Origem da Igreja Católica |
- Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Ambrósio, bispo
- Reflexão
- Santa Brígida, religiosa
- Reflexão do dia
- Santa Maria Madalena
- Das Homilias sobre os evangelhos, de São Gregório Magno, papa
- Papa Francisco insiste: nada de tarifas para missas ou sacramentos
Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Ambrósio, bispo Posted: 23 Jul 2020 02:51 AM PDT Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Ambrósio, bispo (Ps 43,89-90:CSEL 64,324-326) (Séc.IV) A luz de tua face foi marcada sobre nós Por que voltas o rosto? Julgamos que Deus vira o rosto, quando estamos em qualquer aflição, de modo que as trevas se espalham sobre nossos afetos e, assim impedidos, não conseguimos encher os olhos com o fulgor da verdade. De fato, se Deus olhar para nosso espírito e se dignar visitar nossa mente, podemos estar certos de que coisa alguma nos envolverá de escuridão. Na verdade, se o rosto do homem brilha mais do que todas as partes do corpo e, fitando-o, ficamos conhecendo alguém antes desconhecido ou reconhecemos o já conhecido, que não se furta a nosso olhar, quanto mais o rosto de Deus iluminará a quem olha! Também nisto, como em tantas outras coisas, o Apóstolo, verdadeiro intérprete de Cristo, é muito claro para iluminar nossas mentes com melhor palavra e sentido. Assim diz: Porque Deus, que ordenou à luz resplandecer nas trevas, refulgiu em nossos corações para o esclarecimento da ciência da glória do Senhor na face do Cristo Jesus. Sabemos, pois, onde Cristo em nós refulge. É o fulgor eterno das mentes, que o Pai enviou à terra para que em seu rosto resplandecente possamos contemplar as realidades eternas e celestes, nós que éramos antes presa da escuridão terena. Por que falo de Cristo, quando até o apóstolo Pedro disse ao paralítico de nascimento: Olha para nós? Olhou para Pedro e foi iluminado com a graça da fé; não teria recuperado a saúde se não fosse fiel em acreditar. Tamanha glória já enchia os apóstolos, mas Zaqueu, tendo ouvido dizer que o Senhor Jesus passaria, subiu a uma árvore, pois era pequeno e não podia vê-lo no meio da multidão. Viu Cristo e encontrou a luz. Viu, portanto, aquele que tirava dos outros e dá do que é seu. Por que voltas o rosto? – quer dizer: mesmo que afastes, Senhor, teu rosto de nós, o entanto, foi marcada em nós a luz de tua face, Senhor. Guardamos tal luz em nossos corações e no íntimo da alma ela refulge. Na verdade, ninguém pode subsistir se desviares o rosto. |
Posted: 23 Jul 2020 02:49 AM PDT Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração" (Mateus 13,15). Jesus, hoje, está dizendo aos Seus discípulos qual o motivo de Ele explicar o Reino dos Céus em parábolas. É até estranho Ele dizer que aqueles que não veem, não enxergam mesmo, e aqueles que não escutam, não compreendem (cf. Mateus 13,13). Porque, na verdade, é assim. Aqueles que, de fato, se abrem para acolher o Reino de Deus em Jesus, os olhos irão se abrir para vê-Lo, os ouvidos irão se abrir para ouvi-Lo e o coração há de se dilatar para acolhê-Lo. Então, quem tem, terá mais ainda, mas quem não tem, até o pouco que tem deixará de ter, porque simplesmente fechou o coração. E Jesus está dizendo: "O coração deste povo é insensível". Não podemos nos tornar insensíveis à graça de Deus. E não é só a sensibilidade do sentimentalismo. Tomemos cuidado, porque o sentimentalismo é um engano! Aqui, é a sensibilidade com a graça e com aquilo que é de Deus. No meio de tantos afazeres, preocupações e ocupações que temos na vida, vamos, aos poucos, perdendo a sensibilidade da graça, e o que é pior: vamos ter má vontade. Quantas pessoas têm má vontade para ir à Missa, para fazer as orações, para meditar a Palavra de Deus. À medida que a má vontade e a insensibilidade espiritual tomam conta de nós, os olhos vão se fechando, o olhar da graça vai se perdendo, os ouvidos vão travando, não conseguimos mais ouvir a Palavra de Deus, o coração se fecha, não nos convertemos e não tocamos na graça. Precisamos, em meio às frustrações e decepções, nos tornar mais unidos e ligados à graça de Deus Nós nos acomodamos porque somos da Igreja há tanto tempo, porque já lemos toda a Palavra de Deus, porque já rezamos bastante – mas, infelizmente, não compreendemos nada –, porque a insensibilidade vai tomando conta de nós. Vamos nos acostumando com o comum, e não vamos nos sensibilizando para aquilo que a Palavra pode e deve realizar em nossa vida. Cuidemos de nossas emoções e dos nossos sentimentos, porque se eles são conduzidos pelas decepções, mágoas ou frustrações que muitas vezes experimentamos na vida, isso vai nos tornando insensíveis para a graça, quando, na verdade, é contrário: precisamos, em meio às frustrações e decepções, nos tornar mais unidos e ligados à graça de Deus. É aí que precisamos ser cada vez mais unidos a Jesus e à graça, mas se nos fazemos de vítima, de coitado, se nos colocamos como aquele que diz: "Religião não vale". "A Igreja é isso". "O outro é aquilo"… Perdemos ou estamos perdendo a sensibilidade para o essencial, e por isso a Palavra não tem tido força nem ressonância no nosso coração. O problema não é a Palavra, não é Deus, não é Igreja nem são as situações, o problema somos nós que nos deixamos focar naquilo que é a nossa vontade ou nos deixamos levar pelas decepções, mágoas, e perdemos a sensibilidade religiosa. Trabalhemos para sermos cada vez mais sensíveis ao Reino dos Céus, para que a piedade divina, para que todos aqueles sentimentos religiosos, verdadeiros e autênticos, que um dia foram depositados em nosso coração, sejam ressuscitados pelo poder da graça de Deus, porque, no final, tudo passa, e é a nossa união com Deus que prevalece. |
Posted: 23 Jul 2020 02:46 AM PDT Brígida, ou Brigite, nasceu princesa, em 1303, no castelo de Finstad, na Suécia. Descendia de uma casa real que forneceu à Igreja muitos santos e que se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas, todas anotadas por ela no seu idioma sueco. Depois, as descrições foram traduzidas para o latim e somaram oito grandes volumes, que ainda hoje são fonte de consulta para historiadores, teólogos e fiéis cristãos. Aos dezoito anos, casou-se com o nobre chamado Ulf Gudmarsson, um homem cristão e muito piedoso. O casal teve oito filhos, dentre os quais a filha venerada como Santa Catarina da Suécia. Após a morte de um dos seus filhos, o casal resolveu fazer uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, em Espanha. Após uma grave doença, Ulf, ingressou no mosteiro de Alvastra, onde vivia um dos seus filhos, e lá morreu, em 1344. Viúva, Brígida decidiu retirar-se definitivamente para a vida monástica, para realizar um velho projeto, a fundação de um mosteiro duplo, de homens e mulheres, que deu origem à Ordem do Santo Salvador, sob as Regras de Santo Agostinho, passando, então, a viver nele. Quando obteve aprovação canónica, a fundadora transferiu-se para Roma. Ali viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes e pelo regresso do Papa de Avignon. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa. Morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa. Desde então, a Ordem fundada por ela passou a ser dirigida pela sua filha, Catarina da Suécia, alcançando notoriedade pelos anos futuros. Canonizada em 1391, apenas dezoito anos após a sua morte, Santa Brígida já tinha um culto muito vigoroso em todo o mundo cristão da Europa, sendo celebrada no dia de sua morte. O local onde residia em Roma foi transformado numa bela igreja dedicada a ela, na praça Farnese. |
Posted: 22 Jul 2020 05:04 AM PDT "Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor', e contou o que Jesus lhe tinha dito" (João 20,18). Celebremos, com muito amor no coração, a festa de Santa Maria Madalena, discípula de Jesus. Poderíamos dizer muitas coisas a respeito de Maria Madalena, mas, infelizmente, muitas pessoas vivem sempre de passado, e estão mais interessadas naquilo que ela foi do que naquilo que ela é e se tornou pela graça de Deus. Não posso dizer que Maria Madalena foi adúltera, prostituta, mulher da vida ou qualquer expressão dessas, porque a Sagrada Escritura não me fala isso dela, mas me fala que dela Jesus expulsou sete espíritos malignos. E depois que ela se encontrou com o Senhor, não foi mais a mesma, ela foi transformada e convertida no verdadeiro amor. Jesus passou a ser o amor maior da vida de Madalena, por isso ela se tornou discípula d'Ele. Ela seguiu Jesus, porque, se antes ela seguia os impulsos do seu coração, ela era conduzida pelas paixões da sua alma e por toda a vida que levava, ela mudou a sua rota ou permitiu a Jesus mudar a rota da sua vida. O que precisamos aprender com Maria Madalena é nos tornarmos, verdadeiramente, discípulos de Jesus A paixão da vida de Maria passou a ser Jesus. Não seja leviano, mundano ou profano, porque, quando se fala de paixão, as pessoas confundem e só conhecem paixões carnais. É porque para a pessoa mundana tudo vai ser também mundano. A conversão de Maria foi profunda, porque ela se converteu para o Reino de Deus, para os sentimentos evangélicos e para Jesus Mestre, Senhor e Salvador. Por isso, acima de tudo, ela se tornou a discípula, a seguidora, aquela que seguiu Jesus da vida até a morte, e foi a primeira testemunha de Cristo vivo e ressuscitado. Maria foi não só aquela que viu o Ressuscitado, mas aquela que proclamou que Ele estava vivo e no meio de nós. O que precisamos aprender com essa mulher é nos tornarmos verdadeiramente discípulos de Jesus. Que o nosso encontro com Ele seja transformador e nos leve a nos tornarmos apaixonados pelo Evangelho e pela vida do Reino. Que o nosso encontro com o Senhor nos leve a ser o que Maria foi: aquela que levou a vida em nome do Mestre. O bom discípulo é aquele que se torna apóstolo. Maria foi uma excelente discípula, porque nunca mais tirou os olhos de Jesus, e nem a morte d'Ele foi capaz disso! Pelo contrário, ela cuidava até do corpo d'Ele, por isso a vida de Jesus está nela, e ela se tornou apóstola da Ressurreição. Por onde Maria Madalena foi, ela anunciou a presença amorosa de Jesus no meio de nós. Precisamos ser, a cada dia, discípulos do Mestre Jesus, precisamos ser apóstolos d'Ele; anunciar, proclamar e testemunhar para o mundo que caminha na escuridão das trevas, do pecado e da morte, que Jesus está vivo. A vida de Maria Madalena foi a prova mais autêntica daquilo que Jesus realiza e transforma na vida da pessoa que n'Ele crê e leva a vida em Seu nome. Que as pessoas possam olhar para a nossa vida e dizer: "Jesus nele vive, então Ele está vivo". Não basta proclamar a Ressurreição de Jesus, é preciso deixar que a Ressurreição aconteça na nossa própria vida e a ilumine, para não vivermos nas trevas, na escuridão, no erro nem no pecado. Que Maria Madalena nos ensine o caminho do discipulado e do apostolado do Mestre Jesus. |
Posted: 22 Jul 2020 04:58 AM PDT Embora fosse apenas uma pecadora famosa da sua cidade, Maria Madalena, nascida em Magdala, na Galiléia, teve uma importante participação na passagem de Jesus pela Terra. Foi perdoada publicamente por ele, que a tomou como exemplo de que seu Pai acolhia a todos, desde que chegassem ao arrependimento. Além disso, foi, ainda, a escolhida para ser a primeira testemunha da ressurreição. Madalena ouvira falar de Jesus, pois a fama dos milagres dele corria entre o povo. Assim, no dia em que Jesus participava de um banquete na casa de Simão, o fariseu, Maria Madalena resolveu fazer uma confissão pública de arrependimento, porque o seu pecado era público, como diz a Sagrada Escritura. Invadindo o local da ceia, ela não ousou olhar para Jesus. Apenas se ajoelhou na sua frente, banhou os seus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos, num pedido de perdão mudo. Impressionados, os presentes imaginavam que ela fosse ser repudiada pelo Mestre, mas Jesus apenas a perdoou. A partir desse dia, tornou-se uma das mais fiéis seguidoras do Messias. Madalena estava ao lado de Maria quando da crucificação do Senhor e, na madrugada da Páscoa, eram tantas as saudades que sentia de Jesus que foi chorar à porta do sepulcro. De repente, ouviu a voz, que jamais esqueceria, chamar o seu nome. Assim, as profecias cumpriram-se diante dos seus olhos. Jesus ressuscitara! Depois disso, segundo uma antiga tradição grega, Maria Madalena teria ido viver em Éfeso, onde morreu. Lá, tinham ido morar também João, o apóstolo predileto de Jesus, e Maria, Mãe de Jesus. A liturgia bizantina celebra-a como "Apóstola dos Apóstolos", para que continue a sua missão de anunciar a ressurreição do Senhor no seu rito apostólico. Festejada no dia 22 de julho, Santa Maria Madalena tornou-se a padroeira de muitas ordens religiosas. |
Das Homilias sobre os evangelhos, de São Gregório Magno, papa Posted: 22 Jul 2020 04:55 AM PDT Das Homilias sobre os evangelhos, de São Gregório Magno, papa (Hom.25,1-2.4-5:PL 76,1189-1193)(Séc.VI) Sentia o desejo ardente de encontrar a Cristo, que julgava ter sido roubado Maria Madalena, tendo ido ao sepulcro, não encontrou o corpo do Senhor. Julgando que fora roubado, foi avisar aos discípulos. Estes vieram também ao sepulcro, viram e acreditaram no que a mulher lhes dissera. Sobre eles está escrito logo em seguida: Os discípulos voltaram então para casa (Jo 20,10). E depois acrescenta-se: Entretanto, Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando (Jo 20,11). Este fato leva-nos a considerar quão forte era o amor que inflamava o espírito dessa mulher, que não se afastava do túmulo do Senhor, mesmo depois de os discípulos terem ido embora. Procurava a quem não encontrara, chorava enquanto buscava e, abrasada no fogo do seu amor, sentia a ardente saudade daquele que julgava ter sido roubado. Por iso, só ela o viu então, porque só ela o ficou procurando. Na verdade, a eficácia das boas obras está na perseverança, como afirma também a voz da Verdade: Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10,22). Ela começou a procurar e não encontrou nada; continuou a procurar, e conseguiu encontrar. Os desejos foram aumentando com a espera, e fizeram com que chegasse a encontrar. Pois os desejos santos crescem com a demora; mas se diminuem com o adiamento, não são desejos autênticos. Quem experimentou este amor ardente, pôde alcançar a verdade. Por isso afirmou Davi: Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? (Sl 41,3). Também a Igreja diz no Cântico dos Cânticos: Estou ferida de amor(Ct 5,8). E ainda: Minha alma desfalece (cf.Ct 5,6). Mulher, por que choras? A quem procuras? (Jo 20,15). É interrogada sobre o motivo de sua dor, para que aumente o seu desejo e, mencionando o nome de quem procurava, se inflame ainda mais o seu amor por ele. Então Jesus disse: Maria (Jo 20,16). Depois de tê-la tratado pelo nome comum de mulher sem que ela o tenha reconhecido, chama-a pelo próprio nome. Foi como se lhe dissesse abertamente: Reconhece aquele por quem és reconhecida. Não é entre outros, de maneira geral, que te conheço, mas especialmente a ti. Maria, chamada pelo próprio nome, reconhece quem lhe falou; e imediatamente exclama: Rabuni, que quer dizer Mestre (Jo 20,16). Era ele a quem Maria Madalena procurava exteriormente; entretanto, era ele que a impelia interiormente a procurá-lo. |
Papa Francisco insiste: nada de tarifas para missas ou sacramentos Posted: 22 Jul 2020 04:38 AM PDT O Papa Francisco insiste na gratuidade dos sacramentos e das missas, de modo que não exista tarifário, nem “preço a pagar” ou “taxa a exigir”. É o que esclarece a Instrução do Dicastério para o Clero, autorizada por Bergoglio: “A conversão pastoral da comunidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja”, publicada em 20 de julho de 2020. No texto do Vaticano que redefine o papel e a configuração das paróquias, afirma-se que as ofertas não são como impostos a serem cobrados, mas um ato livre dos fiéis. Fonte https://pt.aleteia.org/2020/07/21/papa-francisco-insiste-nada-de-tarifas-para-missas-ou-sacramentos/ |
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