Até onde vai o umbigo
Relatos de uma viagem ao fundo da questão
Porto de Partida
Porto diz tanto. Tem o norte na voz e o brejeiro no coração. Tem alma física e corpo robusto. Tem gentes. Gentes que fizeram das tripas coração e outros tantos feijoada.
Porto não é tanto. Não tem bica nem o castiço de Lisboa, nem tão pouco canta fado na Madragoa. Porto tem alapanço nas tascas, morfanhanço nas esquinas e tansos a ver.
Porto namora tanto. Bate um couro na Ribeira e pica o ponto na Foz.
Porto trabalha tanto. Berga a mola quando pode e laureia a pevide quando quer.
Porto é tanto. É genuinamente azeiteiro e respeitosamente sabido. Tem lorpas e morcões, zoadas e alarido e outros que andam de cu tremido.
Porto come tanto. Tem “espanholas” e “francesas”, boas como o milho. Regam-se de finos e traçados e fazem-te um empecilho.
Porto faz tanto. Axantra a mula com uma lapada nas bentas, faz piar baixinho a matilha e sossega a sapatilha.
Porto festeja tanto. Tem um São João que acaba com Santo António e põe um São Pedro que não começou a se acabar. Tem pipas nos rabelos e balões para apalpar.
Porto sofre tanto. Ouga por não ter mão nela e dá-lhe o fanico quando chamam tampa ao testo da panela.
Porto vê tanto. Cresce e aparece. Ao cegueta? Andor bioleta!
Porto é Porto. Tem porro e tem alho e outros que tais que manda para o… frangalho!
Porto é Portugal. Tem esperança na chegada e saudade na partida.
É este o “meu” Porto, aquele que ensina o bairrismo sem nunca o ter percebido.
Porto não é tanto. Não tem bica nem o castiço de Lisboa, nem tão pouco canta fado na Madragoa. Porto tem alapanço nas tascas, morfanhanço nas esquinas e tansos a ver.
Porto namora tanto. Bate um couro na Ribeira e pica o ponto na Foz.
Porto trabalha tanto. Berga a mola quando pode e laureia a pevide quando quer.
Porto é tanto. É genuinamente azeiteiro e respeitosamente sabido. Tem lorpas e morcões, zoadas e alarido e outros que andam de cu tremido.
Porto come tanto. Tem “espanholas” e “francesas”, boas como o milho. Regam-se de finos e traçados e fazem-te um empecilho.
Porto faz tanto. Axantra a mula com uma lapada nas bentas, faz piar baixinho a matilha e sossega a sapatilha.
Porto festeja tanto. Tem um São João que acaba com Santo António e põe um São Pedro que não começou a se acabar. Tem pipas nos rabelos e balões para apalpar.
Porto sofre tanto. Ouga por não ter mão nela e dá-lhe o fanico quando chamam tampa ao testo da panela.
Porto vê tanto. Cresce e aparece. Ao cegueta? Andor bioleta!
Porto é Porto. Tem porro e tem alho e outros que tais que manda para o… frangalho!
Porto é Portugal. Tem esperança na chegada e saudade na partida.
É este o “meu” Porto, aquele que ensina o bairrismo sem nunca o ter percebido.
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