Com vista à Votação que se vai realizar no dia 27 de Novembro de 2018, desejo Apelar À REFLEXÃO do texto que abaixo se segue para que os bancários do Norte votem NÃO ao desaparecimento do SBN para ser transformado num Sindicato único com sede em Lisboa
Eis aqui a minha DECLARAÇÃO puramente Pessoal para
Todos os Empregados Bancários sócios ou não do SBN - SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO NORTE
e beneficiários dos SAMS - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL, dos Bancários
Amanhã dia 25 de Novembro é um dia muito importante
(EU PELO MENOS ASSIM O CONSIDERO) para os Empregados Bancários do Norte.
Embora não tenha sido mandatado por ninguém para o fazer, quero deixar bem esclarecido que o FAÇO apenas porque trabalhei 40 anos para a Classe BANCÁRIA e sinto-me na pele dos bancários que fizeram o Sindicato dos Bancários do Norte, desde que ali fui admitido em 1962.
Agora que estou na situação de reformado desde 2002 e até morrer considero o SBN como a minha segunda casa e tudo o que ali acontece também me atinge a mim.
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Fui um simples funcionário do Sindicato dos bancários, durante 40 anos, desde 4-Março-1962 a 4-Março-2002, tendo ali começado como Escriturário de 2ª (dactilógrafo) e saí com a categoria de Chefe da Secretaria de Apoio à Direcção do SBN. Trabalhei em todos os sectores (incluindo serviços de limpeza, telefonista, motorista, recepcionista de novos funcionários, ajudante de enfermaria (só não fiz de Médico), Secretaria, Contabilidade (embora detestasse) e colaborei com todas as Direcções que ali passaram em tudo o que foi necessário, incluindo várias negociações que tiveram de ser efectuadas com outras Direcções dos SBC e SBSI, devido a Contratação Colectiva, na qual eu próprio nunca intervi, por não se tratar de nenhuma das minhas atribuições. As minhas funções eram apenas de Apoio no tratamento de expediente - tomar notas, dactilografar documentos, etc., mas mesmo assim trabalhei sempre afincadamente defendendo a meu modo as posições apresentadas pelo SBN em todos os casos.
Segue-se uma
UMA PEQUENA HISTÓRIA para tentar dar uma explicação a este respeito:
Precisamente no dia 24 teve início a Segunda reunião das Direcções dos 3 Sindicatos dos Bancários que nessa altura existiam SBN - (Porto), SBC - (Coimbra) e SBSI (Lisboa) com os respectivos Staffs (Juristas, Economistas, chefias e alguns funcionários que terminou no dia seguinte (25 de Novembro de 1975) nas instalações da Praça Humberto Delgado, junto da Câmara Municipal do Porto,
Mesmo assim, com essas ameaças que se concretizarem efectivamente com mudanças subsequentes de muitos governantes e não só, (prisões, e tudo o mais que rodeia uma revolução), QUE NÃO VOU AQUI EXPLANAR porque não é sítio para elas, nem estou sequer habilitado para tal...
Como ia dizendo, na véspera tinham chegado de Lisboa e de Coimbra, as direcções dos Sindicato dos Bancários de Coimbra e do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas para se reunirem com a direcção do Sindicato dos Bancários do Norte, para explanarem a maior parte dos trabalhos que envolviam a implementação dos novos Serviços de Assistência Médica que deveriam entrar em execução prática a partir de Janeiro de 1976.
Durante a reunião de todo o dia 25 até ao fim da tarde e enquanto se iam estudando todos (ou quase todos) os pontos relativos à fundação dos futuros Serviços Médicos, - com todos os elementos presentes "directores e funcionários") íamos ouvindo as notícias que provinham de Lisboa acerca dos acontecimentos que ali decorriam e que culminaram a determinada altura com a informação de que o Presidente da República havia instaurado o Estado de Sítio, mandando encerrar o Aeroporto e praticamente encerrar todas as entradas e saídas de Lisboa, nomeadamente pelas Forças Armadas e a todos que tivessem armas, além de proibir a saída de pessoas importantes "políticos, banqueiros, deputados e toda a gente que tivesse poder governativo".
Alguns colegas de Lisboa ficaram com um pouco de receio em não poderem chegar a casa nesse dia, mas felizmente todos eles puderam lá chegar sãos e salvos, graças ao conhecimento de vários elementos das Forças Armadas (e não só) que os conheciam e facilitaram a sua chegada a casa. Que eu saiba, ninguém foi incomodado, pois não tinham nada a ver com a política: eram apenas profissionais bancários e andavam a tratar da sua vida.
O que acabo de relatar serve apenas para informar que estes factos (e outros parecidos) ocorreram por todo o país principalmente com pessoas de Lisboa que regressavam a suas casas precisamente nesse dia, sem terem nada a ver com revoluções ou coisa parecida. Quanto aos outros... bem quanto aos outros não interessa agora para o caso.
Como acima intitulei esta é apenas uma Pequena História sobre o que se passou em 25-11-1975 no SBN - SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO NORTE, que não tinha nada a ver com a situação política e explosiva que se vivia no país, e que levou à instauração dum Estado de Sítio que colocou Lisboa em polvorosa.
Esta História serve também para alertar todos os Bancários da jurisdição dos SAMS (antigos e actuais) para a situação grave que hoje se apresenta e que vai ser posta em causa no próximo dia 27 .
No dia 27 de Novembro de 2018
POR FAVOR E PARA BEM DE TODOS VÓS
VOTEM
N Ã O
No dia 27 de Novembro de 2018
Com o maior respeito saúdo os
Bancários do Norte
ANTÓNIO FONSECA
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