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qua, 18/03/2020 09:43
360º
Miguel PinheiroDiretor ExecutivoQuarta-feira, 18 março 2020
Enquanto dormia…
… o Governo preparou um pacote de medidas para evitar que a economia fique paralisada. Há linhas de crédito de 3 mil milhões para os setores mais atingidos, legislação para moratórias no crédito e flexibilização no pagamento de impostos. O ministro das Finanças — que falou ao lado do ministro da Economia — afirma que estas medidas representam um aumento da liquidez imediata de 9.200 milhões de euros para as empresas e trabalhadores independentes . Ao longo da manhã, vamos analisar cada um destes pontos, para explicar o real alcance do que está em causa.
Em Ovar, onde ontem foi declarado o estado de calamidade, o comércio e os serviços não essenciais foram fechados e há grande restrição de movimentos: “A cidade está toda parada, parece que nos desligaram as máquinas”.
Como pode ver pelos artigos desta newsletter, toda a redação do Observador está mobilizada para lhe trazer as muitas informações sobre esta crise: das notícias essenciais às dicas úteis, dos fact checks às histórias inspiradoras. E já sabe que voltamos a falar amanhã.
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Os políticos continuam a não saber que fazer perante a epidemia. Não é para admirar: estão à espera que a próxima emoção dite as decisões.
Chega-nos pela televisão uma fábula feita de países isolados, fronteiras trancadas, populações vigiadas.A Europa cercada pela sua própria incomunicabilidade. Não há ficção científica que chegue a isto
Senhor Presidente da República, senhor Primeiro-Ministro, senhores deputados da República, ouçam-nos: amanhã será o dia mais importante das vossas vidas. Fechem o País amanhã. Em Itália funcionou.
A União Europeia provavelmente não terá uma terceira oportunidade para mostrar que o bem-estar das populações é a sua prioridade. Não é possível dizer que não vimos o perigo. Se vimos, temos de actuar
É essencial limitar o mais possível no tempo o impacto económico deste lockdown para garantir que o maior número de trabalhadores pode voltar aos seus postos de trabalho, em empresas que ainda existam
É fundamental preparar a consciência coletiva e cada um de nós para o regresso à normalidade, mas uma nova normalidade onde teremos forçosamente de conviver com o vírus, aceitando riscos inevitáveis.
Para poder usar as novas armas digitais é essencial que os governos partilhem o maior conjunto possível de dados abertos com a comunidade, para que todos se dediquem a encontrar soluções.
Cada vez que começo esta frase, as minhas filhas já a sabem concluir de cor: “Sim, pai, nós sabemos que nos estás a deixar fazer coisas agora porque estamos nesta altura, depois volta tudo ao normal”.
Morrem por dia mais de 2.700 pessoas em acidentes relacionados com o trabalho. Donde resulta claro que ir trabalhar é muito mais perigoso para a saúde que o coronavírus. Quarentena para todo o sempre!
Há o risco de, após o Covid-19, a China se torne na maior potência mundial e influencie negativamente as nossas democracias. Os motivos para que tal suceda são dois e pretendo explicá-los aqui.
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