domingo, 11 de fevereiro de 2024

DIA NACIONAL DO DOENTE - 11 DE FEVEREIRO DE 2024

 

Doença

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Micrografia eletrónica de varrimento de Mycobacterium tuberculosis, uma bactéria que causa tuberculose

Uma doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e a estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por um trauma físico externo. Doenças são frequentemente interpretadas como condições médicas que são associadas a sintomas e sinais específicos. Uma doença pode ser causada por fatores externos tais como agentes patogénicos ou por disfunções internas. Pode se entender que doença é a apresentação de anormalidades na estrutura e no funcionamento de um organismo, afetando-o de forma negativa. Por exemplo, disfunções internas do sistema imunológico podem produzir uma variedade de diferentes doenças, inclusive várias formas de imunodeficiênciahipersensibilidadealergias e desordens ou transtornos autoimunes.

Em humanos, doença é frequentemente usada amplamente para se referir a qualquer condição que causa dordisfunção, desconforto, sentimento de incapacidade, anormalidades negativas e problemas sociais ou morte à pessoa afligida, ou problemas similares àqueles em contacto com a pessoa. Neste sentido mais amplo, às vezes inclui traumas físicosdeficiênciastranstornossíndromesinfeçõessintomas isolados, comportamentos anormais e variações atípicas de estruturas e funções, enquanto em outros contextos e para outros propósitos podem ser consideradas categorias distinguíveis. Doenças podem não somente afetar pessoas fisicamente, como também mentalmente, como a contração e a convivência com uma doença podem alterar a perspetiva de vida de uma pessoa afetada.

Morte devido a doença é chamada de morte por causas naturais. Há quatro tipos principais de doença: doenças infeciosas, doenças de deficiência, doenças hereditárias (o que inclui tanto doenças genéticas quanto doenças hereditárias não-genéticas) e doenças fisiológicas. Doenças podem também ser classificadas de outras maneiras, tais como doenças transmissíveis versus não-transmissíveis. As doenças mais mortais em humanos são a doença arterial coronária (obstrução do fluxo sanguíneo), seguida de doença cerebrovascular e infeções respiratórias agudas. Em países desenvolvidos, as doenças que causam a maior moléstia em geral são condições neuropsiquiátricas, tais como depressão e ansiedade.

O estudo de doença é chamado patologia, que inclui o estudo de etiologia, ou causa.

Conceitos de doença

Doença é um conceito complexo e multifacetado:[1]

  • conceito do senso comum: a palavra tem em linguagem quotidiana diferentes significados, muitas vezes distintos do significado médico;
  • conceito jurídico: doenças dão a seus portadores determinados direitos (ex. não ir ao trabalho) e implica deveres para várias instituições (seguros de saúde, previdência social, empregador);
  • conceito social: ser "doente" implica um determinado papel social que provoca em outras pessoas compaixão, atenção, apoio; além disso certos tipos de comportamento geralmente indesejáveis são aceitos (resmungar, não participar de atividades sociais);
  • conceito acional (Handlungsbegriff): ter uma doença conduz a um determinado tipo de comportamento e a determinadas ações (procurar um médico, tratamento);
  • conceito profissional: a classificação de um fenômeno como doença implica que somente algumas classes profissionais podem realizar seu tratamento

Conceito médico

Por ter tantos usos e significados diferentes faz-se necessária uma definição pelo uso científico do termo. O conceito de doença compõem-se, segundo Häfner (1981,[2] 1983[3]), de dois componentes:

  1. o distúrbio de funções, grupos de funções ou de sistemas interpessoais;
  2. o estado não é proposital – "doença" implica incapacidade. Além disso ele é formado em diferentes níveis:
    1. a manifestação;
    2. o desenvolvimento da doença, que caracteriza o "estar doente" (Kranksein);
    3. o conhecimento dos órgãos afetados e do contexto patológico, de forma a se compreender como os primeiros níveis se influenciam mutuamente;
    4. o conhecimento das causas do contexto patológico.

Somente quando todos esses níveis são conhecidos pode-se falar de nosologia.

Conceito bio-psicossocial

O conceito de doença descrito acima é o chamado "conceito médico". Ele localiza a doença dentro do indivíduo e a define como um fenômeno isolado, com causas biológicas e muitas vezes a ser tratado com medicamentos. Críticas contra esse conceito foram levantadas por várias ciências sociais (sociologiaantropologiaciências da saúde, psicologia da reabilitação, etc.): uma doença não influencia somente o indivíduo, mas todas as pessoas que estão em contato com ele (família, amigos); além disso ela tem não apenas consequências biológicas, mas sociais (isolamento, preconceito, estereotipificação, etc.) e provocam muitas vezes mudanças no sistema social. Por isso se fala hoje de um conceito bio-psicossocial, ou seja uma doença deve ser vista sob diferentes pontos de vista, de acordo com os diferentes fatores que a influenciam:[4]

  • fatores biológicos – como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral, o funcionamento do organismo e o metabolismo, etc.;
  • fatores psicológicos – como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.;
  • fatores socioculturais – como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, modelos de papéis sociais, etc.

A literatura sobre sociologia médica em língua inglesa costuma diferenciar esses diferentes aspectos da doença com o uso de três termos distintos (que no inglês quotidiano são usadas como sinônimos):[5]

  • disease é a parte médica e técnica;
  • illness refere-se à experiência pessoal da pessoa doente;
  • sickness refere-se ao aspecto social e relacional da doença.

Significado social da doença

obesidade foi um símbolo de status na cultura do Renascimento: "O General Toscano Alessandro del Borro", atribuído a Andrea Sacchi, 1645.[6] É agora geralmente considerada como uma doença.

Uma condição pode ser considerada uma doença em algumas culturas e épocas, mas não em outras. Condições tais como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e a obesidade são consideradas doenças por parte de alguns países desenvolvidos, mas têm sido considerados de forma diferente em outras culturas. Por exemplo, a obesidade também pode representar riqueza e abundância e é um símbolo de status em áreas propensas à fome e alguns lugares mais atingidos pela caquexia decorrente da AIDS.[7]

A doença confere a legitimação social de determinados benefícios, como auxílio-doença, desnecessidade de comparecer ao trabalho e recebimento de cuidadas por outras pessoas. Em contrapartida, existe uma obrigação por parte do doente a procurar tratamento e trabalho para voltar a ficar bem. Como comparação, considere-se a gravidez, que não é normalmente interpretada como uma doença ou uma enfermidade. Por outro lado, é considerada pela comunidade médica como uma condição que exige cuidados médicos.

A identificação de uma condição como uma doença, ao invés de simplesmente como uma variação da estrutura ou funcionalidade humana, pode ter importantes implicações sociais ou econômicas. Os reconhecimentos controversos como doenças do transtorno de estresse pós-traumático, também conhecido como o "coração do soldado", "choque de stress do combate" ou "fadiga do combate", da lesão por esforço repetitivo e da síndrome da Guerra do Golfo teve uma série de efeitos positivos e negativos sobre as finanças e outras responsabilidades governamentais, empresas e instituições para indivíduos, assim como sobre os próprios indivíduos. A implicação social de considerar o envelhecimento como uma doença pode ser profunda, embora esta classificação não está ainda generalizada. Os leprosos eram um grupo de indivíduos socialmente evitados ao longo da história, e o termo "leproso" ainda evoca estigma social. O medo da doença pode ainda ser um fenômeno social amplo, embora nem todas as doenças evocam um estigma social extremo.

Ver também

Referências

  1.  Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie. Bern: Huber.
  2.  Häfner, H. (1981). "Der Krankheitsbegriff in der Psychiatrie". In: R. Degwitz & H. Sidow (Hrsg.), Zum umstrittenen psychiatrischen Krankheitsbegriff. Standorte der Psychiatrie Bd. 2, München: Urban & Schwarzenberg, p. 16-54.
  3.  Häfner, H. (1983). "Allgemeine und spezielle Krankheitsbegriffe in der Psychiatrie". Nervenarzt, 54, 231-238.
  4.  Myers, David G. (2008). Psychologie. Heidelberg: Springer.
  5.  Schweitzer, Jochen & Schlippe, Arist von (2006). Lehrbuch der systemischen Therapie und Beratung. Band: 2, Das störungsspezifische Wissen. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht.
  6.  Carol Gerten-Jackson. «The Tuscan General Alessandro del Borro». Consultado em 31 de agosto de 2010. Arquivado do original em 11 de outubro de 2014
  7.  Haslam DW, James WP (2005). «Obesity». Lancet366 (9492): 1197–209. PMID 16198769doi:10.1016/S0140-6736(05)67483-1

Bibliografia

  • Myers, David G. (2008). Psychologie. Heidelberg: Springer. ISBN 978-3-540-79032-7 (Original: Myers (2007). Psychology, 8th Ed. New York: Worth Publishers.)
  • Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie. Bern: Huber. ISBN 3-456-84241-4
  • Schweitzer, Jochen & Schlippe, Arist von (2006). Lehrbuch der systemischen Therapie und Beratung. Band: 2, Das störungsspezifische Wissen. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht. ISBN 3-525-46256-5
  • Antonovsky, A. (1979). Health, stress, and coping: new perspectives on mental and physical well-being. San Francisco: Jossey-Bass.
  • Aron, E., & Aron, A. (1987). The influence of inner state on self-reported long term happiness. Journal of Humanistic Psychology, 27, 248-270.
  • Blaxter, M. (1990). Health and Lifestyles. London: Tavistock.
  • Bolander, V.B. (1998). Enfermagem fundamental: abordagem psicofisiológica (pp. 32–52). Lisboa: Lusodidacta.
  • Breslow, L. (1987). Some fields of application for health promotion and disease prevention. In T. Abelin, Z.J. Brzezinski, & D.L. Carstairs (Eds.), Measurement in health promotion and protection (Nº 22, pp. 47–60). Copenhagen: World Health Organization Regional Office for Europe.
  • Calnan, M. (1987). Health and Illness: The lay perspective. London: Tavistock.
  • Cornwell, J. (1984). Hard-Earned Lives: Accounts of health and illness from East London. London: Tavistock.
  • Dean, K. (1990). Nutrition education research in health promotion. Journal of the Canadian Dietetic Association, 51(4), 481-484.
  • Diener, E. (1984). Subjective Well-being. Psychological Bulletin, 95 (3), 542-575.
  • Dubos, R. (1980). Man adapting. New Haven: Yale University Press.
  • Engel, G.L. (1977). The need for a new medical model: a challenge for biomedicine. Science, 196, 129-136.
  • Goodstadt, M.S., Simpson, R.I., & Loranger, P. (1987). Health promotion: a conceptual integration. American Journal of Health Promotion, 1 (3), 58-63.
  • Helman, C. (1978). Feed a cold and starve a fever: Folk models of infection in na English suburban community, and
  • Herzlich, C. (1973). Health and Iillness: A Social-Psychological Analysis. New York: Academic Press.
  • Kaplan, R. (1984). The connection between clinical health promotion and health status. American Psycholgy, 39 (7), 755-765.
  • Laderman, C. (1987). The ambiguity of symbols in the structure of healing. Social Science and Medicine, 24, 293-301.
  • Lalond, M. (1974). A new perspective on the health of Canadians. Ottawa; Minister of National Health and Welfare.
  • Mayer, E. (1988). Toward a New Philosophy of Biology. Cambridge: Harvard University Press.
  • McIntyre, T.M. (1994). A psicologia da saúde: Unidade na diversidade. In T.M. MacIntyre (Ed.), Psicologia da saúde: áreas de intervenção e perspectivas futuras (pp. 17–32). Braga: APPORT.
  • McQueen, D. (1987). A research programme in lifestyle and health: methodological and theoretical considerations. Revue of Epidémiology et Santé Publique, 35, 28-35.
  • Ramos, V. (1988). Prever a medicina das próximas décadas: Que implicações para o planeamento da educação médica?. Acta Médica Portuguesa, 2, 171-179.

Ligações externas

Wikiquote
Wikiquote possui citações de ou sobre: Doença
Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Doença
Wikinotícias
Wikinotícias tem uma ou mais notícias relacionadas com este artigo: Categoria:Doenças

FESTA DE NOSSA SENHORA DE LURDES - 11 DE FEVEREIRO DE 2024

 

Nossa Senhora de Lourdes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Lourdes.
Nossa Senhora de Lourdes
A imagem de Nossa Senhora encontrada na gruta onde apareceu a Santa Bernadette Soubirous
Venerada pelaIgreja Católica
Principal igrejaSantuário de LourdesFrança
Festa litúrgica11 de fevereiro
AtribuiçõesAparição mariana presenciada por Santa Bernardete Soubirous
Padroeira dedoentes

Nossa Senhora de Lourdes é uma das invocações marianas atribuídas à Virgem Maria e que surgiu com base nos relatos das aparições que foram presenciadas por Santa Bernardete Soubirous, numa gruta de Lourdes, na França. Ocorreram no ano previsto por Nossa Senhora de La Salette, também em França, em 1846, doze anos antes, e foram reconhecidas pela Igreja Católica.

História

As aparições de Nossa Senhora de Lourdes começaram no dia 11 de fevereiro de 1858, quando Santa Bernadette Soubirous, com 14 anos de idade, foi questionada por sua mãe, pois afirmava ter visto uma "dama" na gruta de Massabielle, cerca de uma milha da cidade, enquanto ela estava recolhendo lenha com a irmã e uma amiga.[1] A "dama" também apareceu em outras ocasiões para Santa Bernadette.

Santa Bernadette Soubirous, a vidente de Nossa Senhora em Lourdes.

Santa Bernadette Soubirous foi canonizada como santa. A primeira aparição da "Senhora", relatada por ela foi em 11 de fevereiro. O Papa Pio IX autorizou o bispo local para permitir a veneração da Virgem Maria em Lourdes, em 1862.

Pintura que retrata a aparição da Virgem Maria a Bernadette Soubirous em Lourdes.
A gruta de Massabielle, em Lourdes, onde ocorreram as aparições de Nossa Senhora.

Em 11 de Fevereiro de 1858, Santa Bernadette Soubirous foi com a irmã Toinette e Jeanne Abadie para recolher um pouco de lenha, a fim de vendê-la e poder comprar pão. Quando ela tirou os sapatos e as meias para atravessar a água, junto à das gruta de Massabielle, ela ouviu o som de duas rajadas de vento, mas as árvores e arbustos não se mexaram. Santa Bernadette viu uma luz na gruta e uma menina, tão pequena como ela, vestida de branco, com uma faixa-azul presa em sua cintura com um rosário em suas mãos em oração e rosas de ouro amarelo, uma em cada pé. Santa Bernadette tentou manter isso em segredo, mas Toinette disse a mãe. Por essa razão ela e sua irmã receberam castigo corporal pela sua história.[2][3] Três dias depois, Santa Bernadete voltou à gruta com as outras duas meninas. Ela trouxe água benta para utilizar na aparição, a fim testá-la e saber se não "era maligna", porém a visão apenas inclinou a cabeça com gratidão, quando a água foi dada a ela.[4]

Em 18 de fevereiro, ela foi informada pela senhora para retornar à gruta, durante um período de duas semanas. A senhora teria dito: "Eu prometo fazer você feliz não neste mundo, mas no próximo".[5] Após a notícia se espalhar, as autoridades policiais e municipais começaram a ter interesse. Santa Bernadette foi proibida pelos pais e o comissário de polícia Jacomet para ir lá novamente, mas ela foi assim mesmo. No dia 24 de Fevereiro, a aparição pediu oração e penitência pela conversão dos pecadores. No dia seguinte, a aparição convidou Santa Bernadette a cavar o chão e beber a água da nascente que encontrou lá. Como a notícia se espalhou, essa água, foi administrada em pacientes de todos os tipos, e muitas curas milagrosas foram noticiadas. Sete dessas curas foram confirmados como desprovidas de qualquer explicação médica pelo professor Verges, em 1860. A primeira pessoa com um milagre certificado era uma mulher, cuja mão direita tinha sido deformada em conseqüência de um acidente. O governo vedou a Gruta e emitiu sanções mais duras para alguém que tentasse chegar perto da área fora dos limites. No processo, as aparições de Lourdes tornaram-se uma questão nacional na França, resultando na intervenção do imperador Napoleão III, com uma ordem para reabrir a gruta em 4 de Outubro de 1858. A Igreja decidiu ficar completamente longe da polêmica.

Santa Bernadette, conhecendo as localidades bem, conseguiu visitar a gruta à noite, mesmo quando vedada pelo governo. Lá, em 25 de março, a aparição lhe disse: "Eu sou a Imaculada Conceição" ("Je suis l'Immaculée Conception."). No domingo de Páscoa, 7 de abril, o médico examinou a jovem santa e observou que suas mãos seguravam uma vela acesa e mesmo assim não possuiam quaisquer queimaduras.[6] Em 16 de Julho, Santa Bernadette foi pela última vez à Gruta e relatou que "Eu nunca a tinha visto tão bonita antes".[6] A Igreja, diante de perguntas de nível nacional, decidiu instituir uma comissão de inquérito, em 17 de Novembro de 1858. Em 18 de Janeiro de 1860, o bispo local declarou que: "A Virgem Maria apareceu de facto a jovem Bernadette Soubirous".[6] Estes eventos estabeleceram o culto mariano de Lourdes, que, juntamente com Fátima e Aparecida, é um dos santuários marianos mais freqüentados no mundo, ao qual viajam anualmente entre 4 e 6 milhões de peregrinos.

A veracidade das aparições de Lourdes não são um artigo de fé para os católicos, porém a Igreja Católica permite a veneração da aparição de Nossa Senhora em Lourdes para instrução e utilidade dos fiéis.[7][8] Não obstante todos os últimos Papas visitaram este local. Bento XVPio XI e João XXIII foram quando ainda eram bispos, Pio XII, como delegado papal. Ele também declarou uma peregrinação a Lourdes em uma encíclica na comemoração sobre o 100º aniversário das aparições, completados em 1958São João Paulo II visitou Lourdes três vezes e o Papa Bento XVI concluiu uma visita lá em 15 de setembro de 2008 para comemorar o 150º aniversário das aparições em 1858.

Posição da Igreja Católica

Santuário de Nossa Senhora de Lourdes.

Em 18 de janeiro de 1862, Dom Laurence, bispo de Tarbes, deu a declaração solene: "Inspirados pela Comissão composta por sábios, doutores e experientes sacerdotes que questionaram a criança, estudaram os fatos, examinaram tudo e pesaram todas as provas. Chamamos também a ciência, e estamos convencidos de que as aparições são sobrenaturais e divinas, e que por conseqüência, o que Santa Bernadette viu foi a Santíssima Virgem Maria. Nossas convicções são baseadas no depoimento de Santa Bernadette, mas, sobretudo, sobre as coisas que têm acontecido, coisas que não podem ser outra coisa senão uma intervenção divina."[9]

A Igreja Católica celebra uma missa em honra de Nossa Senhora de Lourdes (memória facultativa), em muitos países, em 11 de fevereiro de cada ano - o aniversário da primeira aparição. Havia uma longa tradição de interpretar o Cântico dos Cânticos (4,7) - "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti", como uma alegoria à Imaculada Conceição e às aparições de Lourdes, isso até a reforma litúrgica na sequência do Concílio Vaticano II.

O Santuário

Ver artigo principal: Santuário de Lourdes
O Santuário de Lourdes e o rio Gave.

O Santuário de Nossa Senhora de Lourdes é um complexo religioso com várias igrejas e outras instituições construída em torno da Gruta de Massabielle, na cidade de Lourdes, em França. Este terreno é uma propriedade administrada pela Igreja Católica e tem várias funções, incluindo atividades devocionais, escritórios e alojamentos para peregrinos doentes e seus ajudantes. O Santuário inclui a gruta e a fonte de Massabielle, torneiras próximas que dispensam a água milagrosa de Lourdes, e os escritórios do departamento médico de Lourdes, bem como várias capelas, igrejas e basílicas. Compreende uma área de 51 hectares, e inclui 22 lugares distintos de culto.[10] Há seis línguas oficiais faladas no Santuário: francêsinglêsitalianoespanholholandês e alemão.

A afluência internacional de peregrinos católicos que chegam ao santuário dá-se, sobretudo, via aérea, através do Aeroporto de Tarbes-Lourdes-Pirenéus.

Na cultura popular

Em 1943, a história se tornou a base do filme A Canção de Santa Bernadette. Jennifer Jones interpretou Bernadete, enquanto Linda Darnell retratou a Virgem Maria. O filme ganhou vários prêmios da Academia, incluindo um Oscar de Melhor Atriz por Jones. Na primeira cerimónia dos Globos de Ouro em 1944, Jones recebeu o prêmio de melhor atriz e o filme ganhou o Melhor Filme.

Ver também

Referências

  1.  «Catholic Online: Apparitions of Our Lady of Lourdes First Apparition». Consultado em 22 de agosto de 2009. Arquivado do original em 12 de abril de 2005
  2.  L Laurentin, Lourdes, Marienlexikon, Eos Verlag, Regenburg, 1988, 161
  3.  Harris, Ruth. Lourdes, Allen Lane, London, 1999, p 4
  4.  Harris 4
  5.  Laurentin 161
  6. ↑ Ir para:a b c Lautetin 162
  7.  “A aprovação (de aparições) não é mais do que a permissão de as publi­car, para instrução e utilidade dos fiéis, depois de maduro exame. Pois estas revelações assim aprovadas, ainda que não se lhes dê nem possa dar um assentimento de fé católica, devem contudo ser recebidas com fé humana segundo as normas da prudência, que fazem de tais revelações objeto provável e piedosamente aceitável” (De Servorum Dei Beatificatione II, c. 32, 11)
  8.  Catecismo da Igreja Católica, n. 67
  9.  Lourdes France: The encounters with the Blessed Virgin Mary
  10.  «Bienvenue au Sanctuaire Notre-Dame de Lourdes (France)» (em francês). Consultado em 2 de maio de 2022

Ligações externas

Etiquetas

TABELA CLASSIFICATIVA DO CAMPEONATO DA 1ª LIGA DE FUTEBOL - 19 DE MAIO DE 2024

  Tabela classificativa Pos Equipe Pts J V E D GP GC SG Classificação ou descenso 1 Sporting   (C, Q) 90 34 29 3 2 96 29 +67 Fase de liga da...

Arquivo do blogue

Seguidores

Pesquisar neste blogue