Emídio Guerreiro
Emídio Guerreiro | |
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Presidente do Partido Social Democrata | |
Período | 1975 |
Antecessor | Francisco Sá Carneiro |
Sucessor | Francisco Sá Carneiro |
Dados pessoais | |
Nascimento | 6 de setembro de 1899 Guimarães |
Morte | 29 de junho de 2005 (105 anos) Guimarães |
Nacionalidade | Portuguesa |
Partido | Partido Social Democrata |
Ocupação | Professor e político |
Emídio Guerreiro ComL • GCL (Guimarães, 6 de Setembro de 1899 — Guimarães, 29 de Junho de 2005) foi um professor de Matemática e político português.[1][2][3]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Criado no seio de família burguesa republicana, filho de pai militar, cedo aderiu aos ideais da República, tendo combatido, como voluntário, na Primeira Guerra Mundial. Em 1927 licenciou-se em Matemática, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde foi aluno de Francisco Gomes Teixeira. Após o Golpe do 28 de Maio, em 1926, junta-se aos opositores da Ditadura Militar. Em 1928, no Porto, funda a loja maçónica A Comuna do Grande Oriente Lusitano Unido. Em 1931 é admitido como assistente extraordinário na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, mas acaba por ser afastado, por interferência da PVDE. Em 1932 é preso por escrever um texto contra o presidente Óscar Carmona, evadindo-se um ano depois.
Iniciou em 1932 um exílio de mais de 40 anos, primeiro em Espanha, onde serviu os rojos durante a Guerra Civil; depois em França, onde em plena Segunda Guerra Mundial, se juntou clandestinamente à resistência. Quando a Segunda Guerra termina, fica a lecionar Matemática no Lycée Janson-de-Sailly, em Paris, onde permanece até 1974.
Mantendo uma consistente atividade de oposição à ditadura, ajuda a fundar em 1967, na capital francesa, a Liga de Unidade e Acção Revolucionária, força de contornos revolucionários. No entanto, quando regressa a Portugal, logo após o 25 de abril, é no Partido Popular Democrático (atual PSD) que se filia. Dirigente deste partido, viria mesmo a ser eleito secretário-geral do PPD durante os meses do PREC, em 1975, numas eleições disputadas a Carlos Mota Pinto, e num período em que Francisco Sá Carneiro se afastara do partido, devido a uma doença grave.
Foi um dos principais aderentes da Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR).
Depois de ser eleito deputado à Assembleia Constituinte, afastou-se daquele partido em 1976, por desafinidade ideológica. Viria então a aderir ao Partido Renovador Democrático, no final da sua vida, confessava-se próximo do Partido Socialista. Entrevistado pelo jornal Expresso, por ocasião do seu centenário em 1999, elegeu a dignidade humana como o ideal que sempre norteou a sua vida. «Como não pode haver dignidade se não houver liberdade, naturalmente que eu lutei pela liberdade. Lutei contra todos os regimes prepotentes, lutei contra todas as ditaduras», foram as suas declarações.
Faleceu no lar de terceira idade com o seu nome, na sua terra natal, com 105 anos de idade, ao fim de uma longa vida que atravessou os séculos XIX, o XX e XXI.[1][2][3]
A 30 de Junho de 1980 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 25 de Agosto de 1999 foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[4]
Referências
- ↑ ab Emídio Guerreiro na página do PSD.
- ↑ ab Emídio Guerreiro na página da Universidade do Porto.
- ↑ ab Emídio Guerreiro na Respublica.
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Emídio Guerreiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 30 de março de 2016
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Nascidos em 1899
- Mortos em 2005
- Homens
- Naturais de Guimarães
- Alumni da Universidade do Porto
- Matemáticos de Portugal
- Maçons de Portugal
- Maçons do século XX
- Maçons do século XXI
- Imigrantes de Portugal em França
- Políticos do Partido Social Democrata (Portugal)
- Deputados da Assembleia Constituinte de Portugal de 1975
- Membros do Grupo LUAR
- Líderes partidários de Portugal
- Comendadores da Ordem da Liberdade
- Grã-Cruzes da Ordem da Liberdade
- Centenários de Portugal
- Exilados do Estado Novo (Portugal)
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