Meus amigos:
Eis uma "história" verdadeira
Há dez anos atrás (11-1-2009) tive um acidente (que nunca mais esquecerei) em que tendo caído na minha casa de banho - "sem saber como - pois perdi a consciência durante segundos" quando dei por mim, estava agarrado a uma tomada eléctrica que arranquei da parede...!!! junto à sanita e de pé meio curvado, ergui-me, abri a porta (que eu não tinha fechado antes) dei dois passos no corredor, senti uma dor intensa no braço esquerdo que me obrigou a deitar-me de costas no chão frio e arrastei-me para o quarto do lado (onde tenho o computador) e entretanto minha mulher já estava comigo e como eu me queixava de que devia ter partido o braço pois não o podia mexer com as dores que sentia, resolveu chamar o INEM que ainda durou algum tempo a chegar para me transportar para o Hospital de São João.
No Hospital onde dei entrada cerca das 8 horas, iniciei uma Via sacra de sofrimento: 1º estive quase 1 hora sentado numa cadeira de rodas, antes de ser visto pelos médicos (que eram 3 e um deles estagiário) que me mandaram fazer uma radiografia que demorou bastante tempo; tiraram-me sangue por 2 vezes - uma pela veia e outra pelas artérias da mão esquerda...; fizeram-me um ECG e durante todos estes exames que demoraram algumas horas, acabaram por me engessar o braço (todo...!!!) quando afinal ele tinha partido abaixo do cotovelo.
Depois sem comer, sem beber (só deixaram que minha mulher me humedecesse a boca, com algodão molhado); cheio de dores, e cheio de frio: primeiro deitado numa maca e depois colocado novamente na cadeira de rodas, permaneci ali todo o dia até perto das 21 horas, embora por volta das 20,30 me tivessem dado uma tigela de sopa e um pão de trigo. Depois a minha nora foi-me lá buscar (a mim e a minha mulher) e trouxe-me para casa, onde finalmente pude comer mais alguma coisa, que me saciou a fome que eu tive durante o dia.
Até fins de Março, tive que ir ao Hospital para me retirarem e colocarem novo gesso e fazer radiografias e da última vez retiraram-me definitivamente o gesso, tendo-me os médicos dito que a partir daí, era comigo, a recuperação, porque nada mais havia ali a fazer.
Em Abril, como continuava com dores e não podia mover o braço que permanecia pendurado na "bandolete" resolvi ir ao médico aos SAMS que ao ver-me me perguntou se no Hospital não me tinham operado, dado que era o que deveria ter sido feito imediatamente. Respondi-lhe que não, nem sequer me tinham colocado a hipótese de ser operado e apenas me haviam colocado o gesso.
Ficou deveras impressionado com a estupidez demonstrada pelo pessoal clínico e aconselhou-me que deveria fazer uma reclamação sobre o assunto aos Serviços do Hospital por causa da incompetência demonstrada pelos ex-colegas ao não ter efectuado a intervenção cirúrgica.
Este médico (que no ano anterior havia chefiado a equipa de Ortopedia do Hospital de São João, de onde saira para se reformar) operou-me então na terça feira seguinte à Páscoa, no Hospital de Santa Maria (salvo erro, dia 14 ou 16) e depois mandou-me fazer Fisioterapia na mão e no braço esquerdo, no Instituto CUF onde até 11 de Novembro me desloquei 3 vezes por semana.
Finalmente passados 10 meses pude retomar toda a minha vida normal, graças a Deus.
No Hospital onde dei entrada cerca das 8 horas, iniciei uma Via sacra de sofrimento: 1º estive quase 1 hora sentado numa cadeira de rodas, antes de ser visto pelos médicos (que eram 3 e um deles estagiário) que me mandaram fazer uma radiografia que demorou bastante tempo; tiraram-me sangue por 2 vezes - uma pela veia e outra pelas artérias da mão esquerda...; fizeram-me um ECG e durante todos estes exames que demoraram algumas horas, acabaram por me engessar o braço (todo...!!!) quando afinal ele tinha partido abaixo do cotovelo.
Depois sem comer, sem beber (só deixaram que minha mulher me humedecesse a boca, com algodão molhado); cheio de dores, e cheio de frio: primeiro deitado numa maca e depois colocado novamente na cadeira de rodas, permaneci ali todo o dia até perto das 21 horas, embora por volta das 20,30 me tivessem dado uma tigela de sopa e um pão de trigo. Depois a minha nora foi-me lá buscar (a mim e a minha mulher) e trouxe-me para casa, onde finalmente pude comer mais alguma coisa, que me saciou a fome que eu tive durante o dia.
Até fins de Março, tive que ir ao Hospital para me retirarem e colocarem novo gesso e fazer radiografias e da última vez retiraram-me definitivamente o gesso, tendo-me os médicos dito que a partir daí, era comigo, a recuperação, porque nada mais havia ali a fazer.
Em Abril, como continuava com dores e não podia mover o braço que permanecia pendurado na "bandolete" resolvi ir ao médico aos SAMS que ao ver-me me perguntou se no Hospital não me tinham operado, dado que era o que deveria ter sido feito imediatamente. Respondi-lhe que não, nem sequer me tinham colocado a hipótese de ser operado e apenas me haviam colocado o gesso.
Ficou deveras impressionado com a estupidez demonstrada pelo pessoal clínico e aconselhou-me que deveria fazer uma reclamação sobre o assunto aos Serviços do Hospital por causa da incompetência demonstrada pelos ex-colegas ao não ter efectuado a intervenção cirúrgica.
Este médico (que no ano anterior havia chefiado a equipa de Ortopedia do Hospital de São João, de onde saira para se reformar) operou-me então na terça feira seguinte à Páscoa, no Hospital de Santa Maria (salvo erro, dia 14 ou 16) e depois mandou-me fazer Fisioterapia na mão e no braço esquerdo, no Instituto CUF onde até 11 de Novembro me desloquei 3 vezes por semana.
Finalmente passados 10 meses pude retomar toda a minha vida normal, graças a Deus.
NOTA:
Conforme o médico dos SAMS me havia aconselhado, fiz 2 ou 3 exposições para os Serviços do Hospital de São e também para a ERS, a reclamar uma indemnização,
Às primeiras 2 exposições feitas ao Hospital, nada me responderam e depois de efectuar nova reclamação mandei uma cópia para a ERS, esta Entidade informou que o Hospital havia comunicado que os Médicos haviam seguido escrupulosamente todos os trâmites e que considerava que eu não tinha direito a qualquer indemnização, dado que nem sequer tinha pedido para ser intervencionado, e que, pelo contrário, havia aceite ser engessado.
Comuniquei novamente à ERS que de facto não me foi pedida pelos médicos qualquer opinião, e que eles próprios é que tinham decidido o engessamento do braço (completo) e como não tinha testemunhas (pois na altura não pensei nisso, pois estava mas era cheio de dores e não raciocinei doutra maneira) NA MINHA INOCÊNCIA... PENSAVA QUE ESTAVA A LIDAR COM PESSOAS COMPETENTES, QUE SABIAM O QUE ESTAVAM A FAZER... e como não tinha idade nem disposição para continuar a batalhar numa guerra que iria perder, pois era apenas a minha palavra contra a de 3 Médicos IMPOLUTOS ...!!!, acrescentei que desistia pura e simplesmente de pedir a indemnização.
SE FOSSE HOJE MESMO NÃO TENDO TESTEMUNHAS, TERIA PROSSEGUIDO, MAS...
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E foi assim a história do "cúbito" do meu braço esquerdo, que decidiu partir há 10 anos atrás, e que durante 10 meses me transtornou a vida.
Há coisas piores...!!!
ANTÓNIO FONSECA
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