Horário de verão
Horário de verão é a prática de adiantar os relógios em uma hora durante os meses do verão, com o objetivo de economizar energia nas regiões que mais recebem luminosidade solar. Tipicamente, a população de regiões que adotam a medida, avançam uma hora próximo ao início da primavera e retornam para o padrão no outono.
A ideia moderna do horário de verão foi proposta pelo neozelandês George Hudson em 1895. A Alemanha e a Áustria-Hungria organizaram a primeira implementação, começando em 30 de abril de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial. Vários países usaram-no diversas vezes desde então, particularmente durante a crise da energia em 1970.
A prática recebeu tanto elogios quanto críticas. Adiantar os relógios traz benefícios para o varejo, os esportes, e outras atividades que exploram a luz do sol após a jornada de trabalho, mas pode trazer problemas para o entretenimento da tarde e para outras atividades ligadas diretamente à luz solar, como a agricultura. Mesmo que alguns dos primeiros proponentes do ato tenham pensado que o mesmo reduziria o uso de lâmpadas incandescentes durante a tarde, sendo a iluminação anteriormente o principal motivo da eletricidade, o clima moderno e os padrões de uso de aparelhos para refrigeração diferem bastante, e pesquisas em relação a como o horário de verão atualmente afetam o uso de energia têm sido limitadas e contraditórias.
As mudanças causadas pela medida às vezes complicam a cronometragem e podem atrapalhar viagens, faturamento, manutenção de registros, dispositivos médicos, equipamentos pesados e padrões de sono. O software dos dispositivos contemporâneos pode frequentemente alterar o horário por si só, mas as mudanças de políticas por várias jurisdições de datas e horários do horário de verão podem ser confusas.
Índice
Base lógica[editar | editar código-fonte]
As sociedades industrializadas geralmente seguem um cronograma baseado em relógios nas atividades do dia a dia que não mudam no decorrer do ano. O horário de início do trabalho e da escola, e a coordenação do transporte público, por exemplo, mantém-se constante no ano. Em contraste, as rotinas de trabalho e conduta pessoal dos agricultores são mais comumente governadas pela tempo em que a luz solar está visível[1][2] e pelo horário solar aparente, que pode mudar sazonalmente devido à inclinação axial da Terra. A luz do dia dos trópicos norte e sul dura mais no verão e menos no inverno, com o efeito tornando-se maior à medida que nos afastamos dos trópicos.
Ao sincronizadamente redefinir todos os relógios de uma região para uma hora adiante ao horário padrão, os indivíduos que seguem essa rotina vão acordar uma hora antes do que iriam de outro modo; eles vão iniciar e completar as rotinas de trabalho uma hora antes, e terão sessenta minutos extras da luz do dia após a jornada de trabalho.[3][4] No começo de cada dia, contudo, haverá uma hora de luz a menos, tornando a política menos prática durante o inverno.[5][6]
Histórico[editar | editar código-fonte]
A primeira menção à ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de sol foi lançada em 1784 pelo político e inventor americano Benjamin Franklin, isso quando ainda não existia luz elétrica. Mas sua ideia não recebeu qualquer receptividade, quer dos governos, quer da sociedade científica, mesmo após ele publicar um artigo (“An Economical Project for Diminishing the Cost of Light” — para o Jornal de Paris, em 1784) sobre a possível economia em cera de vela que seria gerada caso a medida fosse adotada.[7] É importante notar que Franklin apenas sugeriu que as pessoas acordassem mais cedo no verão — sem, no entanto, mencionar mudanças na hora oficial.[8] Ele partiu da observação de que, durante parte do ano, nos meses de verão, o sol nascia antes que a maioria das pessoas se levantasse, e concluiu que a luz do dia poderia ser mais bem aproveitada,[9] assim, a maioria da população passaria a acordar, trabalhar e estudar em consonância com a luz do sol, e com isso não se consumiriam tantas velas nas fábricas e residências daquela época. A ideia, na época, não chegou a sair do papel.
É interessante perceber que o sistema de fusos horários foi introduzido apenas em 1883 (99 anos depois da ideia de Benjamin Franklin) na Inglaterra devido à necessidade de se padronizar os horários de trens que cruzavam o país. Até então as grande cidades mantinham seu padrão horário baseado no movimento dos astros e estabeleciam o horário a ser seguido na região. Logo no ano seguinte houve uma padronização internacional de horários estabelecendo os fusos horários em vigor até hoje.[10]
Aquela que pode ser considerada como a primeira proposta oficial da criação do horário de verão só apareceu mais de uma década depois, em 1895. O autor dessa proposta foi George Vernon Hudson, um entomologista neozelandês que, enquanto fazia as suas pesquisas, se apercebeu do valor da luz do dia no seu trabalho, que era examinar o comportamento dos insetos. Dois anos depois, em 1898, Hudson voltou à carga publicando mais uma pesquisa que iria apoiar as suas reivindicações sobre o horário de Verão.[11]
Mais tarde, em 1907, William Willett, da Sociedade Astronômica Real tentou persuadir, sem sucesso, a sociedade britânica a adotar a prática. Ele deu início a uma campanha que propunha alterar os relógios no verão para reduzir o que classificava de "desperdício de luz diurna". O jovem Winston Churchill apoiou a teoria de Willett, mas ela não chegou ser aprovada. Willett morreu em 1915, um ano antes de a Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, adotar sua tese como medida para economizar carvão, e tornar-se, assim, o primeiro país no mundo a implantar o horário de verão,[12] no dia 30 de abril de 1916. Logo depois da Alemanha, o império Austro-Húngaro abraçou a ideia. O Reino Unido e a França anunciaram poucos dias depois a mesma decisão.
Embora atualmente muitos países façam uso dessa prática (ou tenham feito algum tempo atrás), críticos do horário de verão alegam que a medida afeta o chamado relógio biológico das pessoas, principalmente das mais velhas, com prejuízos à saúde.[13]
Conceito[editar | editar código-fonte]
O horário de verão contribui para reduzir o consumo de energia, mas a medida só funciona nas regiões distantes da linha do equador, porque nesta estação os dias se tornam mais longos e as noites mais curtas. Porém nas regiões próximas ao equador, como a maior parte do Brasil, os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano e a implantação do horário de verão nesses locais, traz pouco ou nenhum proveito. Contudo, seu maior efeito é diluir o horário de pico, evitando assim uma sobrecarga do sistema energético. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)."O Horário de Verão tem como objetivo principal a redução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional no período de ponta. Isso é possível, pelo fato da parcela de carga referente à iluminação ser acionada mais tarde, que normalmente o seria, motivada pelo adiantamento do horário brasileiro em 1 hora. O efeito provocado é de não haver a coincidência da entrada da iluminação, com o consumo existente ao longo do dia do comércio e da indústria, cujo montante se reduz após as 18 horas."[14]
Locais onde é adotado[editar | editar código-fonte]
Cerca de trinta países usam o horário de verão pelo menos em uma área dos seus territórios. Grande parte das terras habitadas, no Hemisfério Norte, fica em altas latitudes, onde o inverno é mais rigoroso, com o Sol se pondo muito cedo e nascendo lentamente durante o dia. No verão, o inverso ocorre. É comum o dia ainda estar claro às 20 ou até às 22 horas. Por isso, nesses lugares o horário de verão faz uma grande diferença.
Boa parte dos países que adota a medida está situada nas regiões entre os trópicos e os polos. É possível citar os países membros da União Europeia, a maioria dos países que formavam a antiga União Soviética, a maioria do Oriente Médio (Irã, Iraque, Síria, Líbano, Israel, Palestina), parte da Oceania (Austrália, em parte do seu território, e Nova Zelândia), a América do Norte (Canadá, Estados Unidos e México), alguns da América Central (Cuba, Honduras, Guatemala, Haiti e Bahamas), e da América do Sul (Paraguai e Chile).
- África: Marrocos e Namíbia.
- América Central: Cuba, Haiti e Bahamas.
- América do Sul: Paraguai e Chile.
- América do Norte: Grande parte do Canadá, dos Estados Unidos, e do México.
- Nos Estados Unidos e no Canadá, a medida se consolida no chamado “Daylight Saving Time”, que começa no segundo domingo de março, e dura até o primeiro domingo de novembro. Mas assim como nas demais regras e regulamentos, os estados estadunidenses e as províncias e territórios canadenses têm certa autonomia para definirem as regras do horário de verão.
- No México, a medida também é adotada anualmente, no período de Abril a Outubro, exceto nos estados de Sonora e Quintana Roo.
- Europa: União Européia e Leste Europeu.
- Na União Europeia, o horário de verão inicia-se à 01:00 (01 AM) da Hora Universal (“Greenwich Mean Time”), no último domingo de março, e finalizando-se no último de outubro.
- Oriente Médio: Irã, Síria, Jordânia, Líbano, Israel e Palestina.
- Oceania: Nova Zelândia, parte da Austrália, Fíji, Samoa e Tonga.
Adoção do Horário de Verão | Países |
---|---|
Países e territórios que não adotam o Horário de Verão | 159 |
Países e territórios que adotam, pelo menos em parte, o Horário de Verão | 81 |
Países e territórios que adotam o Horário de Verão em algum período do ano | 73 |
Países e territórios que adotam o Horário de Verão apenas em parte do território | 9 |
Benefícios[editar | editar código-fonte]
Internacionalmente os estudos apontam três benefícios do horário de verão: economias de energia, redução de acidentes nos horários de pico do trânsito (que durante esse período possuem mais iluminação natural) e redução de assaltos e crimes. No caso brasileiro podemos acrescentar um importante benefício que se refere à possibilidade de armazenarmos mais água nos reservatórios das hidrelétricas durante o verão e poder utilizá-la depois durante os meses secos do inverno.[10]
Economia de energia[editar | editar código-fonte]
O Horário de Verão reduz a demanda por energia no período mais crítico do dia, ou seja, que vai das 18h às 21h quando a coincidência de consumo por toda a população provoca um pico, denominado "horário de ponta". Além disso, a implantação do Horário de Verão, ao permitir que entre 19 e 20 horas ainda se disponha de claridade no céu, evita o custo de operação de usinas de energia elétrica para iluminar, ao entardecer, todas as regiões onde o sistema é implantado e que abrangem os maiores centros consumidores.
No Brasil, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em nota divulgada à imprensa, os resultados, verificados durante o Horário de Verão 2011/2012, apontam para uma redução da demanda no horário de ponta da ordem de 2.555 MW — sendo 1840 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 610 MW o subsistema Sul e 105 MW no subsistema Nordeste, referente à participação do Estado da Bahia. A redução representa 4,6% da demanda máxima dos três subsistemas.[15]
A economia com o horário de verão chegou nesta edição a R$ 160 milhões. Segundo o Diretor Geral do ONS, Hermes Chipp, o Horário de Verão aumenta a segurança e diminui os custos de operação do sistema. E isso tem como consequência a redução da tarifa de energia elétrica para o consumidor.[16]
Outros benefícios[editar | editar código-fonte]
Em entrevista ao G1, David Prerau, especialista em horário de verão e Ph.d. pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts, disse que a economia de energia não é o único benefício da implantação do horário de verão. Segundo ele, muitos países adotam a medida por conta da diminuição da criminalidade no horário de saída do trabalho e também pelo aumento do lazer da população, que pode curtir o fim de tarde por mais tempo.
Para Michael Downing, professor da Universidade de Tufts, em Boston, e autor de "Spring Forward: The Annual Madness of Daylight Saving Time" (A primavera avançada: a loucura anual do horário de verão") a real intenção do adiantamento dos horários é o lobby das companhias de petróleo e das lojas de shopping, pois "as pessoas saem mais cedo do trabalho e vão às compras. E não vão andando. Elas pegam carros."[17]
Malefícios[editar | editar código-fonte]
Com o horário de verão, as pessoas dormem antes do habitual e acordam uma hora mais cedo. Esta alteração do horário de sono, segundo especialistas, pode trazer alguns prejuízos, como sonolência durante o dia, insônia à noite, cansaço e falta de apetite. Essa confusão que acontece no nosso organismo é um fenômeno que os médicos chamam de "desordem temporal interna"[18] em tudo semelhante ao jet lag. Estudos apontam, inclusive, que animais de estimação também são afetados com esses mesmos malefícios[19].
As discussões acadêmicas significativas sobre seu impacto na saúde humana começaram nos anos de 1970. Segundo um estudo realizado no Brasil, o corpo humano precisa de ao menos 14 dias para se adaptar totalmente ao horário de verão.[20] Uma análise publicada em 2011 no "The New England Journal of Medicine" demonstrou um aumento na ordem de 5% nos ataques cardíacos (infartos do miocárdio) na população como um todo, na primeira semana do horário de verão.[21]
Para o professor Michael Downing, o horário de verão também contribui para o aquecimento global, já que aumenta o uso do ar-condicionado.[17]
Há até quem diga que o horário de verão aumenta a incidência de infartos. A alteração abrupta no relógio biológico dos cidadãos afetados pela medida eleva em até 8,5% a incidência de infartos, aponta estudo do professor Weily Toro Machado, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), com o título Daylight Saving Time and incidence of Myocardial Infarction: Evidence from a regression discontinuity design, publicado na Revista Economics Letters em 2015.[22]
Segundo a revista TecMundo, a falta de sincronização de dispositivos eletrônicos com o horário de verão, que pode ser uma porta de entrada para cibercriminosos, trazendo riscos à segurança de usuários e até de empresas, pois a diferença de horário dificulta o trabalho de rastrear e identificar falhas de segurança. O analista de segurança da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Alan Santos, comentou que a precisão é a peça-chave para também apontar a hora exata de erros ou crimes cometidos por meio da rede.[23]
Histórico do horário de verão no Brasil[editar | editar código-fonte]
Durante o Governo Lula, em 8 de setembro de 2008 foi publicado, pela Casa Civil da Presidência da República Brasileira, o decreto N° 6558[24] que definiu regras para as datas de início e término do horário de verão no Brasil. A partir da publicação deste decreto, passou a ser possível saber, antecipadamente, quais serão as datas de início e término do horário de verão, informação essa que era definida e publicada anualmente. Até a publicação deste decreto, a definição anual das datas exatas era um enorme problema para a área de Tecnologia da Informação (TI), que precisava ajustar todos os sistemas, todos os anos, com as datas de início e término do horário de verão. Em resumo, o decreto diz que nos estados onde o horário de verão é observado, ele inicia-se no terceiro domingo de outubro e encerra-se no terceiro domingo de fevereiro, exceto quando o terceiro domingo de fevereiro coincidir com o domingo de Carnaval. Nesse caso, o horário de verão encerra-se no domingo seguinte. O objetivo disso é evitar que, em meio a um feriado, pessoas esqueçam de ajustar seus relógios.
Em julho de 2017, tramitava na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretendia acabar com horário de verão.[25] A aplicação do horário de verão resultava, no passado, em maior economia de energia elétrica, quando mais pessoas tinham um horário de trabalho tradicional, chegando em casa no início da noite, e ligando a iluminação e aparelhos elétricos em seus lares, e criando um pico de demanda. Hoje, o uso de equipamentos de ar condicionado durante o dia (em especial nas tardes ensolaradas e quentes de verão) mudou a curva de consumo, colocando o pico no período do meio da tarde. “[Os órgãos governamentais] estão realizando um aprofundamento dos estudos em relação à efetividade do horário de verão para o sistema elétrico, tendo em vista as mudanças no perfil e na composição da carga que vem sendo observadas nos últimos anos. Esses estudos estão em andamento e servirão de base para os encaminhamentos futuros sobre a continuidade ou não da adoção do horário de verão”, informou o Ministério de Minas e Energia (MME), em nota. Mesmo entre os técnicos do setor, a medida tem defensores e críticos. Em março de 2017, quando foi apresentado o resultado de economia do horário de verão 2016/2017, o governo decidiu repensar a aplicação da medida. Os órgãos que participam do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiram fazer uma pesquisa em outros países para saber se há evidências sobre a efetividade do horário de verão nesse novo perfil de consumo. A consulta a outros 15 países trouxe um resultado interessante: na maioria deles, não há avaliação que justifique a efetividade do horário de verão do ponto de vista da economia de energia. Segundo ata da reunião do CMSE de maio, a consulta apontou que na maioria dos países a adoção da medida “está muito mais relacionada ao costume da população”.[26]
O presidente Michel Temer assinou, em 15 de dezembro de 2017, o decreto no. 9.242, reduzindo em duas semanas o horário de verão em 2018. O horário de verão para o Brasil começaria a valer no primeiro domingo de novembro. Até então, o horário de verão entrava em vigor desde o terceiro domingo de outubro. A data do final não foi modificada e continuará sendo o terceiro domingo de fevereiro. A redução atendeu a pedido do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, que solicitou a mudança na vigência do horário de verão para agilizar a apuração dos votos nas eleições, uma vez que a medida diminui a diferença de fusos horários entre os diferentes estados. Em 2018, o horário de verão se iniciou em 4 de novembro, no Brasil. [27]
Posteriormente, a data seria alterada para 18 de novembro, em 2018, depois da realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida seria tomada a pedido do Ministério da Educação (MEC), para não prejudicar os estudantes que fizeram o exame, nos dias 4 e 11 de novembro de 2018. Conforme novas notícias, em 15 de outubro, o Palácio do Planalto informou que o início do horário de verão foi mantido no dia 4 de novembro de 2018.[28][29] Em abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto onde encerra o ciclo do horário de verão no Brasil. O mesmo afirma que o adiantamento nos relógios passou a não fazer diferença em economia, além de trazer males ao ciclo biológico da população.[30][31]
Histórico do horário de verão em Portugal[editar | editar código-fonte]
- Em Portugal, quando se está no período do horário de inverno (do último domingo de outubro ao último domingo de março) há uma diferença de cerca de 30 minutos a mais entre a hora legal e a hora solar. Durante o horário de verão (entre o último domingo de março e o último domingo de outubro) essa diferença passa a ser de 1h30, ou seja três vezes mais. No solstício de verão, o sol nasce cerca das 6h00 e põe-se cerca das 21h00. Notar que o horário de verão está em vigência durante a primavera e verão, mas também durante o primeiro mês de outono. Assim, os últimos dias de outubro, anteriores à mudança de horário, são o período do ano em que o sol nasce mais tarde na hora oficial, e não durante o mês de dezembro, que corresponde aos dias mais curtos.[32]
- A União Europeia aprovou em março de 2019 que a partir de 2021, o horário de verão deixaria de entrar em vigor nos países que compõem o bloco.[33]. Com isso, cada país terá que optar em manter o horário de inverno ou o de verão oficialmente.
Impacto na tecnologia[editar | editar código-fonte]
- A mudança de horário impacta os sistemas críticos de informática em uso nas empresas. Alguns destes sistemas precisam ser desligados e religados para que a atualização de horário não provoque problemas internos nos programas e nem efeitos indesejáveis. O mesmo acontece para a volta ao horário normal.[34]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas e referências
- ↑ «Daylight savings time». Session Weekly. Minnesota House Public Information Office. 1991. Consultado em 7 de agosto de 2013
- ↑ «Single/Double Summer Time policy paper» (PDF). Royal Society for the Prevention of Accidents. Outubro de 2006. Consultado em 21 de outubro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 13 de setembro de 2012
- ↑ G. V. Hudson (1895). «On seasonal time-adjustment in countries south of lat. 30°». Transactions and Proceedings of the New Zealand Institute. 28: 734
- ↑ Seize the Daylight. [S.l.: s.n.] pp. 115–118
- ↑ Mark Gurevitz (7 de março de 2007). Congressional Research Service, ed. «Daylight saving time». Order Code RS22284
- ↑ Handwerk, Brian. «Permanent Daylight Saving Time? Might Boost Tourism, Efficiency». National Geographic. Consultado em 5 de janeiro de 2012
- ↑ Ana Rita Faria. «Segurar as rédeas do tempo tem muito que se lhe diga». Consultado em 5 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de maio de 2013
- ↑ senadofederal.com/ Amado e odiado, horário de verão existe desde o começo do século passado.
- ↑empresasefinancas.hsw.uol.com.br/A história do horário de verão
- ↑ ab fem.unicamp.br/ O horário de Verão: suas origens e seu propósito
- ↑ origemdascoisas.com/ A origem do horário de verão.
- ↑ «Divisão Serviço da Hora - DSHO Histórico do Horário de Verão»
- ↑ ebc.com.br/ Os benefícios e os problemas do horário de verão
- ↑ «ONS - Horário de Verão»
- ↑ ons.org.br/
- ↑ econexos.com.br/ Benefícios do horário de Verão
- ↑ ab g1.globo.com/ Ideia do horário de verão surgiu antes mesmo da luz elétrica
- ↑ maisequilibrio.com.br/ Como o horário de verão afeta seu organismo
- ↑ Estadão Horário de verão causa alterações orgânicas em animais de estimação
- ↑ bbc.com/ Corpo humano leva 14 dias para se acostumar com horário de verão
- ↑ medicinadoestilodevida.com.br/Horário de Verão Traz Prejuízos à Saúde
- ↑ «Fim ou manutenção do horário de verão dependerá da população». Gazeta do Povo
- ↑ tecmundo.com.br/ Você sabia que o horário de verão ajuda os cibercriminosos?
- ↑ «Decreto 6558 da Casa Civil da Presidência da República». 8 de setembro de 2008. Consultado em 25 de fevereiro de 2012
- ↑ [1] «Fim ou manutenção do horário de verão dependerá da população». Gazeta do Povo
- ↑ «Horário de Verão pode deixar de ser aplicado no Brasil | Tribuna Pr». Tribuna PR - Paraná Online. 6 de julho de 2017
- ↑ «Governo reduz horário de verão para 2018». Paracatunews - Notícias do Jeito que você Gosta. Consultado em 27 de março de 2018
- ↑ «Horário de verão vai começar no mesmo dia da primeira prova do Enem». Your Site NAME Goes HERE
- ↑ «Relógios de computador e celular se adiantam, mas horário de verão só começa dia 4 - Notícias - Cotidiano». Cotidiano
- ↑ «A pedido do MEC, governo adia horário de verão para 18 de novembro». Metrópoles. Consultado em 9 de outubro de 2018
- ↑ «A pedido do MEC, governo adia horário de verão para 18 de novembro». O Globo. 3 de outubro de 2018
- ↑ «Cálculo de nascentes e poentes»
- ↑https://www.poder360.com.br/internacional/parlamento-europeu-aprova-fim-do-horario-de-verao-dw/
- ↑ «Conheça dicas para preparar a área de TI para o horário de verão»
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Observatório Astronómico de Lisboa Responsável pela Hora legal em Portugal
- Hora Legal Brasileira Divisão do Serviço da Hora, do Observatório Nacional Brasileiro.
- Acerte seu Relógio Sincronismo em tempo real, Diretamente do Relógio Atômico de Césio brasileiro.
- Time Zone Editor para Windows (download .zip): aplicativo da Microsoft para ajustar a data de início e fim do horário de verão, para qualquer fuso horário.
- KB317211 Artigo da base de conhecimento da Microsoft que explica como configurar as datas de horário de verão para o Brasil.
- Mudança horária e hora certa Mudança horária em Portugal e no mundo. Averigua com a nossa página quando é que tens que mudar o relógio
- Horas diferença entre o Brasil e os Estados unidos em 2008 Display gráfico de horas pelo horário de verão provocam diferenças tempo
- Hora legal em Portugal Continental
- Decretos sobre o Horário de Verão no Brasil (em português)
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