sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

HÁ DEZ ANOS FOI ASSIM - 11 DE JANEIRO DE 2019

Meus amigos:

Eis uma "história" verdadeira


Há dez anos atrás (11-1-2009) tive um acidente  (que nunca mais esquecerei) em que tendo caído na minha casa de banho - "sem saber como - pois perdi a consciência durante segundos" quando dei por mim, estava agarrado a uma tomada eléctrica que arranquei da parede...!!! junto à sanita e de pé meio curvado, ergui-me, abri a porta (que eu não tinha fechado antes) dei dois passos no corredor, senti uma dor intensa no braço esquerdo que me obrigou a deitar-me de costas no chão frio e arrastei-me para o quarto do lado (onde tenho o computador) e entretanto minha mulher já estava comigo e como eu me queixava de que devia ter partido o braço pois não o podia mexer com as dores que sentia, resolveu chamar o INEM que ainda durou algum tempo a chegar para me transportar para o Hospital de São João.

No Hospital onde dei entrada cerca das 8 horas, iniciei uma Via sacra de sofrimento: 1º estive quase 1 hora sentado numa cadeira de rodas, antes de ser visto pelos médicos (que eram 3 e um deles estagiário) que me mandaram fazer uma radiografia que demorou bastante tempo; tiraram-me sangue por 2 vezes - uma pela veia e outra pelas artérias da mão esquerda...; fizeram-me um ECG e durante todos estes exames que demoraram algumas horas, acabaram por me engessar o braço (todo...!!!) quando afinal ele tinha partido abaixo do cotovelo.

Depois sem comer, sem beber (só deixaram que minha mulher me humedecesse a boca, com algodão molhado); cheio de dores, e cheio de frio: primeiro deitado numa maca e depois colocado novamente na cadeira de rodas, permaneci ali todo o dia até perto das 21 horas, embora por volta das 20,30 me tivessem dado uma tigela de sopa e um pão de trigo. Depois a minha nora foi-me lá buscar (a mim e a minha mulher) e trouxe-me para casa, onde finalmente pude comer mais alguma coisa, que me saciou a fome que eu tive durante o dia.
Até fins de Março, tive que ir ao Hospital para me retirarem e colocarem novo gesso e fazer radiografias e da última vez retiraram-me definitivamente o gesso, tendo-me os médicos dito que a partir daí, era comigo, a recuperação, porque nada mais havia ali a fazer.

Em Abril, como continuava com dores e não podia mover o braço que permanecia pendurado na "bandolete" resolvi ir ao médico aos SAMS que ao ver-me me perguntou se no Hospital não me tinham operado, dado que era o que deveria ter sido feito imediatamente. Respondi-lhe que não, nem sequer me tinham colocado a hipótese de ser operado e apenas me haviam colocado o gesso.

Ficou deveras impressionado com a estupidez demonstrada pelo pessoal clínico e aconselhou-me que deveria fazer uma reclamação sobre o assunto aos Serviços do Hospital por causa da incompetência demonstrada pelos ex-colegas ao não ter efectuado a intervenção cirúrgica.

Este médico (que no ano anterior havia chefiado a equipa de Ortopedia do Hospital de São João, de onde saira para se reformar) operou-me então na terça feira seguinte à Páscoa, no Hospital de Santa Maria (salvo erro, dia 14 ou 16) e depois mandou-me fazer Fisioterapia na mão e no braço esquerdo, no Instituto CUF onde até 11 de Novembro me desloquei 3 vezes por semana. 


Finalmente passados 10 meses pude retomar toda a minha vida normal, graças a Deus.




NOTA:


Conforme o médico dos SAMS me havia aconselhado, fiz 2 ou 3 exposições para os Serviços do Hospital de São e também para a ERS, a reclamar uma indemnização,
Às primeiras 2 exposições feitas ao Hospital, nada me responderam e depois de efectuar nova reclamação mandei uma cópia para a ERS, esta Entidade informou que o Hospital havia comunicado que os Médicos haviam seguido escrupulosamente todos os trâmites e que considerava que eu não tinha direito a qualquer indemnização, dado que nem sequer tinha pedido para ser intervencionado, e que, pelo contrário, havia aceite ser engessado.
Comuniquei novamente à ERS que de facto não me foi pedida pelos médicos qualquer opinião, e que eles próprios é que tinham  decidido o engessamento do braço (completo) e como não tinha testemunhas (pois na altura não pensei nisso, pois estava mas era cheio de dores e não raciocinei doutra maneira) NA MINHA INOCÊNCIA... PENSAVA QUE ESTAVA A LIDAR COM PESSOAS COMPETENTES, QUE SABIAM O QUE ESTAVAM A FAZER...  e como não tinha idade nem disposição para continuar a batalhar numa guerra que iria perder, pois era apenas a minha palavra contra a de 3 Médicos IMPOLUTOS ...!!!, acrescentei que desistia pura e simplesmente de pedir a indemnização.

SE FOSSE HOJE MESMO NÃO TENDO TESTEMUNHAS, TERIA PROSSEGUIDO, MAS...

**********

E foi assim a história do "cúbito" do meu braço esquerdo, que decidiu partir há 10 anos atrás, e que durante 10 meses me transtornou a vida.

Há coisas piores...!!!




ANTÓNIO FONSECA







quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

EFEMÉRIDES - 10 DE JANEIRO DE 2019

Eventos históricos

1863: Inauguração do metropolitano de Londres.

Nascimentos

Anterior ao século XIX

Século XIX

Século XX

Mortes

Anterior ao século XIX

Século XIX

Século XX

Século XXI

ANTÓNIO FONSECA

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

115 anos - ARLINDO FONSECA - 9 DE JANEIRO DE 2019




Caros Amigos:


MAIS UMA VEZ, e correndo o risco de me tornar fastidioso, (o que não me importa, de todo) VENHO RELEMBRAR  O NASCIMENTO DE MEU PAI. 

ASSIM O FAREI ENQUANTO VIVER E TIVER DISCERNIMENTO PARA O FAZER ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS, 

ASSIM DEUS NOSSO SENHOR O PERMITA.

NO ANO EM QUE EU NÃO O FAÇA, 

DE CERTEZA QUE JÁ NÃO ESTAREI NESTE MUNDO.




A EFEMÉRIDE


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Hoje 9 de JANEIRO de 2019, completaria a bonita idade de 115 anos, meu querido Pai, falecido em 19 de Março de 1986. Junto duas fotos:

Uma já bastante antiga - creio que nessa altura ele teria à volta de 40 e tal anos, ou mesmo perto de 50, e que figurava no seu último Bilhete de Identidade.

A outra que foi tirada no quintal de nossa casa, quando fez 80 anos de idade, fardado como Escuteiro (que foi durante quase 70 anos), desde a sua implantação na Região do Porto e onde fundou alguns Agrupamentos tendo sido também Chefe da Junta Regional do CNE.




9-1-1904 até 19-3-1986


ARLINDO JOAQUIM PINTO DA FONSECA

(O CHEFE ARLINDO ou o 
VELHO LOBO DO NORTE)


Uma história resumida


Natural de Cinfães do Douro, onde nasceu em 9 de Janeiro de 1904 e falecido em 19 de Março de 1986. se hoje ainda fosse vivo, completaria portanto, 112 anos de idade.

Era um simples cidadão, trabalhou toda a vida, desde os 9 anos quando emigrou para o Porto, onde começou por ser ajudante numa padaria, depois de acabar a Instrução primária. Pouco depois, por volta dos anos 1912 a 1914, trabalhou em vários locais, aprendendo bem e depressa, e a determinada altura, foi trabalhar para um escritório de advogados, onde esteve a trabalhar até aos 75 anos (até 1979) ou seja, durante 61 anos

Nesse escritório de advogados, aprendeu a escrever à máquina e trabalhava com um conceituado advogado (Dr. Morais de Almeida) e mais tarde, com o filho deste - Joaquim - (que era mais ou menos da sua idade), que ainda foi mais famoso do que o pai, que entretanto já havia falecido. Este advogado, sabia praticamente de cor, todos os livros de Direito, pois havia-os lido quase todos, antes de se formar e começar a exercer a sua actividade e muitas vezes pedia  ao meu Pai para procurar na biblioteca do escritório determinados livros dando a
indicação exacta dos nºs dos artigos, códigos, etc., de que necessitava, para qualquer causa de que estivesse a tratar no momento, no escritório ou no Tribunal. Era um indivíduo sumamente inteligente e leitor compulsivo de todas as leis que iam saindo, de tal modo, que devido à sua sapiência, nos anos de 1950/60, teve que ser internado na Suíça, onde esteve alguns anos, para ser tratado a problemas do foro mental, sem resultados favoráveis. Acabou por ter de voltar para casa (ali para os lados de Amarante), onde faleceu na década de 60, após se ter delapidado a sua fortuna, e, bem assim, grande parte da fortuna de sua mulher  - com os tratamentos a que foi submetido no estrangeiro e em Portugal, durante longos anos.

Meu Pai, - que é dele que se trata afinal, - tinha casado aos 25 anos (em 1929) com minha mãe que se chamava Regina, tendo ido morar para Rio Tinto, primeiro no lugar da Campainha (creio eu) e depois na Rua de Medancelhe, onde até Abril de 2015, viveu a minha irmã Maria Arminda (que infelizmente faleceu tragicamente no dia 4 desse mês). Minha mãe teve 8 filhos, mas dois morreram à nascença e outro que seria mais velho do que eu, parece que sobreviveu ainda alguns meses. Entretanto havia nascido em 1935 a minha irmã Maria Regina; em 1940 nasci eu; em 1943 nasceu meu irmão Fernando; em 1948 nasceu minha irmã Arminda e depois em 1952 (já não esperávamos…) nasceu meu irmão Luís Francisco, que faleceu de acidente vascular ou embolia pulmonar - (não se chegou a determinar bem), quando estava na Guarda Nacional Republicana (antiga Brigada de Trânsito) em 1980 com 28 anos incompletos.

Por volta dos seus 18 ou 19 anos, foi fundado o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e meu pai com alguns colegas da mesma idade ou aproximada, envolveram-se entusiasticamente nessa Associação, sendo considerado por muitos e por mim, principalmente, um dos fundadores do Escutismo na Região do Porto. 



(Desconheço se algum dia alguém fará a História deste acontecimento que marcou a vida de muitos Milhares de jovens em Portugal, e na qual se fale do que meu Pai fez).




Pela minha parte, já há algum tempo que tenho tentado encontrar alguns factos escritos ou fotográficos da Vida Escutista de meu Pai, mas tem sido muito difícil conseguir algo com que possa trabalhar numa biografia que acho que deveria ser feita. Isto porque lamentavelmente pouco material possuo (e que minha irmã mais nova conseguiu arrecadar, pois o resto desapareceu tudo, inclusive fardamento que ele usou)


Há alguns meses porém, descobri 2 cadernos manuscritos pelo meu pai, em datas diferentes, mas que se repetem em muitos pontos, ficando a impressão de que terá perdido um deles e ao escrever o segundo, alguns factos não condizem, pelo menos na sua redacção e, além disso, estão incompletos, tendo um sido iniciado em  1958 e outro em 1961, indo um até 1970 e outro até 1973, não se sabendo o que aconteceu até 1986.

Estou tentando passar para computador esses textos, respeitando a ordem das datas e dos acontecimentos, mas está sendo muito difícil esta transcrição, pelo que não sei se algum dia poderei completar a sua biografia. Seja o que Deus quiser.


NOTA: 


Por motivos técnicos e também por outros motivos (pessoais... e não só) fui forçado a interromper, esta resenha de factos que vim recolhendo, pelo que, de momento, a mesma se encontra paralisada, e não sei se poderei voltar algum dia a recompilá-los para editar. 


Fundou vários Agrupamentos na cidade do Porto e nos arredores, nomeadamente em Rio Tinto, participou em inúmeras caminhadas a pé, nomeadamente a Fátima em vários anos seguidos e em todos os Acampamentos de Agrupamentos, Regionais e Nacionais. Com muita pena sua e também porque os tempos eram muito difíceis, só não pôde ir a Jamborees realizados fora do País, porquanto era o sustentáculo principal da família que chegou a ser formada por sete pessoas (meus pais e cinco filhos, todos menores). 
No entanto, não esmoreceu nunca o seu entusiasmo pelo Escutismo, (antes pelo contrário) tendo levado todos os filhos para essa atividade. 
Primeiro minha irmã mais velha, que chegou a ser Chefe de Alcateia, no Grupo 10, ou melhor na Alcateia 41 - sito no Bonfim. A seguir eu (com 6 anos apenas) fui integrado na referida Alcateia, como Lobito, onde percorri os escalões de sub-guia e guia de Bando (de Lobitos); fui depois Explorador como sub-guia e guia de patrulha (patrulha Lobo). Mais tarde, ao atingir a idade de 16 anos, transferi-me por opção para o grupo de Campanhã, onde fui Caminheiro e Guia de Clã e finalmente na minha maioridade, que nessa altura, era aos 20 anos (creio eu) fui refundar (ou reanimar) o Agrupamento de Águas Santas, que estava paralisado por falta de Chefes, e até 1965 exerci as funções de Secretário de Agrupamento. Meu irmão Fernando, também foi Lobito e Explorador no Bonfim, tendo estado em Campanhã como Caminheiro e depois por escasso período em Águas Santas. A Arminda foi Pioneira em Rio Tinto, assim como meu irmão Luís também andou por lá algum tempo.

Estrela Entretanto meu pai, conhecido como CHEFE ARLINDO ou VELHO LOBO DO NORTE – (enquanto eu era o LOBO DO NORTE …) - não só no meio escutista, mas até fora dele, sofreu diversos dissabores, na Região do Porto, nomeadamente por parte de alguns dirigentes que na altura estavam à frente da Junta Regional do Porto, que o desrespeitaram muitíssimo; inclusive alguns desses dirigentes (que já cá não estão, feliz ou infelizmente – só Deus o sabe) tiveram o topete de o insultar, proibindo-o até de exercer as funções de dirigente de Agrupamento, nomeadamente o de Rio Tinto, que aliás tinha sido o primeiro por ele fundado. 

Mau grado, essas tribulações, que a mim pessoalmente, envergonhavam muitíssimo -  porque estive presente quando tal sucedeu, não esfriaram o seu entusiasmo, e fez questão de que quando morresse lhe vestissem a farda de Escuta (que sempre foi) e com o Rosário na mão.

Escutismo foi para ele a sua meta; em tudo que ali fez, empregou todo o seu saber, entusiasmo, alegria e contagiava todos os que o rodeavam, com as canções que cantava e fazia cantar; sabia-as todas na ponta da língua e quando era preciso falar perante fosse quem fosse, fazia-o sem se preocupar com as críticas que alguns (… os já acima citados) pejorativamente lhe manifestavam. Nunca odiou ninguém, pelo contrário, sempre os ajudou a manter viva a chama do Escutismo que nele ardia com muita intensidade. Morreu perdoando a todos e uma hora antes de falecer, no Hospital de S. João, ao fim de oito dias de internamento, quando lhe perguntei se já tinha falado com o Confessor, ele disse-me que não me preocupasse porque já o tinha feito e estava completamente em paz com os Homens e com Deus e só esperava a chamada final.

Adeus meu querido Pai e até quando Deus quiser.

Pai Nosso e Ave Maria. 
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre. 
Ámen.


 MAIS UMA VEZ,

NOTA CRÍTICA A QUEM DE DIREITO:

Estrela Infelizmente até hoje, o CORPO NACIONAL DE ESCUTAS (CNE) nunca se dignou em prestar-lhe as honras que mereceu por ter permanecido fiel ao ESCUTISMO durante mais de 70 anos!!! Parece impossível, mas votou-o completamente ao esquecimento.

Segunda NOTA:


Curiosamente, ontem dia 8 de Janeiro, completaram-se exactamente 78 anos (8 de Janeiro de 1941) sobre  a data de falecimento do fundador do Escutismo Mundial – Lord Baden Powell,






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Post colocado em


9/1/2019


ANTÓNIO FONSECA

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