quinta-feira, 14 de maio de 2020

ESQUADRILHA DA FUMAÇA - BRASIL - 14 DE MAIO DE 2020

Esquadrilha da Fumaça

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Disambig grey.svg Nota: Para outros usos de EDA, veja AED.
Esquadrão de Demonstração Aérea (Esquadrilha da Fumaça)
Logo Esquadrilha da Fumaça.png
País Brasil
CorporaçãoForça Aérea Brasileira
MissãoUnidade de demonstração e representação da FAB
Denominação"Cambalhoteiros" (início)

"Fumaceiros" (atual)

SiglaEDA
Criação1952
Aniversários14 de maio de 1954
(primeira apresentação pública)
Comando
ComandanteTenente-coronel Aviador Marcelo Franklin Rodrigues [1]
Sede
Setor de Comunicação SocialPirassununga -  São Paulo
Academia da Força Aérea (AFA)
EndereçoEstrada do Aguaí - Km 39
Caixa Postal1083
InternetPágina oficial

Esquadrilha da Fumaça é o nome popular do "Esquadrão de Demonstração Aérea" (EDA),[2] um grupo de pilotos e mecânicos da Força Aérea Brasileira que fazem demonstrações de acrobacias aéreas pelo Brasil e pelo mundo.

As origens da Esquadrilha da Fumaça remontam ao início da década de 1940, quando foi criada a Escola de Aeronáutica na Base Aérea dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro. A primeira demonstração aérea oficial do grupamento que formaria a Esquadrilha da Fumaça ocorreu em maio de 1952, para uma comitiva estrangeira que visitava a Escola. Formava-se ali o embrião da Esquadrilha, dentro da Escola de Aeronáutica.

Em 1969, a Escola de Aeronáutica foi renomeada para Escola de Aeronáutica da Academia da Força Aérea (AFA) permanecendo na Base Aérea dos Afonsos até 1971, quando foi transferida para a cidade de Pirassununga, no estado de São Paulo. Em 1982, depois de seis anos de inatividade, a Esquadrilha da Fumaça foi reativada como a nova denominação de Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA).

Sua missão, segundo a definição do EDA, é "realizar demonstrações aéreas a fim de difundir, em âmbito nacional e internacional, a imagem institucional da Força Aérea Brasileira (FAB)".[3][2]

História[editar | editar código-fonte]

A Esquadrilha originou-se pela iniciativa de instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, sediada na cidade do Rio de Janeiro. Em suas horas de folga, os pilotos treinavam acrobacias em grupo, com o intuito de incentivar os cadetes a confiarem em suas aptidões e na segurança das aeronaves utilizadas na instrução.[2]

Em 14 de maio de 1952, uma comitiva estrangeira em visita à Escola pôde apreciar a primeira demonstração oficial do grupo. Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se na aeronave utilizada a época, o NA T-6, um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça.

Esquadrilha da Fumaça apresentando-se durante a Semana da Asa, Praia de Copacabana, 1958. Arquivo Nacional.

Com o tempo, as aeronaves e as acrobacias mudaram, mas a essência da Esquadrilha mantém preservado o espírito de arrojo e determinação do grupo.

No dia 28 de novembro de 1961, na cidade de Florianópolis em Santa Catarina. Durante uma solenidade militar, realizada na época do comando do coronel Lara Ribas. dois aviões modelo Texan T-6 se colidiram no ar. O avião pilotado pelo Capitão Durval Pinto Trindade perdeu o leme e caiu no Centro da cidade, O desastre foi nas proximidades do Largo Benjamin Constant. Por essa razão, o local ficou conhecido como Praça do Avião. O outro piloto com a asa danificada conseguiu fazer um pouso de emergência na Base Militar de Florianópolis.

No dia 1 de maio de 1995, o Capitão Cláudio Gonçalves Gamba, piloto da aeronave número 7 do EDA, morreu após não conseguir se recuperar da manobra Lancevak, na apresentação no município de Rio Negrinho.[4] Após esse acidente a manobra foi retirada do display do EDA por ser muito perigosa, substituída pela Grossura com efeito visual parecido.

No dia 2 de abril de 2010, o Capitão Anderson Amaro Fernandes, piloto da aeronave número 7 do EDA, morreu ao chocar sua aeronave contra o solo durante a manobra Snap Roll, na apresentação no município de Lages[5]

No início de 2013, as demonstrações da Esquadrilha da Fumaça foram suspensas em eventos aéreos, o motivo foi a substituição dos Tucanos T-27 pelo Super Tucano A-29. As novas aeronaves produzidas pela Embraer estão passando por adequações técnicas necessárias para que possam participar de acrobacias aéreas.[6]

O então comandante da Esquadrilha da Fumaça, tenente-coronel Marcelo Gobett Cardoso, durante a cerimônia dos 62 anos de história da unidade, realizada no dia 14 maio de 2014, afirmou: "Vivemos uma rotina atípica totalmente voltada à implantação de um novo projeto. O desafio de adequar a doutrina, a logística e os processos do Esquadrão às características do A-29 Super Tucano caminha ao encontro da missão que ansiamos, com equilíbrio e paciência, retomar".[7]

Aviões utilizados[editar | editar código-fonte]

Chegada de aviões T6 no Rio de Janeiro. Aeronaves encomendadas pelo Brasil aos Estados Unidos.
T-24 da Esquadrilha da Fumaça no Aeroporto Santos DumontRio de Janeiro, em 1972.
O T-25 Universal foi utilizado entre 1982 e 1983.
Embraer EMB-312 (T-27) Tucano
Com os A-29, a Esquadrilha da Fumaça sobrevoa a Academia da Força Aérea.
Os A-29 da Esquadrilha da Fumaça na Academia da Força Aérea.
  • North-American T-6 Texan (1952 – 1976): as aeronaves North-American T-6, fabricadas sob licença no Brasil durante a 2° Guerra Mundial, tinham uma velocidade de 240 km/h em voo de cruzeiro, com uma autonomia de 750 km. Realizaram um total de 1225 demonstrações, tendo sido desativados em 1976, em decorrência do alto custo de manutenção. As atividades da Esquadrilha foram interrompidas até 1982, quando entraram em operação os Neiva T-25.
  • Fouga Magister (1969 – 1972): para acompanhar a evolução dos equipamentos utilizados pelas outras esquadrilhas acrobáticas do mundo, que utilizavam aeronaves com motores a reação, a Esquadrilha da Fumaça recebeu os jatos de fabricação francesa Fouga Magister CM 170R, dominados T-24 na FAB. Devido às suas características de baixa autonomia e operação apenas em pistas pavimentadas, as demonstrações com o T-24 ficaram restritas aos grandes centros. Como os T-24 não satisfizeram os requisitos necessários ao tipo de missão da Esquadrilha da Fumaça, foram utilizados até 1972, simultaneamente com os North-American T-6 Texan, realizando 46 demonstrações.
  • Neiva T-25 (1982 – 1983): em 21 de outubro de 1982, a Esquadrilha da Fumaça foi reativada com o nome oficial de "Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA)". Enquanto se aguardava o recebimento do T-27 Tucano, a aeronave T-25 Universal foi utilizada por um curto período, até o final de 1983, realizando 55 demonstrações no total. O T-25 ainda é utilizado na formação básica dos futuros oficiais aviadores da FAB.
  • Embraer EMB-312 Tucano (1983 – 2013): os T-27 Tucano, fabricados pela Embraer, realizaram a primeira demonstração aérea no dia 8 de dezembro de 1983, nas festividades de formatura dos aspirantes.
  • Super Tucano A-29 (2013 – atualidade): em 30 de setembro de 2012 foram recebidas as duas primeiras aeronaves Super Tucano A-29,[8] que, a partir dos anos seguintes, passaram a substituir os T-27 nas demonstrações aéreas. Os T-27 desativados pela EDA foram alocados para utilização pela Academia da Força Aérea, em Pirassununga.

A partir de 2002, as aeronaves passaram a exibir as cores da Bandeira Nacional. Já foram realizadas mais de duas mil demonstrações com essa aeronave.[carece de fontes]

Algumas manobras[editar | editar código-fonte]

Manobra Panqueca.
T-27 Tucano.

Existem uma série de manobras que podem ser feitas.[9]

  • Split
  • Cruzamento Duplo
  • Panqueca
  • Looping em leque
  • Coração
  • Break
  • Looping com desfolhado
  • Looping coincidente com cruzamento lento
  • Lancevak
  • Bomba
  • Bolota
  • Espelhão
  • Barril com seis aeronaves com meio looping
  • DNA com duas voltas
  • Snap Roll
  • Grossura
  • Bolota invertida (Curva de máxima performance em voo invertido)
  • Tonneau simultâneo reverso
  • Oito cubano
  • Estol de badalo
  • Chumbóide

Missão[editar | editar código-fonte]

Apresentação em Brasília no 7 de setembro de 2011.

Realizar demonstrações aéreas, em âmbito nacional e internacional, a fim de difundir a imagem institucional da Força Aérea Brasileira.

Atribuições do EDA[editar | editar código-fonte]

  • Estimular e desenvolver as vocações e a mentalidade aeronáuticas;
  • Valorizar a Força Aérea Brasileira (FAB) e o sentimento de nacionalismo;
  • Expressar a afirmação e o profissionalismo de todos os componentes da FAB;
  • Demonstrar o alto grau de treinamento e a capacidade dos pilotos brasileiros;
  • Comprovar a qualidade dos produtos da indústria aeronáutica brasileira;
  • Contribuir para uma maior integração entre a FAB e as demais Forças Singulares;
  • Estimular o entrosamento entre os segmentos civil e militar ligados à atividade aeronáutica;
  • Representar a FAB no exterior como instrumento diplomático;
  • Difundir a Política de Comunicação Social do COMAER;
  • Participar do processo de integração nacional, marcando a presença da FAB nos eventos realizados em todo o País.

Outros grupos[editar | editar código-fonte]

Outros grupos de acrobacias aéreas pelo mundo:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Comando». Consultado em 6 de fevereiro de 2018
  2. ↑ Ir para:a b c Redação (27 de junho de 2016). «Esquadria da Fumaça – Como eles Escrevem no Ar?»Engenheiro na Web. Consultado em 28 de junho de 2016
  3.  «Missão, visão e valores». EDA. Cópia arquivada em 24 de maio de 2018
  4.  «Esquadrilha da Fumaça - Fumaceiros Veteranos». Consultado em 22 de julho de 2011. Arquivado do original em 8 de novembro de 2011
  5.  O Globo
  6.  «Comunicado- Portal da Esquadrilha da Fumaça». Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA). 8 de outubro de 2014. Consultado em 12 de outubro de 2014
  7.  «Esquadrilha da Fumaça completa 62 anos de demonstrações no Brasil e no Mundo.». Assessoria de Comunicação da Força Aérea Brasileira. 19 de maio de 2014. Consultado em 12 de outubro de 2014
  8.  Fumaça deverá receber seus dois primeiros Tucanos neste domingo
  9.  [1]

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