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POR José Cardoso
Editor Adjunto
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Sanções, a cancelada (há motivos para sorrirmos?) e a outra. Xeque
Munir aos muçulmanos: sentem-se mal? Mudem-se, e deixem-nos em paz! |
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Boa tarde, A decisão da Comissão Europeia de propôr o cancelamento de sanções a Portugal por derrapagem no défice
foi uma das notícias do dia – e é com este tema que abrimos o Expresso
Diário desta quarta-feira. Como escreve o Pedro Santos Guerreiro, foi uma boa notícia. O que não quer dizer que o caso esteja encerrado,
porque em setembro saber-se-á se, afinal, não haverá uma outra sanção: o
Parlamento Europeu decide nessa altura se Portugal será penalizado nos
fundos estruturais. Contra ambas as situações estão patrões e UGT,
que tinham redigido um documento comum contra as sanções relativas ao
défice esperadas para hoje e – face à proposta de cancelamento – estão
nesta altura a atualizá-lo, contestando desde já a eventualidade de penalizações na concessão dos fundos estruturais. A Rosa Pedroso Lima conta tudo sobre esta pouco usual posição comum de patrões e central sindical (a CGTP quis ficar de fora) contra a rigidez das instituições europeias. Nas suas crónicas, quer o João Vieira Pereira ("Menos que zero") quer o Daniel Oliveira ("O agoiro adiado") escrevem sanções e défice. Ainda na sequência do ataque terrorista desta terça-feira numa igreja da
Normandia, cujo padre foi degolado por dois extremistas islâmicos,
fomos ouvir uma das vozes mais respeitadas da comunidade muçulmana
portuguesa, o xeque David Munir, imã da mesquita central de Lisboa. Num depoimento na primeira pessoa, este responsável religioso diz, entre outras coisas: “Um muçulmano não está satisfeito com o país onde vive? Então que emigre e nos deixe em paz com o discurso de ódio”. Na sua crónica, o Henrique Raposo diz, por seu turno, que “Não criticar o Islão é que alimenta a extrema-direita”. Medo afunda BCP,
titula por seu lado a Elisabete Tavares outro dos temas desta edição. E
explica porquê: porque os mercados não gostam de surpresas a não ser
que sejam boas. E explica também de que surpresas se trata: o Banco
Comercial Português devia ter anunciado hoje os resultados do primeiro
semestre mas adiou o anúncio para sexta-feira à noite. O que foi hoje anunciado foi a nova empreitada que o conceituado académico Frederico Lourenço tem pela frente – e o Expresso Diário esteve lá. Depois de já ter traduzido a “Odisseia” e a “Ilíada”, vai agora fazer a tradução da “Bíblia” grega, a mais completa jamais publicada em português. Como conta o José Mário Silva, a vida de Frederico Lourenço será, nos próximos três anos, traduzir do grego antigo 80 livros, nos quais muitas vezes o texto bíblico já não é inteligível. Vai ver-se grego. Para ver as coisas – no caso fotos - por outro prisma foi lançada recentemente uma aplicação que está a tornar-se um sucesso. Chamada Prisma, permite que qualquer pessoa pegue numa fotografia e tente transformá-la numa obra prima.
A Mariana Lima Cunha falou com um dos criadores da app e explica como
funciona (e o João Carlos Santos, que além de coordenador de fotografia
do Expresso também desenha e pinta, à mão e em papel ou através de apps e
nos ecrãs, não se mostra lá muito convencido...). Boas leituras e um bom resto de dia, seja por que prisma for
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