sábado, 18 de abril de 2020

Papa Júlio II

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Júlio II
O.F.M.
Papa da Igreja Católica
216° Papa da Igreja Católica
Atividade Eclesiástica
OrdemOrdem dos Frades Menores
DioceseDiocese de Roma
Eleição1 de novembro de 1503
Entronização26 de novembro de 1503
Fim do pontificado21 de fevereiro de 1513 (9 anos)
PredecessorPio III
SucessorLeão X
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral1471
Nomeação episcopal16 de outubro de 1471
Ordenação episcopal1481
por Papa Sisto IV
Nomeado arcebispo23 de maio de 1474
Cardinalato
Criação16 de dezembro de 1471
por Papa Sisto IV
OrdemCardeal-presbítero (1471-1503)
Cardeal-bispo (1479-1503)
TítuloSão Pedro Acorrentado (1471-1503)
Sabina-Poggio Mirteto (1479-1483)
Óstia (1483-1503)
Papado
Brasão
CoA della Rovere popes.svg
ConsistórioConsistórios de Júlio II
Dados pessoais
Nascimento5 de dezembro de 1443
SavonaItália
Morte21 de fevereiro de 1513 (69 anos)
RomaItália
NacionalidadeItaliano
Nome nascimentoGiuliano della Rovere
ProgenitoresMãe: Theodora Manerola
Pai: Raffaelo della Rovere
SepulturaSan Pietro in Vincoli
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de Papas
Papa Júlio II, nascido Giuliano della Rovere O.F.M. (Savona5 de dezembro de 1443 - Roma21 de fevereiro de 1513), foi Papa de 1 de novembro de 1503 ate à data da sua morte. Era frade franciscano.

Antes do pontificado[editar | editar código-fonte]

Giuliano della Rovere nasceu em Albisola, perto de Savona, na República de Gênova. Ele era de uma família nobre mas empobrecida, o filho de Raffaelo della Rovere e Theodora Manerola, uma senhora de ascendência grega. Ele tinha três irmãos: Bartolomeo, um frade franciscano que se tornou bispo de Ferrara (1474-1494);  Leonardo; e Giovanni, prefeito da cidade de Roma (1475-1501) e Príncipe de Sorea e Senigallia. Ele também teve uma irmã, Lucina (mais tarde a mãe do cardeal Sisto Gara della Rovere). Giuliano foi educado por seu tio, pe. Francesco della Rovere, O.F.M. entre os franciscanos, que o levaram sob sua responsabilidade especial. Mais tarde, foi enviado por este mesmo tio (que na época se tornara Ministro Geral dos Franciscanos (1464-1469)), ao convento franciscano em Perugia, onde estudou as ciências na Universidade.
Della Rovere, quando jovem, mostrava traços de ser rude, grosseiro e mal-educado. Durante o final da década de 1490, ele conheceu mais de perto o cardeal Medici e o sobrinho (ambos parentes), e as duas dinastias tornaram-se aliadas desconfortáveis ​​no contexto da política papal. Ambas as casas desejavam o fim da ocupação das terras italianas pelos exércitos da França. Ele parecia menos entusiasmado pela teologia; antes, Strathern argumenta que seus heróis imaginários eram líderes militares como Frederic Colonna.
Era sobrinho do papa Sisto IV, que o tomou a seu especial cuidado, sendo educado pelos Franciscanos e mais tarde enviado para um convento em La Pérouse para se formar em ciências. Não se crê, no entanto que se tenha juntado à ordem fundada por São Francisco de Assis. Pouco depois de o seu tio ser eleito Papa, foi nomeado bispo de Carpentras, em França. No mesmo ano, em um ato de literal nepotismo, é promovido a cardeal em San Pietro in VincoleRoma, a mesma igreja ocupada por seu tio. Culpado de simonia e pluralismo (ser titular de mais de uma "beneficiência"), deteve vários cargos poderosos simultaneamente: graças ao tio, obteve grande influência, sendo nomeado arcebispo de Avinhão e outras oito dioceses. Como legado papal foi enviado a França em 1480, onde ficou quatro anos. A sua influência cresceu ainda mais durante o pontificado de Inocêncio VIII.
Existia rivalidade entre ele e Rodrigo Borgia. Quando o papa Inocêncio faleceu em 1492, Rodrigo Bórgia e Ascanio Sforza fizeram um acordo secreto ficando o primeiro como papa (Alexandre VI) e conseguindo a eleição com grande maioria no conclave. Giuliano della Rovere refugiou-se na costa italiana, em Ostia, e regressou pouco depois a Paris, onde incitou o rei Carlos VIII de França a enveredar pela conquista de Nápoles. Acompanhando o rei francês na campanha, entrou com ele em Roma, e moveu forças para promover a convocação de um concílio para investigar a conduta do papa Alexandre VI. Este último, porém, tinha um dos ministros do rei (Briçonnet) como aliado e evitou a convocação. Quando o papa faleceu em 1503, Giuliano della Rovere apoiou a eleição do cardeal Piccolomini de Milão, que seria o papa Pio III, mas este faleceu em pouco mais de um mês devido a doença incurável. Della Rovere usou então as suas capacidades diplomáticas para obter o apoio de César Bórgia e foi eleito com o voto unânime dos cardeais.

Pontificado de Júlio II[editar | editar código-fonte]

Enquanto Papa, Júlio II conseguiu ter rara determinação e coragem para se livrar dos diversos poderes sob os quais se encontrava a autoridade papal existente. Por estratagemas astutos tornou impossível a permanência dos Borgia nos Estados papais. Usou a sua influência para reconciliar as casas dos Orsini e dos Colonna.
Em 1508 forma com Luís XII de França, o imperador Maximiliano e o rei Fernando II de Aragão a Liga de Cambrai contra a República de Veneza. Um grande acontecimento do seu pontificado foi a convocação do Quinto Concílio de Latrão.
É também conhecido por ser dos papas que mais fez pela arte e cultura em Roma: em 1506 colocou a primeira pedra da nova Basílica de São Pedro; foi amigo e patrono de BramanteRafael, e Michelangelo. Michelangelo pintou o tecto da Capela Sistina para o papa Júlio II.
Portugal sancionou o Tratado de Tordesilhas, em 1506, depois de receber uma embaixada do rei D. Manuel I liderada por D.Diogo de Sousa, arcebispo de Braga.
Promoveu a criação da Liga Santa em 1511, para tentar expulsar Luís XII de França do norte da Itália.
Recebeu em 1513 mais uma monumental embaixada de D. Manuel, chefiada por Tristão da Cunha, para impressionar o Papa com as riquezas acumuladas. Uma das inúmeras novidades que encantaram os espíritos curiosos das cortes europeias da época terá sido sem dúvida o elefante trazido das Índias, que assumiu, então, um papel preponderante na arte italiana.
Júlio II, comandando exércitos - contrariando as regras da própria Igreja[1] que proibiam o papa de participar de campanhas militares pessoalmente -, conquistou territórios para os Estados Pontifícios, anexando as regiões de Parma, Ferrara e Módena.
Faleceu em 21 de fevereiro de 1513. Encontra-se sepultado em San Pietro in Vincoli em Roma.

Referências

  1.  «O Papado Renascentista - Jornal "Missão Jovem"». Consultado em 22 de junho de 2009. Arquivado do original em 9 de novembro de 2009

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