sábado, 4 de novembro de 2023

SÃO CARLOS BORROMEU - 4 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Carlos Borromeu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos Borromeu
Santo da Igreja Católica
Arcebispo de Milão
São Carlos Borromeu pintado por Giovanni Ambrogio Figino
Atividade eclesiástica
DioceseArquidiocese de Milão
Nomeação7 de fevereiro de 1560
PredecessorGiovanni Angelo Cardeal de’ Medici
SucessorGaspare Visconti
Mandato1560 - 1584
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral4 de setembro de 1563
por Federico Cesi
Ordenação episcopal7 de dezembro de 1563
por Giovanni Antonio Serbelloni
Nomeado arcebispo12 de maio de 1564
Cardinalato
Criação31 de janeiro de 1560
por Papa Pio IV
OrdemCardeal-diácono (1560-1563)
Cardeal-presbítero (1563-1584)
TítuloSantos Vito, Modesto e Crescência (1560)
Santos Silvestre e Martinho nos Montes (1560-1564)
Santa Praxedes (1564-1584)
Brasão
LemaHumilitas
Santificação
Beatificação16 de setembro de 1602
por Papa Clemente VIII
Canonização1 de novembro de 1610
por Papa Paulo V
Veneração porIgreja Católica
Principal temploCatedral de São Carlos Borromeu em São Carlos (São Paulo)
Igreja de São Carlos em VienaÁustria
Festa litúrgica4 de novembro
PadroeiroSão Carlos,
Lagoa da Prata e Seminaristas
Dados pessoais
NascimentoAronaDucado de Milão
2 de outubro de 1538
MorteMilãoDucado de Milão
3 de novembro de 1584 (46 anos)
Nacionalidadeitaliano
ProgenitoresMãe: Margherita de Medici
Pai: Gilberto Borromeo
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

São Carlos Borromeu (Arona2 de outubro de 1538 — Milão3 de novembro de 1584) foi um Cardeal italiano e Arcebispo de Milão, sendo o primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica.

Biografia

Era filho do Conde Gilberto Borromeo e de Margherita de Medici, irmã do Papa Pio IV (1559-1565), do qual era, portanto, sobrinho.

Carlos recebeu ótima formação humana e cristã, de forma que estudou na Universidade de Pavia e destacou-se pela facilidade de administrar e tratar as pessoas. Chamado a Roma, pelo tio Papa, São Carlos mesmo antes de receber os Sacramentos da Ordem, aceitou a nomeação e responsabilidades de Cardeal e Arcebispo de Milão, num tempo em que a Igreja abria-se para sua renovação interna.

Bispo que tornou-se para a Igreja um modelo de pastor e caridade, já que se consumiu por inteiro pela guarda e salvação das almas. Ele, logo após ter auxiliado o Papa e tê-lo motivado para colocar em prática todo o inspirado conteúdo do Concílio de Trento (1545-1563), assumiu com todo o ardor a missão de obedecer as decisões que levaram à contra-reforma, o qual respondia as necessidades da Igreja daquela época, e também levar a todos os fiéis da diocese de Milão para o Cristo. Lutou contra o protestantismo nos vales suíços, impondo estritamente os ditames do Concílio de Trento. Em sua visita pastoral no Vale da Mesolcina (Suíça), mandou prender mais de 150 pessoas por feitiçaria. Quase todos abandonaram a religião protestante após a tortura, preferindo abjurar para salvar suas vidas; entretanto, doze mulheres e um reitor foram condenados à fogueira na qual foram jogados de cabeça para baixo.

Virgem Maria em apoio a Carlos Borromeu - Teto pintado por Johann Michael Rottmayr (1654-1730) para a Karlskirche, Viena.
Catedral Diocesana de São Carlos, em São CarlosBrasil, é dedicada a São Carlos Borromeu
Igreja de São Carlos, em VienaÁustria, é dedicada a São Carlos Borromeu

Determinado, foi o primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica; impulsionou a boa empresa e assistiu com seu zelo e apostolado santo toda a sua região além de ajudar na Evangelização de outras áreas da Europa, desta maneira deu sua vida a Deus gastando-se totalmente pelo bem dos outros e da Igreja.

Sentindo-se atraído pela vida contemplativa, pensou em renunciar à arquidiocese. Mas seu amigo o Venerável Dom Frei Bartolomeu dos Mártiresarcebispo de Braga, dissuadiu-o dessa idéia, convencendo-o de que, naquele século em que o alto Clero tantas vezes dava mau exemplo, seria melhor que ele, altamente colocado na escala social e ademais sobrinho de um Papa, desse o bom exemplo de vida santa como arcebispo. Foi o que fez São Carlos Borromeu, modelo perfeito de pastor-de-almas zeloso, que aplicou em Milão as reformas ordenadas pelo Concílio de Trento.

Bento XVI a ele referindo-se [1] afirmou:

Sua figura destaca-se no século XVI como modelo de pastor exemplar pela caridade, doutrina, zelo apostólico e sobretudo, pela oração. Dedicou-se por completo à Igreja ambrosiana: a visitou três vezes; convocou seis sínodos provinciais e onze diocesanos; fundou seminários para formar uma nova geração de sacerdotes; construiu hospitais e destinou as riquezas de família ao serviço dos pobres; defendeu os direitos da Igreja contra os poderosos; renovou a vida religiosa e instituiu uma nova Congregação de sacerdotes seculares, os Oblatos. (...) Seu lema consistia em uma só palavra: "Humilitas". A humildade o impulsionou, como o Senhor Jesus, a renunciar a si mesmo para fazer-se servo de todos".

Carlos Borromeu é o santo protetor dos catequistas.

Referências

  1.  (Audiência do Angelus na praça de São Pedro em 4 de dezembro de 2007, Vatican Information Service Ano XVII - Num. 187)

Ver também

Ligações externas

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SÃO MARTINHO DE PORRES - 4 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Martinho de Porres

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Martinho de Porres
Santo / Religioso Dominicano
Nascimento9 de dezembro de 1579
LimaPeru
Morte3 de novembro de 1639 (59 anos)
LimaPeru
ProgenitoresMãe: Ana Velásquez
Pai: João de Porres
Veneração porIgreja Católica
Beatificação29 de outubro de 1837
Roma
por Papa Gregório XVI
Canonização6 de maio de 1962
Roma
por Papa João XXIII
Festa litúrgica3 de novembro
 Portal dos Santos

Martinho de Porres, ou Martinho de Lima, (Lima9 de dezembro de 1579 — Lima3 de Novembro de 1639) foi um religioso e santo peruano.[1] É considerado o padroeiro dos barbeiros[2] e dos mestiços católicos. A sua festa litúrgica é celebrada em 3 de Novembro.[2][3]

Era filho ilegítimo de João de Porres, nobre espanhol pertencente à Ordem de Alcântara e de Ana Velásquez, negra alforriada. Segundo o jornalista peruano Marco Aurelio Denegri, seu pai chamava-se na realidade João de Porras. Devido ao uso vulgar da palavra "porra"[4][5] em países lusófonos, a Igreja Católica teria mudado o nome para "Porres".[6]

Biografia

Infância

Ainda na infância foi reconhecido pelo pai, bem como a sua irmã Joana, tendo ambos sido levados para Guayaquil, onde ocupava um cargo na administração local. Quatro anos depois, foi o seu pai nomeado governador do Panamá, pelo que enviou o filho à mãe, em Lima (atual Peru), deixando a filha sob os cuidados de outros parentes.

Martinho de Porres tornou-se aprendiz de Mateo Pastor, que exercia o ofício de cirurgiãodentista e barbeiro. Foi ali que o jovem mestiço aprendeu os rudimentos de medicina, que depois lhe seriam tão úteis no convento.

Vida religiosa

Aos 15 anos, resolveu dedicar-se à vida religiosa,[2] tentando entrar num convento da Ordem de São Domingos, o que não foi fácil dada a sua condição de pobre e mestiço. Foi no convento de Nossa Senhora do Rosário que Martinho quis entrar na qualidade de doado, isto é, quase escravo, aceitando servir, não como frade, mas como irmão cooperador, o lugar mais baixo na hierarquia da Ordem. Comprometeu-se a servir toda a vida, sem nenhum vínculo com a comunidade, e com o único benefício de vestir o hábito religioso.

Após o primeiro ano de prova, recebeu o hábito de cooperador. Mas isso não agradou ao orgulhoso pai, de quem levava o sobrenome. Dom João pediu aos superiores dominicanos que recebessem Martinho, de tão ilustre estirpe pelo lado paterno, ao menos na qualidade de irmão leigo. Ora, isso era contra as constituições da época, que não permitiam receber na Ordem pessoas de cor. O Superior quis que o próprio Martinho decidisse. “Eu estou contente neste estado e é meu desejo imitar o mais possível a Nosso Senhor, que se fez servo por nós”. Tal atitude encerrou a questão.

Encarregado da enfermaria do convento, auxiliava todos quantos se lhe dirigiam, fossem seus irmãos da comunidade, fosse pessoas da cidade. Além de cuidar da enfermaria, varria todo o convento, cuidava da rouparia, cortava o cabelo dos duzentos frades, e era o sineiro, dispensando ainda de seis a oito horas por dia à oração.

Reconstrução facial forense de Martinho de Porres

Quando uma epidemia atingiu Lima, no convento do Rosário sessenta religiosos ficaram enfermos e muitos estavam numa seção fechada do convento. São Martinho teria passado a portas fechadas para cuidar deles, um fenômeno que encontraria residência. Martinho levava doentes para o convento, até que o Superior provincial, alarmado com o contágio, proibiu-o de continuar a fazê-lo. Sua irmã, que morava no país, ofereceu sua casa para alojar todos aqueles que a residência do religioso não poderia. Um dia ele encontrou na rua um pobre índio, sangrando até a morte por uma punhalada, e levou-o ao seu próprio quarto. O Superior, quando soube tudo isto, o repreendeu por desobediência. O Superior foi extremamente edificado pela sua resposta: "Perdoa meu erro, e por favor me instrui, porque eu não sabia que o preceito da obediência se sobrepõe ao da caridade." Então o Superior deu-lhe liberdade para seguir as suas inspirações posteriormente no exercício da misericórdia.

Tinha uma horta na qual ele mesmo cultivava as plantas que utilizava para suas medicinas. Estando doente o Bispo de La Paz, de passagem por Lima mandou que chamassem Frei Martinho para que o curasse. O simples contato da mão do doado em seu peito o livrou de grave moléstia que o levava ao túmulo. Foi um precioso amigo e colaborador de Santa Rosa de Lima e de Juan Macias, igualmente dominicanos.

Além de todas essas atividades, Martinho saía também do convento para pedir esmolas para os mais necessitados. Martinho, com o corpo gasto pelo excesso de trabalho, jejum contínuo e penitência, faleceu pouco antes de completar 60 anos de idade, em 1639. Martinho foi beatificado em 1837 pelo Papa Gregório XVI e canonizado pelo Papa João XXIII em 1962.

Ver também

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Referências

  1.  «São Martinho de Porres»Arquidiocese São Paulo. 29 de outubro de 2014. Consultado em 6 de junho de 2021
  2. ↑ Ir para:a b c Informações (ACI), Agência Católica de (3 de novembro de 2021). «São Martinho de Lima: Veja história do santo da vassoura, mensagem e oração»Rádio Jornal. Consultado em 4 de novembro de 2022
  3.  «S. Martinho de Porres, religioso dominicano - Informações sobre o Santo do dia - Vatican News»www.vaticannews.va. Consultado em 6 de junho de 2021
  4.  «4. San Martín de Porres, humilde mulato peruano»Fundación Gratis Date (em espanhol). Consultado em 10 de junho de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015
  5.  Mariátegui, Javier (2001). «Un santo mulato en la Lima Seiscentista: Martín de Porras*» (PDF). Biblioteca Central de la Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Acta Médica Peruana (em espanhol). Consultado em 3 de novembro de 2022
  6.  PERÚ, NOTICIAS EL COMERCIO (24 de abril de 2017). «¿San Martín de Porres o de Porras?, por Marco Aurelio Denegri | LUCES»El Comercio Perú (em espanhol). Consultado em 4 de novembro de 2022
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