Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal
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Luís Filipe | |
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Príncipe Real de Portugal | |
Casa | Bragança-Saxe-Coburgo-Gota |
Nome completo | Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança |
Nascimento | 21 de março de 1887 |
Palácio de Belém, Lisboa, Portugal | |
Morte | 1 de fevereiro de 1908 (20 anos) |
Terreiro do Paço, Lisboa, Portugal | |
Enterro | Panteão Real da Dinastia de Bragança, Mosteiro de São Vicente de Fora, Lisboa |
Pai | Carlos I de Portugal |
Mãe | Amélia de Orleães |
Religião | Catolicismo |
Assinatura |
Luís Filipe de Bragança (nome completo: Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança) (Lisboa, 21 de Março de 1887 - Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi Príncipe Real de Portugal. Filho mais velho do rei D. Carlos I de Portugal e de sua mulher, a rainha D. Amélia de Orleães, foi Príncipe da Beira antes da subida de seu pai ao trono.
Índice
Início de vida[editar | editar código-fonte]
Filho mais velho do rei D. Carlos I e de sua mulher, a rainha D. Amélia. Como herdeiro do trono, D. Luís Filipe tinha ainda o título de Duque de Bragança, usufruindo dos rendimentos dessa grande dinastia, último morgadio que no seu tempo era ainda, legalmente, permitido em Portugal.
Sendo os Bragança-Saxe-Coburgo-Gota uma família melómana em todos os tempos (tanto seu pai como o avô se dedicando, o primeiro à pintura e à ciência oceanográfica, e o segundo à literatura, tendo traduzido Shakespeare do inglês para o português), D. Luís Filipe de Bragança teve uma educação esmerada em casa durante toda a sua infância, até ser entregue aos cuidados do seu preceptor, o herói das guerras de África Mouzinho de Albuquerque, recém-chegado das colónias, o qual deu início a uma apurada instrução militar ao seu discípulo.
Tal como o seu pai, foi um amante de fotografia, encontrando-se colaboração fotográfica da sua autoria no Boletim Fotográfico[1] (1900-1914).
Exerceu a regência do Reino durante escasso período de tempo em 1907, aquando da deslocação de seu pai em visita protocolar ao estrangeiro. Nesse mesmo ano, e pela primeira vez para um príncipe português desde D. João VI, deslocou-se D. Luís Filipe de Bragança em viagem oficial às colónias, neste caso às africanas, visita com grande impacto nesse tempo.
O Príncipe Real, tal como seu pai, desfrutava de grande prestígio no Exército, e, sabendo das ameças de morte a D. Carlos, andava sempre armado de revólver, para o defender quando fosse preciso, jurando sempre que o matariam primeiro a ele antes que ele deixasse matar o seu pai e seu rei. E de facto, os relatos dizem que antes de morrer ainda atirou a um dos regicidas, atingindo-o ou matando-o mesmo, com o seu revólver Winchester. O Regicídio abriu caminho para a implantação revolucionária da República. Pode existir alguma linhagem ilegítima já que como seu irmão tinha uma vida muito discreta.
O regicídio[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Regicídio de 1908
O Príncipe Real estava com seu pai no dia 1 de fevereiro de 1908, quando o rei foi baleado pelas costas, na nuca, e morreu assassinado por alguns elementos da Carbonária. O assassinato foi cometido quando a Família Real Portuguesa, os reis e o príncipe, regressada de Vila Viçosa, passava de carruagem pelo Terreiro do Paço, em Lisboa, à esquina da Rua do Arsenal. Ao tentar defender a sua família D. Luís Filipe de Bragança conseguiu ainda abater um dos assassinos, sendo no entanto atingido mortalmente a tiro, sobrevivendo a seu pai por pouco tempo (Se a lei da ascensão automática ao trono tivesse sido prevista na lei, Luís Filipe teria sido um dos monarcas com um dos reinados mais curtos da história, que durou apenas vinte minutos) . Apenas escapou ilesa ao atentado a rainha D. Amélia de Orleães, sendo ferido no braço o infante D. Manuel, Duque de Beja, que assim subiu ao trono como D. Manuel II, e que viria a ser o último rei de Portugal.
Encontra-se sepultado junto de seu pai no Panteão Real da Dinastia de Bragança no Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Cultura popular[editar | editar código-fonte]
- Foi interpretado por Afonso Pimentel, na série "O Dia do Regicídio", produzida pela RTP em 2008.
- Foi interpretado por Pedro Granger na série "Equador", produzida pela TVI em 2008.
Títulos, estilos, honras e brasão[editar | editar código-fonte]
Estilo de tratamento de Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal | |
Estilo | Sua Alteza Real |
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Tratamento direto | {{{directo}}} |
Estilo alternativo | Senhor |
Títulos e estilos[editar | editar código-fonte]
- 21 de março de 1887 – 19 de outubro de 1889: "Sua Alteza Real, o Príncipe da Beira, Duque de Barcelos"
- 19 de outubro de 1889 – 1 de fevereiro de 1908: "Sua Alteza Real, o Príncipe Real de Portugal, Duque de Bragança"
Honras[editar | editar código-fonte]
- Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro[2]
- Cavaleiro Estrangeiro da Ordem da Jarreteira[3]
Brasão[editar | editar código-fonte]
Como herdeiro do trono, Luís Filipe usava o mesmo brasão de seu pai; diferenciado por um Label dourado de três pontas.
Ordem da Jarreteira | Ordem do Tosão de Ouro |
Ancestrais[editar | editar código-fonte]
[Expandir]Ancestrais de Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal |
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Referências
- ↑ João Oliveira (31 de Janeiro de 2012). «Ficha histórica: Boletim photographico (1900-1914)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 4 de Julho de 2014
- ↑ "Toison Espagnole (Spanish Fleece) - 19th century" (in French), Chevaliers de la Toison D'or. Retrieved 2018-08-09.
- ↑ London Gazette, 27454. Page 4509, 15 July 1902
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota Ramo da Casa de Bragança e Casa de Saxe-Coburgo-Gota 21 de março de 1887 – 1 de fevereiro de 1908 | ||
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Precedido por Carlos I | Príncipe Real de Portugal 19 de outubro de 1889 – 1 de fevereiro de 1908 | Precedido por Afonso |
Duque de Bragança 19 de outubro de 1889 – 1 de fevereiro de 1908 | Precedido por Duarte Nuno |
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