segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

DOM PEDRO DAS SETE PARTIDAS (PEDRO DE PORTUGAL - 1º DUQUE DE COIMBRA)- NASCEU EM 1392 - 9 DE DEZEMBRO DE 2019

Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra

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Pedro, Duque de Coimbra
Banner of Arms of Peter, Duke of Coimbra.png
Duque de Coimbra
Reinado1415
20 de maio de 1449
PredecessorCriação do título
SucessorVago; Próximo titularJorge de Lancastre
Shield of the Kingdom of Portugal (1385-1481).png
Regente do Reino de Portugal
Em nome de Afonso V de Portugal
Reinado1439-1449
PredecessorLeonor de Aragão (como regente de Afonso V)
SucessorAfonso V de Portugal (como rei)
CônjugeIsabel de Urgel
DescendênciaPedro, Conde de Barcelona
João, príncipe de Antioquia e Chipre
Isabel, Rainha de Portugal
Jaime, Arcebispo de Lisboa
Beatriz, senhora de Ravenstein
Filipa de Portugal
CasaAvis
Nascimento9 de dezembro de 1392
 LisboaPortugal
Morte20 de maio de 1449 (56 anos)
 Batalha de AlfarrobeiraVialonga, perto de Alverca
EnterroMosteiro da BatalhaPortugal
PaiJoão I de Portugal
MãeFilipa de Lencastre
ReligiãoCatolicismo
AssinaturaAssinatura de Pedro, Duque de Coimbra
Pedro, infante de Portugal, 1º Duque de Coimbra, (9 de dezembro de 1392 – 20 de maio de 1449) foi um príncipe da dinastia de Avis, filho do rei João I e de Filipa de Lencastre. Entre 1439 e 1448 foi regente de Portugal.
Devido às suas viagens ao estrangeiro, ficou conhecido como o Infante das Sete Partidas. Tendo recebido nelas o feudo de Treviso, com o título de Duque de Treviso, pelo imperador Segismundo da Hungria[1] e investido cavaleiro da Ordem da Jarreteira pelo seu tio Henrique IV de Inglaterra.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Bandeira pessoal do Infante D. Pedro com a divisa: «Désir»
Pedro foi, desde a nascença, um dos filhos favoritos de João I, que lhe proporcionou uma educação esmerada e excepcional numa era em que os grandes senhores eram pouco mais, senão mesmo, analfabetos. Muito próximo dos irmãos Duarte e João, Pedro cresceu num ambiente tranquilo e livre de intrigas. Em 1415, acompanha o pai na conquista de Ceuta e é feito cavaleiro no dia seguinte à tomada da cidade, na recém consagrada mesquita. É nesta altura que lhe é conferido o Ducado de Coimbra, tornando-se, com o irmão Henrique, nos dois primeiros duques criados em Portugal.
Em 1429, Pedro casa com Isabelcondessa de Urgel, com quem constitui, segundo as fontes, uma união de amor. Na morte de Duarte, seu rei e irmão mais velho, Pedro é preterido na regência de Afonso V de Portugal a favor da rainha mãe, Leonor de Aragão. A escolha do falecido rei não era, no entanto, popular e a facção opositora de Leonor em breve saiu às ruas. Um motim em Lisboa foi evitado in extremis, convocando-se uma reunião das cortes para normalizar a situação (Cortes de 1439). O resultado do encontro foi a nomeação de Pedro para a regência do pequeno rei (dezembro de 1439), deixando a classe média de burgueses e mercadores deveras satisfeita. No entanto, dentro da aristocracia, em particular D. Afonso, conde de Barcelos (meio irmão de Pedro), preferia-se a mais maleável Leonor de Aragão e desconfiava-se do valor do Infante. Começa então uma guerra surda de influências e Afonso consegue transformar-se no tio favorito de D. Afonso V.
Em 1443, num gesto de reconciliação, Pedro torna o meio irmão Afonso no primeiro duque de Bragança e as relações entre os dois parecem regressar à normalidade. Indiferente às intrigas, Pedro continua a sua regência e o país prospera sob a sua influência. É durante este período que se concedem os primeiros subsídios à exploração do oceano Atlântico, organizada pelo Infante D. Henrique.
Finalmente, a 9 de junho de 1448, Afonso V atinge a maioridade e Pedro entrega o controlo de Portugal ao rei, verificando-se o grau de influência do Duque de Bragança sobre Afonso. A 15 de setembro, Afonso V anula todos os éditos de Pedro, começando, contra si próprio, pelos que determinavam a concentração do poder na pessoa do rei. A única coisa que Afonso parece não aceitar é a separação da rainha Isabel, por muito a estimar. No ano seguinte, sob acusações que haveria mais tarde de descobrir falsas, Afonso V declara o infante Pedro um rebelde. A situação torna-se insustentável, e começa uma guerra civil. Breve, pois a 20 de maio de 1449 ocorreu a Batalha de Alfarrobeira no Forte da Casa, perto de Alverca, durante a qual o infante morreu. As condições exactas da sua morte continuam a causar debate: aparentemente Pedro morreu em combate, mas a hipótese de um assassínio disfarçado na batalha nunca foi descartada.
Com a morte de Pedro, Portugal caiu nas mãos de Afonso, 1º Duque de Bragança, com cada vez mais poder sobre o rei. No entanto, o período da sua regência nunca foi esquecido e D. Pedro foi citado muitas vezes pelo rei João II de Portugal (seu neto) como sendo a sua maior influência. A perseguição implacável que João II moveu aos Bragança foi talvez em resposta às conspirações que causaram a queda do maior príncipe da Ínclita geração.
Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência
Ordem Avis.svg

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Do seu casamento com D. Isabel de Urgel, filha do conde Jaime II de Urgel e da infanta Isabel de Aragão, Condessa de Urgel, teve os seguintes filhos:

Referências

  1.  «Infante D. Pedro - Regente de Portugal: 1392 – 1449, por Fernando Correia da Silva». Consultado em 16 de julho de 2013. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2015

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikisource
Wikisource contém fontes primárias relacionadas com D. Pedro Regente de Portugal
Precedido por
Leonor de Aragão
PortugueseFlag1385.svg
Regente de Portugal

1439 — 1448
Sucedido por
Catarina de Áustria

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