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A Aparição de La Salette e suas Profecias: Beato Palau: epidemia é uma maldição que se afasta com as bênçãos da Igreja! |
Posted: 06 Apr 2020 01:30 AM PDT
O Bem-aventurado Francisco Palau O.C.D. enfrentou epidemias quase rotineiras que atingiram sua região natal, a Catalunha — onde exercia seu apostolado —, e inclusive sua capital, Barcelona. Diversamente da falta de fé hodierna, o Beato – como, aliás, boa parte do clero – agia corajosamente no fulcro do drama para atender espiritualmente os doentes com Sacramentos, bênçãos, sacramentais, procissões, adorações e conselhos espirituais em igrejas, ruas, casas e hospitais. Esse cumprimento heroico da ordem dada por Jesus Cristo aos Apóstolos de curar os doentes acabou apressando sua morte, acontecida no dia 20 de março de 1872 em Tarragona, extenuado em decorrência de seu intenso esforço e do contágio da febre amarela, que estava quase debelada. “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!” (São Mateus, 10, 8) No ano de 1870, ele observou um fato singular: a epidemia popularmente denominada “febre amarela” voltara, só que com pouca intensidade e fazendo um número reduzido de vítimas numa cidade de industrialização acelerada, mas com serviços básicos insuficientes. Nessa peste fraca, contudo, ele notou que um pânico desproporcionado tomou conta da população e alterou sua conduta. O pânico transformou a imensa urbe “num deserto”, as carruagens sendo usadas apenas para a fuga dos indivíduos e seus pertences. O exército ocupava as ruas para impedir saques.
“O pânico, o terror, o temor, esses fantasmas expulsaram os habitantes de Barcelona. O que está acontecendo?” — perguntava o santo carmelitano. Entretanto, não havia “em Barcelona motivo para tanto susto”. Com o seu esvaziamento a epidemia provavelmente não se difundiria e o fantasma da guerra civil pendente se dissiparia pela falta de combatentes. O Beato Palau continuou fiel ao seu ministério sacerdotal, atendendo os enfermos e assegurando o atendimento pastoral com Missas e cerimônias nas paróquias sempre abertas. Mas a relativa calmaria permitiu-lhe refletir sobre o que acontecia. “O que é a epidemia?” — perguntava-se. E que armas são essas? Ele explicava que são em primeiro lugar os sacramentais da Igreja bentos pelos sacerdotes, como a água benta, o sal bento, ou ainda a arruda (alecrim) também benta, queimando-a para que sua fumaça penetre na casa. “Se a epidemia é uma maldição, a bênção impedirá que ela entre na casa. [...] Se nesta a maldição não couber, ela fugirá. É questão de fé! fé! fé! e armas”. As armas sagradas contra a epidemiaEm 1870 ainda grassava a epidemia denominada tifo icteroide ou febre amarela, com alguns casos sendo atendidos nos hospitais, mas a cidade de Barcelona continuava deserta. “Na verdade — comentava o Beato Palau, que vivia assistindo religiosamente aos doentes — não há motivo para tanto pânico e terror”. Ele falava em primeiro lugar dos remédios espirituais: “A oração, a penitência, os atos de culto público, as procissões, as rogativas públicas. Por meio desses remédios, como lemos na história eclesiástica, a ira de Deus foi aplacada”. Também recomendava as bênçãos ordenadas no Ritual Romano. Como exemplo, cita a bênção da arruda (alecrim), planta que se usava para aspergir água benta: Abençoai, Senhor Jesus Cristo, esta arruda (alecrim) e, por vossa caridade, derramai sobre ela a vossa bênção celestial; de modo que quem for aspergido com ela e a levar consigo, nenhum inimigo possa prejudicá-lo, e o diabo seja expulso de todo lugar onde ela seja posta, ou espalhada, fugindo dela o diabo aterrorizado. A aspersão da água benta pela casa toda, a oração do Santo Rosário pela família reunida são outras medidas de preservação muito seguras e eficazes. Sobretudo quando se lhes acrescentam à frequência dos sacramentos, outras orações e a abstinência de tudo aquilo que desagrada a Deus. O Beato Palau recomendava as práticas sanitárias da época, explicando que alguns podiam morrer por falta de fé, mas outros por desobediência às normas prudenciais. Por falta de celeridade na prevenção, o auxílio médico agia demasiadamente tarde. Quando os enfermeiros chegavam, o mal já era incurável.
(Fonte: “Las profecias”, El Ermitaño, ano III, nº 101, 13 de 0utubro de 1870)
Nos tempos de epidemia do coronavírus, o Cardeal Raymond Burke lembrou muitos desses recursos espirituais contra a epidemia que continuam tendo plena vigência e utilidade.De fato, no Missal Romano, há textos especiais na Missa Votiva pela Libertação da Morte em Tempo de Pestilência (Missae Votivae ad Diversa 23). Na tradicional Ladainha dos Santos, rezamos: “Da praga, da fome e da guerra, ó Senhor, livrai-nos”. Nós, bispos e sacerdotes, precisamos reivindicar publicamente a necessidade para os católicos de orar e render culto em suas igrejas e capelas, e seguir em procissão pelas ruas e caminhos, pedindo a bênção de Deus para Seu povo que sofre tão intensamente. (...) No passado, de fato, os governos entendiam, acima de tudo, a importância da fé, da oração e do culto do povo para vencer uma pestilência. Muitas de nossas igrejas e capelas são muito grandes. Eles permitem que um grupo de fiéis se reúna para rezar e adorar sem violar os requisitos de “distância social”. O confessionário com a tela tradicional é geralmente equipado com um véu fino, e se não houver poderá facilmente ser colocado, o qual pode ser tratado com desinfetante, para que o acesso ao Sacramento da Confissão seja possível sem grandes dificuldades nem o risco de transmissão do vírus. (...) Que nosso lar, durante esse período de crise, reflita a verdade de que Cristo é o convidado de todo lar cristão. Vamos nos voltar para Ele através da oração, especialmente o Rosário, e outras devoções. Se a imagem do Sagrado Coração de Jesus, juntamente com a imagem do Imaculado Coração de Maria, ainda não estiver entronizada em nossa casa, agora seria a hora de fazê-lo. (...) Para aqueles que não podem ter acesso à Santa Missa e à Sagrada Comunhão, recomendo a prática devota da Comunhão Espiritual.
Ao mesmo tempo, se estivermos conscientes de ter cometido um pecado mortal e formos incapazes de ter acesso ao Sacramento da Penitência ou Confissão, a Igreja nos convida a fazer um ato de perfeita contrição, isto é, de pesar pelo pecado “quando procedente do amor de Deus, amado sobre todas as coisas”. Um ato de perfeita contrição “obtém o perdão dos pecados mortais, se incluir o propósito firme de recorrer, logo que possível, à confissão sacramental” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1452). (...) a razão, inspirada pela fé, (...) deve dar prioridade à oração, à devoção e ao culto, à invocação da misericórdia de Deus sobre Seu povo que sofre tanto e está em perigo de morte. (...) A Virgem Mãe de Deus, os Santos Arcanjos e Anjos da Guarda, São José, Verdadeiro Esposo da Virgem Maria e Padroeiro da Igreja Universal, São Roque, a quem invocamos em tempos de epidemia, e os outros santos e bem-aventurados, a quem nos voltamos regularmente em oração, estão ao nosso lado. (...) (Fonte: « Mensagem do Cardeal Burke sobre o combate ao coronavírus », ABIM, 24 de março de 2020).
Um bom exemplo histórico, pouco imitado pelo clero progressista "engajado pelo povo"
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