quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Emídio Guerreiro

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Emídio Guerreiro
Nome completoEmídio Guerreiro
Nascimento6 de setembro de 1899
Guimarães
Morte29 de junho de 2005 (105 anos)
Guimarães
NacionalidadePortugal Portuguesa
OcupaçãoProfessor e político
Emídio Guerreiro ComL • GCL (Guimarães6 de Setembro de 1899 — Guimarães29 de Junho de 2005) foi um professor de Matemática e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Criado no seio de família burguesa republicana, filho de pai militar, cedo aderiu aos ideais da República, tendo combatido, como voluntário, na Primeira Guerra Mundial. Em 1927 licenciou-se em Matemática, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde foi aluno de Francisco Gomes Teixeira. Após o Golpe do 28 de Maio, em 1926, junta-se aos opositores da Ditadura Militar. Em 1928, no Porto, funda a loja maçónica A Comuna do Grande Oriente Lusitano Unido. Em 1931 é admitido como assistente extraordinário na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, mas acaba por ser afastado, por interferência da PVDE. Em 1932 é preso por escrever um texto contra o presidente Óscar Carmona, evadindo-se um ano depois.
Iniciou em 1932 um exílio de mais de 40 anos, primeiro em Espanha, onde serviu os rojos durante a Guerra Civil; depois em França, onde em plena Segunda Guerra Mundial, se juntou clandestinamente à resistência. Quando a Segunda Guerra termina, fica a lecionar Matemática no Lycée Janson-de-Sailly, em Paris, onde permanece até 1974.
Mantendo uma consistente atividade de oposição à ditadura, ajuda a fundar em 1967, na capital francesa, a Liga de Unidade e Acção Revolucionária, força de contornos revolucionários. No entanto, quando regressa a Portugal, logo após o 25 de abril, é no Partido Popular Democrático (atual PSD) que se filia. Dirigente deste partido, viria mesmo a ser eleito secretário-geral do PPDdurante os meses do PREC, em 1975, numas eleições disputadas a Carlos Mota Pinto, e num período em que Francisco Sá Carneirose afastara do partido, devido a uma doença grave.
Foi um dos principais aderentes da Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR).
Depois de ser eleito deputado à Assembleia Constituinte, afastou-se daquele partido em 1976, por desafinidade ideológica. Viria então a aderir ao Partido Renovador Democrático, no final da sua vida, confessava-se próximo do Partido Socialista. Entrevistado pelo jornal Expresso, por ocasião do seu centenário em 1999, elegeu a dignidade humana como o ideal que sempre norteou a sua vida. «Como não pode haver dignidade se não houver liberdade, naturalmente que eu lutei pela liberdade. Lutei contra todos os regimes prepotentes, lutei contra todas as ditaduras», foram as suas declarações.
A 30 de Junho de 1980 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 25 de Agosto de 1999 foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[1]
Faleceu no lar de terceira idade com o seu nome, na sua terra natal, com 105 anos de idade, ao fim de uma longa vida que atravessou os séculos XIX, o XX e XXI.

Recolha através da WIKIPÉDIA 

por 

ANTÓNIO FONSECA

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