António Ramos Rosa
António Ramos Rosa | |
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Nome completo | António Vítor Ramos Rosa |
Nascimento | 17 de outubro de 1924 Faro, Portugal |
Morte | 23 de setembro de 2013 (88 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | Português |
Ocupação | Poeta, tradutor e desenhador |
Prémios | Prémio de tradução (1976)
Prémio do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (1980)
Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1981, 2006) Prémio Jacinto do Prado Coelho (1987) Prémio Pessoa (1988) Grande Prémio de Poesia APE/CTT (1989, 2005) Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (2005) Prémio de Poesia Luís Miguel Nava (2005) Medalha de Mérito Cultural (2006) |
António Vítor Ramos Rosa GOSE • GCIH (Faro, 17 de Outubro de 1924 – Lisboa, 23 de Setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português[1].
Índice
Biografia[editar | editar código-fonte]
António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde[1]. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore[2] existente entre 1951 e 1953.
Fez parte do MUD Juvenil[1].
A 10 de Junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de Junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[3]
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro[4].
Prémios[editar | editar código-fonte]
- Prémio Fernando Pessoa, da Editora Ática (Segundo Lugar ex-aequo), 1958 (Viagem através duma nebulosa)[4]
- Prémio Nacional de Poesia, da Secretaria de Estado de Informação e Turismo (recusado pelo autor), 1971 (Nos seus olhos de silêncio)
- Prémio Literário da Casa da Imprensa (Prémio Literário), 1971 (A pedra nua)[4]
- Prémio da Fundação de Hautevilliers para o Diálogo de Culturas (Prémio de Tradução), 1976 (Algumas das Palavras: antologia de poesia de Paul Éluard)
- Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia, 1980 (O incêndio dos aspectos)[4]
- Prémio Nicola de Poesia, 1986 (Volante verde)
- Prémio Jacinto do Prado Coelho, do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, 1987 (Incisões oblíquas)[4]
- Prémio Pessoa, 1988[4]
- Grande Prémio de Poesia APE/CTT, 1989[4] (Acordes)
- Prémio da Bienal de Poesia de Liége, 1991[4]
- Prémio Jean Malrieu para o melhor livro de poesia traduzido em França, 1992[4]
- Prémio Municipal Eça de Queiroz, da Câmara Municipal de Lisboa (Prémio de Poesia), 1992 (As armas imprecisas)
- Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (Prémio de Poesia), São João da Madeira, 2005 (O poeta na rua. Antologia portátil)
Obras[editar | editar código-fonte]
- 1958 - O Grito Claro
- 1960 - Viagem Através duma Nebulosa
- 1961 - Voz Inicial
- 1961 - Sobre o Rosto da Terra
- 1962 - Poesia, Liberdade Livre
- 1963 - Ocupação do Espaço
- 1964 - Terrear
- 1966 - Estou Vivo e Escrevo Sol
- 1969 - A Construção do Corpo
- 1970 - Nos Seus Olhos de Silêncio
- 1972 - A Pedra Nua
- 1974 - Não Posso Adiar o Coração (vol.I, da Obra Poética)
- 1975 - Animal Olhar (vol.II, da Obra Poética)
- 1975 - Respirar a Sombra (vol.III, da Obra Poética)
- 1975 - Ciclo do Cavalo
- 1977 - Boca Incompleta
- 1977 - A Imagem
- 1978 - As Marcas no Deserto
- 1978 - A Nuvem Sobre a Página
- 1979 - Figurações
- 1979 - Círculo Aberto
- 1980 - O Incêndio dos Aspectos
- 1980 - Declives
- 1980 - Le Domaine Enchanté
- 1980 - Figura: Fragmentos
- 1980 - As Marcas do Deserto
- 1981 - O Centro na Distância
- 1982 - O Incerto Exacto
- 1983 - Quando o Inexorável
- 1983 - Gravitações
- 1984 - Dinâmica Subtil
- 1985 - Ficção
- 1985 - Mediadoras
- 1986 - Volante Verde
- 1986 - Vinte Poemas para Albano Martins
- 1986 - Clareiras
- 1987 - No Calcanhar do Vento
- 1988 - O Livro da Ignorância
- 1988 - O Deus Nu(lo)
- 1989 - Três Lições Materiais
- 1989 - Acordes
- 1989 - Duas Águas, Um Rio (colaboração com Casimiro de Brito)
- 1990 - O Não e o Sim
- 1990 - Facilidade do Ar
- 1990 - Estrias
- 1991 - A Rosa Esquerda
- 1991 - Oásis Branco
- 1992 - Pólen- Silêncio
- 1992 - As Armas Imprecisas
- 1992 - Clamores
- 1992 - Dezassete Poemas
- 1993 - Lâmpadas Com Alguns Insectos
- 1994 - O Teu Rosto
- 1994 - O Navio da Matéria
- 1995 - Três
- 1996 - Delta
- 1996 - Figuras Solares
- 1997 - Nomes de Ninguém
- 1997 - À mesa do vento seguido de As espirais de Dioniso
- 1997 - Versões/Inversões
- 1998 - A imagem e o desejo
- 1998 - A imobilidade fulminante
- 1999 - Pátria soberana seguido de Nova ficção
- 2000 - O princípio da água
- 2001 - As palavras
- 2001 - Deambulações oblíquas
- 2001 - O deus da incerta ignorância seguido de Incertezas ou evidências
- 2001 - O aprendiz secreto
- 2002 - Os volúveis diademas
- 2002 - O alvor do mundo. Diálogo poético, em colaboração
- 2002 - Cada árvore é um ser para ser em nós
- 2002 - O sol é todo o espaço
- 2003 - Os animais do sol e da sombra seguido de O corpo inicial
- 2003 - Meditações metapoéticas, em colaboração com Robert Bréchon
- 2003 - O que não pode ser dito
- 2004 - Relâmpago do nada
- 2005 - Bichos, em colaboração com Isabel Aguiar Barcelos
- 2005 - Génese seguido de Constelações
- 2006 - Vasos Comunicantes, Diálogo Poético com Gisela Ramos Rosa
- 2007 - Horizonte a Ocidente
- 2007 - Rosa Intacta
- 2011 - Prosas seguidas de diálogos (única obra em prosa)
- 2013 - Numa folha, leve e livre
Em Espanhol -La herida intacta / A intacta ferida. Ediciones Sequitur, Madrid, 2009
Revistas em que colaborou[editar | editar código-fonte]
- 1952 -1954 - Árvore[5]
- 1956 - Cassiopeia[5]
- 1958 -1960 - Cadernos do Meio-dia[5]
- 1964 - Poesia Experimental, Cadernos de Hoje (Ver: Poesia Experimental Portuguesa)
- Esprit
- Europa Letteraria
- Colóquio-Letras
- Ler
- O Tempo e o Modo
- Raiz & Utopia
- Seara Nova
- Silex
- Revista Vértice
Jornais em que colaborou[editar | editar código-fonte]
- A Capital
- Artes & Letras
- Comércio do Porto
- Diário de Lisboa
- Diário de Notícias
- Diário Popular
- O Tempo
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ ab c «António Victor Ramos Rosa». Consultado em 5 de outubro de 2010
- ↑ «Árvore: folhas de poesia (1951-1953) cópia digital, Hemeroteca Digital». hemerotecadigital.cm-lisboa.pt
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Ramos Rosa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de janeiro de 2015
- ↑ ab c d e f g h i «Câmara Municipal de Faro». Consultado em 5 de outubro de 2010[ligação inativa]
- ↑ ab c «António Ramos Rosa (Revistas)». Consultado em 5 de outubro de 2010
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- António Ramos Rosa em escritas.org - Biografia, fotos e poemas selecionados
- Introdução à obra poética de António Ramos Rosa e Poesia do autor
- Homenagem a António Ramos Rosa
- Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas
- António Ramos Rosa na Ucrânia
- Ramos Rosa doa o seu Espólio Literário à BNP
- Blogspot António Ramos Rosa
- Comunidade António Ramos Rosa no Facebook
- Esta ciência de inocência e água - Blogue sobre António Ramos Rosa
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