360º
360º
Enquanto dormiaBarack Obama demorou uma hora no tradicional discurso doEstado da União, pedindo novos poderes para combater o Estado Islâmico, misturando numa única frase as palavras "diplomacia" e "força". Elogiou também a recuperação da economia americana, fazendo dela rampa de lançamento para uma política mais redistributiva: “We have risen from recession freer to write our own future than any other nation on Earth.” Se dormiu bem esta noite e não ouviu, aqui está um bom resumo desta intervenção.
Na Rússia, um filme que é candidato aos óscares está a aquecer os ânimos no Kremlin. Chama-se Leviatán e retrata a impotência perante a corrupção e aos abusos de poder no país. O ministro dos Negócios Estrangeiros fala de "nonsense" e de alguém que explora os preconceitos ocidentais anti-russos, "com o objetivo de ganhar prémios no Ocidente".
Informação relevanteAfinal, a CMVM exigiu mesmo que a PT dê mais informação aos acionistas na assembleia-geral da empresa, marcada para amanhã, nomeadamente sobre quem foi responsável pelo investimento na RioForte - e a administração da empresa respondeu com um comunicado, garantindo que esse tema não consta da agenda e que a reunião se vai manter.
A tensão com a administração atinge um novo patamar, sobretudo depois de o presidente da PwC ter confirmado no Parlamento quefoi por ordem da PT que foram escondidas as responsabilidadespor este caso. Pelo meio, a Oi acusou Henrique Granadeiro de prestar informação falsa ao regulador e aos acionistas e o presidente da assembleia-geral voltou a defender o fim da fusãocom a brasileira.
O ministro Pires de Lima entrou também na polémica, com algumas farpas com alvo preciso: "A PT Portugal merece ter acionistas que valorizem e lhe deem estabilidade quanto antes”.
Recomendo-lhe, portanto, atenção a este caso, que terá seguramente desenvolvimentos importantes nas próximas horas.
Num plano paralelo, o Económico noticia hoje que o Banco de Portugal criou uma comissão para apurar eventuais falhas na supervisão do BES. Um dos pontos sensíveis será relativo ao que se passou com os 5,7 mil milhões de dólares incobráveis de Angola, tema que mereceu uma acesa troca de correspondência entre o banco central e a KPLG já em junho de 2014, como hoje noticia o Público.
As conclusões estão previstas para abril, ainda antes da venda do Novo Banco. Ontem, o Santander - um dos principais interessados - veio alertar que só avança com uma proposta forte se for dadauma garantia contra possíveis riscos de litigância, provocados pela resolção do BES.
Já lhe chamam a guerra dos sacos de plástico: o Ministério do Ambiente acusou algumas empresas da distribuição de comprar grandes quantidades de sacos antes da lei entrar em vigor, impedindo o escoamento do stock e ameaçando atrasar o pagamento de 10 cêntimos por cada saco. O Governo quer, agora, que esses sacos sejam devolvidos.
Na Saúde, Governo e Direção Geral saíram ontem em coro contra os "alarmismos" face às mortes nas urgências ou aos casos de gripe que se têm multiplicado com o frio. O Ministério quercontratar mais mil enfermeiros e médicos reformados, reforçar a triagem nos hospitais, reabrir camas e enviar doentes para as urgências privadas (opção criticada pelo PS). O DN de hoje acrescenta que os médicos não vão poder tirar férias no Carnaval, até que estejam bem definidas as escalas de funcionamento.
Na política, destaco-lhe a entrevista que a Maria João Avillez fez a um dos economistas que está a aconselhar António Costa, líder do PS. Manuel Caldeira Cabral diz que a política do PS será "só ligeiramente diferente - mas essa diferença é importante", fala também de uma nova fase na UE e perspetiva poucas (mas algumas) mudanças com uma possível vitória do Syriza na Grécia. A ler, para perceber e começar a definir posições.
Nem de propósito, no Diário Económico lê-se uma carta deAntónio Costa, líder socialista, garantindo que a sua interpretação das novas regras (interpretativas) do Pacto de Estabilidade é de que a flexibilidade se aplica a todos. Em "O novo pacto, explicado aos nativos", o subdiretor Bruno Faria Lopes responde assim: "O Pacto de Estabilidade e Crescimento agora é menos disciplinador e mais amigo dos estímulos rápidos e indolores à economia portuguesa. Certo? Acredita quem quiser, mas estará por sua conta e risco."
Hoje, na Assembleia da República, os deputados voltam a discutir a adoção por homossexuais, com um chumbo quase garantido aos projetos da esquerda. Em paralelo, o Governo recebe os partidos da oposição, para discutir as leis contra o terrorismo que está a preparar.
Os nossos especiaisComo é que a Grécia chegou até aqui? Ao invés de fazer um longo texto, o Nuno Martins escolheu contar a história da crise grega em 75 momentos fotográficos, partindo de 20 de fevereiro de 2008, quando o banco central de Atenas fez os primeiros avisos ao Governo do país. É fácil de ler, às vezes surpreendente - e muito, muito instrutivo.
Daqui até domingo, dia das eleições, outros trabalhos se seguirão, aqui no Observador.
Afinal, o que se passa no Iémen - é o nosso Explicador sobre a situação no país por onde passaram os responsáveis pelo atentado ao Charlie Hebdo. A situação no Iémen voltou a piorar nos últimos dias e justifica uma atenção particular, tendo em conta a forte presença da Al-Qaeda no território.
Por cá, e porque a corrida das presidenciais já começou - mas não tem de ser chata e previsível -, a Andreia Reisinho Costa fez-lhe esta animação que sintetiza na perfeição o que pode vir aí. Take a look.
Notícias surpreendentesUm aviso de amigo: Se usar alguma destas 25 palavras-passe, talvez seja hora de mudar: esta é a lista das mais usadas de 2014. E é tão previsível que deixou em pânico os especialistas em segurança informática.
Hoje é dia M, de Microsoft. A empresa americana apresenta oWindows 10, tentativa decisiva para recuperar terreno à Google e à Apple depois de enorme queda dos últimos anos: Há uma década representava 90% das máquinas ligadas à internet, hoje corre em apenas 15%.
Pode encontrar aqui o que já sabemos sobre o que aí vem - e esperar por mais logo para saber no Observador o que ainda está escondido.
Despeço-me, por hoje, esperando que não lhe aconteça nada de minimamente parecido com isto - e que, pelo contrário, o trabalho dê frutos tão bons como estes.
Se precisar de inspiração, talvez este Sinatra pela voz de Dylanajude.
Como sempre, o Observador estará por aqui, atento às notícias do dia, pronto a atualizá-lo. Sempre com um sorriso e a puxar pelo melhor que temos.
Até já!
O líder do Boko Haram reivindicou a autoria do ataque massivo na cidade nigeriana de Baga, e ameaçou os Estados vizinhos, Níger, Chade e Camarões, num vídeo colocado na internet na terça-feira. “Matámos as pessoas de Baga. Matámo-las como o nosso Senhor nos instruiu no Seu Livro”, afirmou Shekau, durante um discurso de 35 minutos colocado no Youtube.
No plano financeiro há notícias de uma subida da tensão, a um dia do anúncio do plano do BCE de compra de dívida pública. Há notícias de divisões no banco central e entre os principais analistas, mas também de uma corrida à compra de dívida espanhola emitida ontem, antecipando uma nova baixa dos juros na periferia.Na Rússia, um filme que é candidato aos óscares está a aquecer os ânimos no Kremlin. Chama-se Leviatán e retrata a impotência perante a corrupção e aos abusos de poder no país. O ministro dos Negócios Estrangeiros fala de "nonsense" e de alguém que explora os preconceitos ocidentais anti-russos, "com o objetivo de ganhar prémios no Ocidente".
Informação relevanteAfinal, a CMVM exigiu mesmo que a PT dê mais informação aos acionistas na assembleia-geral da empresa, marcada para amanhã, nomeadamente sobre quem foi responsável pelo investimento na RioForte - e a administração da empresa respondeu com um comunicado, garantindo que esse tema não consta da agenda e que a reunião se vai manter.
A tensão com a administração atinge um novo patamar, sobretudo depois de o presidente da PwC ter confirmado no Parlamento quefoi por ordem da PT que foram escondidas as responsabilidadespor este caso. Pelo meio, a Oi acusou Henrique Granadeiro de prestar informação falsa ao regulador e aos acionistas e o presidente da assembleia-geral voltou a defender o fim da fusãocom a brasileira.
O ministro Pires de Lima entrou também na polémica, com algumas farpas com alvo preciso: "A PT Portugal merece ter acionistas que valorizem e lhe deem estabilidade quanto antes”.
Recomendo-lhe, portanto, atenção a este caso, que terá seguramente desenvolvimentos importantes nas próximas horas.
Num plano paralelo, o Económico noticia hoje que o Banco de Portugal criou uma comissão para apurar eventuais falhas na supervisão do BES. Um dos pontos sensíveis será relativo ao que se passou com os 5,7 mil milhões de dólares incobráveis de Angola, tema que mereceu uma acesa troca de correspondência entre o banco central e a KPLG já em junho de 2014, como hoje noticia o Público.
As conclusões estão previstas para abril, ainda antes da venda do Novo Banco. Ontem, o Santander - um dos principais interessados - veio alertar que só avança com uma proposta forte se for dadauma garantia contra possíveis riscos de litigância, provocados pela resolção do BES.
Já lhe chamam a guerra dos sacos de plástico: o Ministério do Ambiente acusou algumas empresas da distribuição de comprar grandes quantidades de sacos antes da lei entrar em vigor, impedindo o escoamento do stock e ameaçando atrasar o pagamento de 10 cêntimos por cada saco. O Governo quer, agora, que esses sacos sejam devolvidos.
Na Saúde, Governo e Direção Geral saíram ontem em coro contra os "alarmismos" face às mortes nas urgências ou aos casos de gripe que se têm multiplicado com o frio. O Ministério quercontratar mais mil enfermeiros e médicos reformados, reforçar a triagem nos hospitais, reabrir camas e enviar doentes para as urgências privadas (opção criticada pelo PS). O DN de hoje acrescenta que os médicos não vão poder tirar férias no Carnaval, até que estejam bem definidas as escalas de funcionamento.
Na política, destaco-lhe a entrevista que a Maria João Avillez fez a um dos economistas que está a aconselhar António Costa, líder do PS. Manuel Caldeira Cabral diz que a política do PS será "só ligeiramente diferente - mas essa diferença é importante", fala também de uma nova fase na UE e perspetiva poucas (mas algumas) mudanças com uma possível vitória do Syriza na Grécia. A ler, para perceber e começar a definir posições.
Nem de propósito, no Diário Económico lê-se uma carta deAntónio Costa, líder socialista, garantindo que a sua interpretação das novas regras (interpretativas) do Pacto de Estabilidade é de que a flexibilidade se aplica a todos. Em "O novo pacto, explicado aos nativos", o subdiretor Bruno Faria Lopes responde assim: "O Pacto de Estabilidade e Crescimento agora é menos disciplinador e mais amigo dos estímulos rápidos e indolores à economia portuguesa. Certo? Acredita quem quiser, mas estará por sua conta e risco."
Hoje, na Assembleia da República, os deputados voltam a discutir a adoção por homossexuais, com um chumbo quase garantido aos projetos da esquerda. Em paralelo, o Governo recebe os partidos da oposição, para discutir as leis contra o terrorismo que está a preparar.
Os nossos especiaisComo é que a Grécia chegou até aqui? Ao invés de fazer um longo texto, o Nuno Martins escolheu contar a história da crise grega em 75 momentos fotográficos, partindo de 20 de fevereiro de 2008, quando o banco central de Atenas fez os primeiros avisos ao Governo do país. É fácil de ler, às vezes surpreendente - e muito, muito instrutivo.
Daqui até domingo, dia das eleições, outros trabalhos se seguirão, aqui no Observador.
Afinal, o que se passa no Iémen - é o nosso Explicador sobre a situação no país por onde passaram os responsáveis pelo atentado ao Charlie Hebdo. A situação no Iémen voltou a piorar nos últimos dias e justifica uma atenção particular, tendo em conta a forte presença da Al-Qaeda no território.
Por cá, e porque a corrida das presidenciais já começou - mas não tem de ser chata e previsível -, a Andreia Reisinho Costa fez-lhe esta animação que sintetiza na perfeição o que pode vir aí. Take a look.
Notícias surpreendentesUm aviso de amigo: Se usar alguma destas 25 palavras-passe, talvez seja hora de mudar: esta é a lista das mais usadas de 2014. E é tão previsível que deixou em pânico os especialistas em segurança informática.
Hoje é dia M, de Microsoft. A empresa americana apresenta oWindows 10, tentativa decisiva para recuperar terreno à Google e à Apple depois de enorme queda dos últimos anos: Há uma década representava 90% das máquinas ligadas à internet, hoje corre em apenas 15%.
Pode encontrar aqui o que já sabemos sobre o que aí vem - e esperar por mais logo para saber no Observador o que ainda está escondido.
Despeço-me, por hoje, esperando que não lhe aconteça nada de minimamente parecido com isto - e que, pelo contrário, o trabalho dê frutos tão bons como estes.
Se precisar de inspiração, talvez este Sinatra pela voz de Dylanajude.
Como sempre, o Observador estará por aqui, atento às notícias do dia, pronto a atualizá-lo. Sempre com um sorriso e a puxar pelo melhor que temos.
Até já!
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Subscreva
as nossas Newsletters
©2014 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
Se pretende deixar de receber a Newsletter 360º clique aqui
Demasiadas newsletters? Pode anular a subscrição.
|
Sem comentários:
Enviar um comentário