Caros Amigos:
Embora com um atraso de mais de oito dias, venho aqui dar notícia de uma viagem à Madeira e Porto Santo, que se realizou no período de 4 a 8 de Agosto em curso e em que eu tive a felicidade de participar junto com minha esposa, através da organização do jornal diocesano do Porto - Voz Portucalense - em colaboração com a Geostar, associando-se deste modo à comemoração dos 500 anos da Diocese do Funchal à frente da qual está actualmente o Senhor Bispo D. ANTÓNIO CARRILHO.
Participaram nesta viagem 21 pessoas incluindo o Director do Jornal Dr. MANUEL CORREIA FERNANDES e Pároco da Senhora do Porto e da Comunidade de São Paulo do Viso (a que eu pertenço). De notar que entre as pessoas participantes, encontrava-se a Drª MARIA DE LURDES CORREIA FERNANDES, irmã do Revº Pde Fernandes e Prof. da Fac. de Letras do Porto, que foi nomeada pelo Papa FRANCISCO, representante portuguesa no PONTIFÍCIO COMITATO DI SCIENZE STORICHE, que reune no Vaticano periodicamente e que dirige o Arquivo Vaticano e a Biblioteca Apostólica Vaticana.
Assim com esta excelente companhia, iniciamos esta viagem de 5 dias, comparecendo no dia 4, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro às 5h00 para sair cerca das 7H05 (com um pequeno atraso de 15 minutos mais ou menos) em direcção ao Funchal, onde chegamos por volta das 9H15 num voo da TAP. À nossa espera estava um autocarro com a guia SÓNIA e o motorista MARCO, que nos conduziram à Cidade Velha, onde visitamos o Mercado dos Lavradores seguindo depois para uma fábrica de bordados mas antes passamos pelo Jardim Botânico e uma parte do Museu de História Natural.. Antes do almoço fomos à Casa Oliveira onde tivemos uma prova de vinhos da Madeira. Fomos depois a um restaurante local onde almoçamos. De tarde passamos na Sé Catedral, Depois de termos estado na Sé dirigimo-nos à Igreja do Colégio, onde à 17H15 foi celebrada uma missa pelo Bispo do Funchal, que foi coadjuvado pelo Pde M. Fernandes e pelo Pde Casimiro, nosso companheiro de viagem e ainda pelo Vigário da Diocese, Cónego FIEL. Fizemos em seguida uma visita à Igreja e ao terraço da Torre sineira, de onde se vê praticamente toda a cidade do Funchal onde recolhemos algumas fotos do panorama. Fomos ainda recebidos pelo Senhor Bispo, que nos deu uma lição sobre o que era a Diocese do Funchal e desfrutamos ainda de um pequeno lanche volante, onde pudemos saborear mais um cálice doVinho da Madeira. Partimos depois para o Hotel, onde brindamos com uma taça de champanhe que nos serviu de aperitivo para o jantar que mais tarde, às 20h00 nos foi ali servido. Após um pequeno passeio nocturno de alguns de nós, fomos enfim para os respectivos quartos para descansarmos, pois no dia seguinte teríamos que sair perto das 9H00.
No dia 5 e conforme estava determinado no programa fizemos uma excursão até Porto Diniz, já com nova motorista, a FÁTIMA, que demonstrou bem a têmpera rija e a coragem da mulher madeirense em conduzir um autocarro de 50 lugares nas estradas íngremes, - algumas quase a pique - e estreitas que em certos locais pouco espaço dão para fazer manobras para um automóvel e muito menos para um autocarro, mas ela conseguiu superar tudo, sem se atrapalhar com nada. GRANDE MOTORISTA!!! Passamos sucessivamente por Câmara de Lobos. Cabo Girão, Ribeira Brava, Encumeada, descendo depois para São Vicente onde apreciamos a floresta endémica da ilha e património mundial da UNESCO - a LAURISSILVA, assim como todas as paisagens de ambos os lados da ilha, e também dos diversos climas que se verificam na Pérola do Atlântico, desde tempo encoberto, frio, nublado, até ao tempo quente, céu descoberto, mar azul e límpido, etc.. Passamos por vários túneis, quedas de água e chegamos a PORTO DINIZ precisamente à hora de almoço no restaurante Orca. Depois de almoço e como estava vento muito frio ninguém foi à praia apesar de termos apreciado as várias piscinas naturais ali existentes e então seguimos para o mais alto e único planalto da ilha, o Paúl da Serra (cerca de 1800 m de altura!!! salvo erro). Descemos depois para o Funchal, passando ainda pela Calheta e Ponta do Sol, para jantar e descansar, já que no dia seguinte tinhamos que nos levantar às 7h00.
Dia 6. Alvorada às 7h00, pequeno almoço e partida para o cais de embarque no ferry LOBO MARINHO em direcção à ilha de PORTO SANTO, que seria pouco depois das 8h00. Chegamos pouco depois das 9h30 e fomos recepcionados por um guia e um motorista (de que infelizmente não tomei nota dos seus nomes, mas que foram bastante eficientes). Depois de chegarmos fomos transportados a vários pontos de interesse, como o seu lugar mais alto onde apreciamos o panorama; atravessamos o seu comprimento de cerca de 11 quilómetros, passando ainda por uma rua-estrada que tem o nome de Maximiano de Sousa, o MAX que cantava A Ilha de Porto Santo, Pomba branca, O Bailinho da Madeira, A Mula da Cooperativa, etc., aqui há uns bons anos atrás. No centro da pequena cidade e junto da praia, fomos almoçar e depois ocupamos a tarde, até às 19H00 a passear pelos vários locais: Igreja (pequena e linda); ao longo da praia de areia branca e fina - no areal - porque quem foi tomar banho, teve que calcorrear por cima de grandes seixos pretos que magoavam um pouco os pés (e eu que o diga...) Mesmo assim, passou-se uma tarde bastante quente à beira mar. Às 20h00 embarcamos e novo no LOBO MARINHO para irmos para o Funchal, onde chegamos já de noite (um pouco fria) e pelas 22H30 para jantar e descansar no hotel.
Dia 7 - Às 9h30 saimos do hotel, depois de tomar o pequeno-almoço e fomos excursionar mais uns quilómetros de montanhas começando pelo Pico do Areeiro e subindo ao Poiso. O Pico tem 1810 metros de altura. Passamos pelo Ribeiro Frio, visitando um viveiro de trutas e fizemos uma caminhada a pé pela Levada, durante cerca de 30 minutos, chegando ao miradouro dos Balcões. Continuamos depois até Santana onde existem as casas com tecto de colmo. Almoçamos num restaurante local e depois regressamos por Porto da Cruz, Miradouro da Portela e Caniçal, pequena vila piscatória e centro baleeiro e a seguir Machico. Terminamos a visita no hotel e às 20h00 fomos a um restaurante típico para o Jantar de Despedida, onde apreciamos a "espetada", o milho, a batata-doce e outras especialidades e a exibição de um grupo folclórico. Pela meia noite fomos para o hotel.
Dia 8 - Último dia - Pequeno almoço no hotel e colocação das malas no autocarro. Fomos logo para a Camacha, centro de trabalho dos vimes da Madeira. Em seguida dirigimo-nos para o monte para visitar a SENHORA DO MONTE, os seus jardins, a igreja onde se encontra o túmulo do último imperador da Áustria, Carlos I, que ali faleceu em 1922 depois de ter vivido alguns anos por ter sido expulso do seu país. Foi beatificado em .... Finalmente deslocamo-nos para a Eira do Serrado,onde admiramos o magnfico panorama que dali se desfruta para ver a vila do CURRAL DAS FREIRAS, no fundo duma ravina, assustadoramente alta. Às 15H00 saímos para o Aeroporto do Funchal, para embarcar no avião que deveria sair às 17h35 mas saiu com um atraso de pouco mais de 15 minutos. Chegamos ao Porto (Aeroporto de Sá Carneiro) às 21H35. Porém a saída das malas atrasou-se de tal maneira que só perto das 23 horas é que cheguei a casa..
Este relato é talvez um bocado fastidioso, mas como não tive possibilidades de tirar notas nos dias em que durou a viagem, existem porventura algumas falhas ou inexactidões, pois acabei por transcrever praticamente o programa que nos foi entregue no início da viagem e de facto algumas visitas foram alteradas, não se tendo realizado exactamente nos dias em que estavam assinaladas, mas sim em dias diferentes, por conveniência de não estar a repetir trajectos sem necessidade, mas aproveitando a proximidade dos locais em que nos encontravamos em cada momento. No entanto, tudo o que estava no progarama foi cumprido, graças ao profissionalismo, da guia Sónia e da motorista Fátima que foram inexcediíveis em simpatia e não só. Também o serviço que nos foi prestado pelos funcionários e pela gerência do HOTEL DO CARMO, sito na Travesa do Rego, 10 - Funchal, foi deveras profissional e simpático
Agora, aproveito para incluir algumas (poucas) fotos que consegui obter através do meu telemóvel:
Isto é apenas uma pálida imagem das centenas de fotos que recolhi, tanto através do Telemóvel, cmo duma maquina fotográfica (um pouco estragada, diga-se em abono da verdade) e cuja maioria têm muita pouca qualidade. Mesmo assim,dá para ver um pouco, as maravilhas que tive a felicidade de encontrar e apreciar.
Possivelmente virei a inserir aqui noutras edições mais algumas das fotos, se Deus quiser.
Desculpem e obrigado.
ANTÓNIO FONSECA