Os temas de internacional sempre tiveram lugar importante no Expresso.
Um jornal que se quer cosmopolita e aberto ao que se passa no mundo tem de conseguir olhar além fronteiras. Mas nem sempre os temas de internacional têm grande destaque na primeira página do jornal.
Nos últimos três anos, e num rápido exercício de memória, lembro-me de capas como as que destacaram o referendo do Brexit, a resposta internacional à utilização de armas químicas na Síria, a eleição de Trump nos EUA e a João Lourenço em Angola.
Hoje voltamos a ter um tema de internacional como chamada dominante na primeira. É a
dramática segunda volta das eleições presidenciais no Brasil, com a possibilidade real de Jair Bolsonaro se tornar presidente do maior país de língua lusófona.
No primeiro caderno, pode encontrar muito material sobre o tema, entre notícias, entrevistas, reportagens, análises e opinião.
O texto
"Na confusão de tanta noite e tanto dia", em que se tenta perspetivar o que será, em termos concretos e práticos, um país liderado por este antigo militar. O que pode acontecer em matérias políticas, económicas e sociais? Fomos ouvir especialistas e contamos-lhe as respostas.
A prosa começa assim:
"Vamos ter de achar um caminho, nem que seja para o terminal internacional do aeroporto de Guarulhos”, diz Oliver Stuenkel. Foi com esta frase, que corre em São Paulo, que o professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sintetizou a tensão que se vive no país, a poucos dias da votação que pode — já amanhã — eleger Jair Bolsonaro para o cargo de Presidente do Brasil. A zona de conforto do capitão reformado já foi maior, porque a distância entre os dois candidatos diminuiu seis pontos esta semana: Fernando Haddad recuperou e tem agora 44% das intenções de voto e Bolsonaro 56%."
“Bloqueei o meu filho no WhatsApp”Este é o
título de uma reportagem feita no Brasil com
famílias divididas por esta eleição. Laços de sangue que oscilam entre Haddad e Bolsonaro. A campanha suscita cortes de relações entre famílias e amigos. Vença quem vencer amanhã, o país está polarizado e terá de levar a cabo um intenso trabalho de reconciliação.
Ainda em matéria de Brasil, a polémica declaração de Cristas dizendo que não votava em nenhum dos dois candidatos já lhe valeu críticas internas. Cristas quis distanciar-se de Bolsonaro sem tomar partido. Filipe Lobo d’Ávila critica a líder do CDS.
A
capa da Revista do Expresso é também dedicada ao assunto Brasil. E com uma reportagem do Nélson Marques do outro lado do Atlântico.
"O ódio nosso de cada dia" - Cansados da violência, do crime, da corrupção, da desigualdade social e de um sistema político que lhes continua a falhar, dezenas de milhões de brasileiros deixaram-se encantar pelo populismo de Jair Messias Bolsonaro, um racista, homofóbico, sexista, nostálgico da ditadura e defensor da tortura que é o favorito a vencer as presidenciais deste domingo. Retrato de um país dividido ao meio.
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AQUI
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