360º
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Enquanto dormia"Wellcome to the Daily Show, my name is John Stewart". Esta noite, depois de 17 anos a dar a cara por um dos programas de maior sucesso nos Estados Unidos, John Stewart anunciou que vai deixar o programa e seguir outros caminhos. A despedida ainda não tem dia marcado, mas foi emocionante e já deixa saudades.
Alem da saída do John Stewart, a televisão americana perdeu também Brian Williams, da NBC, que foi esta noite suspenso. A razão? Mentiu em direto... durante a guerra do Iraque. A história é curiosa e merece um minuto de leitura.
Num cenário de guerra mais atual, há notícias de novos conflitos no leste da Ucrânia esta noite, provocando a morte de sete civis e 26 feridos. Hoje, em Minsk, os líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França vão reunir-se de novo para tentar uma vez mais um acordo duradouro de paz.
O dia é também importante para a União Europeia, com o Eurogrupo a reunir-se para discutir o futuro da Grécia. Nas últimas horas Berlim e Atenas extremaram posições, tornado mais improvável um acordo esta noite. Alexis Tsipras passou um voto de confiança no Parlamento grego com mais uma promessa: "Não vamos recuar".
Informação relevanteAinda a propósito da Grécia, destaco a primeira parte de umaentrevista do Observador ao Comissário Carlos Moedas, que deixa uma mensagem clara a Atenas, muito na linha que tem sido seguida pelo Governo português: “Devemos perceber a Grécia mas a Grécia também tem que perceber a situação em que está, à volta de uma mesa com 28 Estados-membros”.
Moedas fala do tempo do Memorando como "o mais duro" da sua vida e passa a mensagem de que Portugal está bem longe do que vemos em Atenas - distinção que faz hoje a manchete do Jornal de Negócios, a propósito da formalização do pagamento antecipado ao FMI. Sobre isso, vale a pena reter a promessa do PSD de que a poupança em juros (130 milhões, diz o Económico) pode vir a traduzir-se numa redução de impostos.
Entre as notícias do dia, destaco-lhe a manchete do Público, que fala da proposta do Governo com novas regras de financiamento do Ensino Superior. Há, por exemplo, um limite para o número de alunos por instituição, mas também um novo modelo de cálculo dos compromissos futuros assumidos por cada instituição. As primeiras reações do setor parecem ser positivas.
Importantes também as novas regras para candidaturas aos fundos comunitários: as empresas com salários em atraso ficam de fora, as que falhem os prazos de execução perdem 40% do apoio - e incentivos que podem ir até 75% do investimento, diz o Económico.
Também do Governo vem uma proposta para o setor dos media, que pretende forçar os seus proprietários a dar a cara e a dizerem os montantes com que os financiam. A fórmula ainda não está fechada, mas deve hoje ser apresentada pelo ministro Poiares Maduro.
A propósito de transparência, estão prestes a ser entregues os projetos dos vários partidos para combater a corrupção, cujas linhas gerais aqui lhe apresentamos.
Agora o SwissLeaks: A Procuradoria-Geral da República confirmou estar a "recolher todos os elementos" relacionados com os portugueses listados como clientes do HSBC na Suíça. Também a Autoridade Tributária está atrás da lista de nomes portugueses, tentando perceber se os nomes que vieram a público (com desmentidos, como o de Américo Amorim) têm sentido e se levam à identificação de alguma irregularidade.
No caso Sócrates, nota para um novo detalhe vindo da investigação: alegam o procurador Rosário Teixeira que, nas escutas realizadas, José Sócrates se referia a "fotocópias" quando se referia ao dinheiro que lhe era entregue por Carlos Santos Silva, diz o DN.
Fecho com uma nota sobre as novas regras de atribuição do subsídio de desemprego: os desempregados inscritos no IEFP há pelo menos três meses podem, agora, acumular parte do subsídio com um salário, que pode ser reclamado quando o salário for mais baixo do que a prestação social.
Os nossos especiaisViveremos uma nova "Exuberância Irracional"? A pergunta é feita por Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças, que assina aqui no Observador uma recensão crítica de um livro que acabou de ler de Robert Shiller. Um parágrafo ajuda-nos a perceber o título:
"A primeira edição (2000) centrou-se na Bolsa -a Bolsa caiu. A segunda edição (2005) incluía um novo capítulo sobre o mercado de habitação nos EUA – o gatilho da Crise Global que ainda marca a conjuntura e as políticas macroeconómicas. A terceira edição (2015) tem um novo capítulo sobre mercados de obrigações do Tesouro." Vem aí uma nova crise?
Passam hoje oito anos sobre o referendo ao aborto e já se pode falar de uma tendência: começam a reduzir-se o número de interrupções voluntárias de gravidez, assim como os telefonemas para a linha de apoio. Mas, como testemunhou o Fábio Monteiro,há coisas que demoram muito mais tempo a passar.
Falando de maternidade, mas mais do que isso: "As mulheres criam os filhos como sultões", diz-nos a escritora de maior êxito na Turquia, Elif Shafak, que esteve em Lisboa para apresentar o polémico livro “A Bastarda de Istambul”. O Bruno Horta entrevistou-a e descobriu-a como pós-feminista: "As mulheres precisam também de autocrítica".
Notícias surpreendentes
Alem da saída do John Stewart, a televisão americana perdeu também Brian Williams, da NBC, que foi esta noite suspenso. A razão? Mentiu em direto... durante a guerra do Iraque. A história é curiosa e merece um minuto de leitura.
Num cenário de guerra mais atual, há notícias de novos conflitos no leste da Ucrânia esta noite, provocando a morte de sete civis e 26 feridos. Hoje, em Minsk, os líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França vão reunir-se de novo para tentar uma vez mais um acordo duradouro de paz.
O dia é também importante para a União Europeia, com o Eurogrupo a reunir-se para discutir o futuro da Grécia. Nas últimas horas Berlim e Atenas extremaram posições, tornado mais improvável um acordo esta noite. Alexis Tsipras passou um voto de confiança no Parlamento grego com mais uma promessa: "Não vamos recuar".
Informação relevanteAinda a propósito da Grécia, destaco a primeira parte de umaentrevista do Observador ao Comissário Carlos Moedas, que deixa uma mensagem clara a Atenas, muito na linha que tem sido seguida pelo Governo português: “Devemos perceber a Grécia mas a Grécia também tem que perceber a situação em que está, à volta de uma mesa com 28 Estados-membros”.
Moedas fala do tempo do Memorando como "o mais duro" da sua vida e passa a mensagem de que Portugal está bem longe do que vemos em Atenas - distinção que faz hoje a manchete do Jornal de Negócios, a propósito da formalização do pagamento antecipado ao FMI. Sobre isso, vale a pena reter a promessa do PSD de que a poupança em juros (130 milhões, diz o Económico) pode vir a traduzir-se numa redução de impostos.
Entre as notícias do dia, destaco-lhe a manchete do Público, que fala da proposta do Governo com novas regras de financiamento do Ensino Superior. Há, por exemplo, um limite para o número de alunos por instituição, mas também um novo modelo de cálculo dos compromissos futuros assumidos por cada instituição. As primeiras reações do setor parecem ser positivas.
Importantes também as novas regras para candidaturas aos fundos comunitários: as empresas com salários em atraso ficam de fora, as que falhem os prazos de execução perdem 40% do apoio - e incentivos que podem ir até 75% do investimento, diz o Económico.
Também do Governo vem uma proposta para o setor dos media, que pretende forçar os seus proprietários a dar a cara e a dizerem os montantes com que os financiam. A fórmula ainda não está fechada, mas deve hoje ser apresentada pelo ministro Poiares Maduro.
A propósito de transparência, estão prestes a ser entregues os projetos dos vários partidos para combater a corrupção, cujas linhas gerais aqui lhe apresentamos.
Agora o SwissLeaks: A Procuradoria-Geral da República confirmou estar a "recolher todos os elementos" relacionados com os portugueses listados como clientes do HSBC na Suíça. Também a Autoridade Tributária está atrás da lista de nomes portugueses, tentando perceber se os nomes que vieram a público (com desmentidos, como o de Américo Amorim) têm sentido e se levam à identificação de alguma irregularidade.
No caso Sócrates, nota para um novo detalhe vindo da investigação: alegam o procurador Rosário Teixeira que, nas escutas realizadas, José Sócrates se referia a "fotocópias" quando se referia ao dinheiro que lhe era entregue por Carlos Santos Silva, diz o DN.
Fecho com uma nota sobre as novas regras de atribuição do subsídio de desemprego: os desempregados inscritos no IEFP há pelo menos três meses podem, agora, acumular parte do subsídio com um salário, que pode ser reclamado quando o salário for mais baixo do que a prestação social.
Os nossos especiaisViveremos uma nova "Exuberância Irracional"? A pergunta é feita por Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças, que assina aqui no Observador uma recensão crítica de um livro que acabou de ler de Robert Shiller. Um parágrafo ajuda-nos a perceber o título:
"A primeira edição (2000) centrou-se na Bolsa -a Bolsa caiu. A segunda edição (2005) incluía um novo capítulo sobre o mercado de habitação nos EUA – o gatilho da Crise Global que ainda marca a conjuntura e as políticas macroeconómicas. A terceira edição (2015) tem um novo capítulo sobre mercados de obrigações do Tesouro." Vem aí uma nova crise?
Passam hoje oito anos sobre o referendo ao aborto e já se pode falar de uma tendência: começam a reduzir-se o número de interrupções voluntárias de gravidez, assim como os telefonemas para a linha de apoio. Mas, como testemunhou o Fábio Monteiro,há coisas que demoram muito mais tempo a passar.
Falando de maternidade, mas mais do que isso: "As mulheres criam os filhos como sultões", diz-nos a escritora de maior êxito na Turquia, Elif Shafak, que esteve em Lisboa para apresentar o polémico livro “A Bastarda de Istambul”. O Bruno Horta entrevistou-a e descobriu-a como pós-feminista: "As mulheres precisam também de autocrítica".
Notícias surpreendentes
Fosse tirada por um português e podíamos falar de uma selfie: Um astronauta da Estação Espacial Internacional publicou nesta segunda-feira no Instagram uma imagem da Península Ibérica vista da estação. Há também um vídeo delicioso do momento em que uma aurora boreal se encontra com o amanhecer. Ora veja, é uma boa maneira de começar o dia.
Portugueses no espaço? Sim, claro que sim. É hora de lhe dizer que um grupo português participou na construção de um escudo de proteção térmica para o veículo espacial IXV, que é hoje lançado pela Agência Espacial Europeia. Foram 15 mil horas de trabalho que hoje darão lugar a um enorme orgulho - assim o desejamos.
E se lhe mostrássemos as cidades do futuro? Ficção científica? Nem por isso. É um projeto de cientistas ingleses que se dedicou a investigar quais os projetos que poderão ter mais influência no planeamento urbano das cidades do Reino Unido. E, sim, há uma "cidade saturada" incluída, mas também uma "cidade suspensa" que nos deixa a pensar.
Deixo-o com uma sugestão... sugestiva: Com “As 50 Sombras de Grey” prestes a chegar aos cinemas, escolhemos doze cenas de sexo que estão entre as mais belas, mais significativas ou mais inesquecíveis do género no cinema.
Resta-me desejar-lhe um dia produtivo, bem-disposto e, já agora, com um final feliz.
Amanhã estarei de volta com o 360º. Enquanto isso, pode ir vendoaqui o que está a acontecer pelo mundo. Hoje, com a Grécia no Eurogrupo, é provável que a atualização se prolongue noite fora.
Portugueses no espaço? Sim, claro que sim. É hora de lhe dizer que um grupo português participou na construção de um escudo de proteção térmica para o veículo espacial IXV, que é hoje lançado pela Agência Espacial Europeia. Foram 15 mil horas de trabalho que hoje darão lugar a um enorme orgulho - assim o desejamos.
E se lhe mostrássemos as cidades do futuro? Ficção científica? Nem por isso. É um projeto de cientistas ingleses que se dedicou a investigar quais os projetos que poderão ter mais influência no planeamento urbano das cidades do Reino Unido. E, sim, há uma "cidade saturada" incluída, mas também uma "cidade suspensa" que nos deixa a pensar.
Deixo-o com uma sugestão... sugestiva: Com “As 50 Sombras de Grey” prestes a chegar aos cinemas, escolhemos doze cenas de sexo que estão entre as mais belas, mais significativas ou mais inesquecíveis do género no cinema.
Resta-me desejar-lhe um dia produtivo, bem-disposto e, já agora, com um final feliz.
Amanhã estarei de volta com o 360º. Enquanto isso, pode ir vendoaqui o que está a acontecer pelo mundo. Hoje, com a Grécia no Eurogrupo, é provável que a atualização se prolongue noite fora.
Até já!
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