domingo, 27 de agosto de 2023

CARLOS PAIÃO - CANTOR - MORREU EM 1988 - 27 DE AGOSTO DE 2023

 

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Carlos Paião

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos Paião
Informação geral
Nome completoCarlos Manuel Marques Paião
Nascimento1 de novembro de 1957
OrigemCoimbra
PaísPortugal
Morte26 de agosto de 1988 (30 anos)
Género(s)PopRock
Instrumento(s)VozPiano
Período em atividade1978 - 1988

Carlos Manuel Marques Paião ComIH (Coimbra1 de novembro de 1957 — Rio Maior26 de agosto de 1988) foi um cantor e compositor português. Licenciou-se em Medicina pela Universidade de Lisboa (1983), acabando por se dedicar exclusivamente à música.

Biografia

Nasceu em Coimbra, filho de um piloto de barra que, anos antes, se dedicara à pesca do bacalhau, e de uma professora,[1] vivendo em Ílhavo (terra natal dos pais). Desde muito cedo, Carlos Paião demonstrou ser um compositor prolífico, sendo que, no ano de 1978, tinha já escritas mais de duzentas canções. Nesse ano obteve o primeiro reconhecimento público, ao vencer o Festival da Canção do Illiabum Clube.

Em 1980 concorre, pela primeira vez, ao Festival RTP da Canção, numa altura em que este certame representava uma plataforma para o sucesso e a fama no mundo da música portuguesa, mas não foi apurado. Com Playback ganhou o Festival RTP da Canção 1981, com a esmagadora pontuação de 203 pontos, deixando para trás concorrentes tão fortes como as Doce e José Cid. A canção, uma crítica divertida, mas contundente, aos artistas que cantam em playback, ficou em penúltimo lugar no Festival Eurovisão da Canção 1981, realizado em Dublin, na República da Irlanda. Tal classificação não "beliscou" minimamente a popularidade do cantor e compositor, pois Carlos Paião, ainda nesse ano, editou outro single de sucesso e que mantém a sua popularidade até hoje: Pó de Arroz.

O êxito que se seguiu foi a Marcha do Pião das Nicas, canção na qual o cantor voltava a deixar patente o seu lado satírico. Telefonia (Nas Ondas do Ar) era o lado B desse single.

Carlos Paião compôs canções para outros artistas, entre os quais Herman José, que viria a alcançar grande êxito com A Canção do Beijinho (1980), e Amália Rodrigues, para quem escreveu O Senhor Extra-Terrestre (1982).

Algarismos (1982), o seu primeiro LP, não obteve, no entanto, o reconhecimento desejado. Surgiu, entretanto, a oportunidade de participar no programa de televisão O Foguete, com António Sala e Luís Arriaga.

Em 1983, cantava ao lado de Cândida Branca Flor, com quem interpretou um dueto muito patriótico intitulado Vinho do Porto, Vinho de Portugal, que ficou em 3.º lugar no Festival RTP da canção.

Num outro programa, Hermanias (1984), Carlos Paião compôs a totalidade das músicas e letras de Serafim Saudade, personagem criada por Herman José, já então uma das figuras mais populares da televisão portuguesa.

Em 1985 concorreu ao Festival Mundial de Música Popular de Tóquio (World Popular Song Festival of Tokio), tendo a sua canção sido uma das 18 seleccionadas.

Morte

A 26 de Agosto de 1988 morre num violento acidente de automóvel, quando se dirigia para um concerto - as festas em honra de S. Ginésio, em Penalva do Castelo (os cartazes das festas da vila confirmam-no). O acidente aconteceu na antiga Estrada Nacional 1,[2] perto de Rio Maior.[1] A sua morte foi alvo de polémica por não ser claro se foi culpado do acidente que o vitimou. O seu corpo foi sepultado em São Domingos de Rana, freguesia do concelho de Cascais. Os seus restos mortais foram trasladados para o cemitério da freguesia de São Salvador, no concelho de Ílhavo, por desejo dos seus pais, no final de 2014.[3]

Quando faleceu, estava a preparar um novo álbum intitulado Intervalo, que acabou por ser editado em Setembro desse ano de 1988, e cujo tema de maior sucesso foi Quando as nuvens chorarem.

Compositor, intérprete e instrumentista, Carlos Paião produziu mais de trezentas canções.

Homenagens

Em 2003, foi editada uma compilação comemorativa dos 15 anos do seu desaparecimento - Carlos Paião: Letra e Música - 15 anos depois (Valentim de Carvalho).

Em 2008, por altura da comemoração dos 20 anos do desaparecimento do músico, vários músicos e bandas reinterpretaram alguns temas do autor na edição de um álbum de tributo, "Tributo a Carlos Paião".[4][5]

A 29 de Janeiro de 2016, a Junta de Freguesia de São Domingos de Rana protagonizou um Tributo a Carlos Paião, numa noite que contou com muitos artistas para quem Carlos Paião escreveu e que o reinterpretaram. No dia 30 de Janeiro de 2016, foi inaugurada em São Domingos de Rana a Exposição Carlos Paião com o espólio do cantor e compositor.

A 10 de Setembro de 2020, foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique a título póstumo.[6]

A 26 de junho de 2021, é inaugurada uma estátua em bronze do cantor no centro da cidade de Ílhavo, por decisão da Câmara Municipal no âmbito de requalificações ocorridas na zona. A escultura, da autoria do artista plástico Albano Martins, conta com 1 metro e 80 centímetros de altura e a inscrição "#emPlayBack", e encontra-se na Calçada Carlos Paião, inserida no Jardim Henriqueta Maia.[7][8]

Discografia

Ver artigo principal: Discografia de Carlos Paião

Álbuns

  • Algarismos - LP (EMI, 1982)
  • Intervalo - LP (EMI, 1988)
Compilações
  • O Melhor de
  • Letra e Música - 15 Anos Depois
  • Perfil
  • Letra e Música - 25 Anos Depois

Singles

  • Souvenir de Portugal / Eu Não Sou Poeta (EMI, 1981)
  • Refilar faz mal à Vesícula (EMI, 1981)
  • Play Back/Play Back (versão inglesa) (EMI, 1981)
  • Pó de Arroz / Gá-gago (EMI, 1981)
  • Marcha do Pião das Nicas / Telefonia Nas Ondas do Ar (EMI, 1982)
  • Zero a Zero / Meia Dúzia (EMI, 1982)
  • Vinho do Porto, Vinho de Portugal - com Cândida Branca Flor (1983)
  • O Foguete (1983)
  • Discoteca (EMI, 1984)
  • Cinderela (EMI, 1984)
  • Versos de Amor (EMI, 1985)
  • Arco Íris (EMI, 1985)
  • Cegonha/Lá Longe Senhora (EMI, 1986)

Outros

Nomes que gravaram temas de Carlos Paião: António MourãoHerman JoséJoel BrancoCândida Branca FlorAmália RodriguesNuno da Câmara PereiraPeter PetersenFlorbela Queirós, Alexandra, Rodrigo, Lenita GentilAnaCarlos QuintasGabriel CardosoPedro CouceiroVasco RafaelLuis ArriagaFlorênciaFernando PereiraMariette Pessanha e Norberto de Sousa.

Inéditos
  • Os Maternitas lançaram em 1987 o single "Super Zequinha".
  • José Alberto Reis participou no Festival RTP da Canção de 1989 com "Palavras Cruzadas" que nunca foi gravado. Também cantou o tema "Sol Maior" que foi gravado em 1994, no disco "Alma Rebelde.
  • Ana gravou o tema "ilusão" em 1989.
  • O álbum "Microfone e Voz" de António Sala, de 1989, inclui o tema "A Um Amigo" com letra de António Sala.
  • Mísia gravou, em 1991, o tema "Ai Que Pena" de Carlos Paião e Mário Martins.
  • José da Câmara gravou o tema "Ai Fadinho" em 1991.
  • Nuno da Câmara Pereira gravou em 1992 o tema "A Marcha do Castelo",
  • O álbum "Histórias" de António Sala, de 1993, inclui o tema "Pecado Capital".
  • A cantora Alexandra Cruz gravou em 1993 três inéditos: "Amigos eu voltei", "A vida quer, a vida manda" e "Vamos parar o tempo".
  • O cantor Pedro Vilar gravou os temas "Talvez", "Canção da Última Idade" e "Beijo Roubado".
  • No segundo volume do projecto "Novo Canto Português" de Pedro Brito, lançado em 2008, inclui o tema "Tempo".
  • O tema "O Novo Povo" não chegou a ser gravado por Amália mas em 2016 foi gravado por Yolanda Soares.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Se fosse vivo, Carlos Paião faria hoje 56 anos». Revista Sábado. 26 de agosto de 2013. Consultado em 7 de outubro de 2014
  2.  «Carlos Paião: falámos com o homem que ia ao volante quando ele morreu»
  3.  «Notícias :: Portal de Aveiro ::»www.aveiro.co.pt. Consultado em 19 de agosto de 2021
  4.  Tributo a Carlos Paião: CDGO.com, acesso em 12 de Outubro de 2008
  5.  Tributo a Carlos Paião: Portugal Rebelde, acesso em 12 de Outubro de 2008
  6.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Carlos Manuel Marques Paião". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 14 de outubro de 2020
  7.  «Carlos Paião vai ter estátua em sua homenagem»
  8.  Almeida, Júlio (21 de junho de 2021). «Inauguração da Requalificação do Jardim Henriqueta Maia»Notícias de Aveiro. Consultado em 22 de junho de 2021

Ligações externas


SANTA MÓNICA - (Mãe de Santo AGOSTINHo) - 27 DE AGOSTO DE 2023

 

Mônica de Hipona

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "Santa Mônica" e "Santa Mónica" redirecionam para este artigo. Para outros significados, veja Santa Mônica (desambiguação).
Santa Mônica
Santa Mônica e Santo Agostinho
Modelo de Mãe e Esposa
NascimentoTagaste (atual Souk Ahras 
331
MorteÓstia 
387 (56 anos)
Veneração porIgrejas católica e ortodoxa
Festa litúrgica27 de agosto (desde 1969),

4 de maio (antes de 1969)[1]

 Portal dos Santos

Santa Mônica (português brasileiro) ou Santa Mónica (português europeu) (331 — 387) é a mãe de Santo Agostinho de Hipona e uma santa cristã. A sua festa realiza-se em 27 de agosto.[2]

Biografia

Esta santa nasceu em 331, em Tagaste (atual Souk Ahras, na Argélia), mas há controvérsias acerca dessa data. Foi, segundo as tradições católicas, criada por uma dada, ou seja, uma escrava que cuidava dos filhos dos senhores, dessa senhora recebeu "educação e rígidos ensinamentos religiosos".[2]

Casou-se aos dezessete ou dezoito anos com Patrício. O casal ocupava razoável posição social, mas apesar disso Mônica não era feliz no casamento, pois sofria com a infidelidade do marido. Por isso começou a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia embora sofresse.[3]

Foi mãe de Santo Agostinho, também Doutor da Igreja. E, segundo ele o seu alicerce espiritual que o conduziu em direção à "fé verdadeira", já que o converteu ao cristianismo. Ele julgava ser a mãe a "intermediária" entre ele e Deus. Durante a adolescência de Agostinho até ao seu batismo, Mônica vivia entre lágrimas, lamentando a "vida de heresias" do filho, e orava fervorosamente para que ele encontrasse a "verdadeira ".[4]

Agostinho atribuiu a um sonho de sua mãe o passo definitivo para sua conversão e a "confirmação" de sua vocação religiosa, desse modo Mônica se torna responsável pelo destino cristão do filho.[5]

A partir disso o filho vê a mãe de forma santificadora, mas reconhece o fardo feminino que ela carrega, já que nos primórdios da cristandade, a mulher era vista entre dois extremos, o da exaltação e da condenação. A parte "boa" do sexo feminino era representada por Maria e a parte "ruim", que se entrega à tentação, representada por Eva. Foi dessa forma que Mônica foi vista por seu filho e pela Igreja.[4]

Morte e veneração

Morreu aos 56 anos, no ano de 387, em Óstia na Itália, mesmo ano da conversão de seu filho. Seu corpo foi "descoberto" em 1430 e transferido para a Basílica de Santo Agostinho, em Roma. Mônica foi canonizada não por ter operado milagres, mas sim por ter sido a "responsável pela conversão de seu filho", mostrando empenho em ensinar condutas cristãs como moral, pudor e mansidão, mostrando a intervenção feminina no interior da família, pois foi o meio, através da oração, que contribuiu para a vida religiosa do filho.[4]

Referências

  1.  Calendarium Romanum (Typis Vaticanis Polyglottis 1969), p. 102
  2. ↑ Ir para:a b «Conheça Santa Mônica, a mãe de Santo Agostinho»Santo do Dia. Consultado em 25 de junho de 2021
  3.  «Santa Mónica (332-387) [Relations to actor] :: museum-digital:bremen»bremen.museum-digital.de. Consultado em 25 de junho de 2021
  4. ↑ Ir para:a b c «Santa Mônica - A criação do ideal da mãe cristã»Idade Média - Prof. Dr. Ricardo da Costa. 22 de junho de 2012. Consultado em 25 de junho de 2021
  5.  «Santa Mônica»Aleteia: vida plena com valor. Consultado em 25 de junho de 2021
Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Mônica de Hipona

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