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Enquanto dormia
A situação continua tensa no leste da Ucrânia, com os jornalistas a darem conta de tiros disparados em Donestk e Mariupol - numa clara violação do cessar-fogo. Do Reino Unido veio um aviso da Câmara dos Lordes: a diplomacia europeia está a dar sinais de "sonambulismo" na gestão da crise ucraniana (uma expressão que nos atira para os momentos que antecederam a I Grande Guerra).
A Austrália preparou-se para um ciclone de escala máxima, previsto atingir o nordeste do país esta manhã. As autoridades alertaram as pessoas para se preparem para uma experiência “angustiante e assustadora” - embora as primeiras notícias sejamum pouco menos violentas do que se esperava.
Informação relevanteCom o Eurogrupo prestes a começar, o debate quinzenal desta manhã (mais um liveblog para seguir no Observador) vai necessariamente passar pelo futuro da Grécia. Como ponto de partida, deixo-lhe este texto, que nos mostra como alguns gregos que residem por cá estão a olhar para Alexis Tsipras, algures entre o "louco" e o "herói".
Ontem à noite, Paulo Portas mostrou não estar em sintonia com as críticas de Marques Guedes, em nome do Governo, às polémicas declarações de Jean-Claude Juncker a propósito do papel da troika e a "humilhação" dos países assistidos.
Quanto ao futuro, porém, Passos e Portas parecem abrir caminho a uma reedição da coligação. O líder do PSD deu o tiro de partida para as negociações, mesmo sem falar delas: "Seria um disparate muito grande não fazer de tudo para continuar a estabilidade política".
Ainda no plano político, Manuela Ferreira Leite confirmou na TVI24 aquilo que antevimos aqui no Observador: abriu um tabu sobre uma possível candidatura presidencial em 2016. Mais um nome para uma longa lista que, a avaliar pelo que diz o semanário Sol, colhe mais apoios na ala esquerda do PS do que o de... António Vitorino.
Ontem, Governo e PS confirmaram um acordo sobre as novas leis de combate ao terrorismo, com os socialistas a falar de"uma estratégia de todos os portugueses" e a destacar os seus contributos. A partir daqui, quem tentar viajar para se juntar a uma organização terrorista terá pena de prisão até cinco anos - notícia que o Observador deu esta noite.
No caso BES, há duas notícias a ter em conta: a guerra (agora pública) entre Banco de Portugal e a CMVM sobre quem tem a responsabilidade de resolver o caso dos clientes com papel comercial do GES; e a guerra política que se abriu... na Nova Zelândia pelo investimento perdido pelo fundo de pensões daquele país com a queda do BES.
Um pulo à OPA sobre o BPI para lhe falar do outro tabu da semana: o de Isabel dos Santos, sobre o sentido do seu voto nesta operação. A Ana Suspiro pôs-se a fazer contas aos ganhos potenciais da empresária angolana e explica aqui as hipóteses que condicionam o sucesso da oferta espanhola.
O Público, pelo meio, garante que o silêncio de Isabel dos Santos sinaliza o seu desconforto com a OPA, enquanto o Dinheiro Vivo torna mais apetitosa a história, contando que a CaixaBank pode apostar noutro banco português se a OPA falhar.
Já agora um ponto paralelo, contado pelo Económico: Enquanto estiver sob OPA, BPI não pode fazer oferta vinculativa pelo Novo Banco. Um ponto a reter.
Dos jornais da manhã, há mais um par de novidades a reter:
Os nossos especiaisLembra-se deste Sócrates? Foi há dez anos, lembra o Miguel Santos, neste Especial onde recuperou aqueles dias em que o então "menino de ouro do PS" conquistou a maioria absoluta, única da história do partido. Aqui conta-se, portanto, o Sócrates de antes da crise financeira, aquele cujo primeiro discurso prometia “rigor, transparência e verdade” nas contas públicas.
Quanto vale a cabeça de um cartoonista? "O mercado andava letárgico há muitos anos, mas as cotações voltaram a estar em alta – ser cartoonista voltou a ser uma profissão de risco", diz-nos o José Carlos Fernandes, na semana em que foram disparados novos tiros contra Lars Vilks em Copenhaga (e pouco mais de um mês depois dos atentados de Paris). Aqui conta-se a já longa e viva história desta memorável arte.
Notícias surpreendentesÉ uma homenagem - e das mais belas que se podem fazer: Mihaela anda pelo mundo a traçar um Atlas da Beleza, fixando os rostos e as expressões de mulheres das mais diferentes culturas. São imagens lindas, simples e sem cosméticas, que nos contam histórias não menos belas.
Não será a mais feliz das histórias, mas é certamente das mais comoventes: Aos 81 anos, Oliver Sacks, neurologista e escritor, descobriu que tinha apenas alguns meses de vida. Agora, está a contar ao mundo porque não desistiu de viver, como não desistiu há nove anos, quando o médico lhe disse mais ou menos a mesma coisa. “Acima de tudo, tenho sido um ser consciente, um animal pensante, neste planeta belo e isso por si só tem sido uma enorme aventura e privilégio”.
Aventura e privilégio, exatamente isso. Conto-lhe mais duas histórias que o provam:
Ou, simplesmente, quando esperamos pelo Óscares deste domingo, pensando no que podemos esperar de Neil Patrick Harris, o primeiro apresentador da cerimónia assumidamente gay. Uma aposta? "It's gonna be legen... wait for it... dary".
Que tenha um dia ótimo, que consiga sorrir, que descanse e se divirta no fim de semana. Já agora, que nos vá seguindo, aqui no Observador, nestes dias intensos e tão importantes para todos nós.
Até já!
É mais um dia D para o novo Governo grego: depois de ter feito uma aproximação às exigências do Eurogrupo para conseguir o prolongamento do empréstimo por seis meses, Alexis Tsipras ouviu um "nein" bem vincado de Berlim - e viu ainda na imprensa um guião que o Governo de Merkel distribuiu aos seus deputados explicando que o pedido grego não passa de um "cavalo de Troia" que pretende pôr fim ao atual programa.
Alexis Tsipras e Angela Merkel estiveram ontem 50 minutos ao telefone, à procura de uma solução "mutuamente benéfica". Hoje à tarde saberemos se há, ou não, fumo branco (e azul). Da nossa parte, conte com um liveblog ativo a partir desta manhã, para seguir tudo ao minuto.A situação continua tensa no leste da Ucrânia, com os jornalistas a darem conta de tiros disparados em Donestk e Mariupol - numa clara violação do cessar-fogo. Do Reino Unido veio um aviso da Câmara dos Lordes: a diplomacia europeia está a dar sinais de "sonambulismo" na gestão da crise ucraniana (uma expressão que nos atira para os momentos que antecederam a I Grande Guerra).
A Austrália preparou-se para um ciclone de escala máxima, previsto atingir o nordeste do país esta manhã. As autoridades alertaram as pessoas para se preparem para uma experiência “angustiante e assustadora” - embora as primeiras notícias sejamum pouco menos violentas do que se esperava.
Informação relevanteCom o Eurogrupo prestes a começar, o debate quinzenal desta manhã (mais um liveblog para seguir no Observador) vai necessariamente passar pelo futuro da Grécia. Como ponto de partida, deixo-lhe este texto, que nos mostra como alguns gregos que residem por cá estão a olhar para Alexis Tsipras, algures entre o "louco" e o "herói".
Ontem à noite, Paulo Portas mostrou não estar em sintonia com as críticas de Marques Guedes, em nome do Governo, às polémicas declarações de Jean-Claude Juncker a propósito do papel da troika e a "humilhação" dos países assistidos.
Quanto ao futuro, porém, Passos e Portas parecem abrir caminho a uma reedição da coligação. O líder do PSD deu o tiro de partida para as negociações, mesmo sem falar delas: "Seria um disparate muito grande não fazer de tudo para continuar a estabilidade política".
Ainda no plano político, Manuela Ferreira Leite confirmou na TVI24 aquilo que antevimos aqui no Observador: abriu um tabu sobre uma possível candidatura presidencial em 2016. Mais um nome para uma longa lista que, a avaliar pelo que diz o semanário Sol, colhe mais apoios na ala esquerda do PS do que o de... António Vitorino.
Ontem, Governo e PS confirmaram um acordo sobre as novas leis de combate ao terrorismo, com os socialistas a falar de"uma estratégia de todos os portugueses" e a destacar os seus contributos. A partir daqui, quem tentar viajar para se juntar a uma organização terrorista terá pena de prisão até cinco anos - notícia que o Observador deu esta noite.
No caso BES, há duas notícias a ter em conta: a guerra (agora pública) entre Banco de Portugal e a CMVM sobre quem tem a responsabilidade de resolver o caso dos clientes com papel comercial do GES; e a guerra política que se abriu... na Nova Zelândia pelo investimento perdido pelo fundo de pensões daquele país com a queda do BES.
Um pulo à OPA sobre o BPI para lhe falar do outro tabu da semana: o de Isabel dos Santos, sobre o sentido do seu voto nesta operação. A Ana Suspiro pôs-se a fazer contas aos ganhos potenciais da empresária angolana e explica aqui as hipóteses que condicionam o sucesso da oferta espanhola.
O Público, pelo meio, garante que o silêncio de Isabel dos Santos sinaliza o seu desconforto com a OPA, enquanto o Dinheiro Vivo torna mais apetitosa a história, contando que a CaixaBank pode apostar noutro banco português se a OPA falhar.
Já agora um ponto paralelo, contado pelo Económico: Enquanto estiver sob OPA, BPI não pode fazer oferta vinculativa pelo Novo Banco. Um ponto a reter.
Dos jornais da manhã, há mais um par de novidades a reter:
- Os números finais das irregularidades encontradas pela Administração Tributária, relativos a 2014, onde 235 mil empresas foram obrigadas a regularizar a sua situação fiscal(via Económico).
- Os problemas no Hospital Garcia de Orta, que está sem serviço de radiologia toda a noite, devido à falta de pessoal médico (via DN).
Os nossos especiaisLembra-se deste Sócrates? Foi há dez anos, lembra o Miguel Santos, neste Especial onde recuperou aqueles dias em que o então "menino de ouro do PS" conquistou a maioria absoluta, única da história do partido. Aqui conta-se, portanto, o Sócrates de antes da crise financeira, aquele cujo primeiro discurso prometia “rigor, transparência e verdade” nas contas públicas.
Quanto vale a cabeça de um cartoonista? "O mercado andava letárgico há muitos anos, mas as cotações voltaram a estar em alta – ser cartoonista voltou a ser uma profissão de risco", diz-nos o José Carlos Fernandes, na semana em que foram disparados novos tiros contra Lars Vilks em Copenhaga (e pouco mais de um mês depois dos atentados de Paris). Aqui conta-se a já longa e viva história desta memorável arte.
Notícias surpreendentesÉ uma homenagem - e das mais belas que se podem fazer: Mihaela anda pelo mundo a traçar um Atlas da Beleza, fixando os rostos e as expressões de mulheres das mais diferentes culturas. São imagens lindas, simples e sem cosméticas, que nos contam histórias não menos belas.
Não será a mais feliz das histórias, mas é certamente das mais comoventes: Aos 81 anos, Oliver Sacks, neurologista e escritor, descobriu que tinha apenas alguns meses de vida. Agora, está a contar ao mundo porque não desistiu de viver, como não desistiu há nove anos, quando o médico lhe disse mais ou menos a mesma coisa. “Acima de tudo, tenho sido um ser consciente, um animal pensante, neste planeta belo e isso por si só tem sido uma enorme aventura e privilégio”.
Aventura e privilégio, exatamente isso. Conto-lhe mais duas histórias que o provam:
- a deste grupo de investigadores que conseguiu resultados promissores na prevenção da infeção pelo vírus VIH (que nos levou a ouvir alguns especialistas sobre as promessas e limitações nesta investigação);
- E a das quatro investigações tecnológicas que mais podem determinar o nosso futuro coletivo.
Ou, simplesmente, quando esperamos pelo Óscares deste domingo, pensando no que podemos esperar de Neil Patrick Harris, o primeiro apresentador da cerimónia assumidamente gay. Uma aposta? "It's gonna be legen... wait for it... dary".
Que tenha um dia ótimo, que consiga sorrir, que descanse e se divirta no fim de semana. Já agora, que nos vá seguindo, aqui no Observador, nestes dias intensos e tão importantes para todos nós.
Até já!
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ANTÓNIO FONSECA
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