sexta-feira, 1 de agosto de 2014

4 coisas cotidianas que nos deixam mais irritados do que deveriam - HYPE SCIENCE - 1 de Agosto de 2014

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4 coisas cotidianas que nos deixam mais irritados do que deveriam


Publicado em 31.07.2014
Há coisas que podemos odiar sem questionamentos, como mosquitos, baratas e pessoas que não prestam a atenção no que estamos falando porque não desgrudam do celular. No entanto, não só essas como muitas outras coisas cotidianas nos irritam – coisas essas que, se fossemos bons samaritanos, não deveriam nos irritar. Tipo:

4. Ciclistas

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Andar de bicicleta é demais. Ciclistas economizam muito dinheiro em combustível, se mantêm em forma e saudáveis, e ajudam o meio ambiente. Nada disso nos impede de O-D-I-A-R aquele ciclista na frente do nosso carro poluidor, endividante e que está contribuindo com a epidemia de obesidade global que não sai da nossa frente. Muitos chegam a buzinar, xingar ou quase atropelar esses pobres seres muito mais conscientes do que nós.
Brasil não é Amsterdã. A maioria dos ciclistas por aqui enfrentam muitas dificuldades. Em vez de uma infraestrutura que beneficie sua segurança, no geral as cidades têm uma ou outra ciclovia estreita separada da pista por uma linha fina de tinta e grudada em uma fileira de carros estacionados cujas portas podem se abrir a qualquer momento em suas caras.
Isso faz com que eles tenham que “atrapalhar” o trânsito. Não deveríamos estar bravos com eles, e sim com o governo.
Também há o fato de que, assim como existem motoristas descuidados, existem ciclistas descuidados. No entanto, normalmente temos mais raiva de ciclistas sem noção porque, em caso de acidente, mesmo que eles estejam errados, ainda teremos que conviver com o fato de termos machucado seriamente ou matado alguém (visto que estamos protegidos por uma armadura de metal enorme, enquanto os ciclistas só têm a roupa do corpo para evitar maiores danos). Razão egoísta, mas que não podemos evitar.

3. Bebês chorando

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Bebês são lindos, fofos, incríveis, amáveis… Até começarem a chorar. Especialmente em restaurantes, aviões, consultórios. O barulho é insuportável. Você espera que a mãe consiga calá-lo, mas isso geralmente não acontece. Você não pode simplesmente sair de um avião ou abandonar um prato de comida no meio. Nem a mãe com o bebê. Então, você enlouquece lentamente aturando aquele choro chatíssimo e não abre a boca para dizer que você gostaria de enfiar uma bola de tênis na boca da criança porque você não quer parecer o idiota que odeia bebês.
Mas não é culpa do bebê – ele chora porque precisa de alguma coisa e não pode falar. Também não é culpa sua ou da mãe que o choro irrita tanto. É culpa da evolução.
Faz sentido evolutivo que o choro do bebê chame nossa atenção. A humanidade não teria durado muito tempo se esquecêssemos nossos bebês atrás de tocos de árvores porque os seus gritos são tão quietos e discretos.
Se você escanear o cérebro de uma pessoa enquanto ela escuta um som gravado de um bebê chorando, verá que ele acende como uma fogueira. Adultos e cães chorando não afetam o nosso cérebro da mesma forma, e o choro de bebês tem esse efeito mesmo se você não for um pai ou uma mãe. Em outras palavras, os bebês humanos são deliberadamente “programados” para emitir o som mais angustiante e impossível de ignorar de todos os tempos, como uma estratégia de sobrevivência da espécie. Somos obrigados a prestar a atenção no bebê, e isso reduz muito as chances de ele morrer.

2. Pessoas que dirigem no limite de velocidade

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A placa diz “50 km/h”. Todo mundo na estrada está a mais do que isso, obviamente. Exceto o cara da sua frente, que está a 50 km/h e não passa nem 1 km/h a mais do limite, apesar do fato de que nem isso o levará a ser multado, devido ao que chamamos de “tolerância do radar” no que diz respeito ao excesso de velocidade. POR QUÊ, CÉUS, POR QUÊ?
Por questões de segurança, talvez? Ou porque é um entusiasta do cumprimento da lei? Uma boa pessoa, no geral? É, não adianta. Odiamos esses tipos mesmo assim, provavelmente porque nós não somos boas pessoas (pelo menos não quando estamos atrás do volante de um carro).
A tolerância existe para compensar erros de medição ou calibrações erradas de velocímetros, mas é claro que, para qualquer motorista, o limite dessa tolerância se torna o limite oficial. Se você está acostumado a interpretar 100 km/h como 110 km/h, qualquer um a 100 km/h vai irritá-lo profundamente.

1. Pessoas lentas em filas de supermercado

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Você está com apenas três itens na mão, e observa cuidadosamente todos os caixas do supermercado para escolher o mais vazio. Você entra atrás de uma pessoa que parece já estar acabando de passar seus produtos pelo atendente. Até que surge outra pessoa que estava junto com aquela, para adicionar mais itens à compra. Ou, então, o cartão de credito do cidadão é recusado 58 vezes. Ou, ainda, o caixa fica sem troco e precisa chamar o gerente. Também existe uma enorme possibilidade do cara que está na sua frente começar a brigar com o atendente, porque um produto apontou na tela do caixa um preço diferente do que a prateleira dizia. Enquanto isso, a senhora que chegou 20 minutos depois de você e entrou uma fila três vezes maior já está em casa, e você está sonhando em maneiras de assassinar a pessoa que está na sua frente.
Considere isso: se fosse você que estivesse reclamando do preço errado de um produto – você já não tem dinheiro, ainda querem cobrar errado? – e alguém reclamasse de você, seu primeiro pensamento seria: “que pessoa idiota!”, não?
Nós ficamos mais irritados do que deveríamos nessa situação não por causa do que está acontecendo com a pessoa na nossa frente, nem (geralmente) porque estamos com pressa; nós ficamos bravos, na maioria dos casos, porque odiamos ver que alguém que chegou depois saiu primeiro. Parece tão injusto!
Esta raiva inevitável é o motivo pelo qual alguns estabelecimentos já começaram a usar a fila única, que aliás é mais rápida. Todo mundo espera em uma longa fila que se abre para múltiplos caixas e, embora a pessoa da sua frente ainda possa tecnicamente retardar essa fila, pelo menos não é mais pessoal. [Cracked]


tem 24 anos, é jornalista, apaixonada por esportes, livros de suspense, séries de todos os tipos e doces de todos os gostos.

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