quinta-feira, 3 de setembro de 2015

OBSERVADOR - 3 DE SETEMBRO DE 2015

 

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia 

Os jornais de todo o mundo imprimiam capas com a mesma foto. Aquela foto chocante, de fazer cair as nossas lágrimas, de uma criança síria, de três anos, morta numa praia da Turquia depois de uma tentativa falhada de chegar ao sonho europeu. Essa criança tem um nome, uma origem, uma história que já é conhecida. E é essa história que os media e a sociedade civil estão a mostrar os líderes europeus que a política serve para salvar vidas - sobretudo as que nos procuram em desespero. Algumas dessas capas e desses títulos estão aqui registados.

Aqui no Observador, preparámos-lhe ainda um texto explicando esta Desunião Europeia que tem de ser ultrapassada; também lhe contamos a última campanha da Hungria ameaçando os refugiados com penas pesadas; a história dos refugiados em Budapeste contada por um turista inglês, que nos mandou fotos e contou o que viu; mas também a comovente história uma pequena cidade alemã recebeu um grupo de refugiados que lá chegou (uma coisa que nos dá esperança).

Ontem, em Lisboa, com críticas acesas vindas da esquerda, Passos Coelho mostrou-se já disposto a acolher mais refugiados, dizendo que a Europa vai ter de rever as suas decisões sobre o assunto. Tanto quanto conta o Económico hoje, há uma reunião na segunda-feira para decidir o plano português. Em paralelo, há um grupo de portugueses a organizar todos os que se disponibilizam para ajudar no acolhimento, notícia de hoje do Público.

As outras novidades da manhã No caso Sócrates: Joaquim Barroca, um dos donos do Grupo Lena, diz ter sido “instrumentalizado” por Carlos Santos Silva, o empresário amigo do ex-primeiro-ministro. Admite ter assinado declarações em branco para a realização de transferências a débito da sua conta e garante que desconhecia que as suas contas na Suíça tinham servido para passar milhões a José Sócrates. A história é contada pela revista Sábado, que teve acesso ao despacho judicial onde conta o interrogatório feito a Joaquim Barroca.

No Novo Banco: dizem o DN e o Económico que a Fosun está a resistir à pressão do Banco de Portugal para subir a sua proposta - admitindo sim avançar para uma compra parcial. O Correio da Manhã diz, por outro lado, que o grupo chinês se diz disposto a pagar o papel comercial em dívida. O melhor, tendo em conta o histórico de notícias, é manter o olho bem aberto.
Olhando de fora, o Financial Times mostra-se pouco crente que este negócio se concretize. E o Negócios ainda acrescenta que há mais perdas a registar nas contas do banco deste ano, ainda da 'herança' de Salgado.

Quanto ao Barclays, já vendeu por 100 milhões o negócio em Portugal.

Ontem, o Estado fez uma emissão (sindicada) de dívida, que lhe permitiu garantir 90% do financiamento necessário para este ano e para o início do próximo...

E viu bons indicadores nos níveis de consumo nos supermercados, que se aproximam muito dos níveis registados antes da crise, como anota hoje o Público.

O Governo diz que o parecer que recomenda uma menor quota de pesca de sardinha em Portugal no próximo ano “não deverá ser seguido”, mas não garante que a quota não diminua para o ano.

Boas notícias na luta contra a Sida: o medicamento que pretende prevenir o HIV está a ter bons resultados, nos testes que têm sido feitos.
E a campanha? 
Seguiu caminho com um discurso de Passos e outro de Paulo Portas, que se pode sintetizar na frase "mais vale um pássaro na mão do que dois a voar". O apelo foi direitinho à classe média, muito pressionada pelas medidas tomadas à altura da troika.

A coligação vai ter de estar muito atenta a uma apresentação de um livro, que juntará Manuela Ferreira Leite e Mário Centeno - o homem das contas do PS.

Soubemos, pelo meio, que as eleições foram precisamente o motivo para a demissão do direto da agência Lusa...

E que o debate televisivo entre Jerónimo de Sousa e Catarina Martins só foi visto por 115 mil pessoas - o que só surpreende quem não seguiu o tom morno e de tempo de antena com que este decorreu.

O que há de novo são as queixas que têm chegado à Comissão de Proteção de Dados, sobretudo pelo uso de bases de dados de mails (sem autorização) que está a deixar irritada muito boa gente.
Os nossos Especiais
Manuais escolares: correr meio mundo para não ter de os comprar. É preciso disciplina, é preciso muito cuidado com os livros escolares durante o ano, para que eles possam ser aproveitados no ano seguinte. Há famílias que não desistem de encontrar esses livros, já usados mas não estragados. E poupam centenas de euros em manuais escolares. Onde é que os encontram? Até em floristas ou mercearias, conta-nos o Tiago Palma, que aqui deixa a reportagem, a polémica - e uma lista útil dos locais onde podemos encontrar manuais em 2ª mão.

Foi a 3 de Setembro de 1941 que aconteceram os primeiros gaseamentos de prisioneiros em Auschwitz. Aqui, em A experiência de Auschwitz, o António Araújo descreve-nos uma exposição muito especial, em Cracóvia, que retoma o debate sobre a "indústria do Holocausto". Leitura obrigatória, num tempo em que a Europa volta a ser desafiada na sua consciência, embora por motivos diferentes.

21 coisas que já aprendemos com a crise na Grécia. Com os gregos a voltarem às urnas daqui a 17 dias para eleger novo governo, o banco holandês ING quis enumerar 21 lições que já pudemos tirar desta saga. O Edgar Caetano recuperou-as em fotos, numa história que - avaliando pelas sondagens publicadas nas últimas horas - ainda terá mais fita para usar.
Notícias surpreendentes
Já que falamos em fotos, uma pergunta: já pensou o que fazer com as centenas de fotografias que tirou nas férias? Pois bem, foi a pensar nisso que lhe deixamos este curto guia prático, just in case.

Ainda em maré de recomendações, aqui está uma à medida de quem está de neura no trabalho (não se envergonhe, depois das férias ninguém leva a mal). Vá pela Ana Dias Ferreira: ela diz que está a precisar de animar a sua secretária e que estas 25 sugestões podem ajudar.

Para sorrir, vale a pena conhecer o edifício que esta noite foi 'premiado' como o mais feio do Reino Unido.

Agora para as noites que se seguem, três ideias (que são mais do que três):
Hoje fecho assim o 360º, cheio de ideias para o animar - porque é preciso ter fé de que não vamos ver mais imagens destas e todos farão o que devem fazer.

O Observador fica por aqui, sempre atento, à sua disposição.
A si, só lhe desejo um dia produtivo e feliz. Sim, feliz.
 
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ANTÓNIO FONSECA

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