Diário de Notícias
A iniciativa é de um grupo de cidadãos espanhóis: querem que os dois países caminhem juntos, o que é diferente de os fundir.
Um grupo de habitantes da localidade espanhola de Puertollano (Castela-Mancha, centro) anunciou a constituição do Partido Ibérico, que defende a união de Espanha e Portugal em projetos comuns, noticiou hoje a agência espanhola EFE.
Também designado pelo acrónimo 'Iber', o partido foi inscrito no Ministério do Interior a 17 de dezembro, disse à agência o principal impulsionador do partido, o ex-autarca socialista Casimiro Sánchez Calderón, que abandonou o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) em 2014, depois de 45 anos de militância.
O partido parte da ideia "utópica e talvez absurda" de unir os dois países ibéricos, explicou, numa união que "não parte dos reinos, mas do sentimento de unidade dos cidadãos".
"Não se trata de fundir Espanha e Portugal, mas de caminharmos juntos", acrescentou.
Em Portugal o partido ainda não foi constituído legalmente, o que exige 7.000 assinaturas, mas responsáveis do Iber estão à procura de alianças com "dirigentes progressistas" de Portugal e também das regiões espanholas de Castela e Leão e da Galiza.
Em Espanha, disse Sánchez Calderón, o Iber pretende apresentar-se às próximas eleições com programas e projetos "que beneficiem os dois países".
O ex-autarca é o único membro da direção da nova formação ligado à política, sendo os restantes pessoas ligadas ao mundo sindical ou que "viveram intensamente a transição democrática", disse.
Segundo Sánchez Calderón, o objetivo "é trazer um grão de areia ao panorama político espanhol, reconhecendo tudo o que foi feito de bom, mas também trazendo ideias novas com o consenso e a unidade como princípio base para abraçarmos juntos o futuro de toda a península".
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Meu comentário:
Será que daria resultado a fundação de um partido para juntar PORTUGAL e ESPANHA para caminhar juntos na Europa, embora independentes? Talvez sim, talvez não... Seria uma experiência... Quem sabe? De qualquer modo, creio que isto não avançará muito facilmente, muito menos, ainda no meu tempo.
ANTÓNIO FONSECA
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