sábado, 19 de outubro de 2019

RUI JORDÃO - JOGADOR DE FUTEBOL DO SPORTING E DO BENFICA- MORREU 18/10/2019 - 19 DE OUTUBRO DE 2019

Rui Jordão

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Jordão rui
Rui Jordão (1972).jpg
Informações pessoais
Nome completoRui Manuel Trindade Jordão
Data de nasc.9 de agosto de 1952
Local de nasc.BenguelaPortugal África Ocidental Portuguesa
Nacionalidadeportuguês
Falecido em18 de outubro de 2019 (67 anos)
Informações profissionais
PosiçãoAvançado
Clubes profissionais
AnosClubesJogos e gol(o)s
1971-1976
1976-1977
1977-1986
1987-1989
Portugal Benfica
Flag of Spain (1945–1977).svg Real Zaragoza
Portugal Sporting CP
Portugal V. Setúbal
Seleção nacional
1972-1989Flag of Portugal.svg Portugal43 (15)
Rui Manuel Trindade Jordão (BenguelaÁfrica Ocidental Portuguesa9 de Agosto de 1952 - CascaisUnião das Freguesias de Cascais e EstorilCascais18 de Outubro de 2019) foi um antigo futebolista português, de origem angolana.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Jordão começou por destacar-se no Sporting Clube de Benguela já como avançado e despertou a cobiça dos rivais lisboetas pela sua contratação apesar de ter sofrido uma lesão com alguma gravidade numa prova de atletismo quando não tinha ainda idade sénior (também aí se destacava, tendo sido vice-campeão dos 80 metros). Em 1970, estreou-se nos juniores do Benfica, um ano depois saltou para o plantel principal e justificou em pleno a aposta num período áureo pelos encarnados onde ganhou quatro Campeonatos e uma Taça em cinco temporadas até 1976.
Em 1976, depois de uma época com Mário Wilson no comando em que as águias se sagraram campeãs nacionais e foram aos quartos da Taça dos Clubes Campeões Europeus, Jordão sagrou-se o melhor marcador nacional com 30 golos em 28 jogos no Campeonato (mais um do que Nené, com quem formou uma dupla temível).
Os espanhóis do Saragoça investiram 9.000 contos na sua contratação em 1976/77 onde marcou 14 golos em 33 jogos.
Jogou no Sporting Clube de Portugal, de 1977/78 a 1986/87, e no Vitória de Setúbal, de 1987/88 a 1988/89.
Apesar das lesões graves que sofreu, em especial duas onde teve fratura de tíbia e perónio, Jordão marcou um total de 184 golos em 262 jogos, tendo conquistado dois Campeonatos (o primeiro em 1980, onde foi de novo o melhor marcador da prova com 31 golos), duas Taças de Portugal e uma Supertaça. Entre alguns dos jogos mais marcantes estiveram um dérbi com o Benfica onde apontou um hat-trick ou os cinco golos na receção ao Rio Ave na festa do título, ambos no decorrer da temporada de 1981/82. Deixou Alvalade em 1986, já com 34 anos, para terminar a carreira, algo que sofreu uma reviravolta depois do pedido do amigo Manuel Fernandes.
Terminou a carreira em Setúbal, em 1989.
Depois de se aposentar, Rui Jordão se afastou do mundo do futebol e se tornou pintor e escultor. Rui Jordão morreu em 18 de outubro de 2019 aos 67 anos de idade, depois de ser hospitalizado por problemas cardíacos em Cascais. Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, disse em comunicado que estava "inigualável".

Seleção[editar | editar código-fonte]

Foi internacional por 43 vezes, marcando 15 golos, de 1972 a 1989. Jogou na Taça da Independência do Brasil, em 1972, e na fase final do Campeonato da Europa de 1984. Marcou os dois golos na meia-final com a França (1-2).[1]

Fora dos relvados[editar | editar código-fonte]

Após a carreira como futebolista, Jordão tornou-se pintor.
Em 2001, concluiu Pintura e Desenho, Introdução à Historia da Arte, Historia da Arte do século XX, Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea, na Sociedade Nacional de Belas-Artes em Lisboa.

Referências

  1.  «Elenco POR'84 na Sports Reference». Consultado em 13 de fevereiro de 2016

CARLOS MALHEIRO DIAS - HISTORIADOR - MORREU EM 1941 - 19 DE OUTUBRO DE 2019

Carlos Malheiro Dias

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Carlos Malheiro Dias
Nascimento13 de agosto de 1875
PortoPortugal
Morte19 de outubro de 1941 (66 anos)
LisboaPortugal
Nacionalidadeportuguês
OcupaçãoJornalistacronistaromancistacontistapolítico e historiador
Magnum opusA verdade nua
Assinatura
Assinatura Carlos Malheiro Dias.svg
Carlos Malheiro Dias, também conhecido como Carlos Dias e como Carlos Malheiros Dias GOC • GCC (Porto13 de agosto de 1875 — Lisboa19 de outubro de 1941), foi um jornalistacronistaromancistacontistapolítico e historiador português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Estudou no Liceu de Lamego, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde apenas iniciou o curso de Direito, e na Universidade de Lisboa, onde concluiu a licenciatura no Curso Superior de Letras.
Filho de pai português e mãe brasileira, repartiu entre os dois países a sua vocação literária. Seguiu para o Rio de Janeiro em 1893, iniciando a sua vida literária colaborando em jornais da capital da jovem república brasileira.
A sua primeira publicação, o romance naturalista A Mulata (1896), sobre o baixo mundo do Rio de Janeiro, cuja personagem principal é uma prostituta, foi recebido violentamente pela crítica, que o considerou um insulto para a época, tendo sido adjetivado de "livro infame, em que nada do Brasil escapara ao insulto" e uma verdadeira "enxurrada de lama".
Diante da reação desfavorável, o autor voltou para Portugal, onde ingressou na políticaMonárquico militante, foi Deputado entre 1897 e 1910.
Com a Proclamação da República Portuguesa (1910), exilou-se voluntariamente no Brasil, onde viveu até 1935. Quando do seu retorno em 1910, a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro ofereceu-lhe, na conceituada Confeitaria Colombo, um jantar de homenagem e de desagravo pelas hostilidades ocorridas quando da publicação do seu primeiro e polêmico romance. Compareceram políticos, escritores e e representantes da classe conservadora, todos vaiados por um grupo de jornalistas, poetas e jovens intelectuais na rua do Ouvidor, à porta da Colombo, inclusive Rui Barbosa que, embora recebido em respeitoso silêncio, ao adentrar a confeitaria, ouviu o protesto do poeta Bastos Tigre, que lhe gritou: "Não sou tigre de tapete!"
A comunidade portuguesa no Brasil ofereceu-lhe, também, a moradia onde viveu, em Lisboa, na Avenida do Brasil, perto do Campo Grande, e que hoje já não existe.
A 2 de Junho de 1919 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo, tendo sido elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem a 13 de Junho do mesmo ano.[1]
Abandonou posteriormente a ficção e passou para a historiografia e temas cívicos e políticos. Coordenou a publicação da monumental História da Colonização Portuguesa do Brasil (1921), com reconhecida maestria, em que confluíram o realismo historicista e o neorromantismo nacionalista. Fundou e dirigiu a famosa revista carioca O Cruzeiro (1928).
Além de ter sido diretor da revista Ilustração Portuguesa[2] e codiretor de O Domingo Ilustrado[3] (1925-1927), colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas publicações periódicas Branco e Negro [4] (1896-1898), Brasil- Portugal[5] (1899-1914), Serões[6] (1901-1911), Revista do Conservatório Real de Lisboa [7] (1902), Atlantida[8] (1915-1920), Contemporânea[9] (1915-1926), Homens Livres [10] (1923), Lusitânia [11] (1924-1927), Feira da Ladra [12] (1929-1943) e no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas [13] (1941-1945).
Foi também um dos fundadores da Academia Portuguesa de História (1936), considerada sucessora da Academia Real de História Portuguesa. Foi membro-correspondente da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo a Eça de Queiroz. Romancista, contista e cronista, é considerado um dos maiores e mais talentosos escritores portugueses da geração seguinte à do autor de O primo Basílio.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • 1895 - Cenários (romance e novela)
  • 1896 - A Mulata (romance e novela)
  • 1897 - Corações de Todos (teatro)
  • 1900 - O Filho das Ervas (romance e novela)
  • 1901 - Os Teles de Albergaria(romance e novela)
  • 1902 - A Paixão de Maria do Céu(romance e novela)
  • 1905 - O Grande Cagliostro(romance e novela)
  • 1907 - A Vencida (conto)
  • 1913 - Inimigos (teatro)
  • 1916 - A verdade nua
  • 1919 - A Esperança e a Morte
  • 1934 - Pensadores brasileiros(pequena antologia)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • LUFT, Celso Pedro. Dicionário de literatura portuguesa e brasileira (2ª ed.). Rio de Janeiro: Ed. Globo, 1969.
  • MENEZES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro (2ª ed.). LTC, 1978.
  • NUNES, Teresa, Carlos Malheiro Dias. Um monárquico entre dois regimes. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2009. ISBN 978-989-658-032-2.

Referências

  1.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Carlos Malheiro Dias". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 8 de fevereiro de 2016
  2.  Illustração portugueza (1903-1923) cópia digital, Hemeroteca Digital
  3.  Rita Correia (10 de Novembro de 2007). «Ficha histórica: O Domingo Ilustrado (1925-1927)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Outubro de 2014
  4.  Rita Correia (1 de Fevereiro de 2012). «Ficha histórica: Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 21 de Janeiro de 2015
  5.  Rita Correia (29 de Abril de 2009). «Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914).» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 26 de Junho de 2014
  6.  Serões: revista semanal ilustrada (1901-1911) cópia digital, Hemeroteca Digital
  7.  Helena Roldão (7 de novembro de 2014). «Ficha histórica:Revista do Conservatório Real de Lisboa: publicação mensal ilustrada (1902)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de julho de 2015
  8.  Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil (1915-1920)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014
  9.  Contemporânea [1915]-1926 cópia digital, Hemeroteca Digital
  10.  Rita Correia (6 de fevereiro de 2018). «Ficha histórica:Homens livres (1923)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de março de 2018
  11.  Rita Correia (5 de Novembro de 2013). «Ficha histórica: Lusitania : revista de estudos portugueses (1924-1927)»(pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Dezembro de 2014
  12.  «Feira da ladra : revista mensal ilustrada (1929-1942), Tomo IX, páginas 204 a 206» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 24 de fevereiro de 2015
  13.  Rita Correia (30 de julho de 2019). «Ficha histórica:Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de outubro de 2019

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