terça-feira, 23 de junho de 2020

DIA INTERNACIONAL DAS VIÚVAS - 23 DE JUNHO DE 2020

Viuvez

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Retrato da princesa Alexandrina da Prússia, já viúva

Viuvez é o estado social em que um cônjuge fica quando o outro morreViúvo é o homem cuja esposa morreu e não tornou a casar-se. Uma mulher cujo marido morreu designa-se por viúva (do termo latino vidua).[1]

Evolução histórica[editar | editar código-fonte]

A viuvez tem sido uma importante problemática social, particularmente no passado. Nas famílias em que o marido era o único provedor, a viuvez poderia levar os parentes à pobreza, e muitas obras de caridade tinham, como objetivo, ajudar viúvas e órfãos. Isso se agravava pela maior longevidade feminina e pelo fato de os homens, geralmente, se casarem com mulheres bem mais novas que eles.[carece de fontes]

Por outro lado, hoje, em muitas sociedades, as viúvas e viúvos têm ótimas condições de vida, tendo direito a administrar os bens e a pensão do governo. Tal fato leva muitos a aspirarem a posição e se casarem com pessoas próximas a morrer única e exclusivamente pensando nisto, constituindo o chamado golpe do baú.[2]

Referências

  1.  Ferreira, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 785.
  2.  Masamichi Maeda (19 de novembro de 2014). «Golpe do baú: japonesa é investigada pela morte de seis ex-maridos»Revista Alternativa. Consultado em 11 de janeiro de 2017


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Viúvas

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As viúvas são um doce conventual tradicional de Braga, com origem no antigo Convento dos Remédios.

As freiras franciscanas do Convento dos Remédios, localizado no centro de Braga e destruído em 1910, mantiveram, até ao século XIX, uma longa tradição no fabrico de doces. Davam forma e sabor a muitos manjares como os maçapães, as lisonjas, as roscas, as morcelas, os ovos de canudo, as viúvas e o doce fino. Doces que ofereciam a quem queriam agraciar e que vendiam aos mosteiros masculinos da região e à própria cidade.

Mosteiro de Tibães, ao longo do século XVIII, comprava estes doces, particularmente as viúvas, para a festa de São Bento, celebrada em Março e Julho. Por vezes, enviavam os ingredientes e pagavam só o feitio. Foi assim que se foi percebendo que eram feitos com farinha, açúcar, manteiga, ovos, amêndoa, canela e cheiro. O cheiro era o aroma a flor de laranjeira, a âmbar ou a almíscar e que hoje já não utilizamos[1].

Os Mosteiros extinguiram-se, os monges refizeram a vida mas as viúvas ficaram na tradição bracarense até meados do séc. XX[2]. Depois perderam-se e caíram no esquecimento. Foi através da investigação histórica que se recuperou novamente este doce. A receita permanecia esquecida em apontamentos de cozinha das famílias mais antigas da cidade e nos livros de gasto, guardados no Arquivo Distrital de Braga, onde as freiras quotidianamente registavam os gastos da cozinha.

Referências

  1.  Ramos, Anabela; Soares, Deolinda; Oliveira Paulo – A festa de São Bento: uma viagem pela gastronomia beneditina. Braga: Aspa, 2005. Sep. de: Mínia, 3ª série, nº 11-12, p.81
  2.  Araújo, António de Sousa – Inventário do fundo monástico-conventual - Braga. Arquivo Distrital, Universidade do Minho, 1985

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ramos, Anabela; Soares, Deolinda; Oliveira Paulo – A festa de São Bento: uma viagem pela gastronomia beneditina. Braga: Aspa, 2005. Sep. de: Mínia, 3ª série, nº 11-12, p.71-112

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