quinta-feira, 19 de março de 2020

SANTARÉM - FERIADO - 19 DE MARÇO DE 2020

Santarém (Portugal)

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Santarém
Brasão de SantarémBandeira de Santarém
Santarem1.jpg
Rua em Santarém
Localização de Santarém
GentílicoEscalabitano (lat: Escalabitanus); Santarense; Santareno
Área552,54 km²
População61 752 hab. (2011)
Densidade populacional111,8  hab./km²
N.º de freguesias18
Presidente da
câmara municipal
Ricardo Gonçalves (PSD)
Fundação do município
(ou foral)
1095
Região (NUTS II)Alentejo
Sub-região (NUTS III)Lezíria do Tejo
DistritoSantarém
ProvínciaRibatejo
OragoSão José e Iria de Tomar
Feriado municipal19 de março (São José)
Código postal2000
Sítio oficialwww.cm-santarem.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Santarém OTE • MHL • DmRB é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Santarém, situada na província do Ribatejo e na região estatística (NUTSII) do Alentejo, com 29 929 habitantes no seu perímetro urbano (2012).[1]
É sede de um município com 552,54 km² de área[2] e 61 752 habitantes (2011),[3][nota 1] subdividido em 18 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelos municípios de Porto de MósAlcanena e Torres Novas, a leste pela Golegã e pela Chamusca, a sueste por Alpiarça e Almeirim, a sul pelo Cartaxo, a sudoeste pela Azambuja e a oeste por Rio Maior.
Santarém integra a região estatística (NUTS II) do Alentejo e na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo; continua, no entanto, a fazer parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga NUTS II com o mesmo nome. Pertencia ainda à antiga província do Ribatejo (da qual era a capital e centro urbano mais importante), hoje porém sem qualquer significado político-administrativo, mas constante nos discursos de auto e hetero-identificação.
Os habitantes de Santarém chamam-se "Escalabitanos" ou "Santarenos".[5]

História[editar | editar código-fonte]

Esta cidade muito antiga fora contactada por FeníciosGregos e Cartagineses. A fundação da cidade de Santarém reporta à mitologia greco-romana e cristã[porquê?], reconhecendo-se nos nomes de Habis e de Irene, as suas origens míticas. Os primeiros vestígios documentados da ocupação humana remontam ao século VIII a.C.[carece de fontes]
A população do povoado teria colaborado com os colonizadores romanos, quando estes aportaram à cidade em 138 a.C. Durante este período tornou-se no principal entreposto comercial do médio Tejo e num dos mais importantes centros administrativos da província Lusitânia. Dos romanos recebeu o nome de Escálabis[6][nota 2] ou Scallabi castro[nota 3] (nomes originais em latimScallabis ou castrum Scalaphium).[nota 4] A cidade foi sede de um convento.
Com as invasões dos Alanos e dos Vândalos,[quando?] passou a ser designada por Santa Iria, donde posteriormente derivou o atual nome Santarém.
Passou para a posse dos mouros em 715, até que D. Afonso Henriques a conquista definitivamente em 15 de março de 1147, num golpe audacioso, perpetrado durante a noite com um escasso exército reunido pelo Rei de Portugal. Durante um breve período antes dessa conquista, a cidade foi sede de um pequeno emirado independente: a Taifa de Santarém.
A cidade foi palco de inúmeras Cortes, mas foi perdendo importância para Lisboa, no litoral, que posteriormente tornou-se sede de diocese.
A 23 de Junho de 1969 a Câmara Municipal de Santarém foi feita Dama da Ordem de Rio Branco do Brasil.[10]
A 25 de Abril de 2015 foi feita Membro Honorário da Ordem da Liberdade.[9]

A Mística de Santarém[editar | editar código-fonte]

Santarém tem abrigado várias lendas acerca da sua origem. Uma delas está relacionada com a mitologia Greco-Romana e conta que o príncipe Abidis, fruto de uma relação do Rei Ulisses de Ítaca com a Rainha Calipso, foi abandonado pelo avô – Gorgoris, Rei dos Cunetas – que o lançou às águas do Tejo, dentro de uma cesta. Como por milagre a cesta que albergava o príncipe aportou na praia de Santarém, onde uma serva o criou. Tempos depois, Abidis foi reconhecido pela sua mãe, Calipso, tornando-se assim legítimo ao trono. A Santarém deu o nome Esca Abidis (“manjar de Abidis) e daí teria vindo o nome Escálabis. Outra das lendas mais reconhecidas pelos Scalabitanos é a da Santa Iria. Esta lenda conta que Iria, uma donzela, um dia viria a ser violada, e posteriormente morta e atirada ao rio Tejo. O seu corpo fez-se chegar à Ribeira de Santarém e mostrou o seu corpo afastando as águas à sua volta. Por este pequeno “ milagre”, esta donzela tornou-se Santa, a Santa Iria.[carece de fontes]

Evolução territorial[editar | editar código-fonte]

Até 2013 o município de Santarém tinha uma área de 560,24 km².[11] Nesse ano, no âmbito de uma reorganização das freguesias ocorrida no território do Continente e por acordo entre os municípios de Santarém e da Golegã, foi-lhe desanexada a freguesia de Pombalinho, que foi transferida para o município da Golegã. Esta transferência, há muito pedida pela Junta de Freguesia de Pombalinho, foi objecto de acordo entre os municípios de Santarém e da Golegã, tendo posteriormente sido aprovada por Lei da Assembleia da República. À data da transferência a Freguesia de Pombalinho tinha 7,7 km² de área e 448 habitantes.[4]
Transferência territorial entre os municípios de Santarém e Golegã ocorrida em 2013.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [12]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
28 34033 67138 42640 56044 87348 91454 70159 12464 00263 77756 44062 89662 62163 56362 200
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [13]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos13 74215 29514 97116 49816 85115 48514 68011 58013 37110 9808 9388 891
15-24 Anos7 64910 0719 08110 27711 09211 4529 5977 8858 7788 8688 4476 046
25-64 Anos17 61520 21421 14723 88426 77831 15632 72629 22031 55631 61133 12933 101
= ou > 65 Anos2 6762 9643 4104 0664 4815 4416 7747 7559 19111 16213 04914 162
> Id. desconh12120111292169
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Santarém.
O concelho de Santarém está dividido em 18 freguesias:

Cultura[editar | editar código-fonte]

Instituições e Equipamentos culturais[editar | editar código-fonte]

Eventos[editar | editar código-fonte]

Desporto[editar | editar código-fonte]

Política[editar | editar código-fonte]

Resultados das eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Câmara Municipal[editar | editar código-fonte]

Partidos%M%M%M%M%M%M%M%M%M%M%M
19761979198219851989199319972001200520092013
PS40,84441,53349,09539,13439,35452,53648,64542,58437,75421,18232,274
PPD/PSD22,67227,27335,29425,11226,81330,56341,32464,21740,314
CDS-PP8,9605,0502,6205,1503,2103,002,303,582,58
FEPU/APU/CDU17,43116,87115,62115,28114112,34115,24117,58212,1615,7210,341
AD37,04330,053
PRD10,4313,880
PSD-CDS
BE1,6902,5202,442,87

Património[editar | editar código-fonte]

Apesar de ser chamada de "Capital do Gótico",a cidade de Santarém é, hoje, uma cidade com apenas um vislumbre de todo o património arquitectónico que já possuiu. Almeida Garrett, no seu romance "Viagens na Minha Terra", já referia a decadência e incúria a que eram votados muitos dos ilustres edifícios da cidade.
Patrimónios de Santarém:
Quem seguir da Igreja de Marvila, pela Torre das Cabaças, recentemente restaurada, passará pelo antigo Teatro Rosa Damasceno (num estado avançado de decadência). Mais à frente encontrará um jardim, junto às muralhas, de onde se pode desfrutar de uma das paisagens mais celebradas em Portugal, a lezíria e o Tejo, das "Portas do Sol".

Educação[editar | editar código-fonte]

Em termos de ensino superior público, há a referir a existência do Instituto Politécnico de Santarém que inclui a Escola Superior Agrária de Santarém, a Escola Superior de Educação de Santarém, a Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior e a Escola Superior de Saúde de Santarém. O Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) é a única instituição de ensino superior privado.

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

  • Complexo Aquático de Santarém
  • Casa do Campino

Personalidades ilustres[editar | editar código-fonte]

Tradições[editar | editar código-fonte]

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Santarém (Portugal)

Localidades geminadas[editar | editar código-fonte]

O concelho de Santarém é geminado com as seguintes localidades:

Notas

  1.  Exclui a população (em 2011) da freguesia de Pombalinho, que só em 2013 passou a pertencer ao município da Golegã.
  2.  Vide, por exemplo, as págs. 313 (Resumo), 324 (item 3.3), 333 (item 5.1) e 344 (item 8) da obra de Luís Seabra Lopes na revista científica O Arqueólogo Português.[7]
  3.  Vide a pág. 325 da revista científica O Arqueólogo Português.[7] Um castro é um castelo de origem romana ou pré-romana,[8] o que significa que na Idade Média a cidade de Escálabis era um castelo.
  4.  O topônimo latino Scallabis consta, por exemplo, na pág. 324 da revista científica O Arqueólogo Português.[7] O topônimo latino castrum Scalaphium consta na pág. 325 da mesma revista.

Referências

  1.  INE (2013). Anuário Estatístico da Região Alentejo 2012 (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 33. ISBN 978-989-25-0214-4ISSN 0872-5063. Consultado em 5 de maio de 2014
  2.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  3.  INE (2013). «Censos 2011 - População residente por freguesia, CAOP 2013» (CSV). Dados populacionais de 2011, recalculados para os limites administrativos da Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 14 de maio de 2014
  4. ↑ Ir para:a b Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  5.  «escalabitano - Wikcionário»pt.wiktionary.org. Consultado em 7 de março de 2016
  6.  José Pedro Machado (2003). Dicionário onomástico etimológico da língua portuguesa. ISBN-13: 9789722408424 3 ed. Lisboa: Livros Horizonte. 1503 páginas. ISBN 9722408429
  7. ↑ Ir para:a b c Luís Seabra Lopes (1995-1997). Leite de Vasconcelos, ed. Itinerários da estrada Olisipo-Brácara (PDF). contributo para o estudo da Hispânia de Ptolomeu. 13/15. Mais informações na ficha catalográfica da obra. Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia. p. 313-346. Série IV. Consultado em 20 de março de 2014 Parâmetro desconhecido |colecção= ignorado (ajuda)
  8.  «Verbete "castro"». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 20 de março de 2014
  9. ↑ Ir para:a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Cidade de Santarém". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de fevereiro de 2015
  10.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Câmara Municipal de Santarém". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de fevereiro de 2015
  11.  IGP (2012). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2012.1» (XLS-ZIP)Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2012.1. Instituto Geográfico Português. Consultado em 30 de julho de 2013
  12.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  13.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  14.  O interior (23 de agosto de 2012). http://www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=668&id=36645&idSeccao=8637&Action=noticia. Consultado em 30 de janeiro de 2015 Em falta ou vazio |título= (ajuda)

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