quarta-feira, 9 de outubro de 2019

DIA MUNDIAL DOS CORREIOS - 9 DE OUTUBRO DE 2019

CTT

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CTT
Razão socialCTT - Correios de Portugal, S.A.
Empresa de capital aberto
CotaçãoEuronext LisboaCTT
AtividadeCorreio
GéneroSociedade anónima
Fundação1520 (499 anos) com o nome "Correio público"
SedeLisboaPortugal Portugal
Pessoas-chaveConselho de Administração [1]
Empregados12 097 (2018)
ProdutosCorreio Normal
Correio Expresso (Amarelo)
Correio Verde

Logística
LucroAumento EUR 19,6 milhões (2018)
FaturamentoAumento EUR 708 milhões (2018)[2]
Posição no Alexa36 847 ()
Website oficialwww.ctt.pt
CTT - Correios de Portugal, S.A. MHM (conhecidos normalmente simplesmente pela sigla CTT significando Correios, Telégrafos e Telefones) são um grupo empresarial português focado essencialmente no negócio dos correios.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Tradicional marco de correio dos CTT
As origens dos CTT remontam a 1520, ano em que o Rei D. Manuel I de Portugal criou o primeiro serviço de correio público de Portugal e o cargo de Correio-Mor do Reino, cargo extinto pela Rainha D. Maria I de Portugal em 1798. Os modernos CTT têm origem na fusão das Direcções-Gerais dos Correios e dos Telégrafos num único departamento, denominado Direcção-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis.[4]
Em 1911 a instituição passa a ser dotada de autonomia administrativa e financeira, passando a denominar-se Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, adoptando a sigla CTT que mantém até aos dias de hoje, apesar das posteriores alterações de denominação oficial.[4] Em 1969 os CTT são transformados em empresa pública, com a denominação de CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P..[4]
Em 1992 os CTT são transformados em sociedade anónima, com a denominação CTT - Correios de Portugal, S. A.. Ao mesmo tempo a área das telecomunicações é separada, formando uma empresa autónoma.[4]
A 6 de Outubro de 2000 foram feitos Membros-Honorários da Ordem do Mérito.[5] Em 2000 assinaram com o Estado a concessão do serviço universal postal, a obrigatoriedade de assegurar a troca de correspondência em todo o país. Em 2004 os CTT adquiriram  a Payshop, empresa especialista em pagamentos eletrónicos de contas domésticas com o objetivo de complementar o serviço prestado pelos CTT na área das cobranças  de facturas. Entraram também no capital da Mailtec com o objetivo de reforçar o posicionamento dos CTT na Área de Dados e Documentos e mais especificamente no negócio de finishing (preparação/fabrico de correio). Em 2005 adquiriram a empresa espanhola Tourline Express, que actua na área do correio expresso e encomendas em todo o território espanhol. Esta aquisição marca o início do processo de internacionalização dos CTT, que privilegia o mercado espanhol pela sua proximidade.
Em 2008 dá-se a liberalização dos serviços postais na união europeia. Em 2013, o Estado decide privatizar através da dispersão de ações em bolsa, 70% do capital dos CTT. No ano seguinte, em 2014, pela mesma via é alienado o restante capital, passando os CTT a ser uma empresa com capital totalmente privado com 100% do seu capital em free float sendo por isso a única empresa portuguesa nestas circunstâncias. Entram na bolsa portuguesa a 5 de Dezembro de 2013. No ano de 2015 os CTT lançam um projeto ambicioso, o Banco CTT, que arrancou no dia 18 de Março do mesmo ano com a abertura simultânea de 52 balcões – a maior abertura de um Banco em Portugal, alguma vez feita.

Líderes dos CTT[editar | editar código-fonte]

NomeTítuloPeríodo
I) Correios-Mor de Nomeação Régia
1.ºLuís Homem 1.º Correio-Mor do Reino1520-1532
2.ºLuís Afonso 2.º Correio-Mor do Reino1532-1565
3.ºFrancisco Coelho 3.º Correio-Mor do Reino1565-1577
4.ºManuel de Gouveia 4.º Correio-Mor do Reino1579-1598
II) Correios-Mor Privados e Hereditários (do Reino e das Cartas do Mar)
5.ºLuís Gomes da Mata 5.º Correio-Mor do Reino e 1.º das Cartas do Mar1606-1607
6.ºAntónio Gomes da Mata Coronel 6.º Correio-Mor do Reino e 2.º das Cartas do Mar1607-1641
7.ºLuís Gomes da Mata 7.º Correio-Mor do Reino e 3.º das Cartas do Mar1641-1674
8.ºDuarte de Sousa da Mata Coutinho 8.º Correio-Mor do Reino e 4.º das Cartas do Mar1674-1696
9.ºLuís Vitório de Sousa da Mata Coutinho 9.º Correio-Mor do Reino e 5.º das Cartas do Mar1696-1735
10.ºJosé António da Mata de Sousa Coutinho10.º Correio-Mor do Reino e 6.º das Cartas do Mar1735-1790
11.ºManuel José da Maternidade da Mata de Sousa Coutinho (1.º Conde de Penafiel)11.º Correio-Mor do Reino e 7.º das Cartas do Mar1790-1797
III) Administração Pública
12.ºJosé Diogo Mascarenhas NetoSuperintendente-Geral dos Correios e Postas do Reino1799-1805
13.ºAntónio Joaquim de Morais1º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino1805-1807
14.ºLourenço António de Araújo2.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino1810-1827
15.ºJosé Basílio Rademaker3.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino1827-1828
16.ºAntónio Xavier de Abreu Castelo Branco4.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino1828-1833
17.ºJoão de Sousa Pinto de Magalhães5.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino1833-1853
18.ºEduardo Lessa6.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino e 1.º Diretor-Geral de Correios1853-1877
19.ºGuilhermino Augusto de Barros2.º Diretor-Geral de Correios e 1.º Diretor-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis1877-1893
20.ºErnesto Madeira Pinto2.º Diretor-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis1893-1899
21.ºGuilhermino Augusto de Barros3.º Diretor-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis1899-1900
22.ºAlfredo Pereira4.º Diretor-Geral de Correios e Telégrafos1900-1910
23.ºAntónio Maria da Silva5.º Diretor-Geral de Correios e Telégrafos e 1.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos1910-1917
24.ºHenrique Jacinto Ferreira de Carvalho2.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos1919
25.ºAntónio Maria da Silva3.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos1919-1926
26.ºLuís de Albuquerque Couto dos Santos4.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos e 12.º Correio-Mor1933-1965
27.ºCarlos Gomes da Silva Ribeiro13.º Correio-Mor e Presidente Conselho de Administração dos CTT1968-1974
28.ºJoão Cunha e SerraPresidente Conselho de Gerência dos CTT1974
29.ºJoão Manuel de Almeida VianaPresidente Conselho de Gerência dos CTT1974
30.ºFrancisco José Pinto CorreiaPresidente Conselho de Administração dos CTT1974-1975
31.ºNorberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix PilarPresidente Conselho de Administração dos CTT1976-1981
32.ºJoão Maria Oliveira MartinsPresidente Conselho de Administração dos CTT1981-1984
33.ºVirgílio da Silva MendesPresidente Conselho de Administração dos CTT1984-1986
34.ºJosé Carlos Pinto Soromenho Viana BaptistaPresidente Conselho de Administração dos CTT1986-1989
35.ºJorge Manuel Águas da Ponte Silva MarquesPresidente Conselho de Administração dos CTT1989-1992
36.ºJosé Augusto Perestrello de Alarcão TroniPresidente Conselho de Administração dos CTT1993-1995
37.ºCarlos Maria Cunha Horta e CostaPresidente Conselho de Administração dos CTT1995-1996
38.ºNorberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix PilarPresidente Conselho de Administração dos CTT1996-1999
39.ºEmílio José Pereira RosaPresidente Conselho de Administração dos CTT1999-2002
40.ºCarlos Maria Cunha Horta e CostaPresidente Conselho de Administração dos CTT2002-2005
41.ºLuís Filipe Nunes Coimbra NazaréPresidente Conselho de Administração dos CTT2005-2008
42.ºEstanislau José Mata CostaPresidente Conselho de Administração dos CTT2008-2010
IV) Privados
43.ºFrancisco José Queiroz de Barros de LacerdaPresidente Conselho de Administração dos CTT2012-…
Presidente Comissão Executiva dos CTT

Processo de privatização[editar | editar código-fonte]

O ano de 2013 marcou o início do processo de privatização dos CTT e de entrada em bolsa, aprovado em Conselho de Ministros, que decorreu com grande sucesso mediante a alienação das ações representativas de 68,5% do respetivo capital social através de Oferta Pública de Venda e de admissão à negociação na Euronext Lisbon. A profunda alteração de estrutura acionista que uma privatização representa foi um momento de crucial importância para os CTT, em que novas realidades e oportunidades se abriram no processo de autonomização em relação ao acionista Estado. Isto sem prejuízo do serviço público consagrado na concessão do serviço postal universal atribuído aos CTT.
O dia 5 de setembro de 2014 fica na história dos CTT e do país como a data em que se concluiu a privatização da Empresa liderada por Francisco de Lacerda, assinalada numa cerimónia especial com o toque do sino na Euronext Lisbon. A venda de ações representativas de 31,5% do capital social da Empresa que o Estado ainda detinha foi concretizada com sucesso, numa operação realizada através de um processo de venda rápida, dirigido exclusivamente a investidores institucionais. Nas duas fases de privatização, instituições e particulares investiram 922 milhões de euros. Os CTT passaram a ser uma empresa 100% privada, com uma alargada base acionista de investidores institucionais e particulares, portugueses e estrangeiros.[6]

Empresa e subsidiárias[editar | editar código-fonte]

Veículo de distribuição de correio dos CTT
Estação dos CTT de Santarém
Fazem parte do grupo as seguintes empresas:
EmpresaDescriçãoServiços
CTT - Correios de Portugal S.A.
([1])
Empresa de distribuição de correio dentro e fora de Portugal.Correio Normal
Correio Azul
Correio Verde
Correio Registado
Correio Internacional
Encomendas
Correio Digital
Serviços de Conveniência
Filatelia
SubsidiáriasDescriçãoServiços
CTT Expresso
([2])
Empresa destinada a entrega de encomendas em todo território ibérico e outros BÉRCap internacionais.íses.Envio de encomendas online
Portugal e Espanha:
  • Para hoje
  • Para amanhã
  • Em 2 dias
Internacional:
  • Para a Empresa
  • Para o Mundo
Payshop
([3])
Empresa de soluções de pagamentosCarregamentos e Pagamentos
Compras Online
Cartões Pré-pagos
CTT Contacto
([4])
Empresa criada para a distribuição depublicidade .Correio endereçado
Correio não endereçado
Payshop
([5])
É uma rede integrada com estabelecimentos comerciais para o pagamento de várias contas domésticas como o telefone, a electricidade, a água ou o gás.Pagamento de serviços
Phone-ixDescontinuada em 2018

Banco CTT
([6])
O Banco CTT exerce actividade bancária.Serviços bancários

Logotipo[editar | editar código-fonte]

As suas origens são antigas remontam a 1520, tempos em que a monarquia reinava em Portugal e em que as deslocações eram feitas a pé, a cavalo ou de carruagem. Resulta daí a imagem do cavaleiro montado num cavalo tocando a trombeta anunciando a chegada do correio.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre CTT

Referências

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