sábado, 14 de janeiro de 2017

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FIM-DE-SEMANA
14/01/2017
 
 
 
 
 
JN
 
José Miguel Gaspar
 
 
A Justiça dos ricos é diferente da Justiça dos pobres?
 
 
 
 
É das notícias mais lidas, mais partilhadas e mais comentadas do dia: Rúben Cavaco, o jovem de Ponte de Sor agredido pelos dois filhos gémeos do embaixador do Iraque em Portugal, já não apresentará queixa pela bárbara surra que sofreu em agosto do ano passado. E porquê? Porque aceitou um acordo extrajudicial e recebeu dinheiro para não se queixar.
 
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Quanto é que a família de Rúben encaixou? O acordo impõe confidencialidade, mas essa é a pergunta que todos estão a fazer... Veja aqui, no site do JN, a notícia atualizada e leia os comentários cheios de indignação - como este, do leitor Greg Rosa: "Resumindo, quem tiver dinheiro pode comprar crimes à vontade, quem não tiver, vai dentro". Pormenor com importância: os gémeos iraquianos de 17 anos ainda poderão ter que enfrentar o Tribunal, mas só com duas condições: se o Ministério Público português formular acusação; e, mesmo assim, só se o Governo iraquiano lhes levantar a protetiva imunidade diplomática.
 
Hoje, porque é sábado, o JN dá-lhe dois suplementos: o Ataque e o Dinheiro Vivo. No caderno desportivo, duas histórias em destaque. Primeira: as multas aos clubes de futebol duplicaram em relação ao ano passado - a "culpa" do aumento de receitas para a Federação Portuguesa de futebol será da entrada em funções do novo Conselho de Disciplina. Segunda: por que é que os clubes tremem quando ouvem o acrónimo CAN? Porque a Taça Africana das Nações "rouba" jogadores aos clubes durante um mês inteiro. Saiba na edição do Ataque quais são os mais afetados.
 
No nosso suplemento dedicado à economia real fique a saber isto: o crédito ao consumo está, de novo, a bater recordes - e já atingiu um novo máximo desde a saída da Troika. É uma boa notícia? Depende da perspetiva, mas uma coisa é certa: quando há booms no consumo é porque estamos a ver aumentar as esperanças num futuro melhor.
 
E agora, uma inquirição setorial: é cinéfilo e vive no Porto? Então vem aí uma boa notícia: a cidade vai ter, finalmente!, a sua Cinemateca. Os agradecimentos devem seguir para a Câmara do Porto (e não para a instituição lisboeta da Rua Barata Salgueiro que, apesar de se chamar Cinemateca Nacional e de viver do orçamento geral do Estado, serve quase exclusivamente a capital). A Câmara de Rui Moreira vai investir dinheiro do orçamento municipal para reanimar o velho Cinema Batalha e dar à Invicta os clássicos e a memória que merece a cidade que viu nasceu o cinematógrafo. O Batalha, fechado há anos, já deverá funcionar como nova Casa do Cinema em 2018. Como diria nos anos 80 o saudoso John McClane do "Assalto ao Arranha-céus": Yippie-ki-yey, motherfucker!"
 
A fechar, uma pergunta: é daqueles que está a contribuir para o regresso dos espectadores às salas de cinema (mais 6% em 2016 do que em 2015, disse o INE)? Se é, siga em frente; se não é, arrepie caminho e vá ver um filme. Sugestão? O excruciante "Manchester by the sea", de Kenneth Lonergan, que deu o Globo de Ouro de melhor ator a Casey Affleck. O filme segue a inominável tragédia de um pai para nos falar da persistência do sofrimento e da desesperança da redenção. É um extraordinário redemoinho vivo de raiva, ternura, amor e frágil humor no corpo de um homem que viverá para sempre com um buraco negro no coração.
 
Bom sábado, boas leituras.
 
 
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