quarta-feira, 18 de novembro de 2020

CONSAGRAÇÃO DA BASILICA DE SÃO PEDRO EM ROMA - (1626) - 18 DE NOVEMBRO DE 2020

 


Basílica de São Pedro

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Basílica de São Pedro (desambiguação).
Basílica de São Pedro
Basílica Sancti Petri
Basilica di San Pietro
Basílica de São Pedro em dia ensolarado.
Estilo dominanteRenascentista e Barroco
ArquitetoDonato Bramante
Construção1506-1626
Inauguração1626 (394 anos)
ReligiãoIgreja Católica
DioceseRoma
Local Vaticano

Basílica de São Pedro (em latimBasilica Sancti Petri, em italiano Basilica di San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano. Trata-se do maior e mais importante edifício religioso do catolicismo e um dos locais cristãos mais visitados do mundo.[1][2][3] Cobre uma área de 23 000 m² ou 2,3 hectares (5,7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo a sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, adornado com 340 estátuas de santosmártires e anjos.[4] Situada na Praça de São Pedro, a sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como BramanteMichelângelo,[5] Rafael e Bernini.

Especificamente classificada pela UNESCO, catalogada e preservada como Património Mundial da Humanidade, a Basílica de São Pedro foi considerada o maior projecto arquitectónico da sua época e continua a ser um dos monumentos mais visitados e celebrados do mundo. Foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São Pedro[nt 1] (de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas, começando com os primeiros, têm sido enterrados neste local.[6] Sempre existiu um templo dedicado a São Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do atual edifício, no local da antiga basílica erguida pelo imperador Constantino, começou em 18 de abril de 1506 e foi concluída em 18 de novembro de 1626,[7] sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica é um famoso local de peregrinação, pelas suas funções litúrgicas e associações históricas e uma das sete igrejas de peregrinação de Roma.

A Basílica de São Pedro é uma das quatro basílicas patriarcais de Roma, sendo as outras a Basílica de São João de LatrãoSanta Maria Maior e São Paulo Extramuros. Contrariamente à crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um bispo.[8] Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com a participação do Papa, pois a maioria das cerimónias papais são lá realizadas devido às suas dimensões, à proximidade com a residência do Papa e a localização privilegiada no Vaticano.

Localização e aspecto geral

Igrejas no Vaticano em 1748
Basílica de São Pedro
San Pellegrino
Sant'Anna
Santo Stefano degli Abissini
Santa Maria della Pietà
Santi Martino e Sebastiano degli Svizzeri
San Salvatore in Ossibus
Igrejas demolidas
Santo Stefano degli Ungheresi
Santa Marta

A Basílica de São Pedro é uma igreja do estilo renascentista localizada em Roma a oeste do Rio Tibre, perto da colina Janículo e do Mausoléu de Adriano. É através da Praça de São Pedro que a basílica é abordada, onde se destacam duas estátuas de 5,55 metros de altura dos apóstolos do século I Pedro e Paulo. A sua cúpula domina o horizonte de Roma, elevando-se a uma altura de 136,57 metros.[9][10] Apesar dos primeiros projectos desenvolvidos repercutirem para uma estrutura de planta centralizada, o que é ainda evidenciado na sua arquitectura, a basílica é cruciforme, com uma alongada nave de cruz latina. O espaço central é dominado tanto no interior como no exterior, por um dos maiores domos do mundo. A entrada é feita através de um nártex, que se estende por toda a frente do edifício.[9]

O interior abarca dimensões descomunais quando comparado com outras igrejas.[7] Um autor escreveu: "Gradualmente, a basílica alvorece sobre nós - enquanto observamos as pessoas aproximarem-se para este ou aquele monumento, estranhamente elas parecem encolher, pois elas são, evidentemente, ofuscadas pelo tamanho de toda a construção. Esta (basílica) por sua vez, esmaga-nos".[11]

A basílica em planta de cruz latina, possui três naves totalmente abobadadas, com pilares de apoio às abóbadas de berço. A nave principal é a mais alta de todas as igrejas. Estas são enquadradas por amplos corredores completados por um número de capelas a eles adjacentes. Em torno da cúpula existem também capelas, entre as quais fazem parte o Batistério, a capela da Apresentação de Nossa Senhora, a Capela Sistina, a capela do Papa Clemente I com o altar do Papa Gregório I, a Sacristia no transepto esquerdo com altares da Crucificação de São PedroSão José e São Tomé, o altar do Sagrado Coração de Jesus, a capela de Madonna de Colona, o altar de São Pedro e o Paralítico, a abside com a cátedra de São Pedro, o altar de Miguel Arcanjo, o altar de La Navicella; no transepto direito, com altares de Erasmo de Formia, Santos Processo e Martiniano, e de Venceslau I, o altar de São Basílio, a capela Gregoriana, com o altar de Nossa Senhora do Socorro, a capela maior do Santíssimo Sacramento, a capela de São Sebastião e a Capela de Pietà.[9] No coração da basílica, sob o altar-mor, está a Capela da Confissão, em referência à confissão de fé de São Pedro, que levou ao seu martírio. Duas escadarias curvas em mármore conduzem-nos a esta capela subterrânea ao nível da igreja constantiniana, onde logo acima se situa o túmulo de São Pedro.

Todo o interior da basílica está ricamente decorado com mármore, relevos, esculturas arquitectónicas, retábulos e ornamentos com acabamentos a ouro. A basílica contém um grande número de túmulos não só de papas como também de outras notáveis personalidades, muitos dos quais são considerados verdadeiras obras de arte reconhecidas mundialmente. Existem também uma série de esculturas em nichos e capelas, incluindo a Pietà de Miguel Ângelo. No entanto, a característica central é o baldaquino sobre o Altar Papal, projetado por Gian Lorenzo Bernini. O santuário culmina num conjunto escultural, também de Bernini que contém a simbólica Cátedra de São Pedro.[12]

História

No Império Romano

Planta do Circo de Nero, em comparação com a basílica de constantiniana e a basílica atual.

No início do Império Romano, pouco antes do nascimento de Jesus, o local era ocupado com algumas construções residenciais, erguidas em torno dos jardins imperiais da propriedade de Agripina Maior. O seu filho, Calígula (37-41 d.C.), construiu nesse local um circo privado, o Circo de Nero, cujo obelisco permanece ainda como um dos poucos monumentos comemorativos deixados daquela época. Neste circo e nos jardins a ele adjacentes, tiveram lugar os martírios de vários cristãos em Roma no templo do então imperador Nero (54-68). Um espaço imemorial que coloca o martírio do Apóstolo São Pedro personificado no recinto - entre os dois terminais (duas "metas") da "spina", onde no seu centro foi acrescentado o Obelisco do Vaticano. De acordo com a tradição católica, descrita nos livros apócrifos (como os Atos de Pedro), o apóstolo foi crucificado por volta do ano 65 d.C.. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo como gesto de humildade perante Cristo, uma vez que não se considerava digno de morrer como o Filho de Deus. No entanto, outra versão afirma que este gesto pode ter sido de uma crueldade adicional infligida deliberadamente pelos romanos.[13]

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