sábado, 8 de abril de 2023

SÃO DIONISIO DE CORINTO - 8 DE ABRIL DE 2023

 

Dionísio de Corinto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Dionísio de Corinto
Bispo da CorintoConfessor
Nascimento 
século II
MorteCorintoGrécia 
8 de abril de 171
Veneração porIgreja Católica Romana
Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica8 de abril
Gloriole.svg Portal dos Santos

São Dionísio Bispo de Corinto, viveu por volta do ano 171 Sua festa é comemorada no dia 8 de abril[1].

Vida e obra

A data em que esteve vivo (floruit) é dada pelo fato de que ele escreveu para o Papa Sotero[a]Eusébio, em sua obra Crônicas, aponta-o como estando vivo no décimo-primeiro ano do imperador Marco Aurélio (171). Quando Hegésipo esteve em Corinto nos tempos do Papa AnicetoPrimo era o bispo (ca. 150-5), enquanto Báquilo foi bispo de Corinto durante a Controvérsia da Páscoa (entre 190-8). A única fonte pela qual conhecemos Dionísio hoje em dia é Eusébio, pois Jerônimo (De Viris Illustribus, cap. 27[2]) utilizou-o como única fonte. Eusébio conhecia uma coleção de sete das "Cartas Católicas às Igrejas" de Dionísio, assim como uma carta para ele de Pinito de CretaBispo de Cnossos, e uma carta pessoal de conselhos espirituais para uma senhora chamada Crisófora[1].

As cartas às Igrejas

Eusébio menciona sete cartas[1][3]:

  1. Uma carta para os Lacedemônios, ensinando ortodoxia, e desejando paz e união.
  2. Outra era para os atenienses, despertando-lhes a fé e clamando para que vivessem de acordo com o evangelho, pois eles não estavam longe da apostasia. Dionísio falou sobre o recente martírio de seu bispo, Públio (na perseguição aos cristãos de Marco Aurélio), da ascensão de Quadrado como sucessor e afirmou que Dionísio Areopagita teria sido o primeiro bispo de Atenas.
  3. Para os nicomedenses, ele escreveu contra o marcionismo.
  4. Escrevendo para Gortina e as outras dioceses de Creta, ele louvou seu bispo, Filipe, pelos esforços em favor da Igreja e o alertou sobre as distorções dos heréticos.
  5. Para a Igreja de Amástris em Ponto, ele escreveu por insistência de Baquílides e Elpisto (que são desconhecidos), mencionando o nome do bispo como "Palmas". Ele escreveu também nesta carta sobre o casamento e o celibato, e recomendou que um tratamento caridoso fosse dado aos que caíram em pecado ou heresia.
  6. Numa carta a Pinitobispo de Cnossos, ele recomendou que ele não deveria colocar o fardo do celibato de forma exagerada em seus irmãos e deveria considerar a fraqueza que a maior parte deles tem. Pinito respondeu, após algumas palavras polidas, que ele esperava que Dionísio que lhe enviasse carne forte da próxima vez, de modo que seu povo não tivesse que crescer apenas com o leite das crianças.

Porém, a mais importante das cartas é a sétima, endereçada aos romanos e a única da qual alguns trechos foram preservados. O Papa Sotero enviou esmolas e uma carta aos Coríntios e, em resposta, Dionísio escreveu:

Pois este tem sido nosso costume desde o começo, fazer o bem para todos os irmãos de muitas formas, e enviar esmolas para muitos cristãos em diferentes cidades, aliviando a pobreza dos que pediram ajuda, ajudando os irmãos nas minas com as esmolas que enviou. Os romanos, mantendo o costume tradicional dos romanos, cujo abençoado bispo, Sotero, não apenas manteve, mas até aumentou, por ceder aos irmãos a abundância que forneceu, e por confortá-los com as palavras abençoadas os irmãos que foram até ele, como um pai para suas crianças.
 
— História Eclesiástica, Dionísio de Corinto, citado por Eusébio[3].

Novamente, onde - segundo Eusébio - ele é um dos que confirmaram que o martírio de Pedro e Paulo (kata ton auton kairon) teria ocorrido ao mesmo tempo, em Roma:

Você, por esta instrução, misturou juntos os romanos e os coríntios, que são a plantação de Pedro e Paulo. Pois ambos vieram para nossa Corinto e nos plantaram, e nos ensinaram. E da mesma forma foram até a Itália, ensinaram lá e foram martirizados ao mesmo tempo.
 
— História Eclesiástica, Dionísio de Corinto, citado por Eusébio[4].

Por fim, ele menciona também a Primeira Epístola de Clemente e sua leitura pública:

Hoje em dia, mantemos o santo dia do Senhor, no qual nós lemos sua carta, que nós sempre teremos para ler e para sermos corrigidos, assim como a outra que nos foi escrita anteriormente por Clemente.
 
— História Eclesiástica, Dionísio de Corinto, citado por Eusébio[3].

As cartas de Dionísio eram evidentemente muito valorizadas, pois no último trecho desta carta, ele escreve que o fez a pedido, e que eles foram enganados "pelos apóstolos do demônio". "Não é de se admirar se", ele observa, "alguns ousaram fraudar até mesmo as palavras do próprio Senhor, quando eles conspiraram para mutilar meus humildes esforços"[3].

Notas

[a] ^ Papa entre 168 e 176 dC [5].

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Wikisource-logo.svg "St. Dionysius" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  2.  Wikisource-logo.svg "De Viris Illustribus - Dionysius the bishop", em inglês.
  3. ↑ Ir para:a b c d Eusébio de Cesareia. «23». História Eclesiástica. Dionysius, Bishop of Corinth, and the Epistles which he wrote. (em inglês). IV. [S.l.: s.n.]
  4.  Eusébio de Cesareia. «25». História Eclesiástica. The Persecution under Nero in which Paul and Peter were honored at Rome with Martyrdom in Behalf of Religion. (em inglês). II. [S.l.: s.n.]
  5.  Harnack aponta 165-67 até 173-175.

SÃO DIONISIO DE ALEXANDRIA - 8 DE ABRIL DE 2023

 

Dionísio de Alexandria

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Dionísio de Alexandria
Patriarca Dionísio de Alexandria
Mártir
Nascimento 
final do século II ou início do III
MorteAlexandria
c. 264-265
Veneração porPraticamente todas as denominações cristãs
Festa litúrgica17 de novembro[1]
Gloriole.svg Portal dos Santos

Dionísio de Alexandria (em latimDionysius Alexandrinus), chamado o Grande, foi o patriarca de Alexandria, entre os anos de 248 e 265. Há muitas informações sobre Dionísio em virtude da extensa correspondência expedida por ele em vida. Porém, apenas uma das cartas originais sobreviveu e conhecemos as demais pelas transcrições feitas por Eusébio de Cesareia em sua História Eclesiástica. No entanto, estas informações são mais detalhadas a partir da eleição ao episcopado.

Vida

Dionísio de Alexandria no Menológio de Basílio II

Dionísio nasceu numa família pagã rica na transição do século II para III. Ele dispendeu a maior parte de sua vida lendo livros e cuidadosamente estudando as tradições heréticas. Ele se converteu ao Cristianismo já numa idade madura e discutiu sua experiência de conversão com Filemon, um presbítero de Sisto II[2]. Ele se converteu após ter recebido uma visão, que ele atribuiu a Deus. Nela, ele foi vigorosamente comandado a estudar as heresias que estavam desafiando a igreja cristã para que pudesse refutá-las através do estudo da doutrina. Após sua conversão, Dionísio se juntou à famosa Escola Catequética de Alexandria e foi um aluno de Orígenes e Héraclas de Alexandria. Mais tarde, Dionísio se tornou presbítero da igreja cristã e sucedeu a Héraclas (que se tornou patriarca) como reitor da Escola Catequética de Alexandria, em 231. Em seguida, ele foi elevado à posição de patriarca de Alexandria (papa das igrejas que se tornariam, no futuro, a Igreja Copta e da Igreja Ortodoxa de Alexandria) em 248, sucedendo ao já falecido Héraclas[2].

Segundo Jerônimo, ele faleceu no décimo-segundo ano do imperador Galiano, em 264-265[3]. Dionísio é considerado santo pelas Igrejas Católica Romana e Ortodoxa, sendo sua festa comemorada em 17 de novembro.

Controvérsias

O nome de Dionísio de Alexandria encontra-se envolvido em inúmeras controvérsias no século III, especialmente por conta das perseguições aos cristãos que recrudescem a partir de 249.

Fugas constantes

Nos dois primeiros anos do episcopado de Dionísio, uma sucessão de eventos negativos teve lugar em Alexandria: a perseguição contra os cristãos, uma guerra civil e uma grande epidemia. Em todo esse período, Dionísio permaneceu escondido em sua cidade.

Mais tarde, quando Décio se tornou o imperador, um edito foi publicado, ordenando a todos os cidadãos - incluindo, obviamente, os cristãos - que prestassem culto aos deuses imperiais. Em virtude disto, Dionísio fugiu, escondendo-se em Mareótis e, mais tarde, no deserto da Líbia"Esta fuga lhe custará, como a Cipriano, um ataque por parte dos mártires, fato que explica a posição por ele assumida em controvérsias posteriores".[4]

A questão dos confessantes

Ver artigos principais: Novacianismo e lapsi

Outras duas controvérsias relacionaram-se aos fiéis que deixaram de confessar a fé cristã por ocasião da perseguição.

Em 251Cornélio foi eleito bispo de Roma. No entanto, ele foi acusado de ter comprado um certificado de sacrifícios aos deuses imperiais (o libellus) a fim de escapar da perseguição. O grupo que não concordava com isto elegeu um outro bispo, Novaciano"que pregava a severidade contra aqueles que não haviam confessado a fé durante a perseguição".[4] Nesta contenda, Dionísio manifestou-se claramente a favor de Cornélio, pois também ele era acusado de não sustentar claramente a confissão cristã durante a perseguição.

Quando Estevão sucedeu a Cornélio, deu-se uma outra crise. Como Novaciano havia batizado muitos fiéis durante seu episcopado rival ao de Cornélio, surgiu a questão: o que fazer com estes batizados, já que Novaciano não era considerado o bispo verdadeiro? Estevão de Roma readmitiu tais fiéis na Igreja, apenas impondo-lhes as mãos como sinal de autoridade. Cipriano de Cartago, no entanto, não concordava com esta prática, pois considerava nulo o batismo de Novaciano. Por isso, tais fiéis deveriam ser rebatizados"Informado por Cipriano, Dionísio tomou o partido deste, em muitas cartas por ele enviadas a Roma, sob Estevão e seu sucessor Sisto II"[4]

Controvérsia sobre a doutrina da Trindade

Neste mesmo período, na Pentápole líbia, surgiu uma controvérsia a respeito da doutrina da Santíssima Trindade. O bispo de Ptolemaida foi acusado de sabelianismo pelos seus colegas. Tantos os favoráveis quanto os contrários apelaram à autoridade de Dionísio, que se manifestou contrário ao bispo. Este mesmo bispo apelou ao bispo de Roma, também chamado Dionísio, que enviou uma carta à Igreja de Alexandria reprendendo seu homônimo. "Dionísio de Alexandria se desculpou com uma 'Confutação e apologia' em quatro livros".[4] Atanásio cita fragmentos destas obras em seu livro De sententia Dionysii.[5]

Obras

Em suas biografias sobre os principais autores cristãos de seu tempo (De Viris Illustribus, cap. 69[3]), São Jerônimo listou as obras de Dionísio:

  • Diversas cartas para comunidades cristãs e bispos a respeito da controvérsia novacianista, inclusive uma para o próprio Novaciano sobre as alegações de que ele teria sido ordenado bispo de Roma 'contra sua vontade'. O começo desta carta é assim:
Dionísio para Novaciano, seu irmão o saúda. Se você foi mesmo ordenado contra sua vontade, como diz, você o provará quando você por sua própria, renunciar.
 
— Carta a Novaciano, Dionísio de Alexandria, citado por Jerônimo.
  • Um conjunto de epístolas sobre a data da Páscoa, sobre as perseguições e sobre assuntos diversos da igreja: Sobre Mortalidade, Sobre o Sabbath. Além disso, várias comunicações com outros bispos
  • Epístolas aos principais heréticos do seu tempo: BasilidesNepos de Arsinoe,[6] Paulo de Samósata e o próprio Novaciano.

Ver também

Dionísio de Alexandria
(248 - 265)
Precedido por:Gold Christian cross.svg
Lista dos patriarcas / papas de Alexandria
Sucedido por:
Héraclas14.ºMáximo


Referências

  1.  «Dionísio de Alexandria» (em inglês). Catholic.org. Consultado em 12 de outubro de 2010
  2. ↑ Ir para:a b Wikisource-logo.svg "Dionysius of Alexandria" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  3. ↑ Ir para:a b Wikisource-logo.svg "De Viris Illustribus - Dionysius the bishop", em inglês.
  4. ↑ Ir para:a b c d Nautim, p. 413.
  5.  Cf. Atanásio, Defense of Dionysius
  6.  Bispo egípcio do início do séc III que em sua refutação dos alegoristas, propunha o entendimento do apocalípse em um sentido literal e que este destoava do evangelho, escrito pelo mesmo João. Após sua morte, um discípulo de nome Korakion iniciou um movimento cismático.

Ligações externas

Bibliografia

  • ATANÁSIO. Defense of Dionysius. Em: Athanasius: Select Works and Letters. Ed. Philip Schaff. Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library, 2005.
  • NAUTIM, P. "Dionísio de Alexandria". Dicionário Patrístico e de Antigüidades Cristãs. Petrópolis: Vozes, 2002.

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