sábado, 29 de setembro de 2018

FUTURISM

OBSERVADOR

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

Todos sabemos como é pouco provável sair-nos o Euromilhões – a probabilidade de isso acontecer é de apenas 0,00000086%, ou seja, de um em 116 milhões. Mas hoje os acusados no Processo Marquês festejaram como se lhes tivesse saído o Euromilhões. Se tiver achado estranho talvez compreenda um pouco melhor o porquê se ficar a conhecer um pouco melhor o perfil do juiz que vai decidir se os seus casos vão mesmo a julgamento – é por isso que vale a pena ler o trabalho de Luís Rosa, Sara Antunes Oliveira e Sónia Simões Quem é o juiz que vai decidir o futuro de Sócrates, publicado no Observador. A diferença para o Euromilhões é que, neste caso, eles havia 50% de probabilidade de ser um juiz com este perfil a ser o escolhido. Por isso, se eles festejam, eu inquieto-me. E nem espero ser compensado pelo verdadeiro Euromilhões porque esqueci-me de jogar.

Mas adiante, que não é este o tema do Macroscópio de hoje. Nele vamos olhar para Ocidente – para o espaço Atlântico e para os Estados Unidos – e também para o que fica nas nossas costas quando viramos a cara ao pôr-do-sol, mais precisamente uma Europa em marcha cada vez mais desordenada. Em condições normais estes deviam ser dias em que celebraríamos a aproximação entre os Estados Unidos e a Europa (já explico porquê) e nos empenharíamos em reforçá-la face aos desafios colocados pela agressividade da Rússia e pelo crescente poder da China. Mas não é isso que está a suceder.

Recuemos 100 anos. A 26 de Setembro de 1918. Foi nesse dia que 1,2 milhões de soldados americanos se lançaram na Ofensiva Meuse-Argonne, a derradeira ofensiva aliada na I Guerra Mundial que levaria à capitulação alemã mês e meio depois, a 11 de Novembro. Nessa batalha morreriam 26,277 soldados americanos, mais do que em qualquer outra batalha da sua história militar. Mas se este aniversário já seria um bom pretexto para celebrar a aliança transatlântica, sucede que nessa batalha as tropas dos Estados Unidos foram comandadas pelo general John J. Pershing, um nome que dirá pouco à maioria dos meus leitores mas que está associado a outro momento critico das relações entre os aliados: há precisamente 35 anos começaram a ser instalados na então República Federal da Alemanha mísseis balísticos norte-americanos destinados a contrabalançar a ameaça dos mísseis russos presentes do outro lado da “cortina de ferro”. Esses mísseis chamavam-se Pershing II, precisamente em homenagem ao general da I Guerra Mundial, sendo que em Outubro de 1983 decorreram na Alemanha as maiores manifestações pacifistas de sempre, daquelas em que se gritava “better red than dead” (“antes vermelhos do que mortos”). Também a batalha dos chamados “euromísseis” foi uma das últimas da Guerra Fria na Europa, guerra que terminaria, como sabemos, sem termos ficado nem vermelhos, nem mortos.

Fiz esta longa evocação histórica para introduzir o texto que Timothy Garton Ash escreveu esta semana, It’s not just Trump. Much of America has turned its back on Europe. Nele o autor não nos fala do tema do dia nos Estados Unidos – a lamentável sessão que teve lugar no Senado em torno da nomeação de Brett Kavanaugh para o Supremo Tribunal, um processo de saem feridas todas as principais instituições da democracia americana – mas de como a “deriva continental” para longe da Europa não é algo que suceda apenas por causa de Trump estar na Presidência. O texto, onde também foi buscar a evocação da batalha de Meuse-Argonne, tem muitos pontos interessantes e uma conclusão central: “A former US secretary of state tells me just how little interest audiences across the country now express in foreign policy. Anyone who experiences American airports, highways, trains or schools can easily understand why Americans would now want to focus more on improving them rather than airstrips and schools in Afghanistan or Iraq. America First is not just a Trump slogan. It is a national mood, to which even the most internationalist president would have to adapt. Trump is awful, but in this respect, he is as much symptom as cause. The problem of transatlantic divergence was there before Trump, has underlying causes deeper than Trump, and will still be with us after Trump.”

Se pensarmos um bocadinho, talvez na Europa não sejamos muito diferentes – a política está de novo a ser cada vez mais local, e boa parte dos problemas que a Europa enfrenta derivam de nas suas lideranças muitas vezes isso não ser entendido. E como não são poucos esses problemas, achei que valia a pena deixar-vos aqui alguns artigos que alertam para o que pode estar para chegar.



Começo, como era quase inevitável, pelo Reino Unido, onde esta semana esteve reunida a conferência anual dos trabalhistas, de onde estes saíram entusiasmados, até porque os conservadores continuam profundamente divididos sobre o Brexit. Acontece porém que, quando Bruxelas e Washington olham para Londres e vêem que a possibilidade de Jeremy Corbyn se tornar um dia primeiro-ministro do Reino Unido assustam-se. O Politico, sempre uma boa ponte para o que se pensa no centro da União Europeia e na capital dos Estados Unidos, não esteve com meias palavras: intitulou Cuba on the Thamesa sua crónica sobre a conferência trabalhista. É que, como aí se escreve, “Corbyn’s fate greatly depends on the unfolding Brexit drama, expected to climax in the coming weeks as the U.K. pushes for a deal before its scheduled exit in March 2019. But the impact of a Corbyn government, should he assume the reins of power, could be much more significant.” Isto porque com Corbyn tudo mudaria na política interna e externa do Reino Unido. Internamente renacionalizaria dezenas de empresas e aumentaria dramaticamente os impostos, externamente acabaria com a “relação especial” com os Estados Unidos: “Prime Minister Corbyn would present a major challenge for U.S. foreign policy. A Corbyn government, even Labour MPs admit, would all-but end the “special” security and military relationship between the U.S. and its pre-eminent ally. One of Corbyn’s most senior advisers, Andrew Murray, gave a glimpse of the direction a Corbyn government would take in a pre-conference article for the New Statesman. Murray, a committed Marxist and defender of the Soviet Union, said Corbyn’s foreign policy radicalism is anathema to “the establishment” in the U.K. and elsewhere.”

Mas se a incerteza chegou a este ponto no Reino Unido, não é verdade que ao menos temos Macron em França, perguntarão os mais optimistas? Sim, é verdade. Só que também para Macron os dias não estão fáceis. Primeiro, nunca os seus níveis de aprovação estiveram tão em baixo. Depois, sucedem-se os problemas na sua equipa ministerial. A New Statesman faz um balanço em Macron’s black September: how the French president fell to Earth, onde se escreve, por exemplo: “The French are increasingly impatient for visible signs that the reforms Macron promised during his 2017 election campaign are being delivered and bearing fruit. As it is, Macron appears to the French public as arrogant and detached from reality, an image not helped when the president recently snapped at an unemployed gardener that he had only “to cross the street to get a job”. Para além destas dificuldades na frente interna, os sonhos europeus de Macron têm vinco não só a chocar com a realidade, como o projecto de construir noutros países movimentos à sua imagem se revelam verdadeiras quimeras, como nos conta o Politico em EU party politics out of step with Macron’s En Marche.

Continuando sem sair dos grandes países europeus, e antes de chegarmos ao maior de todos, a Itália vive as dores de um orçamento que tem de conciliar as promessas populistas com as regras de Bruxelas. Ora, como se conta também no Politico, em Italy’s populism in fiscal handcuffs, a verdade é que Delivering on campaign pledges without increasing public spending is close to impossible”. A solução parece ser acrescentar mais regulação a uma economia que já tem regulação a mais e, também por isso, crescimento a menos. Ou então incumprir, culpando a Europa, um cenário que Alberto Mingardi, director-geral do Instituto Bruno Leoni de Milão considera criar uma situação em que Italy’s not the new Greece. It’s the new Argentina.Sendo que “It’s possible that the budget unveiled this week reflects an underlying acceptance among Italy’s political and business classes that the country is simply incapable of reform — that Italy’s descent into a Latin American-style struggling economy is now inevitable.”



E depois há a Alemanha, onde o governo de Angela Merkel vai de crise em crise, arrastando-se à espera de um fim que só não se sabe quando vai chegar. Esta semana foi a própria chanceler que foi humilhada no seu partido, que não escolheu para líder parlamentar o candidato que ela apoiava. No entanto, mesmo antes disso acontecer, já o director do Handelsblatt Internacional, Andreas Kluth, escrevia desassombradamente: Put this coalition out of its misery. No seu lugar sugeria que se formasse um governo minoritário, já que “Germany’s governing coalition is not “grand” but pathetic. Why not let it collapse and try minority government? Germans have no reason to fear it.” Passada a votação e confirmada a derrota da chanceler às mãos dos seus próprios deputados, o Telegraph de Londres sentenciava-a:This really is the beginning of the end for Merkel - but it will be a slow and painful departure for the 'Queen of Europe'. O “slow” e o “painful” ainda é o mais preocupante de tudo. Muito interessante e bem argumentado é sobretudo o texto de Konstantin Richter Time for Angela Merkel to go. Eis uma passagem: “Today, l’état, c’est Merkel. But for how long? She has made the same mistake as her predecessors and overestimated her own importance. Konrad Adenauer and Helmut Kohl, two of Germany’s most prominent post-war chancellors, believed in the end “that anyone who had run the state as excellently as they had done should be identical with the state itself,” wrote biographer Kurbjuweit. “They didn’t realize there were better candidates by then, and they missed the exit.”

A fechar, notas sobre dois países mais pequenos, notas mais fora da caixa e do pensamento dominante em Bruxelas, mas a merecer uma reflexão: 
  • SuéciaWhat does an illegal migrant have to do to get deported from Sweden?É a desafiadora pergunta de Douglas Murray na Spectator, onde ele nos relata como um palestiniano que entrara ilegalmente no país e aí incendiou uma sinagoga acabou por não ser deportado. Uma história reveladora que ajuda a perceber a subida do partido anti-imigração nas recentes eleições. 
  • PolóniaPolish Democracy Is under Siege—by the European Union, de Salvatore Babones na The National Interest, é um artigo que contesta a ideia de que a maioria no poder na Polónia não pode alterar a forma como nomeia os juízes dos seus tribunais superiores, usando o seguinte argumento: “Poland only regained full independence in 1991, and its current constitution was adopted in 1997. In American Constitutional time, that would put Poland at right around 1810. Democracy is messy, and it takes time to mature. Poland’s democracy can handle this issue on its own. It doesn’t need Big Brother to make a decision for it. There’s an election due in 2019, and if the Polish people don't like what their government has done, then the Polish people can take their vengeance. But if the Polish people approve of what’s being done in their name, then what business is it of Juncker and Co. to interfere?

E por hoje é tudo. Tenham um bom fim-de-semana, descansem, leiam, e aproveitem este Outono com tempo de Verão. Vale a pena, garanto.

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Desporto

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
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O poder é tramado. Ou a simples percepção desse poder. E esta última semana foi o máximo exemplo disso mesmo.
Com o país chocado com o crime que envolveu um triatleta amador, quase passou despercebida a guerra surda que se passou no Parlamento entre o secretário de Estado do Desporto e o ex-presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), com o Benfica como mesa do braço-de-ferro entre ambos. É verdade que Augusto Baganha saiu quando não queria, de forma perfeitamente legal, e pode estar, digamos assim, como que descontente. Mas as acusações que fez contra João Paulo Rebelo são graves, muito graves mesmo. Estamos a falar de ter dito aos deputados, no Parlamento, que recebeu pressões de um membro do governo por causa da possível interdição do Estádio da Luz, devido às claques ilegais.
Baganha falou mesmo num telefonema, e depois num SMS para a sua vogal, com o número do advogado do Benfica, com quem deveria reunir-se. Dito só por ele, podia ser uma simples vingança, um ataque contra quem o despediu. Mas não. No dia seguinte, o próprio governante confirmou a mensagem telefónica. Fê-lo ingenuamente, explicando não ser nada demais, dizendo apenas que ao ter sido contactado pelo clube decidiu encaminhar o caso para quem o podia realmente resolver.
Ora aqui é que entra a tal percepção de poder. João Paulo Rebelo até pode não o ter percebido, pode não ter tido intenção. Mas uma indicação de um superior a quem lhe depende, não é um mera indicação, é uma ordem. E quando já existiam precedentes, como as suspeitas de espionagem aos computadores do IPDJ no caso e-toupeira, a acção do secretário de Estado tinha de ser mais cuidadosa. Assim dá legitimidade a Baganha, que até vai pedir a reabertura desse processo de possível roubo de dados informáticos.
Mas se não foi pelas claques, talvez seja pelo mau comportamento dos adeptos. A verdade é que o Benfica pode mesmo ter de jogar à porta fechada, depois de o Conselho de Disciplina da FPF confirmar um jogo de castigo ao clube (tal como ao Sp. Braga). Se perder o recurso, é o clássico com o FC Porto de dia 7 que ficará sem adeptos na bancada. Isto depois de um amargo empate em Chaves, onde nem um Rafa em grande lhe valeu.
Para se precaver de tantos casos, o melhor foi mesmo recorrer ao poder. Neste caso aos poderosos. Por isso contratou três dos principais criminalistas do país para a sua nova equipa jurídica. É que mais vale prevenir…
Volto ao poder do futebol, porque ele esteve também bem presente na gala The Best da FIFA. Dos três concorrentes a melhores jogadores do mundo, Mohamed Salah teria de ficar imediatamente de fora. As coisas correram-lhe mal na fase final da época. Acontece. Deram-lhe como prémio de consolação o golo do ano, ignorando desde logo a trivela de Quaresma no Mundial e aquela inesquecível bicicleta de Ronaldo contra a Juventus na Champions.
Já comparando Ronaldo e Modric, o croata só levava vantagem sobre o português num ponto: tinha chegado mais longe no Mundial. Mas perdia em tudo o resto. Golos, jogos, exibições. Cristiano foi de longe o melhor jogador de 2018. Porque venceu Modric? Por causa do poder do Real, de onde Ronaldo foi corrido. E porque a FIFA não queria desempatar a contenda Messi/CR7, os dois extraterrestes da bola na última década. Apenas isso. Poderes.
Para o fim, caso tenha perdido, ficam só estas pequenas notas:

EU, A TV E UM COMANDO

O JOGO EM PALAVRAS

PÓDIO

  1. 1

    O maestro que pôs fim ao reinado de 10 anos

    Não marca muitos golos, é pequeno, não é um dos 25 jogadores mais bem pagos do mundo e nenhuma marca o patrocina. Luka Modric, o último dos maestros, acabou com o reinado de Messi e Ronaldo.
  2. 2

    Luisão. O gigante pendurou as botas e a braçadeira

    Chegou no verão quente de 2003, num ano de viragem para o Benfica. 538 jogos, 20 títulos e sete treinadores depois, Luisão deixa a Luz e termina a carreira. Mas não abandona Lisboa nem o clube.
  3. 3

    Sevilha vence Real Madrid com bis de André Silva

    No Estádio Sánchez Pizjuán, o ponta de lança português inaugurou o marcador aos 17 minutos e quatro minutos depois bisava, tornando-se no melhor marcador do campeonato de Espanha.

ENTREVISTA

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Frederico Morais: "O surf pode ser frustrante" /premium

Frederico Morais é a cara do surf português. O surfista, que cresceu em Cascais mas pedia ao pai para o levar à Ericeira todas as semanas, fala sobre a infância, os estudos em aviões e as derrotas.

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EXPRESSO DIÁRIO


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28 SET 2018
Rui Tentúgal
POR RUI TENTÚGAL
Jornalista
 
Espelhos
Eis os tempos a dispararem sinais em todas as direções como se um engraçadinho tivesse subido ao farol para lá colocar uma bola de espelhos. Lendo o Expresso Diário de hoje façamos o exercício de juntar um parágrafo do texto de Luís M. Faria a um parágrafo do texto de Hélder Gomes. Fica assim: “Em matéria de liberalização de costumes ou reconhecimento da modernidade, se se preferir, setembro de 2018 tem sido extraordinário na Índia. Depois de o Supremo Tribunal descriminalizar o sexo gay no princípio do mês, quinta-feira fez o mesmo com o adultério. Em ambos os casos, as leis revogadas datavam do período colonial”; “Em caso de confirmação, o juiz vai consolidar o controlo conservador do Supremo, o que revela especialmente sensível em questões como o aborto, a imigração e os direitos dos homossexuais. As posições conservadoras do juiz foram, de resto, um dos principais motivos por que Trump o nomeou.”
Mais direitos na Índia, menos direitos nos EUA. Isto começa bem. Falando de nomeações de juízes, por cá um programa informático tratou do assunto e escolheu Ivo Rosa para juiz de instrução da ‘Operação Marquês’. “O juiz Ivo Rosa é normalmente visto como o oposto de Carlos Alexandre: implacável para o MP e menos exigente com os arguidos”, escrevem Rui Gustavo e Micael Pereira.
E também há menos direitos para quem trabalha em certos aviões irlandeses. Eia a greve na Ryanair, descrita pela Marta Gonçalves: “Menos tempo de licença de paternidade, dupla tributação fiscal e contratos irlandeses. Depois, há ameaça de despedimento se fizerem greve e o facto de quando adoecem terem de ir a Dublin justificar a ausência. Todas estas são queixas dos funcionários portugueses da Ryanair, que esta sexta-feira – à semelhança dos colegas alemães, belgas, italianos e espanhóis – estão em greve.”
Descendo à Terra, a Carla Tomás pôs os taxistas a fazer contas: “Se pensarmos que no país todo estiveram parados cerca de 3000 carros e se fizermos as contas a €84 euros de receita por carro por dia, só aí estimamos €252 mil euros por dia, o que dá um prejuízo de cerca de €2 milhões em oito dias de paragem.”
Muitos mais assuntos no Diário. Pode ser português o primeiro embaixador da União Europeia junto do Reino Unido pós-‘Brexit’; a Câmara Municipal de Lisboa criou um atendimento personalizado para os projetos para a antiga Feira Popular; o presidente da Reserva Federal anunciou uma subida da taxa diretora; e há duas décadas que a Direção-Geral de Energia e Geologia está arredada das decisões sobre o futuro da central termoelétrica de Sines, a maior unidade de produção de eletricidade do país.
Já que comecei com uma bola de espelhos, termino a citar Daniel Oliveira: “Cavaco Silva julga que os portugueses olham para si e veem o mesmo que ele vê quando se olha ao espelho.”
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LER O EXPRESSO DIÁRIO
OPERAÇÃO MARQUÊS O juiz que contraria o Ministério Público vai decidir o futuro de Sócrates e Salgado
O futuro próximo dos 28 acusados da Operação Marquês está nas mãos de Ivo Rosa, juiz é normalmente visto como o oposto de Carlos Alexandre: implacável para o Ministério Público e menos exigente com os arguidos. Justa ou não, a verdade é que é esta a imagem que se lhe colou desde que começou a ser conhecido
PROTESTO DE OITO DIAS
Taxistas estimam perda de €10.400 por hora com a greve
Presidente da Federação Portuguesa do Táxi considera que a paralisação de oito dias “valeu a pena”, apesar do prejuízo financeiro (total de €2 milhões) e de não terem conseguido impedir a “lei Uber” de entrar em vigor na próxima segunda-feira. Carlos Ramos critica ainda os taxistas que têm carros na Uber: “É imoral”
Os direitos de parentalidade, a cláusula 33 e apanhar um avião para justificar doenças: os dias atribulados da Ryanair
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Português na corrida a 1.º embaixador da UE em Londres após o Brexit
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Advogada suspeita de se dedicar à apresentação abusiva de pedidos de asilo

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Vestígios de ADN e de sangue decisivos na investigação à morte do triatleta Luís Grilo

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Boa tarde!
OPERAÇÃO MARQUÊS 
O magistrado vai ficar responsável pela fase de instrução do processo, pedida por 19 dos 28 arguidos do caso Sócrates. Sorteio foi testemunhado por advogados e jornalistas.
OPERAÇÃO MARQUÊS 
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OPERAÇÃO MARQUÊS 
Assinou a prisão preventiva de José Sócrates e mandou deter Ricardo Salgado. Mas, agora, um sorteio afastou-o da Operação Marquês. Quem é o juiz que com quem os arguidos não se queriam cruzar?
CRIME 
Quando Rosa se queixou do desaparecimento do marido, já ele estaria morto há 24 horas. Os pais não querem acreditar que a filha tenha assassinado Luís Grilo, com o homem com quem teria um caso antigo.
CRIME 
Várias dezenas de pessoas de pessoas estavam à porta do tribunal de Vila Franca de Xira e gritaram "assassinos, assassinos". Os suspeitos vão conhecer as medidas de coação.
VIOLAÇÃO 
Uma mulher norte-americana acusa Ronaldo de a ter violado. O caso remonta a 2009 e, segundo a Der Spiegel, terá acontecido em Las Vegas. Os advogados do jogador vão processar a revista.
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O primeiro-ministro admitiu esta sexta-feira um "aumento salarial efetivo" na Função Pública e previu um "bom orçamento" para 2019, no final de um encontro com o presidente do Parlamento Europeu.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 
Senador republicano indeciso já anunciou que votará a favor da confirmação de Kavanaugh. Alguns democratas saíram em protesto da sessão do comité que vai decidir o futuro do juiz.
VIDA SELVAGEM 
O "Comedy Wildlife Photography Awards" está de regresso. Uma destas 41 fotos é a mais engraçada captada este ano no mundo selvagem. Se escolher a sua favorita ainda se candidata a ganhar um presente.
HARRY POTTER 
Após o lançamento do trailer final do novo filme "Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald", J. K. Rowling recorre ao Twitter para responder a algumas teorias dos fãs.
Opinião

Rui Ramos
No caso dos taxis e do Infarmed, o governo continuou os seus esforços para desaparecer como foco de responsabilidade democrática. Não se poderia esperar outra coisa, dadas as suas origens em 2015.

Filomena Martins
Costa foi apanhado na demagogia do seu próprio anzol. Morreu pela boca, como os peixes. A frase bonitinha “palavra dada tem de ser palavra honrada” tem ido por água abaixo a cada dia que passa.

Helena Garrido
Que serviços presta hoje um táxi ou a Uber? Com as escolhas que existem nas cidades, na era da economia da partilha, os taxistas que não o perceberem estão condenados. Nenhum governo os pode salvar.

Paulo Tunhas
Fica-se a saber que o apreço por uma justiça que não pare respeitosamente à porta dos poderosos é uma coisa má (“populismo” significa: “coisa má”). Está-se sempre a aprender neste nosso Portugal.

José Manuel Fernandes
Dizem que é um modo de governar, e é o modo de Costa: baseia-se no "logo se vê". No "tanto faz". É esse o segredo da sua habilidade. Mas é também o veneno que está a dar cabo da Administração Pública.
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