Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra
Pedro, Duque de Coimbra | |
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Duque de Coimbra | |
Reinado | 1415 a 20 de maio de 1449 |
Predecessor | Criação do título |
Sucessor | Vago; Próximo titular: Jorge de Lancastre |
Regente do Reino de Portugal Em nome de Afonso V de Portugal | |
Reinado | 1439-1449 |
Predecessor | Leonor de Aragão (como regente de Afonso V) |
Sucessor | Afonso V de Portugal (como rei) |
Cônjuge | Isabel de Urgel |
Descendência | Pedro, Conde de Barcelona João, príncipe de Antioquia e Chipre Isabel, Rainha de Portugal Jaime, Arcebispo de Lisboa Beatriz, senhora de Ravenstein Filipa de Portugal |
Casa | Avis |
Nascimento | 9 de dezembro de 1392 |
Lisboa, Portugal | |
Morte | 20 de maio de 1449 (56 anos) |
Batalha de Alfarrobeira,Vialonga, perto de Alverca | |
Enterro | Portugal |
Pai | João I de Portugal |
Mãe | Filipa de Lencastre |
Religião | Catolicismo |
Assinatura |
Pedro, infante de Portugal, 1º Duque de Coimbra, (* 9 de dezembro de 1392 – † 20 de maio de 1449) foi um príncipe da dinastia de Avis, filho do rei João I e de Filipa de Lencastre. Entre 1439 e 1448 foi regente de Portugal.
Devido às suas viagens ao estrangeiro, ficou conhecido como o Infante das Sete Partidas. Tendo recebido nelas o feudo de Treviso, com o título de Duque de Treviso, pelo imperador Segismundo da Hungria[1] e investido cavaleiro da Ordem da Jarreteira pelo seu tio Henrique IV de Inglaterra.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Pedro foi, desde a nascença, um dos filhos favoritos de João I, que lhe proporcionou uma educação esmerada e excepcional numa era em que os grandes senhores eram pouco mais, senão mesmo, analfabetos. Muito próximo dos irmãos Duarte e João, Pedro cresceu num ambiente tranquilo e livre de intrigas. Em 1415, acompanha o pai na conquista de Ceuta e é feito cavaleiro no dia seguinte à tomada da cidade, na recém consagrada mesquita. É nesta altura que lhe é conferido o Ducado de Coimbra, tornando-se, com o irmão Henrique, nos dois primeiros duques criados em Portugal.
Em 1429, Pedro casa com Isabel, condessa de Urgel, com quem constitui, segundo as fontes, uma união de amor. Na morte de Duarte, seu rei e irmão mais velho, Pedro é preterido na regência de Afonso V de Portugal a favor da rainha mãe, Leonor de Aragão. A escolha do falecido rei não era, no entanto, popular e a facção opositora de Leonor em breve saiu às ruas. Um motim em Lisboa foi evitado in extremis, convocando-se uma reunião das cortes para normalizar a situação (Cortes de 1439). O resultado do encontro foi a nomeação de Pedro para a regência do pequeno rei (dezembro de 1439), deixando a classe média de burgueses e mercadores deveras satisfeita. No entanto, dentro da aristocracia, em particular D. Afonso, conde de Barcelos(meio irmão de Pedro), preferia-se a mais maleável Leonor de Aragão e desconfiava-se do valor do Infante. Começa então uma guerra surda de influências e Afonso consegue transformar-se no tio favorito de D. Afonso V.
Em 1443, num gesto de reconciliação, Pedro torna o meio irmão Afonso no primeiro duque de Bragança e as relações entre os dois parecem regressar à normalidade. Indiferente às intrigas, Pedro continua a sua regência e o país prospera sob a sua influência. É durante este período que se concedem os primeiros subsídios à exploração do oceano Atlântico, organizada pelo Infante D. Henrique.
Finalmente, a 9 de junho de 1448, Afonso V atinge a maioridade e Pedro entrega o controlo de Portugal ao rei, verificando-se o grau de influência do Duque de Bragança sobre Afonso. A 15 de setembro, Afonso V anula todos os éditos de Pedro, começando, contra si próprio, pelos que determinavam a concentração do poder na pessoa do rei. A única coisa que Afonso parece não aceitar é a separação da rainha Isabel, por muito a estimar. No ano seguinte, sob acusações que haveria mais tarde de descobrir falsas, Afonso V declara o infante Pedro um rebelde. A situação torna-se insustentável, e começa uma guerra civil. Breve, pois a 20 de maio de 1449 ocorreu a Batalha de Alfarrobeira no Forte da Casa, perto de Alverca, durante a qual o infante morreu. As condições exactas da sua morte continuam a causar debate: aparentemente Pedro morreu em combate, mas a hipótese de um assassínio disfarçado na batalha nunca foi descartada.
Com a morte de Pedro, Portugal caiu nas mãos de Afonso, 1º Duque de Bragança, com cada vez mais poder sobre o rei. No entanto, o período da sua regência nunca foi esquecido e D. Pedro foi citado muitas vezes pelo rei João II de Portugal (seu neto) como sendo a sua maior influência. A perseguição implacável que João II moveu aos Bragança foi talvez em resposta às conspirações que causaram a queda do maior príncipe da Ínclita geração.
Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]
Do seu casamento com D. Isabel de Urgel, filha do conde Jaime II de Urgel e da infanta Isabel de Aragão, Condessa de Urgel, teve os seguintes filhos:
- Pedro de Coimbra (1429-1466), 5º Condestável, de 1463 a 1466 foi aclamado Conde de Barcelona (Pedro IV, rei Pedro V de Aragão, Pedro III de Valência).
- João de Coimbra, Príncipe de Antioquia (1431-1457), casou com Carlota de Lusignan, princesa herdeira do Chipre.
- Isabel de Portugal, rainha de Portugal (1432-1455), rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Afonso V.
- Jaime de Portugal (1434-1459), cardeal e arcebispo de Lisboa.
- Beatriz de Coimbra (1435-1462), casou com Adolfo de Cleves, Senhor de Ravenstein.
- Filipa, infanta de Portugal (1437-1493), solteira, tia de D. João II, a quem criou e a quem serviu de segunda mãe.
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