sábado, 2 de abril de 2016

EXPRESSO - 2 DE ABRIL DE 2016

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As Escolhas do Editor

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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536
02 ABR 2016
POR JOSÉ CARDOSO
Editor Adjunto
As Escolhas do Editor

Bom dia,

Começo as escolhas do editor deste sábado 2 de abril relembrando uma data que se celebra hoje: a aprovação da Constituição da República Portuguesa, no dia 2 de abril de 1976, faz agora 40 anos. E recordo-a por dois motivos que podem ser importantes para si, caro leitor, e que têm a ver quer com o Expresso Diário quer com a edição do semanário que hoje chegou às bancas.
No semanário porque, para celebrar a data, o Expresso tomou a inédita iniciativa de oferecer um exemplar da Constituição a cada leitor. Sim, leu bem: se comprar hoje o Expresso, recebe um exemplar da Lei Fundamental, em formato pequeno, que pode transportar no bolso. E é gratuito, uma oferta que se soma ao segundo volume da História dos Descobrimentos de Jaime Cortesão que começámos a oferecer aos nossos leitores na semana passada.
No Expresso Diário porque publicámos um artigo na edição de ontem, sexta-feira, no qual o Martim Silva explica as principais mudanças que a Constituição sofreu (ou não) nestes 40 anos, durante os quais foi revista sete vezes. Dois dados, para lhe aguçar o apetite: o número de artigos encolheu, dos 312 originais para os 296 atuais; e a expressão de que Portugal deve estar a “caminho para uma sociedade socialista”, que está logo no preâmbulo, mantém-se exatamente na mesma. Mas há mais, muito mais. É também por isso que pode ser-lhe útil comprar o semanário, para receber a versão mais atualizada da Constituição e poder comparar.
Um dos países que esteve esta semana em destaque no Diário foi Angola – e não pelos melhores motivos.
Logo no início da semana, esteve-o por causa da condenação a pesadas penas de prisão de 17 ativistas políticos, o mais conhecido dos quais é o rapper luso-angolano Luaty Beirão. Aconselho uma revisita ao Diário de segunda-feira, dia 28, onde pode (re)ler uma série de artigos sobre o caso, desde a história do processo às reações que as penas desencadeara, da crónica do Pedro Santos Guerreiro ao perfil de Luaty traçado pelo escritor José Eduardo Agualusa ou à carta de amor que a mulher do ativista lhe tinha endereçado quando ele esteve em greve da fome.
Mas recomendo também o artigo do correspondente do Expresso em Luanda, Gustavo Costa, que publicámos na edição de quinta-feira, 31, sobre o colapso do sistema de saúde provocado pelo aumento do número de casos de malária, cólera, febre amarela e outras doenças. A situação é dramática, ascendendo agora a muitas centenas o número de mortes de crianças e adultos registados todas as semanas. Os hospitais não têm camas suficientes, as farmácias não têm medicamentos, as morgues e cemitérios estão entupidos, morrem dezenas de crianças todos os dias.
Outro artigo que merece ser (re)visitado é o trabalho multimédia sobre o melhor tenista português de sempre, João Sousa. Nele, o Pedro Candeias e a Joana Beleza (no texto), o Rui Duarte Silva (nas fotos) e o João Roberto (no grafismo animado) contam a história do desportista, que saiu de casa aos 15 anos e foi para a Catalunha à procura de um sonho – e a quem o pai está sempre a dizer o que colocaram no título do artigo: “Mexe os pés, João!”.
No trabalho desta semana da série 2:59 para explicar o mundo, foi a vez de a Vera Lúcia Arreigoso explicar, no habitual formato de apresentação em vídeo de 2 minutos e 29 segundos, se o Serviço Nacional de Saúde é mesmo igual para todos, ou se há doentes mais iguais do que outros. (e há…). Um (re)visionamento que recomendo – e ao qual pode, já agora, acrescentar a leitura do artigo da mesma autora publicado na terça-feira, 29, sobre os quês e porquês de a Ordem dos Médicos querer que passem a sair das faculdades apenas cerca de 1.300 médicos por ano em Portugal, contra os atuais 1.800.
Ainda do mesmo dia, aconselho também o artigo do Valdemar Cruz no qual relembra o dia em que Fernando Pessoa criticou Jaime Cortesão, cuja “História dos Descobrimentos”, há muitas décadas esgotada nas livrarias, o Expresso está a distribuir gratuitamente desde este sábado.
Na área da Cultura vale igualmente a pena (re)ler o texto da Luciana Leiderfarb sobre quem foi e que importância teve o húngaro Imre Kertész. O nome pode não lhe dizer muito, mas trata-se do único Prémio Nobel da Literatura da Hungria, que obteve em 2002. Morreu agora, aos 86 anos, daquilo que o próprio definiu como a “doença burguesa” que o consumia há duas décadas, o que não deixa de ser irónica para um sobrevivente de Auschwitz, onde esteve quando tinha 16 anos e cujo horror fez dele escritor.
Mais duas sugestões de (re)leituras dos melhores artigos que fomos publicando ao longo da semana. Na quarta-feira, o caso da jovem norte-americana que pediu desculpa ao homem que a violou, por lhe ter chamado violador. Chama-se Jessica Knoll, teve relações sexuais com várias rapazes numa festa, quando estava alcoolizada, e andou 17 anos a recriminar-se por isso. A Mariana Cunha conta a história.
Na quinta-feira, um trabalho do José Pedro Castanheira, complementar ao quem foi publicado há um par de semanas na revista E, sobre a mais espetacular ação de sabotagem dos tempos da ditadura em Portugal, na base aérea de Tancos. Desta vez apresentado em formato multimédia, com depoimentos de quem esteve envolvido na destruição à bomba de dezenas de aviões na base aérea de Tancos.
Boas leituras e tenha um excelente fim de semana
LER O EXPRESSO DIÁRIO
A mais espetacular ação de sabotagem dos tempos da ditadura POR JOSÉ PEDRO CASTANHEIRA
A mais espetacular ação de sabotagem dos tempos da ditaduraPOR JOSÉ PEDRO CASTANHEIRA
Mexe os pés, João POR PEDRO CANDEIAS E JOANA BELEZA
Mexe os pés, João POR PEDRO CANDEIAS E JOANA BELEZA
Falência do sistema de saúde entope morgues e cemitérios em Angola POR GUSTAVO COSTA
Falência do sistema de saúde entope morgues e cemitérios em Angola POR GUSTAVO COSTA
Vai ter de dar uns minutinhos à nossa Constituição POR MARTIM SILVA
Vai ter de dar uns minutinhos à nossa Constituição POR MARTIM SILVA
“Pedi desculpa ao homem que me violou por lhe ter chamado violador” POR MARIANA CUNHA
“Pedi desculpa ao homem que me violou por lhe ter chamado violador” POR MARIANA CUNHA
Os números que provam que há doentes mais iguais que outros POR VERA LÚCIA ARREIGOSO
Os números que provam que há doentes mais iguais que outrosPOR VERA LÚCIA ARREIGOSO
“Parece que virei mesmo a morrer de uma doença burguesa” POR LUCIANA LEIDERFARB
“Parece que virei mesmo a morrer de uma doença burguesa” POR LUCIANA LEIDERFARB
O dia em que Fernando Pessoa criticou Jaime Cortesão POR VALDEMAR CRUZ
O dia em que Fernando Pessoa criticou Jaime Cortesão POR VALDEMAR CRUZ
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