Enquanto dormia
Alexis Tsipras abriu a campanha eleitoral com uma promessa: rever e melhorar o memorando que assinou com a troika. As últimas sondagens indicam que a vitória do Syriza já não é certa: o partido está já empatado com a Nova Democracia, que tem desafiado Tsipras a assumir uma aliança pós-eleitoral. As eleições são a 20 de setembro.
Os partidos independentistas estão à frente na Catalunha, segundo conta a última sondagem. As eleições são a 27 de setembro.
Marine Le Pen quer fechar a porta a refugiados. A presidente da Frente Nacional disse esta noite que a França "não pode nem deve acolher mais clandestinos" - e sublinhou a necessidade de devolver os refugiados aos seus países de origem. Em sentido contrário, o Papa Francisco pediu ontem a cada uma das paróquias da igreja Católica que receba uma família de refugiados. A tentar gerir tudo, António Guterres diz que a crise atual é “gerível”, mesmo com um sistema europeu de asilo “disfuncional”.
No meio desta confusão, conforta ver os primeiros sorrisos de alguns destes refugiados ao chegar a território europeu.
Um grave acidente em Paraty, no Brasil, causou esta noite 15 mortos e pelo menos 56 feridos. O autocarro onde se deslocavam despenhou-se numa ravina e num local conhecido por “Morro do Deus me livre”.
E a campanha?
Os nossos Especiais
Quando a noite caía, o PREC renascia. Era assim, nos tempos da revolução: as noites passavam-se a colar cartazes, a perder-se nos cafés, conspirar nos bares, acabando no cacau da Ribeira - para além, claro, dos plenários e ocupações. As imagens de tempos idos, ao correr da memória do Pedro Dórdio - que vai a detalhes que nunca imaginei conhecer.
Sexo: pecando contra a Natureza e contra Deus. No sexo, o que é natural e o que são desvios? Haverá uma componente de perversão sexual em cada um de nós? "Perversões", de Jesse Bering, desafia convenções e questiona certezas. O José Carlos Fernandes, claro, leu tudo - juntou-lhe outros livros sobre o tema e conta-lhe tudo o que sempre quis saber sobre sexo mas tinha receio de perguntar (vá, nem tudo, mas uma boa parte).
Notícias surpreendentes
Vamos começar pelo nosso orgulho: Portugal voltou a ganhar nos óscares do turismo, premiando o requinte de 11 hotéis e resorts, com vistas desafogadas sobre mares e rias. A Ana Cristina Marques, com uma boa dose de curiosidade, foi espreitar quais são para lhe mostrar tudo, não vá dar-se o caso de ter um fim de semana à mão para ir aproveitar.
Se passa um dia inteiro a organizar "um horário" de trabalho antes de atacar uma tarefa, este artigo é para si: Afinal, é por sermos perfeccionistas que não procrastinamos.
Também de olho no quotidiano, apareceu um livro que diz que lhe pode salvar a vida. Chama-se "O Pior Cenário Possível" e é um manual de sobrevivência para situações do dia a dia. Exemplos: não ter papel higiénico numa casa de banho pública, ficar preso num sofá-cama ou soluços incuráveis. Não consta, porém, que tenha conselhos para aguentar uma campanha eleitoral.
Para o caminho, deixo-lhe já as nossas sugestões para a rentrée cultural: já temos publicadas as séries que aí vêm, também os filmes que não pode perder e os livros e concertos que estão a chegar às estantes e palcos do país. Dá para abrir o apetite, porque ainda há mais para hoje.
Por ora deixo-o, na certeza de que voltaremos a encontrar-nos ao longo do dia. O Observador está aqui pronto para o receber, a qualquer hora, onde quer que esteja.
Um dia feliz!
Até já!
P.S. Hoje temos um novo reforço, aqui no Observador: o Luís Rosa, ex-diretor do i, junta-se a nós com a missão de acompanhar, noticiar e desenvolver os casos de Justiça mais importantes. É caso para dizer que chegou mesmo a tempo. Daqui a poucas semanas teremos por cá também o Miguel Pinheiro, que ficará encarregue de reforçar a nossa secção de Cultura. Aos dois fica a minha certeza de que o Observador será, com eles, ainda melhor. Para si, claro.
Alexis Tsipras abriu a campanha eleitoral com uma promessa: rever e melhorar o memorando que assinou com a troika. As últimas sondagens indicam que a vitória do Syriza já não é certa: o partido está já empatado com a Nova Democracia, que tem desafiado Tsipras a assumir uma aliança pós-eleitoral. As eleições são a 20 de setembro.
Os partidos independentistas estão à frente na Catalunha, segundo conta a última sondagem. As eleições são a 27 de setembro.
Marine Le Pen quer fechar a porta a refugiados. A presidente da Frente Nacional disse esta noite que a França "não pode nem deve acolher mais clandestinos" - e sublinhou a necessidade de devolver os refugiados aos seus países de origem. Em sentido contrário, o Papa Francisco pediu ontem a cada uma das paróquias da igreja Católica que receba uma família de refugiados. A tentar gerir tudo, António Guterres diz que a crise atual é “gerível”, mesmo com um sistema europeu de asilo “disfuncional”.
No meio desta confusão, conforta ver os primeiros sorrisos de alguns destes refugiados ao chegar a território europeu.
Um grave acidente em Paraty, no Brasil, causou esta noite 15 mortos e pelo menos 56 feridos. O autocarro onde se deslocavam despenhou-se numa ravina e num local conhecido por “Morro do Deus me livre”.
E a campanha?
Novidades para si: a partir de hoje o Observador entra em Liveblog contínuo, a caminho das legislativas, onde sintetizamos o mais importante, juntamos as opiniões mais relevantes e os trabalhos que merecem leitura atenta.
Na sexta-feira estreámos também um podcast de dez minutos, onde eu e a Helena Pereira discutimos os pontos principais do dia. Esse também se vai repetir diariamente, mais ao fim da tarde. A conta Twitter das legislativas vem esta tarde. E a página das legislativas também está aqui, sempre visível na homepage.
Eis a 4ª das nossas 15 questões para as legislativas: Ainda vale a pena ser funcionário público? E os serviços do Estado, têm futuro? O Estado levou um apertão, mas muito à custa de medidas transitórias. Que custos tiveram as medidas? Ainda vale a pena trabalhar no Estado? Os serviços públicos vão melhorar? Eis as contas e ideias, num trabalho da Liliana Valente.
A mesma Liliana Valente contou também o que conta o novo livro sobre António Costa, escrito por dois jornalistas do Expresso e que tem um título sugestivo: "Quem disse que era fácil?".
Deixo-lhe agora uma ideia breve da temperatura da campanha: Paulo Portas meteu Sócrates, o político, ao barulho (mas não o investigado); Passos deixou um lamiré sobre o pós-legislativas; Jerónimo de Sousa marcou terreno contra o medo das sondagens; e António Costa comparou o plafonamento da Segurança Social aos lesados do BES - no que respeita ao efeito esperado.
No liveblog há mais e, não esquecer, estamos apenas a dois dias do debate Passos-Costa.
As outras novidades da manhã O caso Sócrates, claro. O ex-primeiro-ministro saiu da prisão de Évora a cinco dias do debate, ficando em prisão domiciliária. O Ministério Público parece mais perto de produzir acusação, mas os advogados dizem que está a "bater em retirada". Costa separa tudo da campanha, mas Portas explicou ontem que não deixará de visar Sócrates, o político.
Os amigos de Sócrates, naturalmente, estão felizes por o ter mais perto - e o país mediático discute os momentos em que Sócrates atropelou o PS, a casa onde ele está (remodelada há poucos anos) e, já agora, se o ex-PM vai dar entrevistas e condicionar ainda mais a campanha. Neste ponto há vários textos interessantes nos jornais - e o guião para eles está (claro) também no liveblog da campanha, porque uma e outra coisa estão já associadas, queiramos ou não.
Pelo meio, a revista brasileira Veja fez um trabalho comparando o caso Petrobrás com o que se passa com José Sócrates. E o Correio da Manhã noticia hoje que Armando Vara não reconhece como seu o milhão de euros que foi parar a uma conta conjunta - dele próprio e da sua filha.
No que respeita ao Novo Banco, as novidades vieram através de Marques Mendes: o Banco de Portugal admite adiar o processo de venda, deixando o BCE avaliar primeiro em quanto vai ser preciso reforçar o capital da instituição, disse o comentador.
Mas há mais: o estudo que vai avaliar se a resolução do Banco Espírito Santo foi melhor para os credores do que a liquidação está a ser feito pela Deloitte e vai ser entregue também até ao fim do ano.
Hoje vai ouvir falar nos produtores de leite, que vão protestar em Bruxelas contra as medidas que levaram à baixa dos preços - um pouco menos em Portugal do que no resto da UE. Os ministros da Agricultura vão fazer um ponto de situação sobre o setor.
Do fim de semana, sobram as entradas no Ensino Superior, onde se registam os números mais favoráveis dos últimos quatro anos. Mas também 48 cursos sem qualquer vaga preenchida. O JN complementa hoje as notícias com um trabalho sobre "o negócio milionário das casas para estudantes".
A propósito de alertas, também no JN conta-se que no último ano foram encerrados 52 lares para idosos em apenas sete meses.
Na sexta-feira estreámos também um podcast de dez minutos, onde eu e a Helena Pereira discutimos os pontos principais do dia. Esse também se vai repetir diariamente, mais ao fim da tarde. A conta Twitter das legislativas vem esta tarde. E a página das legislativas também está aqui, sempre visível na homepage.
Eis a 4ª das nossas 15 questões para as legislativas: Ainda vale a pena ser funcionário público? E os serviços do Estado, têm futuro? O Estado levou um apertão, mas muito à custa de medidas transitórias. Que custos tiveram as medidas? Ainda vale a pena trabalhar no Estado? Os serviços públicos vão melhorar? Eis as contas e ideias, num trabalho da Liliana Valente.
A mesma Liliana Valente contou também o que conta o novo livro sobre António Costa, escrito por dois jornalistas do Expresso e que tem um título sugestivo: "Quem disse que era fácil?".
Deixo-lhe agora uma ideia breve da temperatura da campanha: Paulo Portas meteu Sócrates, o político, ao barulho (mas não o investigado); Passos deixou um lamiré sobre o pós-legislativas; Jerónimo de Sousa marcou terreno contra o medo das sondagens; e António Costa comparou o plafonamento da Segurança Social aos lesados do BES - no que respeita ao efeito esperado.
No liveblog há mais e, não esquecer, estamos apenas a dois dias do debate Passos-Costa.
As outras novidades da manhã O caso Sócrates, claro. O ex-primeiro-ministro saiu da prisão de Évora a cinco dias do debate, ficando em prisão domiciliária. O Ministério Público parece mais perto de produzir acusação, mas os advogados dizem que está a "bater em retirada". Costa separa tudo da campanha, mas Portas explicou ontem que não deixará de visar Sócrates, o político.
Os amigos de Sócrates, naturalmente, estão felizes por o ter mais perto - e o país mediático discute os momentos em que Sócrates atropelou o PS, a casa onde ele está (remodelada há poucos anos) e, já agora, se o ex-PM vai dar entrevistas e condicionar ainda mais a campanha. Neste ponto há vários textos interessantes nos jornais - e o guião para eles está (claro) também no liveblog da campanha, porque uma e outra coisa estão já associadas, queiramos ou não.
Pelo meio, a revista brasileira Veja fez um trabalho comparando o caso Petrobrás com o que se passa com José Sócrates. E o Correio da Manhã noticia hoje que Armando Vara não reconhece como seu o milhão de euros que foi parar a uma conta conjunta - dele próprio e da sua filha.
No que respeita ao Novo Banco, as novidades vieram através de Marques Mendes: o Banco de Portugal admite adiar o processo de venda, deixando o BCE avaliar primeiro em quanto vai ser preciso reforçar o capital da instituição, disse o comentador.
Mas há mais: o estudo que vai avaliar se a resolução do Banco Espírito Santo foi melhor para os credores do que a liquidação está a ser feito pela Deloitte e vai ser entregue também até ao fim do ano.
Hoje vai ouvir falar nos produtores de leite, que vão protestar em Bruxelas contra as medidas que levaram à baixa dos preços - um pouco menos em Portugal do que no resto da UE. Os ministros da Agricultura vão fazer um ponto de situação sobre o setor.
Do fim de semana, sobram as entradas no Ensino Superior, onde se registam os números mais favoráveis dos últimos quatro anos. Mas também 48 cursos sem qualquer vaga preenchida. O JN complementa hoje as notícias com um trabalho sobre "o negócio milionário das casas para estudantes".
A propósito de alertas, também no JN conta-se que no último ano foram encerrados 52 lares para idosos em apenas sete meses.
Quando a noite caía, o PREC renascia. Era assim, nos tempos da revolução: as noites passavam-se a colar cartazes, a perder-se nos cafés, conspirar nos bares, acabando no cacau da Ribeira - para além, claro, dos plenários e ocupações. As imagens de tempos idos, ao correr da memória do Pedro Dórdio - que vai a detalhes que nunca imaginei conhecer.
Sexo: pecando contra a Natureza e contra Deus. No sexo, o que é natural e o que são desvios? Haverá uma componente de perversão sexual em cada um de nós? "Perversões", de Jesse Bering, desafia convenções e questiona certezas. O José Carlos Fernandes, claro, leu tudo - juntou-lhe outros livros sobre o tema e conta-lhe tudo o que sempre quis saber sobre sexo mas tinha receio de perguntar (vá, nem tudo, mas uma boa parte).
Notícias surpreendentes
Vamos começar pelo nosso orgulho: Portugal voltou a ganhar nos óscares do turismo, premiando o requinte de 11 hotéis e resorts, com vistas desafogadas sobre mares e rias. A Ana Cristina Marques, com uma boa dose de curiosidade, foi espreitar quais são para lhe mostrar tudo, não vá dar-se o caso de ter um fim de semana à mão para ir aproveitar.
Se passa um dia inteiro a organizar "um horário" de trabalho antes de atacar uma tarefa, este artigo é para si: Afinal, é por sermos perfeccionistas que não procrastinamos.
Também de olho no quotidiano, apareceu um livro que diz que lhe pode salvar a vida. Chama-se "O Pior Cenário Possível" e é um manual de sobrevivência para situações do dia a dia. Exemplos: não ter papel higiénico numa casa de banho pública, ficar preso num sofá-cama ou soluços incuráveis. Não consta, porém, que tenha conselhos para aguentar uma campanha eleitoral.
Para o caminho, deixo-lhe já as nossas sugestões para a rentrée cultural: já temos publicadas as séries que aí vêm, também os filmes que não pode perder e os livros e concertos que estão a chegar às estantes e palcos do país. Dá para abrir o apetite, porque ainda há mais para hoje.
Por ora deixo-o, na certeza de que voltaremos a encontrar-nos ao longo do dia. O Observador está aqui pronto para o receber, a qualquer hora, onde quer que esteja.
Um dia feliz!
Até já!
P.S. Hoje temos um novo reforço, aqui no Observador: o Luís Rosa, ex-diretor do i, junta-se a nós com a missão de acompanhar, noticiar e desenvolver os casos de Justiça mais importantes. É caso para dizer que chegou mesmo a tempo. Daqui a poucas semanas teremos por cá também o Miguel Pinheiro, que ficará encarregue de reforçar a nossa secção de Cultura. Aos dois fica a minha certeza de que o Observador será, com eles, ainda melhor. Para si, claro.
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ANTÓNIO FONSECA
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