CTT
Nota: Para outros significados, veja CTT (desambiguação).
Razão social | CTT - Correios de Portugal, S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | Euronext Lisboa: CTT |
Atividade | Correio |
Género | Sociedade anónima |
Fundação | 1520 (499 anos) com o nome "Correio público" |
Sede | Lisboa, Portugal |
Pessoas-chave | Conselho de Administração [1] |
Empregados | 12 097 (2018) |
Produtos | Correio Normal Correio Expresso (Amarelo) Correio Verde Logística |
Lucro | EUR 19,6 milhões (2018) |
Faturamento | EUR 708 milhões (2018)[2] |
Posição no Alexa | 36 847 () |
Website oficial | www.ctt.pt |
CTT - Correios de Portugal, S.A. MHM (conhecidos normalmente simplesmente pela sigla CTT significando Correios, Telégrafos e Telefones) são um grupo empresarial português focado essencialmente no negócio dos correios.[3]
Índice
História[editar | editar código-fonte]
As origens dos CTT remontam a 1520, ano em que o Rei D. Manuel I de Portugal criou o primeiro serviço de correio público de Portugal e o cargo de Correio-Mor do Reino, cargo extinto pela Rainha D. Maria I de Portugal em 1798. Os modernos CTT têm origem na fusão das Direcções-Gerais dos Correios e dos Telégrafos num único departamento, denominado Direcção-Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis.[4]
Em 1911 a instituição passa a ser dotada de autonomia administrativa e financeira, passando a denominar-se Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, adoptando a sigla CTT que mantém até aos dias de hoje, apesar das posteriores alterações de denominação oficial.[4] Em 1969 os CTT são transformados em empresa pública, com a denominação de CTT - Correios e Telecomunicações de Portugal, E. P..[4]
Em 1992 os CTT são transformados em sociedade anónima, com a denominação CTT - Correios de Portugal, S. A.. Ao mesmo tempo a área das telecomunicações é separada, formando uma empresa autónoma.[4]
A 6 de Outubro de 2000 foram feitos Membros-Honorários da Ordem do Mérito.[5] Em 2000 assinaram com o Estado a concessão do serviço universal postal, a obrigatoriedade de assegurar a troca de correspondência em todo o país. Em 2004 os CTT adquiriram a Payshop, empresa especialista em pagamentos eletrónicos de contas domésticas com o objetivo de complementar o serviço prestado pelos CTT na área das cobranças de facturas. Entraram também no capital da Mailtec com o objetivo de reforçar o posicionamento dos CTT na Área de Dados e Documentos e mais especificamente no negócio de finishing (preparação/fabrico de correio). Em 2005 adquiriram a empresa espanhola Tourline Express, que actua na área do correio expresso e encomendas em todo o território espanhol. Esta aquisição marca o início do processo de internacionalização dos CTT, que privilegia o mercado espanhol pela sua proximidade.
Em 2008 dá-se a liberalização dos serviços postais na união europeia. Em 2013, o Estado decide privatizar através da dispersão de ações em bolsa, 70% do capital dos CTT. No ano seguinte, em 2014, pela mesma via é alienado o restante capital, passando os CTT a ser uma empresa com capital totalmente privado com 100% do seu capital em free float sendo por isso a única empresa portuguesa nestas circunstâncias. Entram na bolsa portuguesa a 5 de Dezembro de 2013. No ano de 2015 os CTT lançam um projeto ambicioso, o Banco CTT, que arrancou no dia 18 de Março do mesmo ano com a abertura simultânea de 52 balcões – a maior abertura de um Banco em Portugal, alguma vez feita.
Líderes dos CTT[editar | editar código-fonte]
Nome | Título | Período | |
---|---|---|---|
I) Correios-Mor de Nomeação Régia | |||
1.º | Luís Homem | 1.º Correio-Mor do Reino | 1520-1532 |
2.º | Luís Afonso | 2.º Correio-Mor do Reino | 1532-1565 |
3.º | Francisco Coelho | 3.º Correio-Mor do Reino | 1565-1577 |
4.º | Manuel de Gouveia | 4.º Correio-Mor do Reino | 1579-1598 |
II) Correios-Mor Privados e Hereditários (do Reino e das Cartas do Mar) | |||
5.º | Luís Gomes da Mata | 5.º Correio-Mor do Reino e 1.º das Cartas do Mar | 1606-1607 |
6.º | António Gomes da Mata Coronel | 6.º Correio-Mor do Reino e 2.º das Cartas do Mar | 1607-1641 |
7.º | Luís Gomes da Mata | 7.º Correio-Mor do Reino e 3.º das Cartas do Mar | 1641-1674 |
8.º | Duarte de Sousa da Mata Coutinho | 8.º Correio-Mor do Reino e 4.º das Cartas do Mar | 1674-1696 |
9.º | Luís Vitório de Sousa da Mata Coutinho | 9.º Correio-Mor do Reino e 5.º das Cartas do Mar | 1696-1735 |
10.º | José António da Mata de Sousa Coutinho | 10.º Correio-Mor do Reino e 6.º das Cartas do Mar | 1735-1790 |
11.º | Manuel José da Maternidade da Mata de Sousa Coutinho (1.º Conde de Penafiel) | 11.º Correio-Mor do Reino e 7.º das Cartas do Mar | 1790-1797 |
III) Administração Pública | |||
12.º | José Diogo Mascarenhas Neto | Superintendente-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1799-1805 |
13.º | António Joaquim de Morais | 1º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1805-1807 |
14.º | Lourenço António de Araújo | 2.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1810-1827 |
15.º | José Basílio Rademaker | 3.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1827-1828 |
16.º | António Xavier de Abreu Castelo Branco | 4.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1828-1833 |
17.º | João de Sousa Pinto de Magalhães | 5.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino | 1833-1853 |
18.º | Eduardo Lessa | 6.º Subinspetor-Geral dos Correios e Postas do Reino e 1.º Diretor-Geral de Correios | 1853-1877 |
19.º | Guilhermino Augusto de Barros | 2.º Diretor-Geral de Correios e 1.º Diretor-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis | 1877-1893 |
20.º | Ernesto Madeira Pinto | 2.º Diretor-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis | 1893-1899 |
21.º | Guilhermino Augusto de Barros | 3.º Diretor-Geral de Correios, Telégrafos e Faróis | 1899-1900 |
22.º | Alfredo Pereira | 4.º Diretor-Geral de Correios e Telégrafos | 1900-1910 |
23.º | António Maria da Silva | 5.º Diretor-Geral de Correios e Telégrafos e 1.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos | 1910-1917 |
24.º | Henrique Jacinto Ferreira de Carvalho | 2.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos | 1919 |
25.º | António Maria da Silva | 3.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos | 1919-1926 |
26.º | Luís de Albuquerque Couto dos Santos | 4.º Administrador-Geral de Correios e Telégrafos e 12.º Correio-Mor | 1933-1965 |
27.º | Carlos Gomes da Silva Ribeiro | 13.º Correio-Mor e Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1968-1974 |
28.º | João Cunha e Serra | Presidente Conselho de Gerência dos CTT | 1974 |
29.º | João Manuel de Almeida Viana | Presidente Conselho de Gerência dos CTT | 1974 |
30.º | Francisco José Pinto Correia | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1974-1975 |
31.º | Norberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1976-1981 |
32.º | João Maria Oliveira Martins | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1981-1984 |
33.º | Virgílio da Silva Mendes | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1984-1986 |
34.º | José Carlos Pinto Soromenho Viana Baptista | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1986-1989 |
35.º | Jorge Manuel Águas da Ponte Silva Marques | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1989-1992 |
36.º | José Augusto Perestrello de Alarcão Troni | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1993-1995 |
37.º | Carlos Maria Cunha Horta e Costa | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1995-1996 |
38.º | Norberto da Cunha Junqueira Fernandes Félix Pilar | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1996-1999 |
39.º | Emílio José Pereira Rosa | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 1999-2002 |
40.º | Carlos Maria Cunha Horta e Costa | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 2002-2005 |
41.º | Luís Filipe Nunes Coimbra Nazaré | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 2005-2008 |
42.º | Estanislau José Mata Costa | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 2008-2010 |
IV) Privados | |||
43.º | Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda | Presidente Conselho de Administração dos CTT | 2012-… |
Presidente Comissão Executiva dos CTT |
Processo de privatização[editar | editar código-fonte]
O ano de 2013 marcou o início do processo de privatização dos CTT e de entrada em bolsa, aprovado em Conselho de Ministros, que decorreu com grande sucesso mediante a alienação das ações representativas de 68,5% do respetivo capital social através de Oferta Pública de Venda e de admissão à negociação na Euronext Lisbon. A profunda alteração de estrutura acionista que uma privatização representa foi um momento de crucial importância para os CTT, em que novas realidades e oportunidades se abriram no processo de autonomização em relação ao acionista Estado. Isto sem prejuízo do serviço público consagrado na concessão do serviço postal universal atribuído aos CTT.
O dia 5 de setembro de 2014 fica na história dos CTT e do país como a data em que se concluiu a privatização da Empresa liderada por Francisco de Lacerda, assinalada numa cerimónia especial com o toque do sino na Euronext Lisbon. A venda de ações representativas de 31,5% do capital social da Empresa que o Estado ainda detinha foi concretizada com sucesso, numa operação realizada através de um processo de venda rápida, dirigido exclusivamente a investidores institucionais. Nas duas fases de privatização, instituições e particulares investiram 922 milhões de euros. Os CTT passaram a ser uma empresa 100% privada, com uma alargada base acionista de investidores institucionais e particulares, portugueses e estrangeiros.[6]
Empresa e subsidiárias[editar | editar código-fonte]
Fazem parte do grupo as seguintes empresas:
Empresa | Descrição | Serviços |
---|---|---|
CTT - Correios de Portugal S.A. ([1]) | Empresa de distribuição de correio dentro e fora de Portugal. | Correio Normal
Correio Azul
Correio Verde
Correio Registado
Correio Internacional
Encomendas
Correio Digital
Serviços de Conveniência
Filatelia
|
Subsidiárias | Descrição | Serviços |
CTT Expresso ([2]) | Empresa destinada a entrega de encomendas em todo território ibérico e outros BÉRCap internacionais.íses. | Envio de encomendas online
Portugal e Espanha:
Internacional:
|
Payshop ([3]) | Empresa de soluções de pagamentos | Carregamentos e Pagamentos
Compras Online
Cartões Pré-pagos
|
CTT Contacto ([4]) | Empresa criada para a distribuição depublicidade . | Correio endereçado
Correio não endereçado
|
Payshop ([5]) | É uma rede integrada com estabelecimentos comerciais para o pagamento de várias contas domésticas como o telefone, a electricidade, a água ou o gás. | Pagamento de serviços |
Phone-ix | Descontinuada em 2018 | |
Banco CTT ([6]) | O Banco CTT exerce actividade bancária. | Serviços bancários |
Logotipo[editar | editar código-fonte]
As suas origens são antigas remontam a 1520, tempos em que a monarquia reinava em Portugal e em que as deslocações eram feitas a pé, a cavalo ou de carruagem. Resulta daí a imagem do cavaleiro montado num cavalo tocando a trombeta anunciando a chegada do correio.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Grande Prémio de Poesia APE/CTT, patrocinado pelos Correios de Portugal
- Courier (correio expresso)
- Certificado de Aforro
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ http://www.ctt.pt/ctt-e-investidores/a-empresa/governo-da-sociedade/orgaos-da-sociedade/conselho-de-administracao/index.html
- ↑ http://www.ctt.pt/contentAsset/raw-data/8d1c9d48-ce8a-485f-8d70-a959bf9cd733/ficheiroPdf/Press%20Release%202018_PT.pdf?byInode=true
- ↑ «Obrigações dos CTT» (PDF)
- ↑ ab c d «História dos CTT»
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "CTT - Correios de Portugal". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 26 de fevereiro de 2015
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