terça-feira, 1 de setembro de 2020

A VIAGEM À LUA "LE VOYAGE DANS LA LUNE" - O FILME (1902) - 1 DE SETEMBRO DE 2020

 


Le voyage dans la Lune

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Le voyage dans la Lune
A viagem à Lua (PRT)
Viagem à Lua (BRA)
 França
1902 •  p&b •  14 min 
DireçãoGeorges Méliès
ProduçãoGeorges Méliès
RoteiroGeorges Méliès
ElencoJeanne d'Alcy
Georges Méliès
Géneroficção científica
aventura
CinematografiaMichaut
Lucien Tainguy
Direção de arteClaudel
FigurinoJeanne d'Alcy
EdiçãoGeorges Méliès
Companhia(s) produtora(s)Star Film
DistribuiçãoFrança Georges Méliès
LançamentoFrança 1 de setembro de 1902
Idiomamudo

Le Voyage dans la lune (no BrasilViagem à Lua e em PortugalA Viagem à Lua) é um filme francês do ano de 1902. Foi baseado em dois romances populares de seu tempo: De la Terre à la Lune, de Julio Verne,[1] e The First Men in the Moon, de H. G. Wells.[2] Tinha em seu elenco Victor AndréBleuette BernonBrunnetJeanne d'Alcy e Henri Delannoy.

O filme teve roteiro e direção de Georges Méliès, com assistência de seu irmão Gaston Méliès. Foi extremamente popular em sua época e o mais conhecido das centenas de produções de Méliès. É considerado o primeiro filme de ficção científica[3][4][5] e o primeiro a tratar de seres alienígenas, usando recursos inovadores de animação e efeitos especiais, incluindo a famosa cena da nave pousando no olho da "Homem da lua". O filme A invenção de Hugo Cabret, do diretor Martin Scorsese, faz menção a este.[2]

O último episódio da minissérie produzida por Tom HanksRon HowardBrian Grazer e Michael BostickFrom the Earth to the Moon, mostra cenas desse filme e de como possivelmente foi sua produção. O videoclipe da música Tonight, Tonight, da banda The Smashing Pumpkins, é baseado nele.

Foi escolhido um dos cem melhores filmes do século XX no ranking da The Village Voice, ocupando a posição de número 84.[6] É o filme mais antigo presente na lista do livro 1001 Filmes para Ver antes de Morrer, de Steven Jay Schneider. Hoje, possui domínio público, pois seus direitos autorais já expiraram.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Tanto De la Terre à la Lune de Júlio Verne, quanto o filme, narram a história de um grupo de cinco astrônomos que viajam à Lua numa cápsula lançada por um canhão gigante,[7] onde são capturados pelos selenitas, tal qual em The First Men in the Moon, de H. G. Wells.[8] Contudo, conseguem escapar e retornam salvos à Terra. A película inclui inúmeras experiências arrojadas com algumas das mais famosas técnicas cinematográficas como a sobreposição, fusão e a exposição múltipla de imagens.

Versão Extra[editar | editar código-fonte]

Quando originalmente exibido, o filme retratava em sua cena final uma parada em celebração ao retorno dos viajantes espaciais. Até recentemente, esta cena era considerada perdida. Entretanto, um pedaço completo do filme foi descoberto na França em 2002. Não apenas uma parte inteira do filme, mas também completamente colorida à mão. Ela foi restaurada e apresentada pela primeira vez em 2003 no Pordenone Silent Film Festival.

Análise[editar | editar código-fonte]

Único frame (quadro), colorizado a mão, sobrevivente da obra.

Alguns historiadores sugerem que, embora Le Voyage dans la lune tenha usado muitas técnicas inovadoras para sua época, ele ainda apresenta um entendimento primitivo da técnica de narrativa do cinema.

Apesar de uma edição puramente funcional, eles tiveram uma escolha então incomum: quando os astrônomos pisam a superfície da Lua, o "mesmo evento é mostrado duas vezes, e de forma diferente". Da primeira vez é mostrado um choque da cápsula com o olho do "Homem da Lua"; da segunda vez eles pousam em um terreno plano. O conceito de mostrar uma cena duas vezes de diferentes modos foi experimentado posteriormente em filmes como Life of an American Fireman, de Edwin S. Porter, lançado aproximadamente um ano depois de Le Voyage dans la lune.

Alguns reivindicam que Le Voyage dans la lune seria o primeiro exemplo de filme patafísico, embora afirmando que o filme visa a "mostrar a falta de lógica do raciocínio lógico".[9] Outros ainda comentaram que o director, George Méliès, quis "inverter os valores hierárquicos da sociedade moderna francesa e mantê-los ao ridículo num motim carnivalesco".[9] Este é considerado um elemento inerente do enredo: a história propriamente dita faz graça dos cientistas e da ciência em geral, em que a partir de sua viagem para a Lua, estes astrônomos descobrem que a face da Lua é, de fato, a face de um homem, e que ela é povoada por pequenos homens verdes.[9]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

Méliès tinha a intenção de lançar seu filme nos Estados Unidos com a idéia de lucrar com isso. Entretanto, técnicos dos filmes de Thomas Edison secretamente fizeram cópias e o distribuiram por todo o país. Enquanto o filme era muito bem sucedido, Méliès finalmente foi à falência.[2]

Incorreções[editar | editar código-fonte]

  • Erro do personagem
  • O Presidente bate o seu próprio chapéu quando ele anda atrás da mesa.
NomePersonagem
Victor AndréNão creditado
Bleuette BernonMulher na lua
BrunnetAstrônomo
Jeanne d'AlcyNão creditado
Henri DelannoyCapitão do foguete
Dominique DelpierreNão creditado
FarjautAstrônomo
KelmAstrônomo
Georges MélièsProf. Barbenfouillis

Outros nomes do filme[editar | editar código-fonte]

NomePaís(es)
A Trip to the MoonEstados Unidos
Cesta na MesícTchecoslováquia
Die Reise zum MondAlemanha
Matka kuuhunFinlândia
Viaggio nella LunaItália
Viaje a la lunaEspanha

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  As viagens à Lua de Verne, Méliès e Armstrong
  2. ↑ Ir para:a b c Dirks, Tim. «A Trip to The Moon»FilmSite.org. Consultado em 8 de janeiro de 2007
  3.  Creed, Barbara (2009). Darwin's Screens: Evolutionary Aesthetics, Time and Sexual Display in the Cinema. Carlton, Victoria: Melbourne University. p. 58. ISBN 978-0-522-85258-5
  4.  «'Viagem à Lua', primeiro filme sci-fi com efeitos especiais, completa 115 anos»Terra
  5.  SAPO, Viagem à Lua - SAPO Mag, consultado em 1 de setembro de 2018
  6.  [1]
  7.  Alain Barluet (2005). «Aventuras Extraordinárias». EdiouroScientific American Brasil - Exploradores do Futuro - Júlio Verne (1)
  8.  «Os Clássicos». EdiouroScientific American Brasil - Exploradores do Futuro - H. G. Wells (2). 2005
  9. ↑ Ir para:a b c McMahan, Alison (2005). The Films of Tim Burton: Animating Live Action in Contemporary Hollywood. [S.l.]: Continuum International Publishing Group. ISBN 0826415660

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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