Centro de processamento de dados
Um centro de processamento de dados (CPD), também conhecido como data center, é um local onde estão concentrados os sistemas computacionais de uma empresa ou organização, como um sistema de telecomunicações ou um sistema de armazenamento de dados, além do fornecimento de energia para a instalação.[1][2][3]
Índice
História[editar | editar código-fonte]
Com o advento da computação moderna, entre o fim do século XIX e começo do século XX, começou-se a precisar de mais espaço físico para os computadores. Aproveitando-se da disponibilidade da energia elétrica, universidades, empresas e outros tipos de organizações instalavam seus primeiros computadores. Os primeiros computadores eram responsáveis por ler e gravar dados em cartões perfurados.[4]
Segurança[editar | editar código-fonte]
Normalmente projetados para serem extremamente seguros, abrigam milhares de servidores e bancos de armazenamento de dados, processando grande quantidade de informação.
Montados num salão protegido contra acesso indevido, tem piso elevado para possibilitar a passagem de cabos elétricos e de dados, armários metálicos (racks), onde são montados os equipamentos e um ambiente totalmente controlado.
Contam com sistemas de extinção de incêndios, sistema inteligente de detecção precoce de fumo e extinção de incêndio com gás inerte, para não afetar os equipamentos. O acesso é controlado por cartões eletrônicos e/ou biometria, monitorização permanente, acesso por porta-eclusa. Ar-condicionado de precisão com monitorização constante, mantém a temperatura constante, resfriando os equipamentos. Ambiente operacional monitorizado permanentemente, em todos os aspectos, físicos e lógicos.
Energia[editar | editar código-fonte]
O abastecimento de energia, além da concessionária local, usa geradores de energia de grande capacidade e fonte de alimentação ininterrupta (também comumente chamados de UPS ou no-breaks) de grande porte, montados em salas anexas, para manter os equipamentos ligados, mesmo em caso de queda no fornecimento. CPDs consomem até cem vezes mais energia que um escritório comum.[5]
Centro de Processamento de Dados Virtual[editar | editar código-fonte]
Além dos tradicionais data centers, outra modalidade de processamento de dados passou a ser utilizada mais recentemente: o data center virtual (DCV).[6]
Derivado da computação em nuvem, ele é responsável por fazer a integração de toda a tecnologia da empresa, simulando, em um ambiente digital, o funcionamento de um conjunto de servidores físicos.
Dentro da sua gama de funcionalidades, o DCV permite que o usuário controle recursos de rede, software e storage, utilizando-se de uma camada adicional de gestão. Dessa forma, as políticas de controle poderão ser aplicadas para manter o sistema sempre interconectado.
Na prática, essa virtualização faz com que os componentes do sistema funcionem, apesar de armazenados em locais físicos distintos, como se estivessem interligados de maneira natural. [7]
Benefícios[editar | editar código-fonte]
Existem vários benefícios adquiridos em virtude do uso do data center virtual, em detrimento do físico:
- Escalabilidade - garante à empresa uma performance contínua, com a capacidade de adequar a infraestrutura conforme a necessidade;
- Controle de recursos - o DCV, da mesma forma que permite o aumento de recursos, também permite que os recursos sejam reduzidos instantaneamente. Além disso, o data center virtual permite maior eficácia das políticas de segurança de dados, ao permitir a aplicação das regras de controle num ambiente centralizado;
- Segurança - A conexão segura, via computação em nuvem - somada aos mecanismos de segurança próprios - dos servidores alocados em diferentes lugares é a opção mais segura para a proteção dos dados.
- Redução de custos - Os custos com equipamentos de hardware são reduzidos exponencialmente. Menos equipamentos também significa economia de energia elétrica e mais espaço físico disponível nas companhias. [8]
Uso Governamental[editar | editar código-fonte]
Os serviços de cloud, e especificamente o uso de data centers virtuais por pequenas e médias empresas é uma realidade hoje. Esta tendência aplica-se agora às administrações públicas, muito relutantes em usar de serviços clouding, especialmente por questões de proteção de dados.
Antes podíamos dizer que um CPD com acesso restrito era o mais seguro a nível de proteção da privacidade das informações, mas isso não corresponde à realidade atual em que o clouding possui características amplas de proteção, tanto na privacidade dos dados quanto na integridade deles.
Para melhorar a experiência do cidadão quando relaciona com as administrações públicas o cloud computing também oferece grandes vantagens, por exemplo, no campo das administrações públicas espanholas esta tecnologia está a ser usada, tendo 97,6% das instituições um serviço deste tipo.
Houve algumas iniciativas pioneiras no uso desta tecnologia como por exemplo: a criação de uma plataforma de serviço ao cidadão hospedada na nuvem por uma localidade em Madrid, ou a migração para a nuvem do serviço de e-mail de cerca de 100.000 funcionários públicos da Generalitat da Catalunha.
O uso da nuvem nas Administrações públicas permite a implementação de novos serviços e a melhoria dos existentes, tudo com a devida segurança, transparência e privacidade que exige o tratamento de dados confidenciais dos cidadãos. Portanto, a adoção de serviços clouding pelas administrações públicas permite que eles sirvam os cidadãos de maneira mais eficiente, confortável e transparente.
Localização[editar | editar código-fonte]
O CPD deve estar protegido ao máximo.
Deve ser construído num edifício numa zona com baixa probabilidade de acidentes naturais (terremotos, ciclones …)
Deve evitar-se a proximidade do CPD a rios, praias, etc.
A escolha do edifício deve ser feita tendo em conta o fim para o qual está destinado, logo deve evitar-se a utilização de edifícios onde se practiquen actividades potencialmente perigosas (gases inflamáveis explosivos).
Quando planeando, a segurança de um CPD deve-se ter em atenção os seguintes pontos:
- Os pisos baixos estão expostos a sabotagens, ( assaltos, colisão de veículos)
- Os pisos subterrâneos serão os primeiros a ser afectados pelas inundações.
- Os pisos mais altos estão expostos a acidentes aéreos.
- Recomenda-se que o edifício tenha dois acessos por duas ruas diferentes.
- É recomendável evitar divulgar a localização do CPD para dificultar a sua localização por possíveis atacantes.
Controlo de acesso[editar | editar código-fonte]
As máquinas do CPD são vitais para a empresa e só precisam de ser utilizadas por um reduzido grupo de especialistas. O acesso a esta sala de máquinas deve estar especialmente controlado. Não podemos consentir que alguém leve alguma máquina o algum componente dela (discos rígidos, cintas de backup) nem autorizar a sua presença dentro do espaço dos servidores. É necessário saber quem entra e sai dos recintos e quando.
As identificações habituais (password, cartões de control) complementam-se com medidas mais seguras, como a biometria. Geralmente combina-se mais de um tipo de identificação, por exemplo: cartão + chave. Em instalações importantes, o CPD pode ter o seu próprio equipamento de vigilância de segurança. Na sala pode-se instalar também uma rede de sensores de presença e câmaras de vídeo para detectar visitas inesperadas.
Ademais instalam-se distintos sistemas de alarmes.
Nalgumas empresas, cada vez que uma pessoa acede ao recinto, deve assinar uma folha de visita com dados como as horas de entrada e saída, entre outros.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «Conceito de Centro de processamento de dados». Consultado em 14 de Janeiro de 2016
- ↑ «O que é e para que serve um data center?». Olhar Digital. 21 de Agosto de 2011. Consultado em 27 de Junho de 2017
- ↑ Laudon, Kenneth C.; Laudon, Jane P. (2014). Sistemas de de informação gerenciais 11ª ed. São Paulo, Brasil: Pearson Education do Brasil. p. 146. ISBN 9788543005850.
Um datacenter é uma instalação que reúne sistemas computacionais e componentes associados, como sistemas de telecomunicações, armazenamento, segurança e fornecimento de energia de backup.
- ↑ Carr, Nicholas (17 de Janeiro de 2008). The Big Switch: Rewiring the World, from Edison to Google (em inglês). Nova Iorque, Estados Unidos: W. W. Norton & Company. p. 46. ISBN 9780393062281
- ↑ «FEMP - Data Center Energy Consumption Trends» (em inglês)
- ↑ «Virtual Data Center». azure.microsoft.com (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2019
- ↑ «vCloud Air Documentation Center». pubs.vmware.com. Consultado em 27 de fevereiro de 2019
- ↑ «Entenda como funciona Data Center Virtual». Blog Host One. 1 de janeiro de 2019. Consultado e
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