quinta-feira, 28 de novembro de 2019

GUARDA - FERIADO - 28 DE NOVEMBRO DE 2019

Guarda

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Guarda (desambiguação).
Guarda
Brasão de GuardaBandeira de Guarda
GuardaCathedral2.jpg
Catedral - Sé da Guarda
Localização de Guarda
GentílicoGuardense;
Egitaniense[1]
Área712,1 km²
População42 541 hab. (2011)
Densidade populacional59,7  hab./km²
N.º de freguesias43
Fundação do município
(ou foral)
1199
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Beiras e Serra da Estrela
DistritoGuarda
ProvínciaBeira Alta
OragoNossa Senhora da Assunção
Feriado municipal27 de Novembro (Foral)
Código postal6300 e 6301
Sítio oficialwww.mun-guarda.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Guarda é a mais alta cidade portuguesa (1056m de altitude), com 26 565 habitantes no seu perímetro urbano, capital do distrito da Guarda, situada na região estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela. É sede de um município com 712,1 km² de área e 42 541 habitantes (censos de 2011), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 43 freguesias.[2] O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. O seu distrito tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela, a 1056 metros de altitude, sendo a cidade mais alta de Portugal.
Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança.
A nível ferroviário, a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa (encerrada para obras de modernização com abertura prevista para o ano 2020) e a linha da Beira Alta, que se encontra completamente eletrificada, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid-Burgos).
O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.
Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiarias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.

História[editar | editar código-fonte]

Porta do Sol
Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitavam a região da Guarda povos lusitanos. Entre os quais os igeditanos, os lancienses opidanos e os transcudanos. Estes povos unidos sob uma autêntica federação viriam a resistir à romanização durante dois séculos. Ao contrário dos latinizados, estes povos não consumiam vinho, mas antes cerveja de bolota. A sua arma de eleição era a falcata - uma espada curva - que facilmente quebrava os gládios romanos devido à sua superioridade metalúrgica. Os seus deuses pagãos diferiam também dos romanos, podem ainda hoje encontrar-se algumas inscrições religiosas lusitanas em santuários como o Cabeço das Fráguas.
Paço Episcopal
Durante muito tempo os historiadores julgaram que a Cividade dos Igeditanos (Egitânia) se localizava na Guarda mas mais recentemente chegou-se à certeza que tal localização era em Idanha-a-Velha. Daqui que o gentílico de egitanienses se enraizou. No entanto, existe dúvida se a Guarda foi realmente Egitânia. Confinando com os terrenos dos igeditanos, a norte estavam os dos lancienses opidanos cuja capital, a Cividade Lância Opidana, foi referida a curta distância da atual localização da Guarda.
Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida (influente militar português, herói das campanhas de África, natural da Guarda), o que levou alguns críticos a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho.
Após o período romano seguiram-se períodos de ocupação por parte dos visigodos, mais tarde pelo reino das Astúrias e também pela civilização islâmica. Só após o processo da reconquista é atribuído o foral, reconfirmando definitivamente a importância da cidade e da região.
O rei Dinis I e D. Isabel estiveram na cidade mês e meio após casarem. O rei sancionou os «Costumes da Guarda» e viria a preparar a guerra com Castela, resolvida com o tratado de Alcanizes.

«A cidade dos 5 F's»[editar | editar código-fonte]

A explicação mais conhecida e consensual do significado do epíteto de «cidade dos 5 F's» diz que estes significam Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.[3][4][5][6][7] A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:
  1. Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;
  2. Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;
  3. Fria: a proximidade à Serra da Estrela e o facto de estar situada a uma grande altitude explicam este F;
  4. Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;
  5. Formosa: pela sua natural beleza.
Ainda relativamente ao «4º F» da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo. É comum ver turistas procurando essa Gárgula específica, recentemente apelidada de "Fiel".

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes[8]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
33 00636 28040 20541 91044 01041 90943 31447 86251 46848 99439 74140 36038 76543 82242 541
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário[9]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos14 18114 81614 17714 67815 79915 61714 23311 1059 0287 2826 8095 833
15-24 Anos7 9018 1287 5638 2538 8519 8148 3996 1957 2195 7896 1264 409
25-64 Anos17 01618 26717 31617 65920 06021 83622 07617 45518 15518 84622 72123 426
= ou > 65 Anos2 1722 3372 4622 9723 1143 9024 2864 4905 9586 5858 1668 873
> Id. desconh408621292209
(Obs.: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Orago[editar | editar código-fonte]

Virgem da Assunção é a Padroeira da Guarda.
Não é por acaso que:
  • Por cima da entrada principal, ao centro, está a estátua da Virgem da Assunção, ladeada pelas torres sineiras com a heráldica de D. Pedro Vaz Gavião.
  • O altar-mor (da Sé Catedral), atribuído a João de Ruão e mandado fazer ca. 1553 pelo bispo D. Gregório de Castro, é composto por um retábulo com uma centena de figuras esculpidas (do Antigo e do Novo Testamento) em pedra de Ançã. Um dos painéis centrais é ocupado por uma estátua invocando Nossa Senhora da Assunção.
  • Segundo Adriano Vasco Rodrigues, é uma "“imagem em granito da Senhora da Assunção, padroeira da Guarda.”
(Fonte: ‘A Catedral da Guarda, motivo de orgulho!’, de Adriano Vasco Rodrigues, em GuardaViva Boletim Municipal, Nº 1, página 21)
  • “Fachada principal virada a oeste, sendo visível um primitivo remate em pena angular, sendo rasgada por portal em arco abatido, com cogulhos internos, que se entrelaçam, dando origem a uma nicho com mísula e baldaquino, onde se integra a imagem de Nossa Senhora da Assunção; é ladeado por dois colunelos finos, assentes em bases altas com toros e escócias, surgindo, nos intercolúnios, mísulas ornadas por folhagem protegidas por baldaquinos; o colunelo exterior prolonga-se sobre o nicho da Virgem, em arco canopial, com cogulhos internos e externos, sendo flanqueado por dois possantes gigantes, constituídos por amplas bases, de onde saem feixes de colunas torsas, rematando em pináculos também torsos e com florão.”
  • “Na Estatística Paroquial, é referido que a paróquia da Sé, de Nossa Senhora da Assunção, era um priorado apresentado pelo bispo local.”
  • "...no centro a Virgem da Assunção, padroeira da cidade da Guarda.”
(Fonte: MONOGRAFIA ARTÍSTICA DA GUARDA, Adriano Vasco Rodrigues, 2ª edição, 1977, página 98, 2º parágrafo)
  • Diocese da Guarda (Diœcesis Ægitaniensis) - Padroeiro: Nª Senhora da Assunção
  • "Num nicho central, vê-se a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Guarda."
(Fonte: Património & Turismo, Distrito da Guarda 1999 [(REGISTOS: Ministério da Justiça, Empresa Jornalística Nº 222033, ICS (Titularidade) Nº 122034] , página 46)
  • "Paróquia: Guarda; Orago: Nossa Senhora da Assunção"

Cronologia[editar | editar código-fonte]

Lendas[editar | editar código-fonte]

Segundo uma lenda, no tempo da Reconquista, havia uma jovem Ana apaixonada por Alfonso III das Astúrias que seguiu o rei, vestida de soldado. Depois duma batalha, o rei descobriu o segredo de Ana e emocionado, mandou construir um castelo para Ana viver, tornando-se a guardiã daquelas terras.

Geografia[editar | editar código-fonte]

A Guarda é sobranceira ao Vale do Mondego, insere-se no último contraforte Norte da Serra da Estrela é a cidade mais alta de Portugal, quanto à altitude da área urbana do município, com altitude máxima de 1.056 metros.
Fruto desta altitude é também o curioso facto de esta região pertencer a três bacias hidrográficas - Mondego, Douro e Tejo, contribuindo desta forma para os recursos hídricos das regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. O Ponto de confluência das três bacias localiza-se na povoação de Vale de Estrela nas imediações da Guarda.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima na cidade da Guarda é temperado, com influência mediterrânica, visto que no verão há uma curta estação seca. O mês mais quente é Julho, com temperatura média de 19,7 °C, e o mês mais frio é Janeiro, com média de 4 °C. O mês mais chuvoso é Dezembro, com pluviosidade média de 150,6 mm, e o mês mais seco é Agosto, com média de escassos 10,4 mm. A temperatura média anual é de 11,1 °C e a pluviosidade média anual é de 914,2 mm. É considerada uma das cidades mais frias de Portugal, experimentando algumas vezes por ano precipitações de neve.
As temperaturas inferiores a -10 °C ocorrem com alguma frequência, havendo inclusivamente registos históricos datados de Janeiro de 1829 que parecem indicar temperaturas inferiores a -20 °C (ver secção cronologia).
[Esconder]Dados climatológicos para Guarda (1981-2010)
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Temperatura máxima recorde (°C)15,217,623,024,530,833,738,334,636,027,021,317,138,3
Temperatura máxima média (°C)6,88,611,412,416,421,225,125,021,115,010,07,815,1
Temperatura média (°C)4,05,57,78,412,316,219,719,516,311,47,55,311,15
Temperatura mínima média (°C)1,22,33,74,67,711,314,013,911,98,35,02,97,2
Temperatura mínima recorde (°C)-10,8-6,2-8,8-4,5-1,81,24,44,91,8-0,6-7,5-6,7-10,8
Precipitação (mm)104,871,259,486,786,333,918,210,458,2107,4127,1150,6914,2
Dias com neve0100000000001
FonteInstituto Português do Mar e da Atmosfera (1981–2010)[11](Records: 1971-2010) 26 de fevereiro de 2013
Fonte 2: Climate Zone (Dias de neve - média 2010 a 2014) [12] 26 de fevereiro de 2013

Organização administrativa[editar | editar código-fonte]

Até 2013, a cidade da Guarda era oficialmente constituída pelas freguesias urbanas da São Vicente e São Miguel, entretanto unidas numa só (Freguesia da Guarda), embora efetivamente a malha urbana abarque também as freguesias de Vale de EstrelaMaçainhasAlvendreArrifanaCasal de Cinza e Panoias de Cima (estas últimas apenas parcialmente).

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho da Guarda.
Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[2] o concelho da Guarda está dividido em 43 freguesias:
Até 1 de janeiro de 2002, fazia também parte do município a freguesia do Vale de Amoreira, a qual entretanto foi transferida para o vizinho concelho de Manteigas.

Cidades geminadas[editar | editar código-fonte]

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V%V
PSCDS-PPPPD/PSDAPU/CDUADPSD-CDS
197633,56331,22221,6624,89-
197954,284ADAD3,00-37,173
198257,3454,15-32,812
198552,44431,7533,53-
198952,8146,47-33,4332,67-
199352,3445,30-34,4933,25-
199756,2944,08-32,1232,98-
200147,6542,97-42,4631,98-
200552,5144,55-33,8431,78-
200955,7955,15-28,3322,68-
201330,392PPD/PSDCDS-PP3,89-51,435
201723,3525,59-61,2052,11-

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
CDSPSPSDPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNBEPANPàF
197632,1330,3218,643,551,23
1979AD36,73APU0,8249,515,49
1980FRS0,7851,234,8235,15
198318,7846,2023,270,344,84
198516,4630,2827,440,825,1513,00
19875,4429,4153,28CDU0,253,152,12
19915,4236,2948,612,390,811,80
199510,4952,6230,690,412,120,35
199910,3547,7133,223,441,45
20029,8639,8342,502,351,79
20056,8951,7927,273,004,71
200911,4836,4430,783,5510,99
201113,3428,5941,353,894,680,81
2015PàF33,83PàF4,1110,231,5141,73

Património arquitetónico e arqueológico[editar | editar código-fonte]

Igreja da Misericórdia (centro da cidade)
A cidade tem vários monumentos arquitetónicos, na sua maioria situados no centro histórico:
Sé da Guarda e estátua de D. Sancho I
No centro histórico da Guarda encontram-se vários edifícios com marcas mágico-religiosas: um estudo de Novembro de 2006, editado pela Sociedade Pólis Guarda e pela autarquia local, identifica 48 marcas cruciformes em edifícios da zona da Judiaria.

Património natural[editar | editar código-fonte]

Centro da cidade da Guarda com um nevão
Encontram-se classificadas como árvores de interesse nacional:
Jardim José Lemos, um dos espaços verdes da cidade.
Mais património natural da região:
  • Cão da Serra da Estrela - sem dúvida um dos mais interessantes canídeos de Portugal
  • Teixos da Serra da Estrela
  • Lobo Ibérico - as últimas alcateias livres a sul do Douro situam-se nesta região
  • Vale Glaciar de Manteigas
  • Orografia granítica, com afloramentos frequentes e por vezes com dimensões monumentais
  • Carvalhais de Carvalho Negral
  • Soutos e Castinçais
  • Possível cratera de 35 km de diâmetro[10]
  • Linha de festo tago-duriense que define as vertentes das bacias hidrográficas do Tejo e do Douro, na freguesia de Panoias de Cima[14]
O Concelho encontra-se parcialmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela

Associações recreativas e desportivas[editar | editar código-fonte]

Durante muitos anos, o principal clube desportivo da cidade, com notório ecletismo, foi a Associação Desportiva da Guarda que entretanto se extinguiu. Em seu lugar apareceu o clube Guarda Desportiva Futebol Clube, que se dedicou apenas ao futebol.
Estádio Municipal da Guarda
Outros clubes que se têm destacado neste desporto são o Mileu-Guarda Sport Clube e o NDS (Núcleo Desportivo e Social), este sobretudo nas camadas jovens. Clubes que se têm destacado fora do âmbito do futebol são o Clube de Montanhismo da Guarda, e o Centro de Desporto e Cultura do Pinheiro no atletismo.
A cidade tem ainda diversas associações culturais e recreativas, dentre as quais, a Associação de Desenvolvimento Carapito S. Salvador.
Existe ainda o Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas (GDRL) que se destaca no âmbito do futsal, no escalão nacional de seniores, possuindo também uma equipa B e escalões de iniciação. O clube tem também escalões juvenis de basquetebol feminino.

Infraestruturas e acessibilidades[editar | editar código-fonte]

O Concelho é servido por uma boa rede viária:

Ferrovias[editar | editar código-fonte]

Na Guarda passam ainda as seguintes linhas ferroviárias:
Após o abandono do projeto do TGV português devido à crise económica mundial, o governo português anunciou em 2011 a requalificação da linha da beira alta para bitola europeia de forma a permitir a circulação de mercadorias em velocidade alta a partir dos portos do norte de Portugal para o centro da Europa.

Plataforma logística e outras[editar | editar código-fonte]

No Concelho existe a PLIE - Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, uma área infraestruturada de raiz com cerca de 100 hectares, de cariz logístico-industrial onde a atividade de armazenagem e produção tem condições ótimas do ponto de vista da distribuição Ibérica, não só pela confluência das várias vias rodoviárias e ferroviárias, mas também pela posição intermédia entre Lisboa-Madrid e Aveiro-Madrid, sendo de todas as passagens fronteiriças aquela que proporciona o menor e mais rápido trajeto em direção ao centro da Europa.
No Concelho existe a barragem do Caldeirão, importante infraestrutura para o abastecimento de água e produção de energia. A barragem foi também feita com o intuito de ser um pólo de atração turística.

Economia[editar | editar código-fonte]

Antes do 25 de Abril, a grande maioria da população do concelho habitava em aldeias e vivia da agricultura de subsistência. Com a democracia, começou a haver uma deslocalização dos meios rurais para a cidade e as pessoas começaram a trabalhar no sector dos serviços e da indústria. Houve grandes fábricas, como a Renault e a Gartêxtil, ambas já desaparecidas.
Os 14 municípios do distrito da Guarda possuirão um total de 15 521 empresasdas quais 4 189 estarão sediadas no concelho da Guarda.[15]
Atualmente (2010), a crise paira na indústria desta cidade gerando milhares de desempregados: a principal empregadora a Delphi, fechou em 31 de dezembro de 2010,despedindo os últimos 321 trabalhadores (chegou a ter cerca de 3 mil trabalhadores). No entanto existem outras empresas do mesmo sector que poderão absorver alguns desses trabalhadores. Outros exemplos de empresas relevantes são a GELGURTECoficabDura AutomotiveSODECIA metalurgia entre outras.
A boa situação geográfica do concelho e as boas acessibilidades fazem da Guarda um excelente local para o armazenamento e transporte de mercadorias de Portugal para o resto da Europa (e vice-versa), nesse sentido entidades privadas em conjunto com a Câmara Municipal criaram a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) que é uma plataforma transfronteiriça que procura dinamizar a economia regional e a captação de fluxos e investimentos industriais.

Turismo e gastronomia[editar | editar código-fonte]

turismo é também uma aposta da Guarda. Os principais pontos turísticos da cidade são:
Atualmente, o concelho tem vários hotéis que aproveitam a proximidade com a Serra da Estrela, com as Aldeias Históricas e com a região do vinícola do Douro que posicionam a Guarda como base ideal para a descoberta desses destinos. A gastronomia do concelho é muito diversificada, com destaque para o Caldo de Grão, o Bacalhau à Conde da GuardaBacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado, as Morcelas da Guarda e o Arroz Doce.

Política[editar | editar código-fonte]

Presidentes da Câmara após o 25 de Abril:

Guardenses ilustres[editar | editar código-fonte]

O concelho da Guarda foi o berço de várias personalidades, entre as quais:

Filhos adotivos da Guarda[editar | editar código-fonte]

A Guarda, ao longo dos tempos, foi acolhendo individualidades que, pela sua relevância e ligação à Cidade, perduram na alma Guardense.

Educação[editar | editar código-fonte]

Na Guarda, existem vários estabelecimentos de ensino, entre os quais:
Ensino superior
  • IPG (Instituto Politécnico da Guarda) (público)
  • Instituto Superior de Administração, Comunicação e Empresas (privado)
Ensino secundário
  • Escola Secundária c/ 3º CEB da Sé
  • Escola Secundária Afonso de Albuquerque
Ensino privado
  • Ensiguarda
  • Instituto de S. Miguel
  • Colégio da Cerdeira
  • Conservatório de Música de S. José da Guarda
A cidade da Guarda tem um total de 21 escolas.

Gentílico[editar | editar código-fonte]

Alguns autores acham que o gentílico da Guarda não é guardense, mas egitaniense. A palavra deriva de Egitânia, o nome latino de Idanha, e tem a ver com o facto de a diocese da Idanha (atualmente a pequena aldeia de Idanha-a-Velha, concelho de Idanha-a-Nova), ter sido transferido para a Guarda.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Guarda
Wikcionário
Wikcionário tem o verbete Guarda.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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