segunda-feira, 26 de setembro de 2016

OBSERVADOR

360º - Quo vadis PSOE? Uma "geringonça" para a UE? Os 54 dias para montar a nossa "geringonça". E o primeiro duelo Hillary-Trump

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia
Marques Mendes, no seu episódio semanal de revelador de notícias, antecipou alguns dados da execução orçamental que vai ser conhecida hoje. Segundo o comentador da SIC, pelo lado da despesa tudo está controlado, já a receita traz más notícias. Mendes adiantou ainda que Bruxelas está exigir para o próximo ano um défice de 1,4%.

A Uber vai ser legalizada, mas os seus motoristas terão de ter formação e os carros de estar identificados. Já os taxistas, manterão direitos e deveres. É esta a proposta do Governo para legislar as novas plataformas de carros com motorista, que deve entrar em vigor até ao fim do ano. Os taxistas acusam o Governo de faltar à palavra dada.

A candidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU vai hoje outra vez a votos. Por cá, é notícia de que não entregou a sua declaração de rendimentos no Constitucional. Guterres alega "falta de tempo".

Portugal bateu o Azerbeijão por 3-2 e está nas meias-finais do Mundial de futsal que decorre na Colômbia. Quarta-feira joga com a Argentina.

Em Espanha os resultados das eleições regionais (autonómicas) na Galiza e no País Basco deixaram o PSOE de Pedro Sánchez à beira de um ataque de nervos. Os socialistas foram o partido que mais votos perdeu nas duas comunidades: na Galiza os populares ganharam com maioria absoluta e o PSOE foi ultrapassado pelo En Marea (Podemos + Esquerda Unida); no País Basco a vitória foi para os nacionalistas moderados do PNV, que, sem maioria absoluta, podem escolher governar com PP ou PSOE.

Na hora de tirar conclusões, a maioria dos colunistas concorda que Sánchez ficou com vida difícil no partido (os críticos não param de crescer) e no país. Cada vez parece mais difícil que o PSOE se apresente como alternativa para liderar uma solução de coligação governativa e insista em não apoiar o vencedor das duas eleições (as terceiras estão a caminho), mantendo a Espanha mais tempo sem governo. O El País fala num castigo à intransigência do líder socialista, o El Español considera ter sido dado um prémio aos bons governantes e o El Mundo admite que Rajoy saiu fortalecido.

A cidade de Malmöe, na Suécia, viveu um domingo de sobressalto. Um tiroteio após um jogo de futebol, com 20 disparos a partir de um carro, fez quatro feridos. Mais tarde, a um quilómetro de distância, houve uma explosão. Não se sabe ainda se os dois acontecimentos estão relacionados.


Informação relevante
Uma "geringonça" na UE seria possível? Eurodeputados de vários países sonham com uma aliança de esquerda no Parlamento Europeu, para acabar com a austeridade e mudar as políticas económicas da UE. E o modelo é o da esquerda portuguesa. Um modelo montado em menos de dois meses. No livro Como Costa Montou a Geringonça em 54 Dias — Os Bastidores do Acordo Histórico de Esquerda, as jornalistas Márcia Galrão (Visão) e Rita Tavares (Observador), contam como o primeiro-ministro desenhou e negociou a estratégia que o colocou no cargo.

Foi um fim de semana de incêndios. Ontem, na Amadora, um fogo numa habitação fez um morto e deixou sete feridos, entre eles duas crianças. Sábado, na Zambujeira do Mar, o resort ecológico Zmar sofreu danos avultados e as chamas obrigaram à evacuação de 700 pessoas, num incidente que a PJ está a investigar.

Hoje é o primeiro grande debate das eleições americanas. Com as sondagens a darem empate, tem havido muito jogo nos bastidores: Hillary recebeu o apoio do influente New York Times e do empresário Mark Cuban, que conseguiu bilhete para a fila da frente; Trump respondeu convidando para a mesma fila uma ex-amante de Bill Clinton, Gennifer Flowers; na música, os U2 fizeram das críticas a Trump um espetáculo e Bruce Springsteen chamou-lhe idiota.

Por aqui, no Observador, vamos seguir o debate em direto durante a madrugada e antecipámos assim este primeiro duelo televisivo:
Na Síria, trocam-se acusações no conforto das reuniões da ONU e tiros nas ruas já destruídas de Alepo. Durante a reunião de emergência da ONU deste domingo, EUA, Reino Unido e França acusaram a Rússia de "barbárie" e de cometer crimes de guerra. Horas antes, aviões sírios e russos tinham voltado a bombardear o leste de Aleppo, controlada pelos rebeldes.

Voltando à política caseira, o fim de semana ficou marcado por revelações de uma proximidade antiga entre Durão Barroso e a Goldman Sachs, mas também pela notícia de mais um nome para o GalpGate: Vitor Escária, assessor de António Costa para os assuntos económicos, também foi a França ver o Euro a convite da empresa.

Mas o mais relevante terá sido o regresso de José Sócrates a eventos oficiais do PS, com críticas "ligeiras" aos Governo e resposta pronta do primeiro-ministro. Maior novidade: o facto do principal suspeito da Operação Marquês estar a escrever um livro.

Sobre livros, ou melhor, sobre a polémica do livro de José António Saraiva, ou melhor ainda, sobre a falta de polémica em redor de outros temas que não esse livro, escreve o José Manuel Fernandes em "O livro de Saraiva e a hipocrisia dos jornalistas".


Os nossos Especiais
Germano Silva é mais que um jornalista com 40 anos de carreira. É uma figura ímpar da sociedade portuguesa e do Porto em especial: ninguém sabe tanto da Invicta quanto ele. Prestes a completar 85 anos, o homem que já inspirou pintores (como Júlio Resende) ou escritores (como Richard Zimler), vai ser agora honoris causa pela Universidade do Porto e ter um livro-homenagem da Porto Editora. Na entrevista de vida à Sara Otto Coelho diz uma frase que o resume: "Às vezes sinto-me um homem rico".

O projeto chama-se "Envelhecer fora do armário", destina-se a idosos gay que sempre tiveram dificuldade em se assumir e tem o apoio da Câmara de Lisboa. Alguns deste idosos casaram com o género oposto, tiveram filhos, mas nunca assumiram a sua orientação. Porque, como lhes ouviu a Catarina Marques Rodrigues, a educação católica mói e os lares são conservadores.

É uma tradição muito espanhola: a dos obituários. Há quem deixe vinte milhões de euros para o seu nome aparecer todos os anos nas páginas de necrologia dos jornais, quem aproveite o obituário para mandar mensagens enigmáticas e políticas, para revelar problemas com heranças, ou até para vingar-se. A Helena Matos foi ressuscitar algumas histórias.
 
Notícias surpreendentes
Chama-se Joaquim Reis, tem mais de 70 anos, e é o último habitante de Podentinhos, Penela. Num projeto experimental e inovador, vai passar a receber comida através de um drone. A ideia é criar redes de drones que façam entregas sem ser pilotados.

A semana da moda de Milão também fala português. Saiba (e veja) como aqui e aqui.

A revista "Tintin" fez 70 anos. Pelas suas páginas, além do mais famoso herói de Hergé, passaram também Blake e Mortimer ou Alix. A edição portuguesa teve como directores Dinis Machado e Vasco Granja.

A Alântida continua por descobrir, mas há cidades submersas por todo o mundo. Derrubadas por terramotos e tsunamis, afundadas nas profundezas pelo próprio Homem, ou deixadas simplesmente ao abandono, estas são as histórias (e as fotos) de nove cidades perdidas no fundo do mar.


Para não se perder na informação, basta ir passando pelo Observador. Aqui estaremos para lhe dar toda a atualidade. 

Um bom dia e bom arranque de semana
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