Grande Cerco de Gibraltar
Grande Cerco de Gibraltar | |||
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Conflito Anglo-Espanhol, da Guerra de Independência dos Estados Unidos | |||
O Cerco e Libertação de Gibraltar por John Singleton Copley (c.1783). | |||
Data | 24 de junho de 1779 – 7 de fevereiro de 1783 | ||
Local | Gibraltar | ||
Desfecho | Vitória decisiva britânica[1][2] | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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O Grande Cerco de Gibraltar foi uma tentativa mal sucedida dos reinos da Espanha e da França de capturar a Ilha de Gibraltar, que estava nas mãos dos Britânicos, durante a Guerra de independência dos Estados Unidos. Este foi o maior cerco militar do conflito, em termos de soldados envolvidos. Com duração de três anos, sete meses e duas semanas, foi o cerco mais longo submetido as Forças Armadas do Reino Unido. Também é considerado um dos cercos mais longos da história moderna.[15]
O cerco[editar | editar código-fonte]
Gibraltar era um dos pontos comerciais mais prósperos do Mediterrâneo, com rotas marítimas importantes entre a Europa e as Américas. A Espanha e a Inglaterra, por décadas, disputavam o controle da ilha, envolvendo-se em guerras por ela. Pelo Tratado de Aranjuez, a França declarou apoio aos espanhóis e quando a atenção britânica se voltou para o continente americano no começo da Guerra de independência dos Estados Unidos, Gibraltar pareceu vulnerável a um ataque.[16][17][18][19]
Em 1779, uma frota espanhola e francesa convergiu sobre Gibraltar, bloqueando-a pelo mar. Os britânicos, contudo, não se submeteram, obrigando a Espanha a comprometer mais tropas e navios ao cerco. Os ingleses tentaram, pelo menos duas vezes, quebrar as linhas inimigas, sem sucesso, porém também eles próprios não cediam. Em setembro de 1782, mais de 5 mil homens de infantaria espanhola e francesa lançaram o "Grande Assalto", apoiados por mais de 80 navios de pequeno e grande porte. Os britânicos, porém, resistiram e infligiram pesadas baixas aos espanhóis.[6][15][20][21]
Ao final de 1782, o Almirantado Britânico considerou um grande plano para romper o cerco a Gibraltar. Uma frota de navios adicional, vindo de Cabo de São Vicente, sob comando do almirante Richard Howe, chegou na costa da ilha sem enfrentar muita oposição. Uma batalha naval indecisiva aconteceu então no Cabo Espartel em 20 de outubro de 1782, mas os ingleses foram bem sucedidos em manter a rota de suprimentos para Gibraltar aberta. Assim, as forças britânicas conseguiram permanecer firmes até que, na primavera de 1783, um acordo foi firmado entre as potências para encerrar as hostilidades.[22]
O Tratado de Paris de 1783 encerrou a guerra entre as Treze Colônias e a Grã-Bretanha. Acordos de paz também foram assinados para acabar com as hostilidades na Europa. No final, a Espanha, apoiada pela França, teve que recuar, derrotada, e abandonou o cerco a Gibraltar. Várias aldeais e cidades da ilha estavam em ruínas, mas os britânicos foram rápidos na reconstrução.[9]
Referências
- ↑ Syrett 2006, p. 105.
- ↑ Chartrand & Courcelle 2006, p. 86.
- ↑ Montero 1860, p. 339.
- ↑ Chartrand & Courcelle 2006, p. 63.
- ↑ Falkner 2009, p. 156.
- ↑ ab c Montero 1860, p. 338.
- ↑ Montero 1860, p. 356.
- ↑ ab Chartrand & Courcelle 2006, p. 79.
- ↑ ab Chartrand & Courcelle 2006.
- ↑ Monti 1852, p. 132.
- ↑ Chartrand & Courcelle 2006, p. 89.
- ↑ Drinkwater 1862, p. 352.
- ↑ Montero 1860, p. 373.
- ↑ Drinkwater 1862, p. 147.
- ↑ ab «The Great Siege of Gibraltar». The Keep Military Museum. Consultado em 8 de junho de 2017
- ↑ Clarfield, Gerard (1992), United States Diplomatic History: From Revolution to Empire, New Jersey: Prentice-Hall
- ↑ Harvey 2001, p. 362.
- ↑ Sayer 179.
- ↑ Harvey 2001, pp. 385–87.
- ↑ Finlayson, Darren; Fa, Clive (2006). The fortifications of Gibraltar: 1068–1945. Oxford [u.a.]: Osprey. p. 29. ISBN 978-1-84603016-1
- ↑ «Bajas españolas de las baterías flotantes del ataque a Gibraltar el 13 de septiembre de 1782», Todo a Babor, Gaceta de Madrid (em espanhol), consultado em 11 de março de 2010
- ↑ Syrett 2006, pp. 104-5.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Bond, Peter (2003), «Gibraltar's Finest Hour: The Great Siege, 1779–1783», 300 Years of British Gibraltar, 1704–2004, Gibraltar: Peter-Tan, pp. 28–29
- Chartrand, René; Courcelle, Patrice (2006), Gibraltar 1779–1783: The Great Siege, ISBN 978-1-84176-977-6, Gibraltar: Osprey, consultado em 8 de junho de 2017, cópia arquivada em
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redundantes (ajuda) - Drinkwater, John (an eyewitness) (1786), A history of the siege of Gibraltar, 1779–1783: With a description and account of that garrison from the earliest periods 3 ed. , Edinburgh: Thomas Nelson
- Falkner, James (2009), Fire Over The Rock: The Great Siege of Gibraltar 1779–1783, ISBN 9781473814226, Pen and Sword
- Harvey, Robert (2001), A Few Bloody Noses: The American War of Independence, ISBN 0719561418, London, OCLC 46513518
- Hughes, Quentin; Migos, Athanassios (1995). Strong as the Rock of Gibraltar. Gibraltar: Exchange Publications. OCLC 48491998
- Montero, Francisco Maria (1860), Historia de Gibraltar y de su campo (em espanhol), Imprenta de la Revista Médica
- Monti, Ángel Maria (1852), Historia de Gibraltar: dedicada a SS. AA. RR., los serenisimos señores Infantes Duques de Montpensier (em espanhol), Imp. Juan Moyano
- Norwich, John Julius (2006), The Middle Sea: a history of the Mediterranean, Random House
- Rodger, Nicholas (2006), The Command of the Ocean: A Naval History of Britain, 1649–1815, London
- Sayer, Capt. Frederick (1862), The history of Gibraltar and of its political relation to events in Europe..., Saunders, Otley & Co.
- Stephens, Frederic (1870), A history of Gibraltar and its sieges, Provost & Co.
- Sugden, John (2004), Nelson: A Dream of Glory, ISBN 022406097X, London, OCLC 56656695
- Syrett, David (2006), Admiral Lord Howe: A Biography, ISBN 1591140064, London, OCLC 70660963
- Upton, Catherine (1787), The siege of Gibraltar, from the twelfth of April to the twenty-seventh of May, 1781, London, OCLC 54200353
- Uxó, José Palasí (2007), «Referencias en torno al bloqueo naval durante los asedios», Almoraima (em espanhol) (34)
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