador *
na casa de Davi, seu servidor,

70 como falara pela boca de seus santos, *
os profetas desde os tempos mais antigos,
71 para salvar-nos do poder dos inimigos *
e da mão de todos quantos nos odeiam.

72 Assim mostrou misericórdia a nossos pais, *
recordando a sua santa Aliança
73 e o juramento a Abraão, o nosso pai, *
de conceder-nos 
74 que, libertos do inimigo,
= a ele nós sirvamos sem temor †
75 em santidade e em justiça diante dele, *
enquanto perdurarem nossos dias.

=
76 Serás profeta do Altíssimo, ó menino, †
pois irás andando à frente do Senhor *
para aplainar e preparar os seus caminhos,
77 anunciando ao seu povo a salvação, *
que está na remissão de seus pecados;

78 pela bondade e compaixão de nosso Deus, *
que sobre nós fará brilhar o Sol nascente,
79 lá do alto como luz resplandecente *
para iluminar a quantos jazem entre as trevas
= e na sombra da morte estão sentados †
e para dirigir os nossos passos, *
guiando-os no caminho da paz.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Convertei-vos, nos diz o Senhor!
Está próximo o reino de Deus. Aleluia.


Preces
Oremos, irmãos caríssimos, a Cristo, nosso Redentor, que vem para libertar do poder da morte todos os que se voltam para ele; e supliquemos com humilde confiança:
R. Vinde, Senhor Jesus!
Quando anunciarmos, Senhor, a vossa vinda,
purificai o nosso coração de todo espírito de vaidade. R.
Santificai, Senhor, a Igreja que fundastes,
para que glorifique o vosso nome por toda a terra. R.
Concedei, Senhor, que a vossa lei ilumine os olhos do nosso coração,
e proteja os povos que em vós confiam. R.
Vós que, por meio da Igreja, anunciais ao mundo a alegria a vossa vinda,
fazei que estejamos preparados para vos receber dignamente. R.

(intenções livres)
Pai nosso…


Oração

Ó Deus, que fizestes o bispo Santo Ambrósio doutor da fé católica e exemplo de intrépido pastor, despertai na vossa Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com força e sabedoria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.

Levemos as pessoas ao encontro de Jesus

Posted: 06 Dec 2020 11:32 PM PST

Levemos as pessoas ao encontro de Jesus
Segunda, 07 de Dezembro de 2020

"Uns homens traziam um paralítico num leito e procuravam fazê-lo entrar para apresentá-lo" (Lucas 5,18).

Que beleza são esses homens que estão carregando um paralítico que precisa chegar até Jesus, pois – é claro! – uma vez que esse homem estava paralítico, ele não tinha como andar, não tinha mobilidade, forças nas pernas para poder chegar até o Senhor.

Esses homens bondosos não pensaram neles em primeiro lugar – eles também queriam chegar até Jesus. Eles levaram alguém que estava mais necessitado, alguém que estava paralisado e que precisava do Senhor. Foram homens de fé que levaram também um homem de fé, mas que não tinha como chegar ao Senhor.

Precisamos ser esses homens de fé, mas não há homens e mulheres de fé que não sejam também homens de esperança e de caridade. Não tenha somente fé: "Eu tenho muita fé", "Creio muito em Deus".! Se você tem fé, se você crê mesmo nesse Deus e O ama tanto, ame mesmo o seu irmão, vá ao encontro daqueles que não podem chegar até Jesus.

Nesta época em que vivemos, nas circunstâncias do ano que se passa, em que uma pandemia veio tomar conta de toda a humanidade, muitas pessoas se fecharam em si e se esqueceram da caridade.

Precisamos ser prudentes em tudo, mas sem jamais deixar de amar e de cuidar. Já que temos tantas redes sociais, temos tanta disponibilidade de mecanismos digitais, levemos a graça de Deus ao coração das pessoas e levemos as pessoas ao encontro de Jesus.
Vá ao encontro daqueles que não podem chegar até Jesus
Não usemos as redes, os aparelhos que estão à nossa disposição para semear fofoca e confusão, levemos a Palavra de Deus que transforma, cura, liberta, e que coloca muitas pessoas de pé, porque muitas estão doentes, prostradas, desanimadas, paralisadas como o paralítico do Evangelho.

Não deixemos a nossa vida paralisar nem a vida do irmão. Por isso, neste tempo de graça, abra o seu coração, vá ao encontro daquele que passa necessidade, ligue e procure saber. Tenho que lhe dizer que há pessoas morrendo por depressão, solidão, abandono, falta de cuidado, de ternura, amor e presença.

A paralisia que se refere o Evangelho não é só a paralisia das pernas; o coração humano está paralisado, atormentado, doente e fragmentado. Como precisamos levar essas pessoas até Jesus, porque Jesus perdoa os nossos pecados, purifica a nossa alma e nos coloca de pé.

Que possamos ir ao encontro do Senhor, mas que sejamos homens e mulheres de fé para levarmos tantos, a fim de que também eles se levantem da paralisia em que se encontram.

Deus abençoe você!

Santos que celebra também hoje

Posted: 06 Dec 2020 11:29 PM PST

• Santa Maria Josefa Roselho, religiosa (1811-1880)

• São Carlos Garnier, mártir (1606-1649)

Santo Ambrósio

Posted: 06 Dec 2020 11:26 PM PST

Santo Ambrósio
Segunda, 07 de Dezembro
Ambrósio nasceu no ano de 340. Desde jovem apresentou dotes cívicos, o que fez dele o prefeito da província romana aos 35 anos de idade. Ainda era apenas catecúmeno quando foi aclamado bispo de Milão por aclamação popular. Precisou então ser batizado imediatamente para poder assumir o bispado. Ainda não sabia muita coisa da religião cristã e por isso dedicou-se sobretudo ao estudo das sagradas escrituras.

Foram as suas qualidades pessoais que impuseram o bispo de Milão à devota atenção de todos. A atividade diária de Ambrósio era dirigida antes de tudo à orientação da própria comunidade, e ele cumpria as suas tarefas pastorais dirigindo ao seu povo mais de uma homilia por semana.
Nos seus célebres “Comentários Exegéticos”, antes de serem reunidos em volumes, tinham sido pregados à comunidade cristã de Milão. Aí encontramos o tom familiar do pastor que se dirige com amável simplicidade ao seu rebanho. Sente-se aí palpitar o coração de um grande bispo, que consegue suscitar a comoção nos ouvintes com argumentações carregadas de emotividade e de interesse.
Graças as suas qualidades pessoais ficou conhecido como “apóstolo da amizade”. Ambrósio faleceu no dia 4 de abril de 397.

Reflexão: 

Santo Ambrósio usou as qualidade de organizador e administrador para o bem da Igreja, a ponto de merecer o título de grande Doutor e Padre do Cristianismo do Ocidente. Ele não era apenas um intelecual, mas também um ótimo administrador da comunidade cristã a ele confiada. Santo Ambrósio, como homem de Deus, partilhou sua riqueza material e espiritual com o povo; pai carinhoso e tão grande orador que teve papel importante no serviço ao evangelho de Cristo.

Oração: 

Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Ambrósio, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

Santos que celebra hoje

Posted: 06 Dec 2020 08:03 AM PST

• São Pedro Pascual, mártir (1227-1300)

• Santa Díonisia, São Majórico e companheiros mártires (439-532)

São Nicolau

Posted: 06 Dec 2020 08:00 AM PST

São Nicolau
Domingo, 06 de Dezembro
Nicolau é amado e muito querido por todos os cristãos do Ocidente e do Oriente. Sem dúvida alguma é o Santo mais popular da Igreja. Ele é Padroeiro da Rússia, de Moscou, da Grécia, das crianças, das moças solteiras, dos marinheiros, dos cativos e dos lojistas. Por tudo isso, os dados de sua vida se misturam às tradições seculares do cristianismo.

Filho de nobres, Nicolau nasceu na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado Bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egito. Segundo alguns historiadores, o Bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.

Após a morte dos seus pais, São Nicolau herdou uma grande fortuna a que começou a distribuir entre os pobres. Ele se empenhou em ajudar secretamente, para que ninguém pudesse agradecer-lhe. São inúmeras as histórias de milagres que cercam a vida de Nicolau.

Após a sua ordenação, São Nicolau resolveu: "Até agora eu pude viver para mim mesmo e para a salvação da minha alma, mas daqui em diante todo o momento da minha vida deve ser dedicado aos outros." E esquecendo a si mesmo, o Santo abriu a porta de sua casa a todos e tornou-se o verdadeiro pai dos órfãos e pobres, defensor dos oprimidos e benfeitor a todos.

Morreu no dia 06 de dezembro de 326, em Mira. O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, Bispo de Constantinopla, que no ano de 842, relatou todos os milagres atribuídos a Santo Nicolau.

Reflexão: 

A tradição diz que Nicolau, costumava fazer doações anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres. Dizem colocava os presentes das crianças em sacos e os jogava dentro das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela manhã. Dessa tradição que veio a sua fama de amigo das crianças. São Nicolau é a figura do querido Papai Noel.

Oração: 

Senhor, pelos méritos de São Nicolau, concedei-me a graça da bondade e zelo para com os mais aflitos, necessitados e em especial para com as crianças. Que eu saiba aprofundar em mim os dons que me destes, colocando-os em prática. Livrai-me da omissão e da preguiça. Amém. 

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