quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

FUTURISMO


  • Comércio tradicional na Rua de Santa Catarina, no Porto, no último Natal do Estado Novo, em 1973. Veja outras fotografias antigas desta rua durante a quadra natalícia na galeria de imagens.
Memórias do velho comércio na rua portuense.
A Rua de Santa Catarina, no Porto, continua a ser o coração do retalho tradicional da Cidade Invicta. Mas as diferenças são muitas. Mudam-se os tempos, mudam-se as lojas – e a maneira de comprar também.
Vendo velhas imagens antigas de sítios que nos são familiares, a primeira tentação é a de perceber o que já lá não está e, em contraponto, o que persiste, de facto ou simbolicamente. Vamos começar pela segunda parte, olhando esta imagem da mais comercial rua da cidade do Porto, a de Santa Catarina, por alturas do Natal de 1973, o último antes do 25 de Abril de 1974. E o que persiste é mesmo isso: se pensarmos em fazer compras na Invicta, escapando à normalização consumista imposta pelos centros comerciais, é nesta rua que pensamos. Mas, enfim, a verdade é que até ali encontramos um shopping moderno, erguido por trás da fachada do que foi O Primeiro de Janeiro, um dos desaparecidos grandes jornais da cidade.
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Este é o cruzamento da Rua de Santa Catarina com a de Passos Manuel, a olhar na direção da Batalha. Na esquina à esquerda vemos a Casa Inglesa, que já não existe, na esquina em frente (à direita do nosso olhar) está o café Palladium, que funcionou desde a década de 1940 no edifício que todos conhecemos, projetado originalmente por José Marques da Silva para os Armazéns Nascimento. O Palladium, grandioso estabelecimento que tinha o café e outras valências, como o cabaré, muito frequentado pelos boémios portuenses de antanho, fechou portas no final dos anos 1970. Depois disso, o edifício albergou uma grande loja de pronto-a-vestir, sendo hoje ocupado por duas cadeias internacionais de diferentes ramos: a francesa Fnac e a holandesa C&A.
E podíamos ir enumerando lojas perdidas, muitas, e resistentes, algumas. Já a linha do elétrico desapareceu e reapareceu entretanto, com fins essencialmente turísticos. Mas importará dizer que Santa Catarina, bem ou mal, é a mais resistente rua da velha Baixa comercial, que era limitada, no lado oposto (se tivermos como referência central a Avenida dos Aliados), pela Rua de Cedofeita, sendo ambas ligadas, ao fundo, pelo eixo formado pelas ruas de 31 de Janeiro, dos Clérigos e das Carmelitas.


Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.

  • Comércio tradicional na Rua de Santa Catarina, no Porto, no último Natal do Estado Novo, em 1973. Veja outras fotografias antigas desta rua durante a quadra natalícia na galeria de imagens.
Memórias do velho comércio na rua portuense.
A Rua de Santa Catarina, no Porto, continua a ser o coração do retalho tradicional da Cidade Invicta. Mas as diferenças são muitas. Mudam-se os tempos, mudam-se as lojas – e a maneira de comprar também.
Vendo velhas imagens antigas de sítios que nos são familiares, a primeira tentação é a de perceber o que já lá não está e, em contraponto, o que persiste, de facto ou simbolicamente. Vamos começar pela segunda parte, olhando esta imagem da mais comercial rua da cidade do Porto, a de Santa Catarina, por alturas do Natal de 1973, o último antes do 25 de Abril de 1974. E o que persiste é mesmo isso: se pensarmos em fazer compras na Invicta, escapando à normalização consumista imposta pelos centros comerciais, é nesta rua que pensamos. Mas, enfim, a verdade é que até ali encontramos um shopping moderno, erguido por trás da fachada do que foi O Primeiro de Janeiro, um dos desaparecidos grandes jornais da cidade.
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Este é o cruzamento da Rua de Santa Catarina com a de Passos Manuel, a olhar na direção da Batalha. Na esquina à esquerda vemos a Casa Inglesa, que já não existe, na esquina em frente (à direita do nosso olhar) está o café Palladium, que funcionou desde a década de 1940 no edifício que todos conhecemos, projetado originalmente por José Marques da Silva para os Armazéns Nascimento. O Palladium, grandioso estabelecimento que tinha o café e outras valências, como o cabaré, muito frequentado pelos boémios portuenses de antanho, fechou portas no final dos anos 1970. Depois disso, o edifício albergou uma grande loja de pronto-a-vestir, sendo hoje ocupado por duas cadeias internacionais de diferentes ramos: a francesa Fnac e a holandesa C&A.
E podíamos ir enumerando lojas perdidas, muitas, e resistentes, algumas. Já a linha do elétrico desapareceu e reapareceu entretanto, com fins essencialmente turísticos. Mas importará dizer que Santa Catarina, bem ou mal, é a mais resistente rua da velha Baixa comercial, que era limitada, no lado oposto (se tivermos como referência central a Avenida dos Aliados), pela Rua de Cedofeita, sendo ambas ligadas, ao fundo, pelo eixo formado pelas ruas de 31 de Janeiro, dos Clérigos e das Carmelitas.


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