terça-feira, 16 de junho de 2020

GRANDE CERCO DE GIBRALTAR - 1779 - 16 DE JUNHO DE 2020



Grande Cerco de Gibraltar

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Grande Cerco de Gibraltar
Conflito Anglo-Espanhol, da Guerra de Independência dos Estados Unidos
The Siege and Relief of Gibraltar (2).jpg
O Cerco e Libertação de Gibraltar por John Singleton Copley (c.1783).
Data24 de junho de 1779 – 7 de fevereiro de 1783
LocalGibraltar
DesfechoVitória decisiva britânica[1][2]
Beligerantes
Flag of Great Britain (1707–1800).svg Grã-BretanhaBandera de España 1760-1785.svg Espanha
Royal Standard of the King of France.svg França
Comandantes
Flag of Great Britain (1707–1800).svg George Augustus Eliott
Flag of Great Britain (1707–1800).svg Roger Curtis
Flag of Hanover (1692).svg August de la Motte
Bandera de España 1760-1785.svg Louis des Balbes de Berton de Crillon
Bandera de España 1760-1785.svg Martín Álvarez de Sotomayor
Bandera de España 1760-1785.svg Luis de Córdova y Córdova
Bandera de España 1760-1785.svg Antonio Barceló
Forças
Junho de 1779:
5 382 homens[3]

Setembro de 1782:
7 500 homens[4]
96 canhões
12 canhoneiras[5]
Junho de 1779:
13 749 homens[6]

Setembro de 1782:
33 000 homens[7][8]
30 000 marinheiros e fuzileiros[9]
86 canhões e morteiros[10]
47 navios de linha[8]
vários xavecos e canhoneiras[6]
10 outros navios de guerra
Baixas
333 mortos
911 feridos

(536 outros mortos por doenças)[11][12]
6 000 mortos, feridos, capturados ou desaparecidos[13]
9 navios afundados
1 navio de linha capturado[14]

Grande Cerco de Gibraltar foi uma tentativa mal sucedida dos reinos da Espanha e da França de capturar a Ilha de Gibraltar, que estava nas mãos dos Britânicos, durante a Guerra de independência dos Estados Unidos. Este foi o maior cerco militar do conflito, em termos de soldados envolvidos. Com duração de três anos, sete meses e duas semanas, foi o cerco mais longo submetido as Forças Armadas do Reino Unido. Também é considerado um dos cercos mais longos da história moderna.[15]

O cerco[editar | editar código-fonte]

Gibraltar era um dos pontos comerciais mais prósperos do Mediterrâneo, com rotas marítimas importantes entre a Europa e as Américas. A Espanha e a Inglaterra, por décadas, disputavam o controle da ilha, envolvendo-se em guerras por ela. Pelo Tratado de Aranjuez, a França declarou apoio aos espanhóis e quando a atenção britânica se voltou para o continente americano no começo da Guerra de independência dos Estados Unidos, Gibraltar pareceu vulnerável a um ataque.[16][17][18][19]

Em 1779, uma frota espanhola e francesa convergiu sobre Gibraltar, bloqueando-a pelo mar. Os britânicos, contudo, não se submeteram, obrigando a Espanha a comprometer mais tropas e navios ao cerco. Os ingleses tentaram, pelo menos duas vezes, quebrar as linhas inimigas, sem sucesso, porém também eles próprios não cediam. Em setembro de 1782, mais de 5 mil homens de infantaria espanhola e francesa lançaram o "Grande Assalto", apoiados por mais de 80 navios de pequeno e grande porte. Os britânicos, porém, resistiram e infligiram pesadas baixas aos espanhóis.[6][15][20][21]

Ao final de 1782, o Almirantado Britânico considerou um grande plano para romper o cerco a Gibraltar. Uma frota de navios adicional, vindo de Cabo de São Vicente, sob comando do almirante Richard Howe, chegou na costa da ilha sem enfrentar muita oposição. Uma batalha naval indecisiva aconteceu então no Cabo Espartel em 20 de outubro de 1782, mas os ingleses foram bem sucedidos em manter a rota de suprimentos para Gibraltar aberta. Assim, as forças britânicas conseguiram permanecer firmes até que, na primavera de 1783, um acordo foi firmado entre as potências para encerrar as hostilidades.[22]

Tratado de Paris de 1783 encerrou a guerra entre as Treze Colônias e a Grã-Bretanha. Acordos de paz também foram assinados para acabar com as hostilidades na Europa. No final, a Espanha, apoiada pela França, teve que recuar, derrotada, e abandonou o cerco a Gibraltar. Várias aldeais e cidades da ilha estavam em ruínas, mas os britânicos foram rápidos na reconstrução.[9]

Referências

  1.  Syrett 2006, p. 105.
  2.  Chartrand & Courcelle 2006, p. 86.
  3.  Montero 1860, p. 339.
  4.  Chartrand & Courcelle 2006, p. 63.
  5.  Falkner 2009, p. 156.
  6. ↑ Ir para:a b c Montero 1860, p. 338.
  7.  Montero 1860, p. 356.
  8. ↑ Ir para:a b Chartrand & Courcelle 2006, p. 79.
  9. ↑ Ir para:a b Chartrand & Courcelle 2006.
  10.  Monti 1852, p. 132.
  11.  Chartrand & Courcelle 2006, p. 89.
  12.  Drinkwater 1862, p. 352.
  13.  Montero 1860, p. 373.
  14.  Drinkwater 1862, p. 147.
  15. ↑ Ir para:a b «The Great Siege of Gibraltar». The Keep Military Museum. Consultado em 8 de junho de 2017
  16.  Clarfield, Gerard (1992), United States Diplomatic History: From Revolution to Empire, New Jersey: Prentice-Hall
  17.  Harvey 2001, p. 362.
  18.  Sayer 179.
  19.  Harvey 2001, pp. 385–87.
  20.  Finlayson, Darren; Fa, Clive (2006). The fortifications of Gibraltar: 1068–1945. Oxford [u.a.]: Osprey. p. 29. ISBN 978-1-84603016-1
  21.  «Bajas españolas de las baterías flotantes del ataque a Gibraltar el 13 de septiembre de 1782», Todo a Babor, Gaceta de Madrid (em espanhol), consultado em 11 de março de 2010
  22.  Syrett 2006, pp. 104-5.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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