Machico
Brasão | Bandeira |
Baía de Machico | |
Gentílico | machiquense |
Área | 68,31 km2 |
População | 21 828 hab. (2011) |
Densidade populacional | 319,54 hab./km2 |
N.º de freguesias | 5 |
Presidente da Câmara Municipal | Ricardo Franco (PS) Mandato 2013-2017 |
Fundação do município | Povoamento: c. 1425 (592–593 anos)[1] Elevação a vila e sede de concelho: 1451 (566–567 anos) Elevação a cidade: 2 de agosto de 1996(22 anos) |
Região Autónoma | Madeira |
Ilha | Madeira |
Antigo Distrito | Funchal |
Feriado municipal | 9 de Outubro (Nosso Senhor dos Milagres / Aluvião de 1803) |
Código postal | 9200 Machico |
Site oficial | www.cm-machico.pt |
Municípios de Portugal |
Machico é um município português na ilha da Madeira, Região Autónoma da Madeira, com sede na cidade e freguesia de homónima. Tem 68,31 km² de área e 21 828 habitantes (2011), subdividido em 5 freguesias. O município é limitado a sudoeste pelo município de Santa Cruz, a oeste pelo Funchal através de uma pequena faixa a norte de Santa Cruz, a noroeste por Santana e é banhado pelo oceano Atlântico a norte, sul e leste.
Índice
Toponímia[editar | editar código-fonte]
O topónimo deriva segundo vários autores da semelhança com a região de Monchique (serra do Algarve), ou do nome de um marinheiro que acompanhou a expedição de Zarco, na demanda à ilha da Madeira, outros julgam ser a Roberto Machim (Lenda de Machim), que terá sido o primeiro descobridor da Madeira, quando, em 1377, ao dirigir-se para o sul de França, viu a sua embarcação ser arrastada pelos ventos para a Madeira. Esta última teoria foi muito defendida no século XVII e no século XIX, para defender interesses ingleses na ilha da Madeira.
História[editar | editar código-fonte]
Foi neste concelho que desembarcaram pela primeira vez os descobridores da Madeira, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, entre 1418 e 1420.
A nível de acontecimentos históricos que marcaram o concelho, destaca-se a instituição da vila como sede da primeira Capitania, na Madeira, em maio de 1440. Estas terras foram residência do oficial capitão-donatário Tristão Vaz Teixeira.
Em 1803, houve um enorme desabamento de terras que soterrou diversas casas, destruindo as muralhas da ribeira, a ponte e a Capela dos Milagres. Foi também local do confronto que pôs termo à "Revolta da Madeira", em abril de 1931.
A nível do património arquitetónico, destacam-se o Forte do Amparo, que apresenta uma planta triangular para permitir a defesa dos dois lados da baía de Machico; a Casa da Capela / Solar da Ermida, com elementos dos séculos XVII e XVIII; a Igreja Matriz de Machico, construída em 1425, e a Capela de Cristo, construída em meados do século XV, reconstruída no século XVI e, de novo, em 1883. Foi danificada pelo aluvião de 3 de novembro de 1956, tendo sido restaurada em 1957.
A sede concelhia foi elevada à categoria de cidade a 2 de Agosto de 1996.
Capitães donatários de Machico[editar | editar código-fonte]
- Tristão Vaz, 1.º Capitão donatário de Machico c. 1395;
- Tristão Vaz Teixeira, "Tristão das Damas", 2.º Capitão donatário de Machico;
- Tristão Teixeira, 3.º Capitão donatário de Machico;
- Diogo Teixeira, 4.º capitão donatário de Machico;
- D. Afonso de Portugal, 5.º capitão donatário de Machico e 2.º conde de Vimioso c. 1519;
- D. Francisco de Portugal, 6.º capitão donatário de Machico e 3.º conde de Vimioso c. 1550;
- Tristão Vaz da Veiga, 7.º capitão donatário de Machico, c. 1537;
- D. Luis de Portugal, 8.º capitão donatário de Machico e 4.º conde de Vimioso * 1555;
- D. Afonso de Portugal; (1591 -?), 9.º capitão donatário de Machico e e 5.º conde de Vimioso;
- D. Luís de Portugal (1620 -?), 10.º capitão donatário de Machico e 6.º conde de Vimioso;
- D. Miguel de Portugal (1631 -?), 11.º capitão donatário de Machico e 7.º conde de Vimioso;
- D. Francisco de Paula de Portugal e Castro (1679 -?), 12.º capitão donatário de Machico e 2.º marquês de Valença;
- D. José Miguel João de Portugal e Castro (1706 -?), 13.º capitão donatário de Machico e 3º marquês de Valença.[2][3]
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