quarta-feira, 15 de maio de 2019

CALDAS DA RAINHA - FERIADO - 15 DE MAIO DE 2019

Caldas da Rainha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Question book-4.svg
Esta página ou secção cita fontes confiáveis e independentes, mas que não cobremtodo o conteúdo, o que compromete a verificabilidade (desde junho de 2012). Por favor, insira mais referências no texto. Material sem fontes poderá ser removido.
Encontre fontes: Google (notíciaslivros e acadêmico)
Caldas da Rainha
Brasão de Caldas da RainhaBandeira de Caldas da Rainha
Caldas da Rainha Pavilhões do Parque.jpg
Pavilhões do Parque do Hospital Termal
Localização de Caldas da Rainha
GentílicoCaldense
Área255,69 km²
População51 729 hab. (2011)
Densidade populacional202,3 hab,/km²
N.º de freguesias12
Presidente da
câmara municipal
Fernando Tinta Ferreira (PSD)
Fundação do município
(ou foral)
1511
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Oeste
DistritoLeiria
ProvínciaEstremadura
OragoNossa Senhora do Pópulo
Feriado municipal15 de Maio (Fundação da Cidade)
Código postal2500 Caldas da Rainha
Sítio oficialwww.mcr.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Caldas da Rainha DmTE é uma cidade portuguesa com 30 343 habitantes no seu perímetro urbano (2012). [1] É uma cidade do distrito de Leiria, situada na província da Estremadura e integrando a Comunidade Intermunicipal do Oeste na região do Centro.
É sede de um município com 255,69 km² de área[2] e 51 729 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 12 freguesias.[5] O município é limitado a nordeste pelo município de Alcobaça, a leste por Rio Maior, a sul pelo Cadaval, a oeste pelo Bombarral e por Óbidos e a noroeste pelo Oceano Atlântico.
Na Praça da República (conhecida popularmente como "Praça da Fruta") realiza-se todos os dias, da parte da manhã, ao ar livre, o único mercado diário horto-frutícola do país, praticamente inalterável desde o final do século XIX.[6]
Ainda hoje, a cidade das Caldas da Rainha mantém como armas, o brasão da Rainha D. Leonor, ladeado à esquerda pelo seu próprio emblema (o camaroeiro) e à direita pelo emblema de D. João II (o pelicano). Ao manter estas armas, a cidade é das poucas povoações do país a utilizar um brasão anterior à normalização da heráldica municipal levada a cabo em meados do século XX, não estando de acordo com a legislação em vigor.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Edifício em estilo Arte Nova.
A história da cidade está intimamente ligada aos seus recursos hidro-termais.
Ver artigo principal: Hospital Termal Rainha D. Leonor
Acredita-se que, em 1484, durante uma viagem de Óbidos à Batalha, a rainha D. Leonor, esposa de João II de Portugal, e a sua corte, tenham passado por um local onde várias pessoas do povo se banhavam em águas de odor intenso. Fazendo alto, a rainha indagou-lhes por que razão o faziam, uma vez que, naquele tempo, o banho não era comum, muito menos em águas de odor tão acentuado, sendo-lhe respondido que eram doentes, e que aquelas águas possuíam poderes curativos. A rainha quis comprovar a veracidade da informação e banhou-se também naquelas águas, de vez que também ela era doente (não existe unanimidade entre os autores com relação à natureza do mal: alguns autores afirmam que a rainha padecia de uma úlcera no peito, outros, problemas de pele, e outros ainda, que tinha apenas uma ferida no braço). De qualquer modo, de acordo com a lenda, a soberana curou-se e, no ano seguinte, determinou erguer naquele lugar um hospital termal para atender todos aqueles que nele se quisessem tratar.
Para apoiá-lo, a rainha fundou uma pequena povoação com trinta moradores, dando-lhes benefícios como não terem de pagar os seguintes impostos: jugada (antigo tributo que recaía em terras lavradias), oitavossiza e portagem, privilégios que também se estendiam aos mercadores que viessem de fora para comprar ou vender.
O desenvolvimento das Caldas da Rainha iniciou-se com Afonso VI de Portugal, que fez reconstruir e ampliar o hospital. Durante treze anos, até ao fim da sua vida, ele, a família real e a corte usufruíram anualmente das águas termais, o que permitiu à vila desenvolver-se.
Caldas da Rainha atingiu o estatuto de vila em 1511. Apesar do desenvolvimento e prosperidade que conheceu na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, o Concelho das Caldas da Rainha foi criado apenas em 1821.
Foi durante o século XIX que a vila conheceu o seu maior esplendor, com a moda das estâncias termais, passando a ser frequentada pelas classes mais abastadas que aqui buscavam as águas sulfurosas para tratamentos.
Complementarmente, a abundância de argila na região, permitiu que se desenvolvessem numerosas fábricas de cerâmica, que converteram a então vila num dos principais centros produtores do país, com destaque para as criações de Rafael Bordalo Pinheiro iniciadas na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, entre 1884 e 1907.
O crescimento demográfico vivido no século XIX prosseguiu no século XX, com a elevação da vila à categoria de cidadeem 1927. Ao longo do tempo, outras artes além da cerâmica aqui prosperaram, como a pintura e a escultura, fazendo das Caldas da Rainha um centro de artes plásticas, onde se destacaram nomes como os de José MalhoaAntónio Duarte e João Fragoso.
A 26 de Abril de 1919 foram feitas Dama da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.[8]
O malogrado "Levantamento das Caldas", em 16 de Março de 1974, foi precursor da Revolução dos Cravos.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho das Caldas da Rainha.
O concelho das Caldas da Rainha está dividido em 12 freguesias:

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [9]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
13 59115 30518 88920 97124 51626 02729 20733 52337 16537 43035 97841 01843 20548 84651 729
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [10]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos7 0948 0578 0738 96610 1069 9269 7008 9509 3938 0377 6667 539
15-24 Anos3 3364 3934 8915 2875 9976 6385 9515 0406 4366 3116 5095 493
25-64 Anos9 01810 19611 21412 98114 67517 49818 38717 45520 08622 38125 86727 877
= ou > 65 Anos1 3251 5891 6932 1332 5772 8733 3924 1405 1036 4768 80410 820
> Id. desconh585584755
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Histórico populacional
Ano165618171825185218641878189019001911192019301940195019601970198119912001201120122013
Cidade8001,3131,4441,8602,2682,6914,6874,6055,8516,8377,8229,63211,82111,18514,71218,39421,42025,31627,378--
Fontes: Serra (1995) e anos de 2012 e 2013 Estimativas População Residente 2011-2013 INE[11]

Governo[editar | editar código-fonte]

Paço do Concelho de Caldas da Rainha
É um facto pouco conhecido mas a verdade é que, simbolicamente, as Caldas da Rainha pertencem ao rol de posses pessoais da Rainha Isabel II. Isto deve-se ao facto de a Rainha ter auxiliado Portugal durante a Guerra do Ultramar com tropas que estavam na África do Sul e que ajudaram o Exército Português numa batalha em Moçambique. No entanto, a cidade goza do mesmo estatuto político, direitos e deveres de todos os restantes territórios do país. A Câmara Municipal é o braço executivo do governo municipal.[12] É composta pelo presidente da câmara municipale e mais seis outros membros, os vereadores, em conformidade com a legislação portuguesa, que toma por base o número de eleitores registrados no município. [13]Fernando Manuel Tinta Ferreira (PSD) serve como presidente da câmara, e Hugo Patrício Martinho de Oliveira (PSD) serve como vice-presidente. Os outros membros são: Maria da Conceição Jardim Pereira (PSD), Maria João Domingos (PSD), Pedro Duarte Raposo (Independente eleito pelo PSD), Luís Miguel Patacho (PS) e Jaime Rodrigues Neto (Independente eleito pelo PS).[14]
Assembleia Municipal é o braço deliberativo do governo municipal.[12] A Assembleia tem 33 membros.[15] Os presidentes de cada uma das juntas de freguesia servem na Assembleia.

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V
PPD/PSDPSCDS-PPAPU/CDUPRD
197637,34332,71315,9919,51-
197955,13418,74111,07112,421
198229,06220,14136,23310,741
198546,41415,98112,8717,38-14,201
198952,94530,0528,05-5,42-
199353,34529,4425,63-5,50-
199754,59531,9325,28-3,93-
200154,06529,7626,24-4,38-
200552,89529,3524,43-4,80-
200950,47425,48211,1114,15-
201343,59422,9429,2815,15-
201752,23524,1628,28-4,24-

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSDPSCDSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197632,7732,3716,656,951,09
1979AD24,43ADAPU1,4954,4111,33
1980FRS0,9357,869,8724,35
198335,7433,6715,310,709,77
198537,5618,3810,200,837,6720,50
198759,8618,705,55CDU0,616,164,41
199158,0125,885,064,280,591,76
199540,3639,5812,410,413,99
199941,3837,6610,444,750,212,21
200247,7632,1910,743,282,74
200536,0538,489,253,996,76
200933,7130,2813,974,6710,49
201145,5120,6914,154,545,931,54
2015PàF26,33PàF4,9211,571,6244,98

Património[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Museus[editar | editar código-fonte]

Museu de José Malhoa.

Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha[editar | editar código-fonte]

Centro Cultural e Congressos Caldas da Rainha.
O Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha é uma infra-estrutura destinada à realização de eventos culturais e de congressos.

Arquitetura religiosa[editar | editar código-fonte]

Igreja de N. Sra. do Pópulo: campanário.

Cerâmica[editar | editar código-fonte]

Placa de identificação de arruamento (Largo Rainha D. Leonor) em louça das Caldas.
A atividade desenvolveu-se historicamente na região a partir dos solos ricos em argila, o que é indicado, por exemplo, na toponímia Bombarral, onde "barral" (ou "barreiro") designa um local de onde se tira barro.
A primeira fase da cerâmica Caldense iniciou-se na década de 1820, com a produção de D. Maria dos Cacos, caracterizada pela monocromia verde-cobre ou castanho-manganês de peças de tipo utilitário (funcionalista) de gosto popular. Um segundo momento é marcado, em meados do século, pela renovação introduzida por Manuel Cipriano Gomes Mafra, mais tarde conduzida ao seu ápice por Rafael Bordalo Pinheiro e discípulos seus, como por exemplo Francisco Elias.
As peças produzidas a partir de então caracterizam-se pela profusão de modelos formais, assim como por uma diversificada abordagem de temas decorativos. Os principais tipos da chamada "louça das Caldas" são:
  • Utilitária
    • louça de cozinha - apresentada em duas abordagens distintas: a contemporânea, com linhas e design simples, para uso diário; e a naturalista, representando folhas de couve, de alfacespeixesfrutaenchidos, etc.
A louça caricatural originariamente apresentava profissões (padrespescadoresagricultoresestereotipadas de maneira sarcástica e depreciativa. Atualmente as figuras representam políticos ou celebridades, embora a mais popular tradicionalmente seja, sem dúvida, a do "Zé Povinho".[16] Este personagem, criado por Rafael Bordalo Pinheiro para "A Lanterna Mágica", afirmou-se desde a sua criação como estereótipo, sendo utilizado como símbolo de Portugal e do povo português.
Em 2014 foi inaugurada a Rota Bordaliana, um percurso artístico e cultural com 18 figuras de cerâmica, construídas à escala humana, que homenageia Rafael Bordalo Pinheiro e a tradição da cerâmica na cidade.[17].
As 18 peças de cerâmica distribuídas pela cidade são: Rãs de Boca Aberta e Rã Gigante; Vespa; Zé Povinho; Padre-Cura; Lobo; Gato a Caçar; Andorinhas; Gato Assanhado; Sardões; Ama das Caldas; Policia Civil; Tartaruga; Caracol; Grupo de Cogumelos; Sardão e Folha de Couve[18]

Bordados[editar | editar código-fonte]

Os bordados tradicionais das Caldas da Rainha eram feitos em sua origem com fios de linho tingidos por processos artesanais. Pensa-se terem origem em Espanha, e coloca-se ainda a possibilidade dos temas residirem nos quadros de naturezas-mortas da pintora seiscentista Josefa de Óbidos.
Atualmente empregam fio de linho de canela, sendo a simetria a sua marca. Aplicados em toalhas e colchas, os motivos são tão diversos como "aranhiços", espirais, ângulos e corações. Os pontos usados nos bordados podem ser:
  • caseados
  • formiga
  • pé de galo
  • recorte
  • ilhós
  • grilhão
  • espiga
E os recortes podem ser:
  • espaçados; ou
  • desencontrados

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

A cidade destaca-se na doçaria, representada pelas trouxas de ovos, as cavacas, as lampreias de ovos e os beijinhos.

Eventos[editar | editar código-fonte]

Anualmente sucedem-se diversos eventos, entre os quais destacam-se:


Desporto[editar | editar código-fonte]

Durante longos anos Caldas da Rainha foi uma cidade mais virada para o Futebol, contudo muito devido aos resultados mais recentes nas mais variadas modalidades, a cidade tem vindo a sofrer uma dispersão de gostos pelo que neste momento vingam várias modalidades como é o exemplo do Futsal, do Atletismo e do Voleibol recentemente promovidas a modalidades de topo na cidade. O histórico Caldas Sport Clube não caiu no esquecimento sendo ainda o clube de maior expressão no concelho, contudo o número de particantes nas camadas de formação das modalidades tem vindo a aumentar substencialmente levando a cabo uma generalização dos gostos desportivos na cidade.
Desde 2010, no mês de Dezembro, é organizada na cidade a Corrida Pela Vida, prova de atletismo solidária que tem a presença cerca de cinco centenas de participantes, sendo já um dos eventos mais marcantes da cidade.

Andebol[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Atletismo[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Figuras[editar | editar código-fonte]

Futebol[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Figuras[editar | editar código-fonte]

Zé Simões (Ex-Jogador e actual treinador(formação) do Caldas Sport Club)

Futsal[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Figuras[editar | editar código-fonte]

Hóquei[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Karting[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Patinagem Artística[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Voleibol[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Figuras[editar | editar código-fonte]

João Santos (Jogador e atual professor no Instituto Educativo do Juncal)

Ténis de Mesa[editar | editar código-fonte]

Clubes
  • Sporting Clube das Caldas
Figuras
  • Gabriel Fernandes (ex-jogador Internacional)

Infra-estrutura[editar | editar código-fonte]

Espaços públicos[editar | editar código-fonte]

Parque D. Carlos I.
Mata Rainha D. Leonor.
Praça de Toiros.

Escolas[editar | editar código-fonte]

As Caldas da Rainha contam com um variado leque de estabelecimentos de ensino básico e secundário - públicos e privados - entre os quais destacam-se:
  • a EBI de Santo Onofre;
  • a EB 2, 3 D. João II;
  • a ES Rafael Bordalo Pinheiro;
  • a ES Raúl Proença;
  • o Colégio Rainha Dona Leonor;
  • a Infancoop - Cooperativa de Pais Trabalhadores para Apoio à Infância.
No âmbito do ensino superior destacam-se:
Quanto ao ensino profissional, assinalam-se:

Transportes[editar | editar código-fonte]

Autocarros[editar | editar código-fonte]

A cidade é servida por diversas carreiras, nas modalidades Expresso, Rápidas e Inter-Urbanas. A nível municipal, a população é atendida pelo TOMA (uma alusão ao manguito do Zé Povinho), projeto atendido por três autocarros de 29 lugares que percorrem três rotas distintas - a verde, a laranja e a azul - dentro da cidade, no corpo do dia. A ligação a Lisboa é feita pela Rodoviária do Oeste, a um preço muito inferior ao do custo do transporte pessoal, e com terminal no Campo Grande. A duração da viagem é de 1h15, com elevada frequência.

Comboio[editar | editar código-fonte]

Comboio Regional na Estação das Caldas partindo para Lisboa.
Caldas da Rainha dispõe de uma estação ferroviária integrada na Linha do Oeste: A linha segue para Lisboa a sul e para Leiria, Coimbra e Figueira da Foz a norte. As ligações de passageiros, de tipo Regional e InterRegional, da CP, são efetuadas por automotoras do tipo 0450; o tempo de viagem entre Caldas e Lisboa é de mais de 2 horas, com 7-8 circulações diárias em cada sentido.[19]

Estradas[editar | editar código-fonte]

Caldas da Rainha é servida por uma excelente rede viária:

Caldenses notáveis[editar | editar código-fonte]

Geminações[editar | editar código-fonte]

Bandeira-mapa de PortugalPortal de
Portugal
O concelho de Caldas da Rainha é geminado com as seguintes cidades:[20]

Sem comentários:

Enviar um comentário

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue