Boa tarde,
A três dias do final de 2015, a política nacional continua a mexer.
Hoje foi o dia em que ficou a conhecer-se a ordem dos candidatos nos boletins de voto das eleições presidenciais (em que Henrique Neto foi sorteado como o primeiro a aparecer).
Foi também o dia em que foram conhecidos osorçamentos apresentados pelas dez candidaturas(com Sampaio da Nóvoa a apresentar o maior) e também o dia em que as televisões fazem contas à vida: É que se entre 1 e 9 de janeiro já estavam previstos 21 frente-a-frente entre os sete candidatos inicialmente conhecidos, agora, com dez na corrida (embora ainda falte a confirmação oficial de que serão mesmo dez) o número de debates poderá passar para...45. Uma verdadeira loucura...
A solução, como escrevem o Bernardo Ferrão e a Luísa Meireles, pode passar por fazer entrevistas individuais aos três novos candidatos e inclui-los apenas no debate com todos, como forma de compensação por ficarem de fora dos frente-a-frente. Mas esta saída promete dar polémica.
Hoje é também o dia em que Paulo Portas vai à reunião da direção do seu partido dizer se fica ou sai. Se fica ou sai da liderança do partido que comanda desde 1998 (com um interregno de dois anos depois do ciclo com Durão e Santana). Basta lembrar que quando Portas chegou ao poder no PP ainda havia escudo, Mourinho ainda era adjunto no Barcelona e Bill Clinton ainda enfrentava um processo de impeachment como presidente dos EUA.
"5727 dias de liderança" é o título do texto do Filipe Santos Costa sobre o tema. Vale bem a pena ler, até para nos (re)lembramos de como Portas é um sobrevivente na política nacional.
Continuamos a publicar uma seleção dos melhores textos e trabalhos que divulgámos ao longo do ano. Desta vez, a escolha é a entrevista que a Cristina Margato fez a Karl Ove Knausgard, o escritor-choque, na Suécia. "Uso-me como matéria-prima" é o título de uma entrevista que é um murro no estômago quase tão grande como ler os próprios livros auto-biográficos de Knausgard.
Do norte, vem a entrevista do Valdemar Cruz a Jorge Sarabando, a propósito do 25 de novembro, precisamente visto do norte do país. "O 25 de novembro a norte aconteceu em setembro" é o título do artigo.
Noutro registo, a Luciana Leiderfarb escreve hoje"Diários de Anne Frank: domínio público só em 2050". Um artigo que explica como apesar de a 1 de janeiro de 2016 o diário escrito pela adolescente alemã dever ficar disponível a quem quisesse divulgá-lo, uma decisão da Fundação Anne Frank alterou a situação. Prolongou o controlo do copyright, sob o argumento de que os Diários, tal como os conhecemos, são afinal uma versão de Otto Frank.
Na opinião, hoje há Pedro Santos Guerreiro, Daniel Oliveira, Henrique Raposo e Henrique Monteiro.
Destaco ainda a "revelação" da verdadeira história do ursinho Pooh.
A seleção do que de melhor e mais significativo se passou neste ano em matéria de tecnologia.
E um roteiro sobre o o que vale a pena em Almada.
Por hoje é tudo, amanhã estaremos de volta.
Com o relógio a contar os minutos, as horas e os dias até à passagem de ano.
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